O número de mortes por Aids caiu 24% no mundo entre 2005 e 2011, revelou um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a doença, divulgado ontem em Brasília. Estima-se que, em 2011, a Aids tenha matado 1,7 milhão de pessoas, praticamente um quarto a menos que em 2005, ano em que houve o pico de mortes.
O número de pessoas com o vírus em 2011 é levemente superior ao constatado em 2010 (34 milhões), o que indica aumento na expectativa de vida dos pacientes por conta de acesso aos medicamentos.
No Brasil, por exemplo, a expectativa de vida para um paciente diagnosticado era de 5,1 meses em 1989. Hoje supera os 120 meses, de acordo com Pedro Chequer, coordenador da Unaids (agência da ONU contra Aids e HIV) no Brasil.
Em 2003, cerca de 400 mil pessoas tinham acesso a antiretrovirais. Em 2011, o número saltou para 8 milhões --sempre considerando os países de baixa e média renda. Apesar de ter crescido, os 8 milhões representam apenas 54% do total estimado de pessoas que deveriam estar em tratamento.
“Parte dessa vitória se deve ao Brasil, que adotou uma política que contrariou muitos. E o país mantém a posição firme, apesar das condições financeiras internacionais”, afirmou Chequer.
A América Latina é a região com cobertura de tratamento mais massiva, segundo a Unaids, alcançando 70% da população alvo.
As regiões tidas como preocupantes são Oriente Médio e norte da África (13%) e Europa do Leste e Ásia central (23%).
Os dados divulgados ontem pela Unaids indicam que o mundo poderá atingir duas metas propostas para 2015: universalizar o tratamento contra a doença e zerar a transmissão do vírus HIV entre a mãe e o bebê. “Essa é a grande notícia”, afirmou Pedro Chequer.
Novos casos
O diretor do departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, informou que a estimativa é de que 250 mil brasileiros estão infectados pelo vírus HIV, mas não sabem, e que em 2011, de 25 mil a 30 mil novos pacientes entraram na rede de tratamento.
No mundo foram registrados em 2011 2,5 milhões de novos casos. Segundo a ONU, atualmente 34,2 milhões de pessoas vivem com o vírus HIV no mundo. Destas, 30,7 milhões são adultos e 16,7 milhões são mulheres.
Novos casos
O diretor do departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, informou que a estimativa é de que 250 mil brasileiros estão infectados pelo vírus HIV, mas não sabem, e que em 2011, de 25 mil a 30 mil novos pacientes entraram na rede de tratamento.
No mundo foram registrados em 2011 2,5 milhões de novos casos. Segundo a ONU, atualmente 34,2 milhões de pessoas vivem com o vírus HIV no mundo. Destas, 30,7 milhões são adultos e 16,7 milhões são mulheres.
Sobre o medicamento Truvada, aprovado nesta semana pelo governo norte-americano como alternativa para prevenir a infecção pelo HIV, o coordenador do Unaids ressaltou que o remédio está sendo divulgado como uma espécie de panaceia e que é preciso ter cautela.
“Temos outras pesquisas com maior relevância no sentido do controle da epidemia do que esta”, disse Chequer, ao destacar um estudo que indica a eficácia do tratamento antirretroviral como forma de prevenir a infecção entre casais em que um dos parceiros tem aids. “Não podemos comemorar (o Truvada) como um milagre’, completou.
ENTENDA
ENTENDA
Apesar de medidas de prevenção, cerca de 2,5 milhões de pessoas ainda se infectaram com o vírus HIV em 2011. Mesmo alto, o número é 20% menor que o total de infecções registradas em 2001.
(primeiraedição)