domingo, 26 de janeiro de 2020

Desmatamento na Amazônia aumentou 85% em 2019

Em 2019, o desmatamento na Amazônia aumentou 85,3%, em relação a 2018, de acordo com dados levantados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (DETER), do INPE, revelou que, no último ano, 9.165,3 quilômetros quadrados de florestas na região foram destruídos. Em 2018, registros de alertas de desmatamento ocorreram em uma área de 4.219,3 km².
Os dados revelam que este foi o maior índice de desmatamento registrado na região nos últimos 5 anos. As maiores taxas ocorreram em maio, julho, agosto, setembro e novembro. Os estados mais impactados foram o Pará, Mato Grosso, Amazonas e Rondônia.
O desmatamento é um dos fatores principais para a propagação dos incêndios na Amazônia. No último ano, houve um aumento de 30% nas queimadas, indo de 68.345 focos em 2018 para 89.178 em 2019.
Vale lembrar que, durante as ocorrências das queimadas, o INPE sofreu com acusações do presidente da República, Jair Bolsonaro, resultando na exoneração do diretor do instituto, Ricardo Galvão.
No fim de 2019, Galvão foi eleito pela revista especializada Nature como uma das 10 pessoas mais importantes para a ciência ao longo do ano, no mundo, por sua oposição ao governo e atuação na defesa da ciência. Foto: Arquivo EBC. Fonte DW Brasil .
Créditos: Observatório do Terceiro Setor

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Brasil fecha 17 fábricas por dia desde 2015

O golpe dado contra Dilma Rousseff para impor uma agenda neoliberal fez o Brasil perder 17 indústrias por dia nos últimos quatro anos.

De acordo com levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 25.376 unidades industriais encerraram suas atividades de 2015 a 2018. O País tinha 384.721 unidades industriais de transformação em 2014, mas teve uma queda de 6,6%, com 359.345 indústrias em 2018.
A indústria de transformação opera 18,4% abaixo do pico alcançado em março de 2011. "A transformação está praticamente parada. Se ela não cai, também não demonstra nenhum tipo de crescimento", afirmou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE. Os dados foram publicados no jornal O Estado de S.Paulo.
Com baixa de 12,7%, o Rio de Janeiro teve a maior queda nas unidades industriais de transformação de 2014 a 2018. Perdeu 2.535 unidades em quatro anos. Em números absolutos, o estado de São Paulo teve a maior perda de unidades produtoras. Foram menos 7.312 unidades, uma redução de 7%. Fonte: Estadão. Foto: EBC.(Editado).
Créditos: Brasil247

sábado, 11 de janeiro de 2020

Endividamento bate recorde e consumo cai

O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede o  impacto dos preços entre famílias com renda mensal de até 2,5 salários mínimos quase dobrou entre novembro e dezembro, de 0,56% para 0,93%. A alta nos alimentos, em especial da carne – que subiu 17,7% no mesmo período –, deve continuar pressionando a inflação para os mais pobres em 2020. Esse comprometimento de uma parcela maior da renda com gastos essenciais tem levado ao aumento do endividamento.

De acordo com Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 65,6% das famílias têm algum tipo de dívida, a maior parte – 79,8% – no cartão de crédito. Trata-se do maior nível desde janeiro de 2010, quando a começou a pesquisa.

No ano de 2019, o IPCA acumulado ficou em 4,31%. Alimentos e bebidas pesaram mais no bolso e o preço da carne saltou 32,4%. Imagem: EBC. (Editado
Créditos: Rede Brasil Atual

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

No primeiro ano, governo Bolsonaro queima 10 bi de dólares em reservas internacionais

Os números finais ainda não foram publicados, mas 2019 revela um verdadeiro desastre no setor externo para o Brasil. Dados oficiais na página do Banco Central mostram que no primeiro ano de Bolsonaro, o país queimou, até novembro, mais de 10 bilhões de dólares em reservas internacionais. Eram 376,9 bilhões em janeiro, chegando a 366,3 bi no penúltimo mês de 2019.

E os dados devem ser piores ainda no fechamento do ano, porque até 27 de dezembro o Brasil teve saída recorde de dólares. Só no mês, mais de 16 bilhões foram embora, a maior saída entre todos os meses já pesquisados. 

No acumulado do ano, até a mesma data, foram embora 43,2 bilhões de dólares, de longe o pior resultado da série histórica. Antes, o recorde eram 16,1 bilhões registrados em 1999, no governo FHC, no ano da crise cambial, no começo de seu segundo mandato. E o governo Bolsondaro está queimando reservas para fechar as contas externas e também para segurar o valor do dólar no Brasil.

A balança comercial brasileira fechou 2019 com queda de 20,5% no superávit comercial em relação a 2018, o pior número desde 2015. E entre janeiro e outubro de 2019, 42,9 bilhões de dólares foram embora do sistema financeiro brasileiro. Os investimentos diretos no país também caíram. Nos doze meses até novembro de 2019, ingressaram 70 bilhões de dólares, 8,4% a menos que no mesmo período de 2018. Imagem FB.
Créditos: Brasil de Fato

domingo, 5 de janeiro de 2020

Balança comercial tem pior resultado em 4 anos

A queda foi de 20,5% em 2019. 
A balança comercial brasileira fechou 2019 com superávit de 46,674 bilhões de dólares, recuo de 20,5% pela média diária sobre 2018, num ano marcado pelo enfraquecimento no comércio global pelas tensões entre Estados Unidos e China, crise na Argentina e menor crescimento doméstico que o inicialmente projetado.
A última previsão feita pelo Ministério da Economia para a balança era de que ela ficaria positiva em 41,8 bilhões de dólares em 2019. Mesmo acima deste patamar, o resultado efetivamente alcançado representou o pior para o país desde 2015, quando houve superávit de 19,5 bilhões de dólares.
Em dezembro, o superávit foi de 5,599 bilhões de dólares, informou o Ministério da Economia, acima do saldo positivo de 4,352 bilhões de dólares esperado por analistas em pesquisa Reuters.
No último mês do ano, as exportações alcançaram 18,155 bilhões de dólares, enquanto as importações somaram 12,555 bilhões de dólares. Fonte: Reuters. (Editado). Imagem: JP. Créditos: Exame

sábado, 4 de janeiro de 2020

Produção industrial tem forte queda em dezembro

A atividade manufatureira no Brasil seguiu em crescimento, mas sofreu firme desaceleração no último mês de 2019, com fraqueza em novos pedidos e produção em meio a cortes em vagas de trabalho. Uma medida das exportações sofreu a maior queda em uma década.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) calculado pelo IHS Markit caiu a 50,2 em dezembro, ante 52,9 em novembro. Leituras acima de 50 indicam expansão da atividade, mas a queda no número-índice mostrou que o crescimento se deu em ritmo mais brando.

A taxa de dezembro é a mais baixa da atual série de cinco meses de crescimento.
O segmento de bens de capital teve a maior influência negativa no número geral, registrando o primeiro recuo em um ano, tendo como pano de fundo “fortes contrações” em vendas e produção, segundo o IHS Markit.

O crescimento do PMI foi puxado pelas categorias de bens de consumo e intermediários, com ambos registrando expansão em dezembro.
O total de novos negócios mal cresceu em dezembro, com a alta sendo a mais fraca da atual série de sete meses de números positivos.

O desempenho foi pressionado em parte por menores vendas aos mercados internacionais. O componente de novas encomendas de exportação caiu na maior velocidade desde o começo de 2009, com fraca demanda de clientes da América Latina, sobretudo Argentina e Chile.

O subíndice de empregos foi outro a mostrar debilidade, diante da persistente e ampla capacidade ociosa da indústria. O emprego no setor manufatureiro teve o primeiro declínio desde julho, ainda que discreto.

Enquanto isso, os custos dos insumos cresceram de forma ainda mais acelerada, com algumas empresas culpando a depreciação do real frente ao dólar. Contudo, os números mostraram falta de poder de precificação por parte dos produtores de bens, conforme os preços de vendas cresceram em ritmo leve, o menor desde agosto.

À frente, os consultados preveem um cenário melhor, com o otimismo alcançando uma máxima em 11 meses, amparado por previsões de mais negócios, maior investimento e clima econômico favorável. Imagem: EBC. Com informações da Agência Reuters.
Créditos: Brasil247

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Extrema pobreza no Brasil atinge o maior nível em 7 anos

Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2019, divulgada pelo IBGE, mostra que em 2018 o país tinha 13,5 milhões pessoas com renda mensal per capita inferior a R$ 145, ou U$S 1,90 por dia, critério adotado para identificar a condição de extrema pobreza. Isso significa que 6,5% dos brasileiros viviam nessa condição, maior percentual em 7 anos.

Outro dado que chama atenção na SIS 2019 é que um em cada quatro brasileiros vive com menos de R$ 420 por mês. São 52,5 milhões de brasileiros vivendo na pobreza. A pobreza atinge principalmente a população preta ou parda, que representa 72,7% dos pobres (38,1 milhões de pessoas), em especial as mulheres pretas ou pardas (27,2 milhões estão abaixo da linha da pobreza).
Em relação às condições de moradia, 56,2% (29,5 milhões) da população abaixo da linha da pobreza não têm acesso a esgotamento sanitário; 25,8% (13,5 milhões) não são atendidos com abastecimento de água por rede; e 21,1% (11,1 milhões) não têm coleta de lixoO Maranhão foi o estado com maior percentual de pessoas com rendimento abaixo da linha de pobreza (53,0%). Já Santa Catarina, que também se mostrou o estado menos desigual, apresentou o menor percentual de pobres.
Em relação às inadequações habitacionais como em relação à ausência de saneamento, as proporções registradas são maiores entre pretos e pardos do que entre brancos. Entre pretos e pardos, 42,8% (49,7 milhões) não são atendidos com coleta de esgoto; 17,9% (20,7 milhões) não têm abastecimento de água por rede; e 12,5% (14,5 milhões) não têm acesso a coleta de lixo.