sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Homem-bomba se explode em mesquita xiita e mata 5 no Iraque

Moradores observam local de um ataque a bomba contra uma mesquita na vila de Mwafaqiya, em Mosul, ao norte de Bagdá, no Iraque, nesta sexta-feira. 10/08/2012 REUTERS/Khalid al-Mousuly
 Um militante suicida dirigindo um caminhão-bomba atacou uma mesquita xiita perto da cidade iraquiana de Mosul quando as orações da sexta-feira terminaram, matando pelo menos cinco pessoas e ferindo 70, disseram policiais e autoridades do setor de saúde.
A mesquita onde o homem-bomba detonou os explosivos pertencia à minoria Shabak, em Mosul, 390 quilômetros ao norte de Bagdá.
"Um carro-bomba atingiu uma mesquita Shabak na vila Mwafaqiya", disse Hanin Qaddo, líder Shabak local. "Parte do edifício da mesquita desabou sobre as cabeças dos fiéis, quando estavam saindo."
Uma onda de ataques contra peregrinos, principalmente xiitas, e locais religiosos nos últimos meses aumentou a preocupação com a violência sectária à medida que líderes xiitas, sunitas e curdos do Iraque lutam para acabar com a crise em seu frágil acordo de partilha de poder.
O local da explosão desta sexta-feira está perto de territórios disputados entre o governo central de Bagdá, liderado por árabes, e a região autônoma do Curdistão, no norte do país, que tem o próprio governo e forças armadas. (Reuters) -

Brasil supera meta de medalhas em Londres


Brasileiros comemoram vitória na semifinal do vôlei sobre a Itália nos Jogos de Londres. REUTERS/Olivia Harris O Brasil garantiu nesta sexta-feira que vai bater a meta de 15 medalhas estabelecida para os Jogos de Londres e os 16 pódios já confirmados representam o maior número alcançado pelo país em uma Olimpíada.
A meta de 15 medalhas divulgada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) repete o número de Pequim-2008, apesar de o país ter feito a maior e mais cara preparação dos atletas em todos os tempos para os Jogos da capital britânica.
Não havia uma previsão de número de medalhas de ouro. Por enquanto foram dois (a judoca Sarah Menezes e o ginasta Arthur Zanetti) e o país ainda vai disputar o primeiro lugar no futebol masculino, vôlei masculino e feminino e no boxe.
O recorde de medalhas de ouro do país foi conquistado em Atenas-2004, com cinco, em uma Olimpíada que o país teve 10 pódios. Em Pequim-2008 foram três medalhas de ouro.
A participação brasileira em Londres tem sido marcada por medalhas conquistadas de forma surpreendente, que equilibraram as decepções com as maiores apostas de conquistas antes dos Jogos.
Os campeões mundiais Fabiana Murer (atletismo) e Everton Lopes (boxe) e o líder do ranking mundial de judô Leandro Guilheiro, que eram apostas de ouro nos Jogos, ficaram fora até mesmo do pódio. Outros candidatos ao título olímpico também não chegaram lá, mas conseguiram medalhas, como o bronze do nadador Cesar Cielo.
No vôlei de praia, que tinha expectativa de dois ouros e até quatro medalhas, os campeões do mundo em 2011 Alison/Emanuel e Juliana/Larissa terminaram com prata e bronze, respectivamente.
Entre as medalhas surpreendentes destacam-se as três do boxe, principalmente a de Adriana Araújo na primeira Olimpíada do boxe feminino, e o nadador Thiago Pereira, que conseguiu bater Michael Phelps para ficar com uma prata nos 400m medley.
Além das quatro medalhas já garantidas que ainda não constam nas 12 do quadro de medalhas, o Brasil tem chances de subir ao pódio no taekwondo com Natalia Falavigna, bronze em Pequim-2008, e com Yane Marques, do pentatlo moderno.
 (Reuters)

População indígena cresceu 205% em duas décadas, aponta IBGE


Segundo dados reveleados nesta sexta (10) pelo Censo 2010, a  população indígena no Brasil aumentou 205% desde 1991, quando foi feito o primeiro levantamento no modelo atual. No início da última década do século XX, haviam sido censeados 294 mil indígenas e 734 mil no início do novo milênio.
Para chegar ao número total de índios, o IBGE somou aqueles que se autodeclararam indígenas (817,9 mil) com 78,9 mil que vivem em terras indígenas, mas não tinham optado por essa classificação ao responder à pergunta sobre cor ou raça. Para esse grupo, foi feita uma segunda pergunta, indagando se o entrevistado se considerava índio. O objetivo foi evitar distorções.
A responsável pela pesquisa, Nilza Pereira, explicou que a categoria índios foi inventada pela população não índia e, por isso, alguns se confundiram na autodeclaração e não se disseram indígenas em um primeiro momento. “Para o índio, ele é um xavante, um kaiapó, da cor parda, verde e até marrom”, justificou.
Os povos considerados índios isolados, pelas limitações da própria política de contato, com objetivo de preservá-los, não foram entrevistados e não estão contabilizados no Censo 2010. O estudo da população brasileira também revelou que, entre as 305 etnias contabilizadas, há 274 diferentes idiomas, 37,4% índios com mais de 5 anos de idade falam línguas indígenas, apesar de anos de contato com não índios e cerca de 120 mil não falam português.
Outro apontamento da pesquisa é uma mudança no perfil habitacional dos povos originários brasileiros. Enquanto, em 2000 apenas cerca de 52%  dos indígenas residiam em áreas urbanas, em 2010  57,7% dos censeados residiam em áreas indígenas. Hoje, o Brasil é habitado por 516,9 mil índios, distribuídos em 505 diferentes terras reconhecidas pelo governo brasileiro como pertencentes ao povos originários. A existência de 379 mil fora dessas terras indica a necessidade de ampliação e criação de novas terras, mas também aponta para a migração em busca de educação e de renda, segundo especialistas.
Dos 42,3% índios que não estão nas terras originais, 78,7% habitam áreas urbanas. Dentre as regiões do país, a situação é mais comum no Sudeste, onde 84% dos 99,1 mil índios na região estão fora de suas terras, principalmente em São Paulo (93%) e no Rio de Janeiro (97%). Outros estados como Goiás (96%), Sergipe (94%) e Ceará (86%) também têm percentuais elevados.
No Sudeste também há casos de índios que deixam suas terras por falta de espaço. Pressionados devido ao pequeno território, os guaranis, do sul fluminense, se desmembraram em aldeias menores. Parte foi para um antigo sítio indígena em Niterói e os demais permanecem próximos às terras Guarani Araponga, Guarani de Bracuí e Parati Mirim, somando 2,8% dos índios no estado.
Para o professor de antropologia da Universidade de Campinas (Unicamp), José Maurício Arruti, a migração econômica é uma das explicações para a quantidade de índios fora das aldeias reconhecidas, mas não o único fator. “Tem a ver também com o estabelecimento de núcleos antigos de migração (nas cidades) e com problemas territoriais na origem, que expulsam, principalmente novas gerações”, afirmou.
Outra razão que pode explicar o aumento de índios fora da área original é um fenômeno chamado etnogênese, quando há “reconstrução das comunidades indígenas” que supostamente teriam desaparecido. Há indícios de que seja o caso da Região Nordeste, onde 54% dos índios vivem fora de suas terras, segundo o professor de antropologia da Unicamp.

Sul21

Com informações da Agência Brasil

Portal Terra divulga fotos de Aryane Steinkopf, em ensaio sensual, confira

De biquíni fio dental, Aryane Steinkopf exibiu um corpão durante novo ensaio sensual, realizado na Praia Mole, em Florianópolis  Foto: Reinaldo Gama/Divulgação

De fio dental, Aryane Steinkopf exibe corpão em ensaio sensual. Terra.

Nas aldeias, três em cada dez índios são analfabetos

IBGE diz que população indígena triplicou no país nos últimos 20 anos Embora os índios sejam considerados mais protegidos dentro de suas terras, onde é maior o percentual daqueles que ainda têm língua própria e são capazes de reconhecer a própria etnia, o analfabetismo é considerado elevado dentro das aldeias, conforme constatou hoje (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dados do Censo de 2010 revelam que a taxa de analfabetismo dos índios com 15 anos ou mais de idade (em português ou no idioma indígena) passou de 26,1% para 23,3%, de 2000 a 2010, acompanhando a redução da taxa entre a população brasileira (de 12,9% para 9,6%). Na área rural, porém, dentro das aldeias, três em cada dez índios são analfabetos (32,4%). Fora delas, o percentual é 15%. Na avaliação do estudioso da população indígena e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), João Pacheco Oliveira, a divergência de dados revela a necessidade de mais políticas públicas de educação focadas na diversidade dos povos. Segundo ele, sem escolas indígenas nas aldeias, crianças enfrentam processo ''traumático de aprendizado". "É uma situação completamente traumática aprender a escrever em uma outra língua sem dominá-la. Por isso, o processo é mais lento, mesmo nas escolas indígenas. Os que estão fora vão para as escolas dos 'brancos' e se incorporam do jeito que é possível", destacou acrescentando que o analfabetismo é uma categoria etnocêntrica em relação aos índio A pesquisa do IBGE também explica que fora das terras indígenas as oportunidades de educação são maiores por causa da alta oferta de escolas. Por outro lado, nas aldeias, "a oferta é sensivelmente reduzida em função de fatores, como o geográfico e a dificuldade de acesso", afirma a publicação. Outra diferença entre os índios da cidade e do campo é o número daqueles com certidão de nascimento, 90,6% e 38,4%, respectivamente. Ao todo, a proporção de índios com registro civil é 67,8%, abaixo da média da população não índia que têm o documento, 98,4%. Edição: Carolina Pimentel/Terra.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Brasil efetua operação Ágata-5 em suas fronteiras


ágata, Brasil, criminalidade, regiões fronteiriçasEm maio deste ano o Brasil tinha levado Agata a cabo nas fronteiras setentrionais. Agora chegou a vez dos limites do Oeste e do Sul, onde o Brasil faz fronteira com o Uruguai, Paraguai e Argentina. Aí começou a operação sob o nome convencional Ágata-5. Para sua realização foram postos em ação cerca de nove mil militares que dispõem de helicópteros, aviões, navios de patrulhamento, tanques e blindados. O prazo preliminar de realização da operação é limitado a 30 dias.
“Esta é uma operação fronteiriça, cujo objetivo é o combate à criminalidade”, declarou o ministro da defesa do Brasil Celso Amorim.
A marinha de guerra do Brasil mandou cerca de 30 navios para a bacia do rio de La Plata, incluindo três belonaves e um navio hospitalar.
A força aérea do Brasil participa da operação com esquadrilhas de aviões F-15 e Supertucano. São utilizados também aviões de detecção por radar e aeronaves não tripuladas.
As forças terrestres estão representadas na operação por três divisões de infantaria motorizada, tanques e carros blindados Urutu eCascavel. Na operação estão em ação também os helicópteros Black Hawk e Pantera.
Além disso, são utilizadas forças de 30 agências governamentais, incluindo a Polícia Federal, o que permitiu aumentar o total do contingente incluído da operação para 10 mil homens.
O general Carlos Bolívar Goelhener, que comanda as forças da região sul, informou que a operação será realizada basicamente nas regiões das cidades Foz de Iguaçu (Estado de Paraná) e em Corumbá (Estado do Mato Grosso), onde foi registrada a atividade especialmente intensa dos traficantes de drogas e de contrabandistas.
A presidente do Brasil Dilma Rousseff deu a ordem de levar a cabo a operação Ágata-5 a fim de consolidar a presença do Estado nas fronteiras com os países da bacia do rio de La Plata e estrangular desta maneira o tráfico de drogas e o contrabando.
 VOZ DA RÚSSIA.

Batalha por Aleppo foi momento de viragem ou um sucesso provisório?


Síria, Aleppo, assalto, tropas governamentais, oposiçãoSe goraram as expectativas do chefe do Pentágono Leon Panetta de que a conquista da cidade síria de Aleppo pelos revoltosos cravasse o último “prego na tampa do caixão” de Bashar al-Assad. Essa localidade estratégica está controlada pelas forças governamentais. A oposição teve de reconhecer a derrota. 

Tanto as autoridades, como os revoltosos e os peritos ocidentais, consideravam os combates pela segunda maior cidade síria como decisivos. Em caso de sucesso, a oposição armada tencionava conquistar a vizinha Idlib e consolidar uma posição forte para a continuação das operações. A mídia ocidental anunciou de viva voz que o controle de Aleppo iria alimentar a “revolta” e obrigar o presidente a fazer as malas. Mas a situação não evoluiu a favor dos “combatentes contra o regime”. Este desfecho da batalha, porém, não indica que as forças governamentais tenham obtido uma vantagem decisiva, é a opinião do orientalista professor Vladimir Isaev:

“A situação não alterou radicalmente, pois antes até parte de Damasco tinha sido conquistada. Mas as tropas governamentais obtiveram um determinado sucesso. A seguir tudo vai depender de como a oposição irá conseguir se reagrupar e receber um financiamento adicional da parte dos países do Golfo Pérsico, dos EUA, da UE e da Turquia. E em que medida irá conseguir passar a fronteira entre a Turquia e a Síria, inexistente de facto. O que pode empreender Assad neste momento? Visto que todas tentativas de encetar conversações de paz se encontram num beco sem saída, eu poderei responder com as palavras do representante sírio na ONU. Ele disse que terão de ser tomadas medidas mais duras. Assad compreende perfeitamente que, se a oposição não aceita conversações, se realiza provocações e manifestações armadas contra o regime, só resta a linguagem da força. Até que ponto é que ela será suficiente, já é uma grande questão.”
Vale a pena sublinhar que Aleppo é um importante centro de comércio, cuja população apoia Bashar al-Assad, e a reposição na cidade de um mínimo de ordem, a sua limpeza dos grupos armados, é uma função inequívoca do poder vigente. Além disso, depois da “batalha” pela cidade, se descobriu que os grupos armados incluem muitos mercenários estrangeiros da Turquia, do Qatar e da Arábia Saudita. De facto, ignorando os factos evidentes, como já é tradicional, Leon Panetta declarou: “Aleppo é mais um exemplo trágico da violência exercida pelo regime de Assad contra o seu próprio povo”. Parece que ainda vamos ter de ouvir muita demagogia desse tipo. Tem de se procurar a explicação noutra dimensão: os revoltosos e seus aliados ocidentais não consideravam Aleppo apenas como uma praça forte para a continuação das suas operações militares, mas também como uma base para receber ajuda estrangeira. Agora vão ter de procurar outra. 
VOZ DA RÚSSIA.