quinta-feira, 12 de julho de 2012

Minas Gerais já registra 15 mortes por gripe suína, apesar disso, Governo descarta epidemia no Estado


Número de casos da H1N1 no Estado pode aumentar com baixas temperaturasQuinze pessoas já morreram em decorrência da contaminação com o vírus H1N1, da Influenza A, popularmente conhecida como gripe suína em Minas Gerais. No total, foram 38 casos da doença registrados até o momento. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde nesta quarta-feira (11).
O secretário de vigilância e proteção à saúde, Carlos Alberto Pereira Gomes informou que 80% das pessoas que morreram pela doença já estavam em condições vulneráveis antes de contrair o vírus.
— Na grande maioria, eram pacientes que já tinham alguma doença anterior como diabetes ou hipertensão e que não se vacinaram. Graças à imunização, não tivemos mortes de grávidas ou crianças em Minas.
Gomes ressaltou a necessidade de conscientização da população. Ele avaliou que, embora os números não sejam satisfatórios, o Estado não vive um momento alarmante e que "está dentro do previsto epidemiologicamente".
Ainda de acordo com o secretário, mais pessoas sofrem com a doença neste período do ano devido ao frio mais intenso. Prova disso é que a maior parte das mortes aconteceu na região Sul, que registra temperaturas mais baixas.
A partir da semana que vem, as campanhas de prevenção contra a doença devem ser reforçadas, entre a população e dentro das unidades hospitalares. Gomes explicou que a melhor forma de conter a circulação do vírus é através da "educação sanitária", que consiste em manter hábitos de higiene como lavar sempre as mãos, além da vacinação, principalmente entre as pessoas que já possuem condições de saúde mais vulneráveis.

Plenário do Senado cassa mandato de Demóstenes Torres


O senador Demóstenes Torres com seu advogado no plenário do Senado (Foto: Agência Senado)Demóstenes Torres (sem partido-GO) teve seu mandato de senador cassado nesta quarta-feira (11) pelo plenário do Senado em razão de sua ligação com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Em votação secreta, Demóstenes foi o segundo senador cassado na história do Senado com 56 votos favoráveis – Luiz Estevão foi cassado em 2000. Apenas 19 dos 80 senadores presentes votaram pela manutenção do mandato do senador. Foram cinco abstenções.
O senador Demóstenes Torres com seu advogado
no plenário do Senado (Foto: Agência Senado)
Para se confirmar a perda do cargo, aprovada anteriormente por unimidade no Conselho de Ética e na Comissão de Constituição e Justiça, seriam necessários, no mínimo, 41 votos de senadores. O único senador ausente na sessão foi Clovis Fecury (DEM-MA), que está de licença desde o dia 6 de julho.
Com a cassação aprovada, Demóstenes Torres tem seus direitos políticos suspensos por oito anos a contar do fim do mandato parlamentar, que se encerraria em 2019. Com isso, Demóstenes só poderá voltar a disputar eleições a partir de 2027, quando tiver 66 anos.
Em tese, ele poderia questionar a cassação no Supremo Tribunal Federal (STF), mas ainda nesta terça (10), antes da decisão, o advogado de Demóstenes, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, descartou uma apelação na Justiça. “Não vamos recorrer. A decisão do plenário é soberana. Não há como fazer qualquer tipo de recursos. Só nos cabe aceitar a decisão”, disse o advogado.
Com a perda do mandato, Demóstenes também perde o foro privilegiado e deixa de ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal, onde é alvo de inquérito. Como é procurador de Justiça do Ministério Público de Goiás licenciado, Demóstenes passa a ter como foro o Tribunal de Justiça de Goiás.
O senador cassado foi acusado de quebra de decoro parlamentar por suspeita de ter utilizado o mandato parlamentar para auxiliar nos negócios do contraventor, preso pela Polícia Federal no fim de fevereiro durante a Operação Monte Carlo sob acusação de explorar jogos ilegais e corrupção. Poucos dias após a prisão, surgiram notícias do envolvimento de Carlinhos Cachoeira com Demóstenes Torres.
Eu fui perseguido como um cão sarnento. Tudo o que aconteceu na minha vida e o que não aconteceu veio a público. Mandaram jornalistas para todo lugar de Goiás e do Brasil. Por que não apareceu meu nome em desvios? Eu fui investigado como ninguém no Brasil.”
Demóstenes Torres, durante discurso no plenário do Senado
‘Bode expiatório’ e ‘cão sarnento’
Demóstenes chegou ao plenário nesta quarta para sessão que votaria sua cassação antes dos colegas e permaneceu sentado durante os discursos. Antes da votação, voltou a negar ter favorecido o bicheiro e disse que foi um “bode expiatório” e “perseguido como um cão sarnento”.
“Eu fui perseguido como um cão sarnento. Tudo o que aconteceu na minha vida e o que não aconteceu veio a público. Mandaram jornalistas para todo lugar de Goiás e do Brasil. Por que não apareceu meu nome em desvios? Eu fui investigado como ninguém no Brasil. E não apareceu nada, nada, nada. Aí começaram a inventar”, disse Demóstenes.
Apesar da votação secreta, a sessão, que começou às 10h11, foi aberta e as galerias do plenário já estavam repletas de pessoas convidadas por partidos, que receberam 100 senhas para assistir de perto.
Relembre o caso
No começo de março, a primeira denúncia indicava que Demóstenes havia recebido uma cozinha de presente do contraventor. No mesmo mês foram revelados indícios de que o então senador vazava informações do Congresso para Cachoeira. Depois disso, surgiram novas suspeitas de tráfico de influência em diversos órgãos federais. Em abril, Demóstenes deixou seu partido, o DEM, e passou a ser alvo de processo no Conselho de Ética.
Desde o início das denúncias, ele alegou que sua relação com Cachoeira, revelada em gravações da Polícia Federal, se limitaria à amizade e que não sabia de qualquer atividade ilegal. Em discursos e na defesa escrita, Demóstenes alegou que as inteceptações eram ilegais, por não terem sido autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), questionou a interpretação dada sobre os diálogos com Cachoeira e se disse vítima de perseguição política e da opinião pública.
Demóstenes adotou comportamento incompatível com o decoro mandato. Ele feriu de morte a dignidade do cargo e a ética que se impõe aos parlamentares”
Pedro Taques, senador
Discursos na sessão
A representação que pediu a cassação de Demóstenes por quebra de decoro parlamentar foi de autoria do PSOL. Em nome do partido, o senador Randofe Rodrigues (AP) usou a tribuna por 30 minutos para afirmar que o senador quebrou o decoro e defender a cassação.
Randolfe afirmou que as gravações feitas pela Polícia Federal entre Demóstenes e Cachoeira deixam claro que as relações entre o senador e o contraventor não eram apenas pessoais. “O que está em jogo é um sinal para milhões de brasileiros sobre a credibuliade de uma instituição”, afirmou. “O diálogo mostra claramente o nível de relação entre Cachoeira e o representado [...] Muitas são as provas que mostram a conduta incompatível com o decoro parlamentar.”
Antes de Randolfe, o senador Humberto Costa (PT-PE), relator do processo no Conselho de Ética, afirmou que Demóstenes mentiu aos parlamentares ao negar sua relação com o contraventor.
“Vossa Excelência disse aqui que não sabia dos afazeres ocultos de Carlos Cachoeira. É muito difícil acreditar. Como poderia não saber das atividades criminosas? [...] Que amigo é este que não procura saber por que o amigo havia sido indiciado por seis crimes. Portanto, me perdoe, mas Vossa Excelência faltou com a verdade”, disse o relator.
Quem também defendeu a cassação do mandato durante a sessão foi o senador Pedro Taques (PDT-MT), relator de processo contra Demóstenes na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Segundo ele, Demóstenes “feriu de morte a dignidade do cargo”.
“Demóstenes adotou comportamento incompatível com o decoro mandato. Ele feriu de morte a dignidade do cargo e a ética que se impõe aos parlamentares”, disse no discurso.
Histórico de cassações
Antes de Demóstenes, apenas um senador teve o mandato cassado: Luiz Estevão, então no PMDB-DF, perdeu o mandato sob a acusação de ter mentido no Senado ao negar envolvimento no desvio de R$ 169 milhões nas obras do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo.
A cassação ocorreu no dia 28 de junho de 2000, com 52 votos a favor da cassação, 18 contra e dez abstenções. Além do mandato, Luiz Estevão perdeu os direitos políticos até 2014.
No ano seguinte, Antonio Carlos Magalhães, então no PFL-BA, renunciaria ao mandato antes da votação de um processo de cassação, motivado pela revelação de que obteve a relação dos votos da cassação de Luiz Estevão. O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, então no PSDB-DF e líder do governo, também renunciou, sob suspeita de ter fornecido a lista. Ambos foram eleitos novamente em 2002, ACM para o Senado e Arruda para a Câmara.
Ainda em 2001, Jader Barbalho (PMDB-PA) renunciou, também para evitar a perda de direitos políticos. Na época, ele presidia o Senado e era acusado de desvios no Banco do Estado do Pará, fraudes na extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e venda de títulos da dívida agrária.
O processo mais recente de ameaça de cassação ocorreu em 2007, quando o então presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) foi acusado de ter as contas pessoais pagas por um lobista. Na época, ele renunciou à presidência do Senado e escapou da cassação.
G1

Céu verde! Na bola parada, Palmeiras é bicampeão da Copa do Brasil


Quando surgiu o alviverde imponente no gramado do Couto Pereira, onde a luta o aguardava, eles sabiam bem o que vinha pela frente. Um Coritiba inflamado, empolgado, confiante, regido por fanáticos que se orgulham em chamar de “inferno verde” o ambiente criado para receber os rivais. Mas hoje o céu também é verde, no tom que estampa os corações de uma torcida que canta e vibra. O Palmeiras soube mostrar que, de fato, é campeão. É campeão de novo. É campeão da Copa do Brasil!
O empate por 1 a 1 contra o Coritiba, com gol de Betinho, que provocou piadinhas e críticas até mesmo dentro do clube quando foi contratado, consagrou um time que teve de tudo, menos a famosa “sorte de campeão”. Teve o artilheiro Barcos fora das finais por crise de apendicite, o criativo Valdivia expulso no primeiro jogo, o bravo Henrique febril no segundo e ainda perdeu, no primeiro tempo do Couto Pereira, Thiago Heleno por lesão.
Mas o Palmeiras teve raça, disposição, jogadores empenhados em colocar novamente nos rostos de seus torcedores o orgulho na hora de encarar os rivais nas ruas depois de quatro anos sem títulos, desde o Campeonato Paulista de 2008. Fatores capazes de superar as limitações de um time que não vai se eternizar na galeria dos grandes esquadrões, mas estará, para sempre, na lista de campeões no Palestra. Lista que volta a destacar o bicampeão Luiz Felipe Scolari. Era ele o técnico no primeiro título da Copa do Brasil, em 1998. É ele o técnico no segundo. Mais velho, mais ranzinza, menos tolerante até mesmo com seus patrões, mas ainda umvencedor.
Betinho, Coritiba x Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Betinho, emocionado, comemora o gol do título do Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
O Coritiba perdeu sua segunda final consecutiva (em 2011 foi derrotado pelo Vasco), mas se estabeleceu como um grande, uma equipe que se impõe diante de sua torcida e passa a ser mais respeitada em qualquer competição. Resta saber se a diretoria terá a paciência e a disposição para manter o trabalho, assim como no ano passado.
Ao time paranaense restam o Campeonato Brasileiro e a Copa Sul-Americana. O Palmeiras também tem as duas competições pela frente, mas com o alívio de estar garantido na Taça Libertadores de 2012. Algo muito, muito importante, principalmente porque o outro brasileiro que já carimbou vaga é o Corinthians, arquirrival e atual campeão. Título e classificação que podem fazer a equipe navegar em mares calmos, algo raro ultimamente.
Rafinha contra a ‘rapa’
Parecia uma regra da final: o Coritiba só podia jogar por onde estava Rafinha. E o arisco camisa 7 começou pelo lado direito, onde logo conseguiu que seu marcador, Juninho, levasse cartão amarelo. Mas ser dependente de Rafinha não é bom sinal. Isso ficou evidente quando ele se jogou na entrada da área e também foi advertido pelo árbitro Sandro Meira Ricci, e quando justamente em seu lado o Palmeiras começou a dominar a partida.
Juninho e Mazinho foram grandes, apesar dos nomes. Tabelaram, triangularam quando Henrique ou Betinho se aproximaram, e criaram chances que fizeram time e torcida do Coxa baixarem a bola. Um silêncio quase sepulcral quando Betinho, livre, finalizou para fora após cruzamento de Marcos Assunção. Sempre os cruzamentos do capitão… Eles voltariam no segundo tempo.
Rafinha mudou de lado, foi para onde o campo estava em piores condições. E parecia que o Verdão do Paraná só chegaria com perigo se o Verdão de São Paulo errasse. Foi o que Thiago Heleno fez. Bobeou feio à frente de Everton Costa, atacante perigoso, “chato” para os zagueiros, mas sem faro de artilheiro. Ele rolou para Rafinha, que deu o maior susto em Bruno. O chute de pé esquerdo passou muito perto.
Coritiba x Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Everton Costa, do Coritiba, com Maurício Ramos, do Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Betinho: o herói da vez
Marcelo Oliveira voltou do intervalo com Ayrton, um lateral mais ofensivo, no lugar de Jonas. Pediu que sua equipe jogasse mais bola. Atitude o Coritiba até teve. Povoou o campo de ataque, explorou os avanços de Rafinha pela direita e fez a bola chegar mais à grande área do Palmeiras. Mas faltava qualidade técnica, que o técnico tentou ganhar com a entrada de Lincoln no lugar do volante Sergio Manoel.
Ayrton e Lincoln. E Marcelo, que havia errado nas substituições nos últimos jogos, mostrou o resultado de conhecer bem seu grupo. O meia sofreu falta e o lateral bateu com perfeição, rente à trave. Gritou, mostrou o símbolo aos torcedores, quase arrancou a camisa. E deu o recado para os palmeirenses: “Ainda tem jogo!!!”.
Tem mesmo? Falta para o Palmeiras na entrada da área logo depois. Muita reclamação do Coritiba. Dá para entender… Passou um filme na cabeça de milhares de pessoas na arquibancada. Quantos gols esse time de camisa verde já fez dessa forma? Um filme de terror para os anfitriões, uma deliciosa comédia para os visitantes. Um filme cujo protagonista é Marcos Assunção e o coadjuvante se reveza. No mais importante de todos os gols de bola parada da segunda Era Felipão, foi Betinho quem tirou o grito preso há tanto tempo na garganta, no peito e no coração dos palmeirenses.
O Coritiba, por obrigação, colocou mais um atacante e passou a tentar e correr mais. Mas no fundo, todos sabiam que quem sofreu tanto para fazer um golzinho não conseguiria fazer três em pouco mais de 25 minutos. Ainda mais na “defesa que ninguém passa”. O relógio passou a ser o principal personagem da atração que teve início na vitória por 2 a 0 na Arena Barueri. Os últimos minutos já se transformaram no início da festa. Luan, que disputou machucado o fim da partida, e Felipão tiveram seus nomes gritados. O que não faz um título…
Em meio aos torcedores, o suspenso Valdivia, o operado Barcos e o santo aposentado Marcos pareciam cidadãos normais, como esses palmeirenses que vão sair de casa nesta quinta-feira sem medo de cruzar com um amigo torcedor de outro time. Sem terem que mudar de assunto quando começarem a falar de futebol. E com um sorriso largo, do tamanho da futura Arena Palestra. Sorriso de campeão.
Coritiba x Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Coxa pressionou, mas não conseguiu passar pelo Palmeiras  (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Globoesporte.com

Portal Uol destaca Caminhos do Frio 2012: ‘Roteiro mistura história e degustação de cachaça pelo interior da Paraíba’


Os efeitos colaterais são visíveis. Os olhos quase não piscam diante de cada um dos detalhes sobre engenhos e escravidão; osorriso parece não caber na boca com as deliciosas histórias contadas sobre tempos passados; e o corpo começa a ficar mais relaxado logo após a segunda degustação de cachaça. Esses são alguns dos (agradáveis) sintomas para quem realiza a rota ‘Caminhos dos Engenhos’, no interior da Paraíba.

‘Caminhos dos Engenhos’ é roteiro turístico embriagante pelo interior da Paraíba

Foto 1 de 31 – O centro histórico de Areia, município de 23 mil habitantes do interior da Paraíba, abriga um belo conjunto arquitetônico declarado Patrimônio Histórico Nacional, em 2005. A cidade, um dos destinos históricos da rota ‘Caminhos dos Engenhos’ servia de parada de tropeiros que seguiam para o sertão nordestino e, anos mais tarde, abrigou diversos engenhos produtores de produtos derivados da cana-de-açúcar Eduardo Vessoni/UOL

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Cansado de ataques, vilarejo colombiano faz acordo com as Farc

Depois de aguentar quase 72 horas de confrontos entre as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e tropas do Exército colombiano, a população civil do município de Toribío, no Departamento de Cauca (sudoeste do país) decidiu procurar os líderes da guerrilha para pedir um cessar-fogo.
Soldado colombiano | Foto: AFP No último domingo, líderes indígenas, camponeses e a população urbana da cidade de pouco mais de 26 mil habitantes falaram diretamente com as Farc. De acordo com a contagem oficial, os ataques que começaram na sexta-feira deixaram cinco feridos, embora a população contabilize ao menos 13.
Entre os atingidos estão funcionários de uma missão médica que trabalhavam em um centro de saúde, alvo de um explosivo lançado por guerrilheiros baseados nas montanhas.
Além disso, pelo menos dez casas foram atingidas e 600 pessoas foram deslocadas por conta da ofensiva.
O líder indígena Gabriel Pavi contou à BBC Brasil que, apesar da presença do Exército na região, a situação estava incontrolável.
Segundo Pavi, no começo da tarde do domingo a comunidade se dividiu em quatro comitivas que caminharam a diferentes áreas rurais para falar com as Farc.
"Cada grupo levou entre uma e duas horas até chegar aos guerrilheiros. Nós conversamos com eles e exigimos que parassem de lançar bombas contra a cidade", explicou.
De acordo com o Pavi, a "missão civil" foi concluída com sucesso e, por volta de seis horas da tarde de domingo, os ataques cessaram.

Controle difícil

Além de ir atrás da guerrilha, a população local também protestou contra os militares. Nesta segunda-feira, um grupo de indígenas destruiu trincheiras usadas pelos militares para se proteger das investidas da guerrilha.
O prefeito da cidade, Ezequiel Vitonás, deixou transparecer em entrevistas a rádios e jornais colombianos que a situação ainda é delicada.
Ele contabiliza que a região foi atacada mais de 450 vezes pela guerrilha nos últimos dez anos.
Indígenas colombianos | Foto: Projeto Nasa
Civis colombianos decidiram procurar líderes guerrilheiros para negociar um cessar-fogo

Um dos maiores ataques ocorreu há exatamente um ano, quando as Farc instalaram em uma "chiva" (microônibus típico da região) explosivos que destruíram uma delegacia e afetaram 400 casas. Nesse incidente, três pessoas morreram e 70 ficaram feridas.
Os militares negam que haja falta de controle por parte do Estado. Para o Exército, as Farc estariam usando o lançamento de explosivos como estratégia para "despistar" o deslocamento de suas tropas no sul do país.
"Conhecemos esse truque, mas já recuperamos o controle", disse o coronel Martín Nieto.
Ele acrescentou que membros da guerrilha têm usado a população como escudo, escondendo-se em casas de civis e até mesmo vestindo roupas de civis. "Isso tem dificultado um pouco a ação", admitiu.(BBC)

Agricultores paraibanos recebem seguro safra a partir desta quarta

AgriculturaUm total de 157.071 pessoas de municípios da Bahia, Paraíba, de Minas Gerais, Pernambuco, do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte receberão a primeira parcela do auxílio neste mês, o que totaliza R$ 21,2 milhões.
 O Ministério do Desenvolvimento Agrário autorizou nesta terça-feira (10), o pagamento de benefícios para agricultores inscritos no Fundo Garantia Safra. O fundo é uma reserva financeira destinada a ajudar produtores de baixa renda que tenham sofrido perdas na lavoura, devido às chuvas ou estiagem.

Um total de 157.071 pessoas de municípios da Bahia, Paraíba, de Minas Gerais, Pernambuco, do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte receberão a primeira parcela do auxílio neste mês, o que totaliza R$ 21,2 milhões.

O Fundo Garantia Safra faz parte do Plano Safra da Agricultura Familiar, e prevê o pagamento de R$ 680 divididos em quatro parcelas a agricultores com renda de até um salário mínimo e meio (R$ 933).

Para receber o auxílio, é preciso comprovar a perda de pelo menos 50% da produção. Também é necessário que o município e o estado de moradia do produtor contribuam com o fundo.

Em 2012, o ministério está liberando o socorro antecipadamente por causa do rigor da estiagem, que começou no final de 2011 e causou prejuízos aos pequenos agricultores.

Os pagamentos referentes à safra 2011-2012 normalmente começam em julho, quando inicia o plantio para 2012. No entanto, no mês passado já ocorreu o repasse da primeira parcela do benefício a 76.028 agricultores. A liberação atual já faz parte de uma segunda leva de pagamentos.(portalcorreio)

Prazo para impugnações de candidaturas termina sexta

Cidadão pode acessar site para conferir informações sobre candidatosTermina nesta sexta-feira o prazo para apresentação de pedidos de impugnação de candidaturas.  As denúncias podem ser feita por partidos políticos, pelo Ministério Público e pelo eleitor, que pode procurar o promotor ou o juiz eleitoral para apontar as razões que tornariam o candidato inelegível. 

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) recebeu 24.778 pedidos de candidatura a vereador e 1.123 para prefeito no Rio Grande do Sul. É possível consultar todos os pedidos apresentados em cada região do País pela internet, no site http://divulgacand2012.tse.jus.br, disponibilizado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Por lei, o prazo para questionar o registro é de cinco dias, o que gera muito trabalho aos promotores, que, em alguns casos, precisam analisar centenas de candidatos num curto espaço de tempo. 

Segundo o promotor de Justiça do Gabinete de Assessoramento Eleitoral do Ministério Público (MP) Rodrigo Zilio, as principais razões para impugnação este ano serão a rejeição das contas do administrador público, tanto pelo Tribunal de Contas do Estado quanto pelo Legislativo, e a condenação criminal por órgão colegiado, situação prevista na lei da ficha limpa. Também são motivos para uma candidatura ser rejeitada a existência de parentesco com prefeito da cidade, governador ou presidente. Os promotores do Interior do Estado já se preparam para pedir que algumas candidaturas sejam indeferidas, mas ainda não dispõem de dados sobre quantas serão. 

Na eleição municipal passada, 806 candidatos foram considerados inaptos a concorrer no Rio Grande do Sul. As denúncias de inelegibilidade são recebidas pelos cartórios eleitorais, e o Tribunal Regional Eleitoral tem até o dia 5 de agosto para julgar os casos. Os candidatos podem recorrer, e a decisão deve ser conhecida até o dia 23 de agosto. Nos casos em que for constatada a falta de alguma documentação para registro, é oferecido um prazo de 72 horas para a regularização da candidatura. (Jornal do Comercio-RS)