segunda-feira, 21 de março de 2022

Democracia brasileira recuou 10 anos

Um levantamento elaborado pelo  V-Dem Institute, da Suécia, um dos principais centros de pesquisa em todo o mundo sobre o estado da democracia, destaca que o Brasil vive um processo de "autocratização" e é “um dos cinco países onde a democracia sofre os maiores abalos no mundo na última década”. Segundo o estudo, a crise na democracia brasileira só não foi maior graças à atuação da Justiça, freando o presidente Jair Bolsonaro”, diz o jornalista Jamil Chade no UOL. 

De acordo com o instituto, “o Brasil não é uma democracia liberal, já que vive desafios para garantir que todos os critérios de um estado de direito consolidado sejam atendidos” e aparece “apenas como uma ‘democracia eleitoral’”. “Na modesta 59ª posição, o Brasil perde para países como Gana, Bulgária, Senegal, Armênia, Romênia, Cabo Verde, África do Sul ou São Tomé e Príncipe”, destaca Chade no texto. 

O índice da democracia é liderado pela por Suécia, Dinamarca, Noruega, Costa Rica, Nova Zelândia, Estônia, Suíça, Finlândia, Alemanha, Irlanda, Bélgica e Portugal. Ainda segundo ele, o levantamento aponta que “o Brasil está entre os países que mais sofreram um processo de erosão da democracia na última década, ao lado de Hungria, Índia, Polônia, Sérvia e Turquia. Na América Latina, o Brasil faz parte de um grupo que conta com El Salvador, Nicarágua e Venezuela”.

“A deterioração da democracia no país só não foi maior por conta da resistência do Supremo Tribunal Federal, diante da pressão de Bolsonaro para deslegitimar o sistema eleitoral”, ressalta a reportagem. “Outra característica do Brasil é a ‘polarização tóxica’ no sistema partidário e no debate político” que “ começou a aumentar em 2013 e atingiu níveis tóxicos com a vitória eleitoral do presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro em 2018”, diz o estudo. Créditos: Brasil 247

quarta-feira, 16 de março de 2022

China confina quase 30 milhões de pessoas por surto recorde de covid-19

(AFP) Quase 30 milhões de pessoas foram confinadas na China na terça-feira (15), depois que o país registrou o maior surto de covid-19 em dois anos: as autoridades determinaram testes em uma escala que não era observada desde o início da pandemia.

O país registrou 5.280 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, o maior número desde a primeira onda da pandemia no início de 2020, de acordo com dados da Comissão Nacional da Saúde (CNS).

Ao menos 13 cidades enfrentam um confinamento total e várias adotaram fechamentos parciais.

Com as restrições draconianas, o país conseguiu conter as infecções após a primeira onda da doença no fim de 2019 na cidade de de Wuhan, mas enfrentou recentemente vários focos vinculados à variante ômicron.

Na terça-feira foi o sexto dia consecutivo em que o balanço de casos diários supera mil contágios.

Os números são pequenos em comparação com outros países, mas dentro da estratégia chinesa de "covid zero" até o menor foco é enfrentado com medidas severas.

A província de Jilin (nordeste do país) foi a mais afetada, com mais 3.000 casos nesta terça-feira, de acordo com a CNS. A capital provincial Changchum, com nove milhões de habitantes, assim como outras cidades, estão em confinamento total.

O governador de Jilin prometeu fazer o possível para "alcançara a covid zero comunitária em uma semana", informou a imprensa estatal.

A metrópole tecnológica de Shenzhen (sul), com 17 milhões de habitantes e próxima de Hong Kong, também está confinada.

As medidas provocaram o fechamento de várias fábricas na cidade, entre elas a gigante taiwanesa Foxconn, principal fornecedora da Apple.

A Bolsa de Hong Kong registrou queda de 6,20% nesta terça-feira, enquanto Xangai fechou em baixa de 4,95%.

Dezenas de voos domésticos a partir dos aeroportos de Pequim e Xangai foram cancelados.

"O recente surto de covid e as novas restrições, em particular o confinamento em Shenzhen, pesarão sobre o consumo e causarão interrupções no abastecimento a curto prazo", afirmou Tommy Wu, da Oxford Economics, em um comunicado.

Ele acrescentou que, com isso, será um "desafio" para a China atingir a meta oficial de crescimento econômico de 5,5% para este ano. Foto: AFP. Créditos: Swissinfo

sábado, 12 de março de 2022

Inflação no país é a maior desde 2015

A inflação oficial no País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 1,01% em fevereiro de 2022 na comparação com janeiro, sendo essa a maior variação para um mês de fevereiro desde 2015 (1,22%), conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados na sexta-feira (11). O índice ficou 0,47 ponto percentual acima do registrado em janeiro (0,54%) e, no ano, acumula alta de 1,56%.  Na comparação anual, a alta foi de 10,54%.

A estimativa de analistas consultados pela Refinitiv era de que o IPCA tivesse subido 0,95% em fevereiro sobre janeiro e 10,50% contra um ano antes.

Em fevereiro, os principais impactos vieram da Educação (5,61%) e da Alimentação e Bebidas (1,28%).

“Em fevereiro, são incorporados no IPCA os reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. Portanto esse foi o item que teve o maior impacto no mês, com peso de 0,31 ponto percentual. O outro grupo que pesou bastante no mês foi o de Alimentação e bebidas, que acelerou para 1,28% e contribuiu com 0,27 ponto percentual. Juntos, os dois grupos representaram cerca de 57% do IPCA de fevereiro”, ressalta o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov. Créditos: InfoMoney


sábado, 5 de março de 2022

Rússia declara regime de cessar-fogo na Ucrânia

Rússia declarou o regime de cessar-fogo para que os civis possam sair de Mariupol e de Volnovakha, informou o Ministério da Defesa da Rússia.
Neste sábado, 5 de março, às 10h00 hora de Moscou (4h00 no horário de Brasília), o lado russo declara o regime de cessar-fogo e abre corredores humanitários para saída de civis de Mariupol e Volnovakha", informou a entidade de Defesa russa.

Acrescenta-se ainda que os corredores humanitários e as rotas de saída de civis foram acordados com o lado ucraniano.
As autoridades de Mariupol querem usar o regime de cessar-fogo para restaurar a infraestrutura crítica da cidade, bem como fornecer medicamentos e suprimentos e de primeira necessidade.

"Situação quanto ao estabelecimento de um corredor humanitário às 8h30 (hora local) (3h30 horário de Brasília). Exatamente neste momento está sendo determinada a hora de abertura de um corredor 'verde' humanitário e o início de regime cessar-fogo em Mariupol. 

Isto permitirá a restauração da infraestrutura crítica da cidade, luz, água, rede de comunicação. Será também possível fornecer a Mariupol medicamentos e produtos de primeira necessidade. 

Ontem, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que na maior parte do território da Ucrânia está se desenvolvendo uma situação humanitária desastrosa com tendências para agravamento. A situação mais complicada ocorre nas cidades de Kiev, Kharkov, Sumy, Chernigov e Mariupol. Foto: Ivan Rodionov  Créditos: Sputnik Brasil