segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Austrália é o novo eldorado para europeus fugindo da crise

Os australianos temem a concorrência desleal com os imigrantes no mercado de trabalho.Por causa da crise da zona do euro,  a Austrália registra cada vez mais a chegada de imigrantes europeus. O interesse dos europeus pela Austrália deve-se à economia estável e à taxa de desemprego, quase nula. Enquanto o fluxo imigratório para os Estados Unidos e países europeus diminuiu nos últimos anos, ele aumentou significativamente para a Austrália onde o governo tem uma política bem aberta principalmente para
acolher mão de obra qualificada. Existem hoje 120 mil cidadãos australianos vivendo na Grécia e muitos deles, que deixaram a Austrália, querem voltar e resgatar a dupla cidadania. Ouça no programa Linha Direta o comentário da nossa correspondente na Austrália, Luciana Fraguas.
 RFI Brasil

domingo, 9 de setembro de 2012

Papa dá apoio ao diálogo entre governo colombiano e as Farc


O papa Bento 16 fala após a oração do Angelus, neste domingo, na residência de Castel Gandolfo, na Itália.O papa Bento 16 afirmou neste domingo seu apoio ao diálogo de paz entre o governo colombiano e a guerilha das Farc. "Espero que as pessoas que tomarem parte nesta importante iniciativa se deixem guiar pela vontade do perdão e reconciliação, na sincera busca do interesse comum", afirmou o líder da Igreja Católica depois da oração do Angelus na residência de verão de Castel Gandolfo, perto de Roma.

O papa assinalou que esse processo visa pôr fim a um conflito que afeta há décadas "um país tão amado" e terá a participação de representantes da Venezuela e do Chile, nas negociações que vão acontecer a partir de outubro na Noruega e depois em Cuba.
Em seu pronunciamento, o papa informou que visitará o Líbano de 14 a 16 de setembro e pediu a todas as partes envolvidas nos conflitos no Oriente Médio que adotem o diálogo e a reconciliação. "Minha viagem apostólica ao Líbano e, por extensão, ao Oriente Médio em seu conjunto se situa sob o estandarte da paz", declarou o papa, falando em francês.
A viagem ao Líbano será o 24° deslocamento externo de Bento 16 em seu pontificado e uma das mais delicadas devido ao conflito na Síria, que gera tensões no país vizinho.
 RFI Brasil

Rio chinês ficou vermelho inesperadamente


Yangtze rio China vermelhoA água de um dos afluentes do rio Yangtze ficou de repente de cor vermelha junto à cidade portuária de Chongqing, no interior da China.

O incidente foi registado por fotógrafos no afluente do Yangtze que circunda os estaleiros portuários e as docas de cargas e descargas da cidade.
Foi um espetáculo arrepiante presenciado pelos habitantes locais. A mancha vermelha cor de sangue alastrou por muitas centenas de metros. Muitos chineses resolveram engarrafar a água como recordação desse fenómeno incomum.
As entidades oficiais ainda não encontraram uma explicação para o sucedido. As autoridades locais iniciaram uma investigação do incidente.

Igreja apoia mutilação genital em Guiné-Bissau


Igreja Evangélica, Guiné Bissau, mutilação genital femininaNos últimos anos, a Igreja Evangélica tem sido abalada por vários escândalos. Desta vez a Igreja é acusada de apoiar a mutilação genital feminina na Guiné-Bissau. De acordo com o missionário e pastor, Freddy Osvando, em Bafatá, a Igreja Evangélica tem apoiado esta pratica pois considera que é uma forma de evitar que as mulheres se tornem prostitutas ou impuras.

“O povo guineense é receptivo ao Evangelho. Contudo, está perecendo, por não conhecerem uma verdadeira teologia bíblica”, disse o missionário Freddy Osvando à Junta de Missões Mundiais.
De acordo com o missionário, Freddy Osvando, para além da mutilação feminina a Igreja apoia também “um ritual chamado de Cerimonia de Lavagem, em que o casal que mantém relações sexuais, sem estar casado, é obrigado a se purificar, sendo levado para um rio onde a mulher é violada varias vezes em frente de todos”.
Em meados de 2011, foi aprovada uma lei pelo parlamento de Guiné-Bissau, que proíbe e criminaliza a prática da mutilação genital feminina. “Foram décadas de luta que se concretizou com a adoção daquela medida legislativa” referiu o membro da Organização Nacional para a Infância, Fatumata Djau Balde.
Apesar da proibição governamental, muitas mulheres continuam sendo submetidas a amputação do clitóris. Após a intervenção, as feridas curam lentamente e quando a circuncisão é mal feita as mulheres acabam morrendo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) mais de 100 milhões de mulheres, em todo o mundo, já foram submetidas a esta prática.
Muitas pessoas associam a mutilação genital feminina à religião muçulmana, mas para Fatumata Djau Balde, a circuncisão feminina nada tem nada a ver com o Islã, nem com outra religião, contudo é usada maioritariamente por grupos étnicos muçulmanos em Bafatá, Gabu e em algumas partes do sul da Guiné-Bissau.
A maior parte dos países desenvolvidos é contra esta prática e até a Igreja Evangélica já se manifestou contra este ritual. Na Europa cerca de 500 mil mulheres sofrem com as consequências físicas e psicológicas.
Para as sociedades tradicionais, como é o caso da Guiné-Bissau, se uma mulher não passar por esta intervenção ela é excluída da sociedade. Em vários países africanos como a Somália, Etiópia, Sudão ou Costa do Marfim o número de mulheres que passam por este ritual ancestral continua sendo muito elevado.
“O tempo de conscientizar acabou. Agora precisamos castigar os responsáveis”, defendeu a diretora da Organização Nacional para a Infância, as Mulheres e a Família da Costa do Marfim, Rachel Goya.
Não existe um número exato, mas prevê-se que em Guiné-Bissau quase metade das mulheres seja atingida pela mutilação genital.

Estudo comprova que desmatamento da Amazônia afeta chuvas até na Argentina


A perda de floresta tropical pode afetar pessoas a milhares de quilômetros de distância, de acordo com um novo estudo.
Foto: ReutersO desmatamento pode causar uma grave redução das chuvas nos trópicos, com graves consequências para as pessoas, não só nesta região, mas em áreas vizinhas, disseram pesquisadores da Universidade de Leeds, na Inglaterra, e do Centro de Ecologia e Hidrologia do Conselho de Pesquisa Ambiental Britânico. O ar que passa sobre grandes áreas de floresta tropical produz pelo menos duas vezes mais chuva do que o que se move através de áreas com pouca vegetação. Em alguns casos, florestas contribuem para o aumento de precipitação a milhares de quilômetros de distância, de acordo com o estudo publicado na revista Nature.
Considerando as estimativas futuras de desmatamento, os autores afirmam que a destruição da floresta pode reduzir as chuvas na Amazônia em 21% até 2050 durante a estação seca.
"Nós descobrimos que as florestas na Amazônia e na República Democrática do Congo também mantêm a precipitação nas periferias destas bacias, ou seja, em regiões onde um grande número de pessoas depende dessas chuvas para sobreviver", disse o autor do estudo, Dominick Spracklen, da Escola sobre a Terra e o Ambiente da Universidade de Leeds.
"Nosso estudo sugere que o desmatamento na Amazônia ou no Congo poderia ter conseqüências catastróficas para as pessoas que vivem a milhares de quilômetros de distância em países vizinhos."

Impacto na Argentina, Paraguai, Brasil e Uruguai

O estudo demonstra a importância fundamental da proteção à floresta, segundo seus autores.
Em declarações anteriores à BBC, o cientista José Marengo, especialista em mudanças climáticas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil, Inpe, explicou por que a floresta amazônica afeta as chuvas tanto no sul do Brasil quanto em Argentina, Uruguai e Paraguai .
Os ventos alísios, que vêm do Oceano Atlântico para o continente, arrastam umidade para o interior da América do Sul tropical, isto é, a Amazônia e o Nordeste do Brasil. E além da humidade que vem do Atlântico, a vegetação amazônica contribui para o aumento da umidade através do processo de evapotranspiração, como é denominada a evaporação dos rios juntamente com a transpiração das plantas.
"Esta umidade é carregada pelo vento em direção aos Andes, que desvia para o Sudeste da América do Sul. Assim, algumas das chuvas que ocorrem na bacia do Rio da Prata, incluindo sul do Brasil, de fato vêm da Amazônia ", disse Marengo.
"Se não existisse a floresta amazônica, o Sul teria menos umidade, de forma que Paraguai, Uruguai, Argentina e o sul do Brasil devem à Amazônia parte de suas chuvas".

BBC Brasil 

sábado, 8 de setembro de 2012

Estudo mostra diferenças entre o prazer sexual no homem e na mulher


O sexo é um prazer tão fundamental que é foco de estudos de psiquiatras há anos. Mas, agora, outras áreas começam a se debruçar sobre o tema para entender o comportamento sexual dos animais – e, por que não, desvendar de vez as diferenças evolutivas entre homens e mulheres.
Como é o cérebro, e não os órgãos genitais, que rege todo o comportamento na hora H, neurologistas passaram a investigar os estímulos e as respostas neuroquímicas. O grupo liderado por Janniko Georgiadis, pesquisador do Centro médico universitário Groningen, na Holanda, verificou em artigos e novas técnicas de imagens neurais que a pessoa passa por um ciclo curto, mas com várias fases durante o sexo. Além disso, ele verificou que só algumas regiões cerebrais são responsáveis por estas etapas, como motivação, estímulo, consumação e saciedade.
Como o ato sexual afeta apenas algumas regiões cerebrais, elas passam a ser “multitarefas” e a acumular importantes funções para o ciclo, descreve Georgiadis, em artigo na revista Nature. A amígdala, conhecida por ser a “central agressiva” do cérebro, é responsável por toda a sistematização do ato, desde o começo da excitação até o fim do orgasmo, por exemplo.
O orgasmo revela algumas das diferenças entre os gêneros. Nas mulheres, o fluxo sanguíneo cerebral fica intenso com a aceleração da frequência. Há também estímulo no córtex pré-frontal, em especial nas regiões dorsal (ligada à atenção) e ventral (que afeta as emoções), com o ápice do prazer. Já nos homens, a ejaculação afeta o córtex cingulado (envolvido, basicamente, no processo emocional) e o hipotálamo lateral (relacionado à agressividade).
Com a queda da excitação, uma nova rede ativa o córtex pré-frontal ventral, o cingulado rostral (que correponde à ansiedade e expectativa) e o hipotálamo anterior no cérebro. Ao chegar ao prazer, o cérebro sinaliza ao corpo a transição entre a fase do querer e da saciedade, impedindo temporariamente que as pessoas voltem ao ciclo.
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Uma única tempestade derrubou meio bilhão de árvores na Amazônia, diz estudo


Uma única, violenta e avassaladora tempestade que varreu toda a floresta amazônica em 2005 pode ter destruído meio bilhão de árvores, diz um estudo americano.
Embora tempestades sejam uma causa conhecida de mortes de árvores na Amazônia, o novo estudo - feito por especialistas da Tulane University, em Nova Orleans, em parceria com cientistas brasileiros do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) e da Unesp - é o primeiro a oferecer uma contagem mais precisa.
Segundo seus autores, o trabalho revela perdas muito maiores do que se pensava, sugerindo que tempestades cumprem um papel bem mais importante do que se supunha na dinâmica da floresta amazônica.
Os cientistas advertem que, por causa das mudanças climáticas, tempestades violentas deverão se tornar mais frequentes na região, matando mais árvores e, consequentemente, aumentando as concentrações de carbono na atmosfera.
O estudo será publicado na revista científica Geophysical Research Letters.
Estudo
Uma pesquisa anterior tinha atribuído um aumento na mortalidade de árvores em 2005 na região a uma seca prolongada que afetou partes da floresta naquele ano. Mas o estudo recente identificou uma área não atingida pela seca onde houve grande perda de árvores (a região de Manaus).
Segundo os cientistas, entre 16 e 18 de janeiro de 2005, uma única linha de instabilidade com 1000 km de comprimento e 200 km de largura cruzou toda a bacia amazônica de sudoeste a nordeste, levando tempestades violentas, com raios e chuvas pesadas, provocando várias mortes nas cidades de Manaus, Manacaparu e Santarém.
Ventos verticais fortes, com velocidades de 145 km/hora, arrancaram ou partiram árvores ao meio. Em muitos casos, ao cair, as árvores atingidas derrubaram outras a seu redor.
Para calcular o número de árvores mortas, os pesquisadores usaram uma combinação de imagens de satélite, contagens feitas por especialistas em áreas pré-selecionadas da floresta e modelos matemáticos.
O uso associado de imagens de satélite e observações feitas no campo permitiu que os pesquisadores incluíssem quedas de grupos menores de árvores (menos de dez unidades) que não podem ser detectadas pelo satélite.
Os cálculos iniciais, relativos a áreas afetadas pela tempestade na região de Manaus, foram depois usados como base para se chegar ao número total de mortes em toda a floresta.
Os cientistas concluíram que entre 441 e 663 milhões de árvores foram destruídas em toda a floresta.
Nas regiões mais atingidas, cerca de 80% das árvores foram atingidas.
Linhas de instabilidade que se movem de sudoeste a nordeste na Amazônia são raras e pouco estudadas, disse Robinson Negrón-Juárez, da equipe da Tulane University.
Tempestades destrutivas que avançam na direção oposta, da costa nordeste para o interior do continente, são mais comuns - ocorrendo até quatro vezes por mês - e também provocam grandes quedas de árvores.
O que é bastante incomum são tempestades que cruzam toda a bacia Amazônica, como a de 2005, explicou Negrón-Juarez.
"Precisamos começar a medir a perturbação causada pelos dois tipos de linhas de instabilidade sobre a floresta", ele disse. "Precisamos dessas informações para calcular a perda total de biomassa nesses eventos naturais, algo que nunca foi quantificado".
Outro cientista da equipe, Jeffrey Chambers, acrescentou: "Com as mudanças climáticas, há previsões de que as tempestades aumentem em intensidade. Se começarmos a observar aumentos na mortalidade das árvores, precisamos ser capazes de estabelecer o que está matando as árvores".

BBC Brasil