quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

OMS coloca o Estado de SP em área de risco de febre amarela

A OMS passou a considerar nesta terça-feira, 16, todo o Estado de São Paulo como área de risco de febre amarela e recomendou que todos os estrangeiros que façam viagens à região estejam vacinados.
"Considerando o nível elevado da atividade do vírus da febre amarela observado em todo o Estado de São Paulo, a OMS determinou que, além de áreas listadas em avaliações anteriores, o Estado de São Paulo inteiro deve ser também considerado como risco de transmissão de febre amarela", apontou a entidade, em um comunicado publicado nesta terça-feira. "Consequentemente, a vacinação contra a febre amarela é recomendada para viajantes internacionais visitando quando área no estado de São Paulo", disse o órgão.
O número de mortes por febre amarela confirmadas no Estado de São Paulo desde janeiro de 2017 subiu para 21, conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde. Somados, os 11 óbitos confirmados em 12 dias de 2018 são mais que o dobro dos 10 casos relatados em todo o ano passado. Também houve aumento nos casos autóctones (transmissão interna) da doença, que passaram de 29 para 40.
Chegou a 3 o número de mortos por febre amarela no Estado do Rio Desde julho, todos os 92 municípios fluminenses estão incluídos na área de recomendação da vacina, e a campanha de vacinação permanece. A secretaria estadual de Saúde reforça a importância da imunização.
O aumento de casos em São Paulo levou a uma corrida nos postos pela vacina. A população tem chegado aos locais de madrugada e enfrentado até seis horas de fila para conseguir se vacinar.
No Brasil, o governo anunciou que começará com a campanha de vacinação em São Paulo, Minas Gerais e Bahia com doses fracionadas. Segundo o cientista Alejandro Costa, da Iniciativa para a Pesquisa de Vacinas da OMS, o governo brasileiro afirma ter evidências da validade desse imunizante por oito anos. Em São Paulo, a campanha começará em 29 de janeiro, conforme antecipou a coluna da Sonia Racy.(Fonte: Estadão)
Créditos: O Tempo

A cada dia, pelo menos 18 meninas são estupradas no Brasil

Resultado de imagem para A cada dia, pelo menos 18 meninas são estupradas no BrasilA subnotificação dos casos de estrupo de meninas que nem completaram 12 anos mascara a real dimensão da vulnerabilidade dessas crianças e adolescentes no Brasil. No entanto, dados da Vigilância Contínua de Violência Doméstica, Sexual e outras Violências Interpessoais e Auto-provocadas e o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Viva/Sinan), do Ministério da Saúde, fazem uma projeção no mínimo preocupante. 
No ano de 2015 foram registrados 162.575 casos de violência contra a mulher. Desse total, 17.871 (10,99%) são estupros, dos quais 6.706 (37,52%) em meninas de 0 a 12 anos. É como se 558 dessas crianças fossem estupradas todo mês, 18 por dia.
A análise comparada dos dados Sinan com o Sistema de Nascidos Vivos (Sinasc) de mães até 13 anos, no período de 2011 a 2015, mostra notificação de 32.809 estupros que culminaram em gravidez. Ou seja, uma estimativa de 15 meninas dessa mesma faixa etária sendo violentadas todos os dias. Em 45% dos casos, as ocorrências são repetidas, e são comuns os casos praticados dentro da própria casa. 
As mesmas fontes do Ministério da Saúde mostram que, no período, das meninas de 10 a 14 anos que engravidaram e se tornaram mães, houve notificação de estupro em 3.266 casos.
Não bastasse a violência desse tipo de agressão, que causa danos físicos e psicológicos nas vítimas que em muitos casos mal chegaram à adolescência, o estupro de criança e adolescente interfere na gestação, traz complicações no parto e no nascimento. Uma interferência e tanto na saúde materno-infantil.
Desse total de gravidez precoce, 21,8% terminam em parto prematuro, em grande parte do tipo cesariana, com todos os riscos associados. Em 53,4% dos casos, o pré-natal começou tardiamente e, em 17,4%, os bebês nasceram com baixo peso. Clique aqui para acessar dados detalhados do Ministério da Saúde sobre o tema.
O racismo e a desigualdade social resultante dos 300 anos de escravidão aparecem com vigor nos dados oficiais. O percentual de meninas até 13 anos que tiveram filhos foi maior entre negras (67,5%). 
“Precisamos falar de saúde da população negra em uma perspectiva que vai além dos consultórios. Precisamos de ações sociais que dialoguem a favor da luta contra o racismo. É preciso pensar essas situações como problema de saúde pública”, diz a diretora de Políticas Sociais do Sindicato dos Psicólogos de Estado de São Paulo (Sinpsi), a psicóloga e militante do movimento negro Cinthia Cristina da Rosa Vilas Boas.
Com atuação em políticas do Sistema Único de Assistência Social (Suas), em Campinas, a psicóloga afirma que ainda prevalece a realidade descrita no Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2015, segundo a qual foram registrados o equivalente a um estupro a cada 11 minutos – 70% das vítimas são crianças e adolescentes.
"Quem mais comete o crime são homens próximos às vítimas, segundo dados do Ipea Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de 2011. Esses crimes continuam sendo praticados pelos homens. Porém, agora não são somente os próximos. Os casos de estupro acontecem em vários locais, dentro e fora das residências. Essas especificidades criam características que apontam para a luta em favor do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”, afirma Cinthia.
Segundo ela, nem todos os casos são notificados. E nem todas as delegacias da mulher funcionam. "E quando funcionam, são conduzidas por homens que reproduzem a mesma lógica machista, perversa e violenta com que acontecem os estupros", afirma. "Acredito que as políticas sociais têm um importante papel nessas estatísticas, porém, o Estado não se responsabiliza em fazê-las acontecer; muitas vezes se isenta e não permite atuação do controle social e seu efetivo funcionamento". 
“Boa parte das violências sexuais ocorrem nos ambientes familiares e são praticadas nas residências das vítimas e por pessoas que deveriam protegê-las, como pais, padrastos, padrinhos, entre outros. Em razão da violência ocorrer em ambiente doméstico e da impunidade é que as situações se tornam repetitivas e reiteradas. 
Faltam delegacias especializadas de proteção de crianças e adolescentes, inclusive São Paulo é único estado que não tem nenhuma", ressalta o advogado e coordenador da Comissão da Criança e do Adolescente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo (Condepe), Ariel de Castro Alves.
Segundo ele, são necessários centros de referência especializados em apoio às vítimas, com assistência social e psicológica. "É necessário também educação sexual nas escolas visando à prevenção, além de reforçar o programa saúde da família", diz.
Há ainda a necessidade de centros médicos de referência para crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, inclusive para os casos de aborto legal. Muitas vezes as meninas menores de 14 anos são casadas informalmente, ou namoram adultos e têm filhos.
"Isso demonstra a necessidade de educação, prevenção e atenção social. Não adianta tratar esses casos só no âmbito policial, criminal e judicial. Aqueles que se revoltaram com a liberdade artística nos museus, não se revoltam com esses números estarrecedores."
Créditos: Rede Brasil Atual

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Centrais se reúnem e organizam agenda contra reforma

Na primeira reunião de 2018, representantes de centrais sindicais retomaram a discussão sobre as ações para barrar a proposta do governo de "reforma" da Previdência Social, que deverá ser retomada em fevereiro. As entidades devem participar de ato público, em Brasília, no dia 1º do mês que vem contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287 e pela valorização da magistratura, convocada por entidades do Judiciário. No dia seguinte, sindicalistas irão se reunir com os presidentes da Câmara e do Senado, além de líderes partidários.
As centrais pretendem ainda organizar uma campanha de mobilização, além de denunciar a campanha publicitária oficial. "É vergonhosa a forma como o governo tenta manipular a população em torno da viabilidade dessa reforma", afirmam. Segundo o presidente da CTB, Adilson Araújo, a reunião visou a "afinar nossas agendas para orientar nossas bases para a ameaça de votação da proposta que reforma a Previdência Social e acaba com a nosso direito à aposentadoria". O encontro foi realizado na sede da central, na zona oeste da capital paulista.
"Renovamos nossa orientação para as nossas bases. Resistir a todo custo deve ser o tom das lutas em 2018. Resistir e intensificar a pressão nas ruas, nas redes e no Congresso Nacional neste início de 2018 é fundamental", acrescentou Adilson. "Essa reforma abre caminho para a privatização do sistema previdenciário, o que contempla interesses alheios aos do nosso povo e atende sobretudo aos interesses dos sistema financeiro", afirmou o secretário-geral da CSB, Alvaro Egea.  No final do ano, as centrais se declararam em "estado de greve permanente" contra as mudanças na Previdência.Com informações da CTB 
Créditos: Rede Brasil Atual

Petrobrás entrega mega campos do pré-sal à francesa Total

Por menos de R$ 2 bilhões de dólares, a Petrobrás entregou à Total parte dos campos Lapa e Iara, explorados também pela Shell e Petrogal. Com isso avança a entrega do pré-sal a preços módicos para o capital estrangeiro.

A participação da empresa francesa será de 35% no campo Lapa e de 22,5% na concessão de Iara. O campo Iara é operado pela Petrobrás (42,5%), junto à gigante Shell (25%) e a Petrogral (10%).

No caso do campo Lapa, a Shell explora 30%, junto à Repsol-Sinopec (25%) e a estatal, que passa a operar apenas 10%. Assim avança a entrega das riquezas naturais brasileiras para satisfazer os lucros dos grandes capitalistas internacionais.
Créditos: Esquerda Diário

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Papa teme guerra nuclear

Papa Francisco mostra a foto do menino aos jornalistas no voo para Santiago
O Papa Francisco teme uma guerra nuclear. Foi o próprio pontífice a fazer esta revelação aos jornalistas presentes no voo que o leva até Santiago do Chile. O Santo Padre pediu ao diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, que distribuísse aos jornalistas presentes no voo a foto preto e branco do menino que, após o bombardeio atômico de Nagasaki de 1945, leva seu irmãozinho morto nas costas para ser cremado.

A foto que tornou-se célebre por retratar com intensidade as consequências da guerra foi tirada pelo fotógrafo estadunidense. Nos últimos dias de dezembro Francisco a escolheu entre tantas, como um alerta para o perigo atômico, pedindo que fosse impressa em um cartão com a sua assinatura, acompanhada pela frase: “...o fruto da guerra”. Na descrição da imagem é ressaltado o desespero da criança, expresso no gesto de morder os próprios lábios até sangrar. Foto: AFP.
Créditos: Vatican News

65 pessoas foram assassinadas em conflitos no campo em 2017

Resultado de imagem para violencia no campoBalanço da questão agrária brasileira em 2017, divulgado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), mostra que 2017 começou e terminou sangrento. De acordo com a entidade, "o contexto vivido pelos povos da terra, das águas e das florestas exigiu teimosia, resistência e questionamento sobre o papel do Estado, do modelo de desenvolvimento e das formas viciadas e distorcidas de construção de poder”.
A sucessão de ataques a direitos conquistados historicamente pelo povo brasileiro, consolidou em 2017 um sombrio ciclo de retrocessos políticos, conduzidos pelo conjunto das forças mais elitistas e reacionárias do país. Tais retrocessos, conforme a análise da CPT, penalizaram principalmente as classes mais empobrecidas e a natureza, “o que que representa a materialização do golpe parlamentar de direita que teve por motivação não apenas a destituição da presidenta eleita, mas a subtração de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do país com o fim de garantir pleno poder econômico e poder político aos principais operadores do sistema: bancos, indústrias, agronegócio, construtoras, latifundiários e a grande mídia”.
De acordo com dados parciais da Comissão, foram 65 pessoas assassinadas em conflitos no campo, em muitos casos com requintes de crueldade, índice que confere ao Brasil o título de país mais violento para as populações camponesas no mundo.
Nos anos anteriores, os homicídios eram caracterizados por seletividade nos alvos – assassinatos de lideranças, com a finalidade de intimidar os demais que ousassem lutar. Em 2017, porém, houve a generalização da violência no campo, com retomada da antiga prática de chacina como método perverso de aniquilar todos os focos de resistência no campo.
Exemplos são as chacinas de Colniza, no Mato Grosso, em abril, quando nove posseiros do assentamento Taquaruçu do Norte foram torturados e assassinados por pistoleiros a mando de madeireiros da região; a de Vilhena, em Rondônia, em maio, com três trabalhadores rurais mortos por lutar pela reforma agrária; o massacre em Pau D’Arco, no Pará, também em maio, no qual dez camponeses foram assassinados por policiais militares e civis; e o de Lençóis, na Bahia, em julho, em que oito quilombolas foram assassinados na comunidade de Iúna.
Ataques violentos às comunidades do campo deixaram ainda pessoas gravemente feridas. É o caso do povo indígena Gamela, no Maranhão, que vítima de tentativa de extermínio por pistoleiros ligados a fazendeiros por causa de disputa territorial no município de Viana. Pelo menos 13 índios foram feridos, sendo um alvejado pelas costas e outro com as mãos decepadas. Para a CPT, são casos significativos da violência no campo praticada pelo poder privado e pelo próprio Estado brasileiro, com seu modelo de desenvolvimento.
Na avaliação da entidade, o aumento da violência no campo foi estimulada pelo controle político e jurídico exercido "pela elite permitido pelo advento do estado de exceção implementado pelo golpe parlamentar de direita". E que o agronegócio e o latifúndio aprofundam seu controle sobre o Estado e a captação de lucros e produção de violência. "Ironicamente, o discurso oficial que afirma ser o agronegócio um dos setores mais produtivos do país torna-se verdade se considerarmos toda a produção de ameaças, expulsões e mortes", diz o relatório.
À violência e perversidade no controle da terra e dos territórios, o relatório acrescenta mudanças na legislação, como a nova regularização fundiária, que alterou normas relativas à reforma agrária, especialmente a resolução que permite a venda de lotes após 10 anos da implantação do assentamento. Sem contar a redução progressiva do orçamento destinado ao setor e a demarcação de territórios tradicionais e o desmonte das políticas públicas destinadas às comunidades camponesas.
O balanço critica ainda a redução dos recursos para a obtenção de terras em mais de 60% em relação a 2015, de 50% para a assistência técnica e extensão rural, os cortes no orçamento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que chegou a ser inviabilizado em diversos estados devido à redução orçamentária da ordem de 66% de um ano para o outro.
As perspectivas são ainda mais sombrias para 2018, conforme a CPT, porque governo de Michel Temer reduziu em 35% os recursos para a agricultura camponesa e familiar, além de ter cortado mais de 56% dos recursos destinados à segurança alimentar e nutricional para o ano de 2018.
E também porque projetos de Lei articulados politicamente por Temer e a bancada ruralista pretendem garantir neste ano um novo golpe, desta vez atacando a soberania do povo brasileiro sobre seu próprio território. É o caso de um PL conduzido diretamente pela Casa Civil, que pretende permitir que estrangeiros possam comprar ou arrendar diretamente terras em território brasileiro. E o PL 827/2015, conhecido como Projeto de Lei de Proteção aos Cultivares, que institui a cobrança de royalties para uso de sementes.
"Considerando o aumento exponencial do cultivo de sementes híbridas e transgênicas produzidas por grandes corporações estrangeiras, que também controlam a produção de agrotóxicos, podemos entender os impactos integrados que essas medidas, se aprovadas, poderão provocar na produção de comida no Brasil", alerta o documento. 
A CPT critica ainda os efeitos da reforma trabalhista sobre os trabalhadores do campo, com redução da remuneração, alteração das normas de saúde e segurança do trabalho, da organização sindical e dificuldade de acesso à Justiça do Trabalho.
E destaca o cercamento e a privatização das águas, de territórios pesqueiros por complexos de energia eólica e o envenenamento do solo pelos agrotóxicos, além da reconfiguração de territórios em razão de grandes obras. A entidade lista ainda crimes cometidos pelo Estado, que "seguiu religiosamente os preceitos anunciados pelo capital. Entre ele, que o desenvolvimento só é possível por meio do sacrifício e da espoliação da vida humana e do meio ambiente"
“Para os povos da Terra, das Águas e das Florestas, inimigos históricos desse modelo desenvolvimentista, o impacto foi ainda maior, já que a bancada ruralista foi uma das principais responsáveis pelo golpe de Estado”, diz o balanço. “Em 2017, vimos intensificar a tendência observada nos últimos 10 anos ao consolidar as comunidades tradicionais e as famílias posseiras como as principais vítimas da violência e de crimes cometidos pelo latifúndio, pelo agronegócio, pela mineração e por grandes obras de infraestrutura – principais causadores de conflitos agrários no país.” (CPT). Foto: EBC.
Créditos: RBA

90% não votariam em candidato que apoia o governo de Temer, diz pesquisa

Alguns aliados do governo Michel Temer têm afirmado que para ganhar apoio do Palácio do Planalto nas eleições presidenciais deste ano, o candidato precisará defender o legado do emedebista. Contudo, assumir tal postura pode ser um tiro no pé para aquele que pretende ser presidente da República. 

Isso porque, segundo uma pesquisa realizada pelo Ibope, 90% dos eleitores não votariam em um candidato que defenda o governo Temer. Apenas 5% responderam que dariam voto a um defensor do presidente. As informações são do blog do Lauro Jardim, de O Globo.

O levantamento foi feito entre 9 e 17 de dezembro, e divulgado somente agora, nas dez maiores capitais do Brasil, com usuários de internet das classes A, B e C. Em relação ao nível de corrupção no país, os brasileiros acham que não diminuiu: 42% e 44% avaliam que a situação é a mesma no governo Temer é igual ou pior do que a registrada nos governos Lula e Dilma. Somente 8% dos entrevistados consideram que hoje a roubalheira diminuiu. Fonte: blog do Lauro Jardim e Bahia Notícias
Créditos: Revista Forum