Em 24 horas o Brasil registrou oficialmente exatos 1.300 mortos pela covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. Os dados são do boletim do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), divulgado no início da noite desta terça (14). Nas últimas semanas, os óbitos se mantiveram na casa dos 1.200, nos piores dias. O aumento confirma o que cientistas vem repetindo a pandemia segue descontrolada no país.
Já a curva de contágio da covid-19 nem sequer chegou a entrar em estabilidade e segue crescente. Nas últimas 24 horas, foram registrados 41.857 novos doentes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o Brasil é o epicentro da pandemia no mundo, com o número de mortos no último mês superando outros países membros da comunidade internacional.
Desde março, quando a pandemia chegou ao Brasil, já foram registrados 1.926.824 infecções. Durante todo o período, o governo Bolsonaro ignorou o surto. “Queimou” dois ministros da Saúde por eles seguirem as recomendações médicas e chegou a afirmar que as mortes pela covid-19 não passariam de 2 mil. Além disso, Bolsonaro promoveu aglomerações públicas e fez piada com as mortes.
Mesmo com o alerta da ciência, governadores e prefeitos, que inicialmente mostraram preocupação e baixaram medidas de distanciamento social, abandonaram medidas mínimas de proteção à população, após um tímido sinal de estabilidade no número diário de mortos, há cerca de três semanas.
Porém, a estabilidade manteve-se no topo e não houve redução na curva de mortalidade. Epidemiologistas alertaram para as consequências da flexibilização da quarentena: sem controle, o cenário pode piorar.
Em números globais, desde o início da pandemia, o Brasil é o segundo país mais afetado pelo novo coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Sozinho, o país tem mais do que o dobro de casos e mortes pela doença do que todos os países sul-americanos somados. O Brasil também é um dos países que menos realizam testes de sorologia da covid-19 no mundo. (Editado). Foto:EBC.
Créditos: Rede Brasil Atual
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