sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Desemprego é maior entre jovens, mulheres e negros

Subemprego dispara, diz CUT
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados ontem (17) pelo IBGE, retratam a situação ruim do mercado de trabalho e a desigualdade no país. As taxas de desemprego são maiores na região Nordeste e entre trabalhadores jovens e negros, mulheres e pessoas com menos escolaridade.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, afirma em seu blog que o total de trabalhadores subempregados aumentou aumentou de 5,2 milhões para 5,8 milhões. E oque total da força de trabalho subutilizada – que inclui desempregados, subempregados e a força de trabalho potencial (pessoas que não procuram empregos) – chegou a 26,3 milhões de pessoas no mesmo período. Os dados se referem ao segundo trimestre do ano.
"Temer e os patrões devem estar felizes, eles queriam isso mesmo, tirar direitos e jogar a classe trabalhadora no subemprego, na miséria. Foi para isso que aprovaram o desmonte da CLT, que eles chamaram de reforma Trabalhista", afirma o sindicalista. "Os dados da tragédia brasileira, são a maior comprovação de que o governo golpista e ilegítimo de Temer legalizou o bico. É o fim do contrato de trabalho formal, da carteira assinada, dos direitos."
A média nacional no período de abril a junho, segundo já havia divulgado o IBGE, foi de 13%, um pouco abaixo do período encerrado em março (13,7%) e bem acima de igual período do ano passado (11,3%). A estimativa é de 13,486 milhões de desempregados. Entre as regiões, as taxas variam de 8,4% (Sul) a 15,8% (Nordeste), atingindo 10,6% no Centro-Oeste, 12,5% no Norte 13,6% no Sudeste.
Os estados com maior índice são Pernambuco (18,8%) e Alagoas (17,7%). As menores taxas foram registradas em Santa Catarina (7,5%), Rio Grande do Sul (8,4%) e Mato Grosso (8,6%). Em São Paulo, ficou em 13,5%. "Nos estados onde houve aumento da desocupação, não foram geradas vagas suficientes para dar conta do crescimento da procura pelo emprego”, diz o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
Nos grupos de pessoas de 14 a 17 anos e de 18 a 24 anos, as taxas de desemprego são de 43% e de 27,3%, respectivamente. Esse segundo grupo concentrava 32% dos desempregados do país. A maior parcela era da faixa de 25 a 39 anos (35,1%).
Entre as pessoas que se declararam brancas, o índice fica abaixo da média nacional (10,3%) e sobe para 15,8% entre pretos e 15,1% entre pardos, conforme a classificação do instituto. O desemprego vai a 11,5% para os homens e a 14,9% para mulheres. 
No recorte por escolaridade, a taxa de desemprego para pessoas com nível superior completo foi de 6,4%, subindo para 14% entre aqueles com superior incompleto. Aumenta ainda mais para quem tem ensino médio incompleto: 21,8%. 
A chamada subutilização da força de trabalho, que incluem pessoas com insuficiência de horas trabalhadas, foi de 23,8% no segundo trimestre (26,3 milhões), variando de 14,7% (região Sul) a 34,9% (Nordeste). Os estados com maior índice são Piauí (38,6%), Bahia (37,9%) e Maranhão (37,7%). Os menores são de Santa Catarina (10,7%), Mato Grosso (13,5%) e Paraná (15,9%).
O IBGE estima em 90,236 milhões o número de ocupados no país, sendo 68% empregados, 4,6% empregadores, 24,9% trabalhadores por conta própria e 2,4% no chamado trabalho familiar auxiliar. A participação de trabalhadores por conta própria cresce no Norte (31,8%) e no Nordeste (29,8%). 
Apenas no setor privado, 75,8% dos empregados tinham carteira assinada – eram 33,331 milhões. O percentual diminui para 60,8% no Nordeste e para 59% na região Norte. Entre os trabalhadores domésticos (6,104 milhões), 30,6% tinham registro. O rendimento médio (R$ 2.104) e a massa de rendimentos (R$ 185,1 bilhões) ficaram estáveis no segundo trimestre.
Créditos: Rede Brasil Atual

Temer corta Bolsa Família de desempregados

Eva Gonçaves está desempregada, mora numa ocupação na zona oeste de São Paulo, deixou de receber R$ 79 d o Bolsa Família, mas não foi informada do motivo da suspensão. "Todo mês a gente vai lá (no Centro de Assistência Social) e eles falam para nós que o caso está em análise, se as pessoas realmente precisam desse benefício", conta, em entrevista ao repórter Jô Myiagui, da TVT. Assim, como Eva, milhares de pessoas estão sem receber o benefício. Em São Paulo, os cortes  atingem até quem está sem emprego e mora em ocupação. “Com ele a gente comprava algumas coisas para cara, como gás, arroz e feijão. Esse dinheiro ajudava bastante", lamenta Eva.
Só em julho deste ano foram retirados 543 mil beneficiários do Bolsa Família. Ao todo, sob o governo Temer mais de um milhão de famílias foram excluídas do programa. O corte inclui cancelamentos e as chamadas suspensões para análise, sob alegação de que as análises permitem retirar famílias que não precisam mais do benefício e incluir outras que não recebiam.
Em tempos de crise, com mais de 14 milhões de desempregados, é quando se tornam mais necessários os programas sociais públicos de segurança alimentar. O Bolsa Família, além de ser um complemento de renda, ajuda a movimentar a economia. É o que explica André Luzzi, pesquisador da ONG Ação da Cidadania.
"Segundo o Banco Mundial, o combate à pobreza na América Latina é quase condicionado ao Bolsa Família e demais estratégias brasileiras de superação da miséria. Quase metade da população da América Latina conseguiu superar a fome e a miséria com programas de transferência de renda", explica. De acordo com o próprio Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, outras 500 mil famílias estão na lista de espera, mas sem previsão de entrada.
Com esse corte de 543 mil benefícios, o governo anuncia que vai "economizar" R$ 100 milhões por mês. Para o pesquisador, o teto de gastos adotado pelo governo Temer não deveria cortar programas sociais. "Não faz nenhum sentido, é uma política perversa, que retira direitos da população que mais precisa e que, ao longo do período de ascensão econômica que o Brasil teve, foi o indutor de processos de grande dinamização da economia local e de melhoria da renda e da alimentação das pessoas", afirma.
Créditos: Rede Brasil Atual

Governo Temer propõe corte no salário mínimo de R$ 10 em 2018

 Governo Temer quer reduzir o salário mínimo em 2018. A redução, se confirmada, deve gerar uma economia de R$ 3 bilhões ao governo no ano que vem A mudança foi divulgada pelo Ministério do Planejamento. Atualmente, o salário mínimo está em R$ 937.
Na terça, o governo propôs elevar o teto para o rombo das contas públicas em 2017 e 2018 para até R$ 159 bilhões e anunciou uma série de medidas para aumentar a arrecadação e reduzir custos, entre elas o adiamento de reajustes a servidores e a criação de um teto salarialpara o serviço público.
Créditos: Falando Verdades

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Temer quer elevar contribuição previdenciária dos servidores

Na tentativa de reduzir gastos com o funcionalismo, a equipe econômica estuda aumentar a alíquota previdenciária de servidores federais para até 14%. A medida renderia R$ 1,9 bilhão a mais por ano aos cofres do governo.
A contribuição dos servidores ao regime próprio de Previdência (RPPS) hoje é de 11% sobre a remuneração. A ideia em estudo pelo governo é estabelecer diferentes faixas de contribuição, conforme o salário, com a alíquota máxima de 14%. Assim, quem ganha mais também pagaria um valor maior. Esse modelo já existe no INSS: os trabalhadores da iniciativa privada pagam entre 8% e 11% de seus salários ao mês.
A medida é bem vista por especialistas, que ressaltam o desequilíbrio nas contas não só do INSS, mas também na Previdência nos servidores. O rombo no RPPS chegou a R$ 82,5 bilhões em 12 meses até junho deste ano, e a previsão do governo é de que atinja R$ 85,2 bilhões até o fim de 2017. Mais da metade do resultado negativo vem dos benefícios pagos a servidores civis. As informações são de reportagem de Idiana Tomazelli no Estado de S.Paulo.
Créditos: Brasil 247

Governo prepara pacote de privatização de R$ 90 bilhões

A fim de tentar minimizar o rombo da meta fiscal esperado em R$ 159 bilhões, o governo de Michel Temer prepara um pacote de privatização a ser anunciado em breve pelo ministro Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência.
Segundo reportagem do site Poder360, o pacote que vem sendo elaborado pela área de infraestrutura do governo inclui usinas hidrelétricas, aeroportos, blocos de petróleo e outros ativos como a Lotex (Loteria da Caixa).
O governo estima que, se tudo for vendido pelo preço esperado, a arrecadação poderá chegar a quase R$ 90 bilhões até o fim de 2018, sendo R$ 28 bilhões até o fim de 2017 e outros R$ 61 bilhões no ano que vem.
A tarefa, porém, não será tão fácil, uma vez que empresas que possuem concessões estão devolvendo os ativos para a União. Um exemplo foi a construtora UTC e a Triunfo, que devolveram o Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), por não conseguir honrar as dívidas.
Créditos: Brasil 247

Poluição mata mais que acidentes de trânsito em São Paulo

 O Instituto Saúde e Sustentabilidade divulgou na segunda-feira (14), um estudo revelando que os poluentes atmosféricos foram a causa de 31 mortes precoces por dia no estado de São Paulo, em 2015.  Com base no Relatório de Qualidade do Ar do mesmo ano elaborado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), o estudo demonstrou que o total de óbitos causados pela poluição – 11.200, em 2015 – é maior que as mortes causadas por acidentes de trânsito (7.867), câncer de mama (3.620) ou aids (2.922). 
Para efeito de comparação, permanecer duas horas no trânsito da capital equivale a fumar um cigarro, segundo o estudo. Contudo, as políticas públicas destinadas ao combate à poluição não têm o mesmo apelo daquelas realizadas contra os males do tabaco. 
Doenças cardio e cerebrovasculares, tais como arritmia, infarto do coração e derrame cerebral, representam 80% dos efeitos da poluição do ar.  Ela é causa comprovada dos cânceres de pulmão (o mais letal dos tumores) e de bexiga. O ar poluído está também relacionado à metade dos casos de pneumonia em crianças.  
Para o diretor do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Saldiva, um dos autores do estudo, "é inaceitável que um problema de saúde pública desta dimensão continue invisível". O especialista defende a substituição dos padrões adotados pela Cetesb para avaliar a qualidade do ar, menos rigoroso do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 
Segundo a OMS, a poluição do ar causou 8 milhões de mortes precoces no mundo, em 2015, e é atualmente a principal causa de morte por complicações cardiorrespiratórias –  tais como arritmia, infarto do coração e derrame cerebral – relacionadas ao meio ambiente e de câncer de pulmão.
O engenheiro Raimundo Nóbrega, também especialista em poluição do ar pela USP, destaca que países como França e Inglaterra decidiram banir, até 2040, os motores movidos a combustão, que deverão ser substituídos pelos elétricos. 
Mais do que alteração no tipo de propulsão dos veículos, Raimundo defende mudanças no sistema de modalidade das cidades. "A prioridade, no caso da mobilidade urbana, teria que ser o transporte coletivo, e não o transporte individual."
Ele reivindica mudança de "mentalidade" dos políticos, com maior atenção para modalidades de transporte como o metrô, e de "costumes", por parte da população, para que se abandone o automóvel como símbolo de status. 
Créditos: Rede Brasil Atual

domingo, 13 de agosto de 2017

Para 86%, democracia não é respeitada no Brasil

A democracia não é respeitada no Brasil e o País hoje é governado por usurpadores do poder. Essas são as duas conclusões principais de uma pesquisa Ipsos publicada pelo jornal Estado de S. Paulo.
De acordo com o levantamento, nada menos que 86% avaliam que a democracia não é respeitada – resultado natural desde que a presidente legítima Dilma Rousseff foi afastada pelo vice Michel Temer que conspirou e a traiu. Além disso, 94% avaliam que o grupo que está no poder – Temer e sua turma – não representa a sociedade.
"A onda de negativismo contamina a percepção sobre a própria democracia: só metade da população considera que esse é o melhor regime para o Brasil, e um terço afirma que não é. Quando os eleitores são questionados especificamente sobre o modelo brasileiro de democracia, a taxa de apoio é ainda mais baixa: 38% consideram que é o melhor regime, e 47% discordam. A pesquisa também mostra que 74% são contra o voto obrigatório", diz ainda a pesquisa.
Créditos: Brasil 247