domingo, 26 de agosto de 2012

Tropas brasileiras socorrem vítimas de tempestade no Haiti


Tropas brasileiras em missão de paz no Haiti já identificaram mais de 1.200 pessoas em situação de emergência em Porto Príncipe, devido à passagem da tempestade tropical Issac pelo Haiti.
Desabrigados fogem de áreas alagadas em Porto Príncipe (foto:Reuters/Minustah)Bases do Brasil no Campo Charlie - a maior instalação militar da ONU no mundo - e em Cité Soleil foram parcialmente destelhadas e perderam boa parte de sua capacidade de comunicação devido a ventos cuja velocidade ultrapassa 100 km/h "Caíram muitas árvores e postes de luz. Algumas portas dos alojamentos foram danificadas, uma foi até arrancada, e houve muito destelhamento. Estamos agora reinstalando as antenas de rádio para retomar as comunicações. A internet não está funcionando", afirmou à BBC Brasil o tenente-coronel Rubens Costa Neto, porta-voz do Brabatt 1, um dos batalhões brasileiros no país.
O pico da tempestade ocorreu na madrugada, quando era possível transitar pela cidade apenas em blindados anfíbios. Apesar dos estragos nas bases brasileiras, segundo ele, as tropas continuam em condições de atuar e inciaram na manhã deste sábado um processo de identificação das regiões mais atingidas.
Após o levantamento, operações de socorro devem ser iniciadas sob o comando das agências de ajuda humanitária da ONU e do governo haitiano.
Até a tarde de sábado, ao menos quatro mortes foram notificadas à organização britânica Oxfam. Apenas uma delas foi confirmada, a de uma menina soterrada no desabamento de um muro.
Segundo Costa Neto, parte de uma companhia de engenharia brasileria chegou a ser despachada para Les Cayes, a cidade no sul do país onde esperava-se os maiores danos. Contudo, eles não se confirmaram.
Aproximadamente 400 mil pessoas ainda vivem em tendas e acampamentos improvisados no país após terem perdido suas casas no terremoto de janeiro de 2010, que matou cerca de 300 mil pessoas.
Há dois dias, quando a tempestade Isaac se aproximava, a ONU levou cerca de 80% dos moradores de acampamentos para abrigos de tempestade feitos de alvenaria, segundo a entidade.

Áreas afetadas

Mas, segundo Costa Neto, cerca de 700 novos desabrigados foram identificados na favela de Cité Soleil e 500 no bairro industrial de Sonapi. "Muitas construções foram afetadas nessas regiões. Os moradores estão em situação de calamidade", disse
"Na sexta-feira todos foram orientados a não deixarem suas casas. O tempo melhorou na manhã de hoje (sábado) mas voltou a piorar agora de tarde. Está chovendo muito forte as áreas alagadas devem aumentar", afirmou.
Segundo ele, a tempestade começa a deixar o país, mas a chuva continua forte. Diversas regiões da capital estão alagadas.
A Comissão de Ajuda Humanitária e Proteção Civil da União Europeia monitora a situação e deve acionar equipes de socorro. A entidade afirmou que os ventos chegaram à velocidade de 375 km/h no centro da tempestade.
A comunidade internacional deve ajudar o governo do Haiti no socorro aos desabrigados. Há reserva de alimentos para 300 mil pessoas, estoque de água para 400 mil e abrigos de emergência para atender 70 mil famílias.
Além das equipes das agências humanitárias, 5.700 fuzileiros estão de prontidão nas bases da ONU aguardando o fim da tempestade. Eles devem garantir a segurança das equipes de socorro e impedir eventuais ações criminosas nas áreas mais afetadas.
A tempestade Isaac agora se dirige para Cuba. Especialistas estimam que em seguida ela atinja a Flórida, nos Estados Unidos.

BBC Brasil 

Último fim de semana com redução de IPI esgota estoques de carros em João Pessoa

Alguns carros estão em falta nas lojasAs concessionárias de João Pessoa atingiram 30% a mais de movimento e aumento de 20% nas vendas devido à redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na venda de veículos em agosto. Por causa disso, alguns modelos de automóveis estão em falta no mercado da Capital. 
De acordo com o consultor de vendas da Honda em João Pessoa, Marcelo Pereira, os modelos Civic automático de qualquer versão, CRV em todas as versões e o Fit em todas as versões de entrada também estão em falta desde o dia 18. A loja está vendendo, em média, quatro veículos por dia (entre o Civic e o Fit) e lá o consumidor está disposto a pagar, em média, R$ 60 mil por compra. O mesmo acontece na Citroën.  “Estava me programando para comprar um carro novo só daqui a dois anos, mas, com a redução do IPI, tive que aproveitar a oportunidade e estou economizando em torno de R$ 5.500 na compra de um veículo”, revelou o funcionário público Emanuel Teixeira, enquanto recebia a liberação de seu veículo, ontem à tarde. Ele vendeu seu carro usado e, com o pagamento da venda, deu entrada num Honda Civic financiado.Para que o consumidor aproveite a alíquota reduzida, as lojas funcionarão em regime de plantão amanhã. Em algumas, clientes podem até comprar, mas só receberão seus veículos no próximo mês. Apesar da correria, o Governo Federal anunciou ontem que a redução do IPI poderá ser prorrogada.  
Segundo o gerente comercial da Citroën, em João Pessoa, Wellington Santana, as vendas aumentaram 20% e, desde a primeira semana deste mês, o Novo C3 (responsável por 40% das vendas) ficou em falta. A loja já tem uma lista de espera com 25 automóveis para entrega. Wellington Santana destacou que é importante que o consumidor esteja atento quando for comprar o veículo e ele não estiver disponível na concessionária. Assim, a compra pode ter acontecido antes do fim do mês e o recebimento no próximo, porém o cliente pode ter que pagar mais, sem ser contemplado com a redução do IPI.

“As concessionárias têm que garantir que as compras sejam faturadas nas fábricas onde fazem os pedidos até o fim deste mês. Assim, as fábricas emitirão a nota fiscal referente a agosto e consequentemente estará vigorando a alíquota reduzida”, explicou Wellington Santana.
 Portal Correio

Reeleição de Obama levaria os EUA a uma guerra civil, diz juiz


Barack Obama reeleição EUA guerra civil Texas ONU Um juiz do Texas alertou os norte-americanos que a reeleição do presidente Barack Obama levaria o país a uma guerra civil.

Em entrevista a um canal de TV afiliada a Fox, no condado texano de Lubbock, Tom Head, que também supervisiona os esforços deemergência, disse que Obama entregará a soberania dos Estados Unidos a Organização das Nações Unidas (ONU).
“O que você acha que a população vai fazer quando isso acontecer?” pergunta Head. “Estamos falando de agitação, desobediência, possivelmente uma guerra civil. A população vai pegar em armas para se livrar do ditador”.
Para o juiz, Obama enviaria soldados e tanques da ONU para controlar a situação no Texas.
Tom Head pretende formar um grupo de pessoas treinadas e aumentar os impostos do estado para investir em defesa.
As alegações do juiz foram criticadas pela ONU. “É absolutamente ridículo”, disse Martin Nesirky, porta-voz do secretário-geral Ban Ki-moon, quando perguntado se a organização internacional tinha planos para invadir o Texas, informou a CNN.
 VOZ DA RÚSSIA 

Agricultura familiar é maior beneficiada com política de agroecologia, diz especialista


Agricultura familiar é maior beneficiada com política de agroecologia, diz especialistaEm um processo participativo, as políticas de fomento e incentivo à agricultura orgânica ganharam um instrumento que será o "otimizador" de todo o processo de fortalecimento, principalmente, da agricultura familiar. A afirmação é de Valter Bianchini, engenheiro agrônomo e ex-secretário de Agricultura do Paraná, em referência à publicação do decreto que institui a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO), assinado nesta semana pela presidenta Dilma Rousseff.
O projeto consiste na integração de políticas públicas dos ministérios do Meio Ambiente, Agricultura, Saúde, Educação, Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Social, Pesca e Aquicultura, com a participação ativa de entidades da sociedade civil. A PNAPO foi instituída para desenvolver ações indutoras da transição agroecológica e da produção orgânica, contribuindo para o desenvolvimento sustentável. Bianchini acredita que por ser uma decisão interministerial, as políticas serão fortalecidas, otimizando as já existentes e fortalecendo, de forma geral, a agroecologia no Brasil.
Rede Brasil Atual. 

sábado, 25 de agosto de 2012

Dormir mal aumenta em 57% o risco de cesariana de urgência


Existem alguns fatores bem conhecidos para cesariana de urgência, onde a vida da mãe ou do bebê, isoladas ou simultaneamente, correr riscos. A esta lista nos devemos acrescentar estresse, preocupações e má qualidade do sono. A pesquisa realizada na cidade de Malmo, na Suécia, avaliou mais de 6400 gestantes na primeira gestação enfatizando aspectos relacionados ao estado mental. Foram controladas outras variáveis tais como diabetes gestacional, idade da mãe, período da gestação, uso de peridural, etc, etc. Após os ajustes, 3 variáveis se associaram com cesariana de urgência: estresse, sono ruim e preocupações.
As estimativas de risco mostraram que, por exemplo, o estresse aumentou em 66% a chance da gestante ser submetida à uma cesariana. No caso do sono de má qualidade, o aumento do risco foi da ordem de 57%. As implicações do estudo são claras: vale a pena investigar o estado mental da gestante, avaliando as situações estressantes do dia a dia, a qualidade do sono e a presença de preocupações que, muitas vezes, são intensas e incapacitantes. Uma vez confirmada a existência destes problemas, caberia adotar medidas de suporte social ou tratamento. Medidas no geral, simples e práticas, oferecidas por médicos, enfermeiras ou psicólogas. O benefício seria uma redução significativa das cesarianas de urgência, que acarretam sim uma periculosidade adicional na comparação com cesarianas programadas.
Se uma cesariana planejada traz alguns riscos, a cesariana de urgência ainda é mais complicada. E lá na Suécia isso é um problema que preocupa não só as gestantes, mas também os médicos. Bem, esta aí uma coisa que nós médicos brasileiros podemos aprender com nossos colegas suecos.
WSCOM.

OEA reafirma inviolabilidade diplomática e reconhece asilo concedido pelo Equador a Julian Assange


Julian Assange continua refugiado na embaixada do Equador em Londres. A reunião de chanceleres dos países-membros da Organização de Estados Americanos (OEA) realizada hoje (24) em Washington, nos Estados Unidos, reafirmou o princípio da inviolabilidade das representações diplomáticas estrangeiras, como previsto na Convenção de Viena de 1961.O encontro havia sido proposto pelo Equador para discutir as ameaças do Reino Unido de invadir a embaixada equatoriana em Londres se preciso fosse para prender e extraditar o criador do WikiLeaks, Julian Assange, refugiado no local desde o dia 19 de junho.O documento final foi aprovado por todos os países-membros, com exceção do Canadá, que vinha defendendo desde a semana passada que a OEA não é o fórum adequado para tratar do assunto. Para os canadenses, o asilo diplomático concedido pelo governo equatoriano a Julian Assange – e as implicações diplomáticas que o ato desencadeou junto ao Reino Unido – é uma questão bilateral que deve ser resolvida separadamente pelos dois países. Mas os demais representantes do continente não entenderam assim, e decidiram prestar sua solidariedade ao Equador caso os tratados internacionais sejam quebrados pelo governo britânico. O texto pediu ainda que Quito e Londres continuem dialogando até encontrar uma solução pacífica para a situação de Julian Assange, e que o Conselho Permanente da OEA siga acompanhando de perto a evolução dos fatos. Os países-membros também rechaçaram qualquer tentativa de sobrepor legislações domésticas aos tratados internacionais, em referência explícita à tentativa do Reino Unido em invocar seu Diplomatic and Consular Premises Act, de 1987, para capturar o criador do WikiLeaks dentro da embaixada equatoriana.Com o recente pronunciamento, a OEA é o terceiro bloco de países no continente americano a respaldar a inviolabilidade das representações diplomáticas estrangeiras e, embora indiretamente, o direito do Equador em conceder asilo a Julian Assange. No último domingo (19), a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) havia reunido seus chanceleres para discutir o tema. No sábado, fora a vez da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba) manifestar seu apoio ao governo equatoriano.Julian Assange é requerido pela justiça sueca, que deseja investigar denúncias de crimes sexuais supostamente cometidos pelo criador do WikiLeaks contra duas mulheres em Estocolmo, onde esteve em 2010. O Reino Unido argumenta que está legalmente obrigado a extraditá-lo à Suécia, e é o que teria feito se o ativista não tivesse procurado refúgio na embaixada do Equador.Agora, Londres se recusa a conceder-lhe um salvo-conduto para que possa viajar em segurança a Quito. Julian Assange e seus apoiadores acreditam que sua ida ao país nórdico seria apenas uma escala rumo aos Estados Unidos, onde seria julgado por espionagem e poderia inclusive ser condenado à morte.
Rede Brasil Atual.

A verdade sobre o conflito na Síria e a manipulação da mídia


Síria, manipulação, mídia, conflito, oposição, governoA imprensa no Ocidente é guiada pela versão equivocada dos Estados Unidos e OTAN e, desde o início do conflito, a mídia tem sido usada para desinformar e para doutrinar o cidadão brasileiro, apoiando e retransmitindo apenas a opinião dos rebeldes, diz Claude Fahd Hajjar.

Para a vice-presidente da Fearab América, pesquisadora de temas árabes e autora do livro Imigração Árabe 100 anos de Reflexão, a imprensa brasileira subestima a inteligência do telespectador e oferece o Fast Food pronto que as agencias de notícia transmitem. Foi e tem sido parcial e irresponsável ao veicular informações falsas para referendar seus conceitos.
Em um artigo especial para o IAnotícia, Claude Fahd Hajjar mostra o que de fato está acontecendo na Síria.
A maioria dos sírios deseja a manutenção da ordem e da paz na Síria e acredita que apenas o Presidente Bashar al-Assad pode manter esta ordem e fortalecer as instituições do país.
A Síria que eu conheço e que visito e convivo há mais de 35 anos tem uma população que tem um alto grau de politização e conhece muito bem as dificuldades e os estigmas que vivem tanto o povo, quanto o governo da Síria. Por convicção, defendem o princípio da soberania nacional, da autodeterminação e da não ingerência estrangeira.
O cidadão sírio tem consciência e crítica a corrupção e morosidade da atual máquina burocrática deste governo da Síria; deseja reformas, deseja o combate à corrupção, mas entende que esta luta deve se processar de forma pacífica, as mudanças têm que ser construídas e o governo de Bashar al-Assad está empenhado nestas reformas.
A população síria está acostumada com conforto, segurança, estabilidade.
País predominantemente agrícola, tem no trigo, algodão de fibra longa e no azeite a base de sua produção. Em seu subsolo, possuí petróleo e gás. Enfrenta problemas políticos que impedem a modernização de suas refinarias e a prospecção de suas riquezas.
A vocação de hospitalidade somada à rica e milenar história da Síria despertou o setor de turismo nos últimos anos. O investimento em estradas, em hotelaria e em serviços, vinha fomentando o turismo do mundo inteiro para a Síria.
É um país distribuidor de bens e serviços para todo o mundo árabe seja da Península Arábica, seja do Norte da África.
Não é uma sociedade perfeita. Transitou do socialismo ao quase capitalismo em menos de 12 anos.
A Síria dos últimos 42 anos saiu da miséria e do feudalismo para um socialismo e uma prosperidade cada vez mais visível em cada um de seus cidadãos. O país mais laico do Oriente Médio teve na educação a base do seu desenvolvimento.
Foi este regime, no período do pai Hafez Assad que conseguiu implantar a reforma agrária (anos setenta) e os sírios sunitas, grandes proprietários de terras e pertencentes ás famílias tradicionais, imigraram para a Europa e EUA. Alguns dos filhos destes sírios sonham em retornar… Mas apenas para promover a deposição do regime e ocupar o poder.
A Síria hoje tem uma população de 22 milhões de habitantes; a maioria de 70% é de muçulmanos sunitas; e os demais são 13% alauítas; 12% de cristãos; e 5% de drusos, turcomanos e outros.
Os grupos rebeldes que foram cooptados pelo eixo EUA, Israel, OTAN e CCG, não representavam nem 1% da população síria, no início das manifestações. Mas com o acirramento dos enfrentamentos, com o dinheiro rolando solto e com as armas sendo distribuídas em abundância, e recebendo aplausos da comunidade internacional, sentiram que deveriam lutar até depor o inimigo: o governo do Presidente Bashar al-Assad...
Uma luta cuja motivação é de natureza econômica e política, foi sendo construído e acirrado nas camadas de baixa renda e transformado em conflito sectário.
A mídia-empresa ocidental funciona como papagaios da retransmissão das agências de notícias ocidentais. Estou com saudade de nossos analistas políticos, de nossos correspondentes e do verdadeiro jornalismo.
A imprensa no ocidente é teleguiada pela leitura equivocada dos EUA e OTAN, e desde o início do conflito, usou a comunicação para desinformar e para doutrinar o cidadão brasileiro, apoiando e retransmitindo apenas a opinião dos rebeldes. A imprensa brasileira subestima a inteligência do telespectador e oferece o Fast Food pronto que as agências de notícia transmitem. Foi e tem sido parcial e irresponsável ao veicular informações falsas para referendar seus conceitos.
O que observamos na imprensa do ocidente é sempre um jornalismo dirigido e copiado das agencias de notícia como a BBCFrance PressReuters, todos copiando a Al Jazeera (Qatar) e transmitindo apenas as notícias do Conselho Nacional Sírio, Exercito Livre Sírio e do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (um cidadão sírio em Londres, posicionado na sua lojinha com um computador e retransmitindo todas as mentiras e barbaridades que a TV Al Jazeeralhe pedia).
Temos relatos das montagens de cenas, blefes, cenas do Iraque como sendo Síria, helicóptero do Afeganistão como sendo Sírio. Montagem de sons dos ataques.
Durante os ataques em Homs a TV Síria retransmitia vídeos amadores que captavam os bastidores das gravações que eram encomendadas pela Al Jazeera.
A estratégia da imprensa foi focar na Primavera Árabe da Praça Tahrir, este movimento popular emocionou e contagiou os jovens no mundo todo e em especial nos países árabes; e como rastilho de pólvora seguiu para a Líbia e foi votada a moção no Conselho de Segurança da ONU que autorizou a criação de uma zona tampão na Líbia, com a alegação de “responsabilidade de proteger” que permitiu a entrada da máquina de matar da OTAN e aliados que lutaram junto com a Al-Qaeda em Benghazi e depois em toda Líbia.
A guerra humanitária da OTAN e aliados já matou mais de 150 mil pessoas na Líbia.
Criou um caos quase impossível de ser reordenado; destruiu a infraestrutura de um povo que vivia bem, com garantias de toda a espécie assegurada pelo governo. Não considero o governo de Muammar Kadhafi o ideal, mas este é o país que eles puderam construir e prosperar. Perdeu o povo líbio, perdeu o povo africano a quem Kadhafi ajudava e venceu a França e seus aliados com os novos contratos para se apossar das bacias de petróleo.
A quem a OTAN e seus aliados vieram proteger? A seus próprios interesses.
A opinião pública mundial parou pasma com a chamada primavera árabe.
Apesar da experiência acumulada e do cuidado de muitos de nós, queríamos crer que havia de fato uma primavera árabe…Que ilusão! Bastaram poucos dias para assistir pela TV que o cenário preparado já tinha um script pronto e manipulado na Líbia através de Sarkosy desde outubro de 2010 (quatro meses antes da entrada da Líbia na onda da primavera).
No Egito, ocorreu o mesmo, e tomamos conhecimento da presença de agentes americanos junto aos manifestantes na Praça Tahrir, e que chegaram a ser detidos pelas forças de segurança no Cairo. A diplomacia americana, resolveu o episódio que sumiu da imprensa, e em seguida, convidaram a representação da Irmandade Muçulmanaem quatro de abril de 2012, a visitar os EUA e acertar a sua atuação no futuro governo no Egito.
Esta preparação com armas e com treinamento militar teve início de fato depois do ataque perpetrado por Israel contra o Líbano e defendido bravamente pelo Hezbollah em julho de 2006. Se já havia uma intenção dos EUA em destruir o governo de Damasco, passou a ser um ponto de honra para EUA e Israel: afinal, os mísseis que foram usados pelo Hezbollah e pelo Hamas foram fabricados e fornecidos por Damasco.
Na Síria em janeiro de 2011 a embaixada americana recebe como embaixador o agente americano Robert Stephen Ford, assessor do especialista em inteligência o americano John Negroponte que, no Iraque em 2004, quando foi encarregado de aplicar o plano de destruição usado em San Salvador e depois replicado no Iraque.
O objetivo agora era instaurar o caos na Síria: ele conseguiu em 60 dias transformar a Síria de um país pacífico, seguro, tranquilo e confiante, em um país instável, inseguro e em guerra de destruição e desgaste que já dura 16 meses.
A Rússia e a China, signatários do tratado de Xangai, e membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, após os acontecimentos na Líbia e a licença para destruir que foi concedida à OTAN, viram que o Ocidente, está desestabilizando a região do Oriente Médio e avançando em áreas estratégicas para o Grupo de Xangai. A Rússia e China defendem seus próprios interesses ao defender os interesses do povo e governo sírio. Ao mesmo tempo em que a queda de Damasco pode balcanizar toda a região e envolver atores regionais que até agora permanecem fora do conflito.
A Rússia tem relações privilegiadas, com a Síria de longa data, que lhe possibilita a presença de uma base militar russa no porto de Tartus. Somam-se a isto, uma relação afetiva com a forte e representativa população cristã ortodoxa da Síria.
Com a China, a relação sino-síria tem base em tratados culturais, artísticos, econômicos e políticos.
Hoje, com o isolamento do Irã, quem está adquirindo o petróleo iraniano é a China, inclusive comprando-o por um preço abaixo do mercado, e com uma negociação em moeda local. Ganha neste negócio a China e o Irã… Perdem os EUA e o dólar americano, e perde também a União Européia…
A quem interessa esta luta sectária na Síria de muçulmanos sunitas e muçulmano xiitas (que dividem o governo com cristãos, drusos e alauítas)? Aos países do Golfo: Qatar, Arábia Saudita e Turquia, aliados e interpretes do desejo dos EUA, Israel e OTAN. Por que, ao derrubar a Síria, o caminho fica livre para derrubar o Hezbollah no sul do Líbano e para atingir o Irã. Portanto, o objetivo é ter o caminho livre para o Irã e de lá para os gasodutos e oleodutos de toda região.
Outro interesse dos EUA e aliados é a mais importante bacia de gás que está na costa mediterrânea da Síria: ora, se o século XX foi o século do petróleo, o século XXI é o século do gás. Esta disputa já está lançada entre americanos, russos e alemães.