quinta-feira, 21 de março de 2019

Número de desempregados no Brasil é 3 vezes a população do Uruguai

A taxa de desemprego no Brasil aumentou no último trimestre encerrado em janeiro, atingindo 12,7 milhões de pessoas, segundo dados divulgados no mês passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Trata-se do maior número de desocupados desde agosto do ano passado, após uma sequência de oito meses seguidos de quedas e um de estabilidade.
No trimestre encerrado em dezembro de 2018, a taxa de desemprego verificada pelo IBGE foi de 11,6%, atingindo 12,2 milhões de brasileiros.
Nosso vizinho Uruguai, localizado na parte sudeste da América do Sul, tem uma população de 3.518.552. O número de desempregados no Brasil é mais que três vezes (3,6) a população inteira do Uruguai.
A única fronteira terrestre do Uruguai é com o estado brasileiro do Rio Grande do Sul, no norte, sendo a segunda menor fronteira do Brasil com outro país sul-americano.
O Uruguai é um dos países economicamente mais desenvolvidos da América do Sul, com um dos maiores PIB per capita, em 48º lugar no índice de qualidade de vida (2011) e no 1º em qualidade de vida/desenvolvimento humano na América Latina. Foi o país latino-americano melhor classificado no Índice de Prosperidade Legatum. O Uruguai é conhecido por ser pioneiro em medidas relacionadas com direitos civis e democratização da sociedade.
Créditos: Observatório do Terceiro Setor

terça-feira, 19 de março de 2019

Trabalho infantil atinge 998 mil crianças no Brasil

1,8 milhão de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos trabalhavam em 2016, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Deste total, 998 mil estavam em condição de trabalho infantil, isto é, tinham menos de 14 anos ou tinham mais de 14 anos, mas estavam trabalhando de forma ilegal. 

Outro dado alarmante aponta que, entre 2007 e 2017, 40.849 meninos e meninas sofreram acidentes de trabalho, sendo 24.654 de forma grave, de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde. Foto: HP.
Créditos: Observatório do Terceiro Setor

segunda-feira, 18 de março de 2019

15 milhões de pessoas no Brasil sobrevivem com renda de até R$ 140 por mês

15 milhões de pessoas no Brasil sobrevivem com renda de até R$ 140 por mês, o que caracteriza extrema pobreza. O dado é da última ‘Síntese de Indicadores Sociais – Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira’, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O mesmo relatório aponta que o percentual de brasileiros em situação de extrema pobreza aumentou de 2016 para 2017.
Enquanto isso, os deputados federais e senadores brasileiros ganham só de salário R$ 33.763 – o que representa 35 vezes o salário mínimo atual e mais de 240 vezes a renda de quem se encontra em situação de extrema pobreza.
Isso sem falar nos benefícios que os parlamentares recebem: auxílio-moradia de R$ 4.253 ou apartamento de graça para morar, verba de R$ 92 mil para contratar até 25 funcionários, e verba de R$ 30.416,80 a R$ 45.240,67 por mês para gastar com alimentação, aluguel de veículo e escritório, divulgação do mandato e outras despesas.
Além de tudo isso, eles recebem dois salários no primeiro e no último mês da legislatura como ajuda de custo e ressarcimento de gastos com médicos.
Apenas um deputado federal brasileiro, juntando salário e benefícios, custa aos cofres públicos R$ 168,6 mil por mês. Juntos, todos os 513 custam, em média, R$ 86 milhões ao contribuinte todos os meses, chegando à quantia de R$ 1 bilhão por ano. Foto: RBA.

sábado, 16 de março de 2019

Taxa de mortalidade infantil no Brasil é maior que na Venezuela e na Síria

A mortalidade infantil no Brasil assusta nos números. Segundo o Index Mundi, um portal que reúne estatísticas de diferentes fontes ao redor do mundo e as apresenta de forma simplificada, em gráficos e tabelas, a taxa de mortalidade de crianças menores de um ano no Brasil é maior que a de países como Venezuela e Síria. O portal usa como fontes para esses dados o CIA World Factbook.
Segundo o Index Mundi, a taxa de mortalidade de crianças menores de um ano no Brasil, em 2017, era de 17,5 para cada 1.000 nascidas vivas. Na Venezuela, que tem enfrentado uma grave crise nos últimos anos, era de 12,2 mortes para cada 1.000 nascidos vivos. E na Síria, que está em guerra há anos, era de 14,7 mortes para cada 1.000 nascidos vivos.
Vale citar que os dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam uma taxa de mortalidade menor no Brasil, em 2017: 12,8 mortes de crianças menores de um ano para mil nascidas vivas. Mas usamos neste texto os dados do índice mundial, para fins de comparação entre diferentes países.
Segundo um estudo divulgado na revista científica Plos Medicine, cortes orçamentários em saúde básica e assistência social podem levar a até 20 mil mortes e 124 mil hospitalizações de crianças com menos de 5 anos até 2030, no Brasil. Mortes que poderiam ser evitadas com investimentos no programa Estratégia Saúde da Família e no Bolsa Família. Foto: EBC.

terça-feira, 12 de março de 2019

Devedores da Previdência respondem por quase três vezes o déficit 

Os devedores da Previdência Social acumulam uma dívida de R$ 426,07 bilhões, quase três vezes o atual déficit do setor, que foi cerca de R$ 149,7 bilhões no ano passado. Na lista, que tem mais de 500 nomes, aparecem empresas públicas, privadas, fundações, governos estaduais e prefeituras que devem ao Regime Geral da Previdência Social. O levantamento foi feito pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, responsável pela cobrança dessas dívidas.

De acordo com o coordenador-geral da Dívida Ativa da União, Cristiano Lins de Moraes, algumas dessas dívidas começaram na década de 60. “Tem débitos de devedores de vários tipos, desde um pequeno a um grande devedor, e entre eles há muita variação de capacidade econômica e financeira. Também há algumas situações de fraude, crimes de sonegação e esquemas fraudulentos sofisticados. Às vezes, um devedor que aparenta não ter movimentação financeira esconde uma organização que tem poder econômico por trás dele”, afirma o procurador da Fazenda Nacional.

A antiga companhia aérea Varig, que faliu em 2006, lidera a lista com R$ 3,713 bilhões. O levantamento inclui outras instituições que também decretaram falência: Vasp, que encerrou as atividades em 2005 e teve a falência decretada em 2008, com dívida de R$ 1,683 bilhão; o antigo Banco do Ceará (Bancesa), com uma dívida de R$ 1,418 bilhão; e a TV Manchete, que tem débitos no valor de mais de R$ 336 milhões.

Grandes empresas também constam entre os devedores da Previdência, como a mineradora Vale (R$ 275 milhões) e a JBS, da Friboi, com R$ 1,8 bilhão, a segunda maior da lista.

A lista inclui ainda bancos públicos e privados, como a Caixa Econômica Federal (R$ 549 milhões), o Bradesco (R$ 465 milhões), o Banco do Brasil (R$ 208 milhões) e o Itaú Unibanco (R$ 88 milhões).

A Procuradoria-geral da Fazenda Nacional tenta recuperar parte do dinheiro por meio de ações na Justiça. No ano passado, foram recuperados aproximadamente R$ 4,150 bilhões, cerca de 1% do total devido. O valo recuperado foi 11% superior ao de 2015.

Cristiano de Moraes diz que a Procuradoria-Geral da Fazenda nacional tem desenvolvido projetos para agilizar o pagamento das dívidas, mas programas de parcelamento de dívidas de estados e prefeituras atrasam com frequência o pagamento dos débitos.

O defícit da Previdência Social é um dos argumentos do governo para fazer a reforma do setor, que está em análise na Câmara dos Deputados.

Já a Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal e centrais sindicais propõem mudanças na forma de arrecadação e cobrança de débitos previdenciários. “É preciso fazer primeiro ajustes no lado das fontes de financiamento. Ou seja, cobrar essa dívida que é dinheiro sagrado de aposentados e pensionistas e foi ao longo do tempo acumulada, gerando quase de R$ 500 bilhões de débitos inscritos, fora o que está na fase administrativa. O índice de recuperação é pequeno e lento, temos que criar métodos mais ágeis de recuperação desses recursos”, disse Moraes. Foto: EBC.
Créditos: Agência Brasil

segunda-feira, 4 de março de 2019

Governo pretende gastar R$ 1,4 bilhão para aprovar Reforma da Previdência

O texto apresentado no Congresso na quarta-feira, dia 20, que é ainda mais duro do que a Reforma de Temer, prevê uma idade mínima de 65 anos para homens, 62 para mulheres, e uma contribuição de 40 anos para receber 100% do valor. Mas a reforma com a qual Bolsonaro faz uma demagogia absurda dizendo que é "necessário para conter a crise", na verdade tem custado altos valores que o governo não parece receoso em gastar.
Bolsonaro está vendo as dificuldades que terá para aprovar a Reforma da Previdência, o ataque mais central de seu governo contra trabalhadores, que em 2017 levou o povo às ruas em Brasilia e fez Temer recuar. Para garantir que dessa vez seja aprovado, ele que cavar espaço oferecendo “benefícios” para os parlamentares votarem a favor da proposta. Para isso o governo está disposto dar repasses individuais de R$ 5 milhões para os parlamentares novatos e aumentar sua base no congresso, resultando em um gasto total de R$ 1,4 bilhão.
Esse absurdo escancara que o governo e os capitalistas estão dispostos a tudo para fazer com que os trabalhadores paguem pela crise, enquanto rifam nossas vidas, precarizam as condições de trabalho e fazem com que trabalhemos até morrer. 
Créditos: Esquerda Diário

sexta-feira, 1 de março de 2019

Prefeitura de São Paulo vai fechar 31 bases do Samu

A prefeitura de São Paulo irá desativar 31 das 58 bases existentes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e realocar os funcionários. Essa medida faz parte dos cortes de gastos que o prefeito Bruno Covas publicou na semana passada,  para a saúde, assistência social e coleta de lixo na capital paulista. Precarizando ainda mais os serviços públicos.
A medida tem o intuito de contingenciar gastos, mas esse contingenciamento vai gerar uma série de problemas estruturais já que as bases estão instaladas em pontos estratégicos da cidade para possibilitar um atendimento mais rápido em sua área de cobertura. Um funcionário da Samu afirmou que o tempo de atendimento dos pacientes irá mudar. “Quando recebemos uma ligação de emergência estamos em uma área estratégica dentro do perímetro de atendimento. Com a mudança do ponto de trabalho, os atendimentos vão demorar mais, o que pode ser crucial para os pacientes, podendo resultar em um óbito”, alegou o funcionário.
Além do encerramento desses postos serem prejudicial para a população, irá afetar muito os trabalhadores da saúde, que serão realocados para outros postos e terão seus horários alterados. Essa mudança irá afetar a vida de mais de 1.600 funcionários. Os terceirizados podem ser os mais prejudicados com isso, pois com o fechamento dos postos do Samu, os contratos de segurança e limpeza irão reduzir ou encerra, o que provavelmente irá acontecer muitas demissões de setor que já sofre com a precarização do serviço.
Covas vem seguindo com vários ataques contra a população e os trabalhadores de São Paulo como o aumento da tarifa de transporte e também e a retirada de direitos dos servidores públicos com o SampaPrev e repressão brutal que vêm fazendo contra a greve. Essa medida mostra mais ainda que Covas quer que os trabalhadores paguem pela crise cortando gastos e fechando postos da Samu, precarizando mais os serviços públicos da população em serviços dos interesses capitalistas.
Créditos: Esquerda Diário