quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Injustiça ambiental afeta a saúde coletiva no país


Hoje há, pelo menos, 343 conflitos ambientais no Brasil com impacto na saúde coletiva. As populações mais atingidas são indígenas (33,67%), agricultores familiares (31,99%) e quilombolas (21,55%), em regiões rurais (60,85%), urbanas (30,99%) e em áreas com características não definidas (8,17%). Esses são alguns dos dados apresentados pelo Mapa da Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil, elaborado pela Fiocruz e pela ONG Fase. Misto de espaço para denúncias e instrumento de monitoramento, o projeto sistematiza e traz a público – por meio de seu site – informações sobre casos de injustiça ambiental em todo o Brasil.O mapa enfoca a relação entre essas injustiças ambientais e os problemas de saúde, adotando uma concepção ampliada de saúde. Ou seja: considera não apenas sua dimensão biomédica, mas questões relacionadas aos conflitos, à qualidade de vida, cultura, tradições e violência. Segundo o coordenador geral do projeto, o pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Marcelo Firpo, a questão essencial é o combate ao atual modelo de desenvolvimento que despreza os direitos humanos em favor de um produtivismo exacerbado. “Nenhum crescimento econômico deveria justificar assassinatos, qualquer tipo de violência ou a perda da qualidade de vida das populações, atingidas em seus territórios. Mas não é isso o que acontece”, critica. Além de Firpo, o mapa conta com a coordenadoria executiva de Tania Pacheco e outros pesquisadores que avaliam, sistematizam e revisam as informações antes de disponibilizá-las no site.
DesmatamentoSelecionando conflitos sistematicamente denunciados pelas próprias populações, por movimentos sociais e pela Rede Brasileira de Justiça Ambiental desde o início de 2006, o mapa revela que a principal resultante do impacto ambiental sofrido pelas populações é a piora em sua qualidade de vida (79,8%). O segundo grave problema das comunidades é a violência, nas formas de ameaça (37,71%), coação física (15,82%), lesão corporal (12,12%) e assassinato (10,10%). Outros problemas de saúde também impactados significativamente em situações de injustiça ambiental são doenças não transmissíveis (40,07%) e insegurança alimentar (30,98%). Firpo ressalta que os números da violência são essenciais na análise da interface entre saúde, ambiente, direitos humanos e democracia, demonstrando o quanto as populações que lutam por seu modo de vida e contra os interesses econômicos são atacadas. Quanto às doenças não transmissíveis, ele resgata o conceito de zonas de sacrifício ou infernais – do sociólogo americano Robert Bullard – e resume: “Por exemplo, pessoas passam a habitar áreas poluídas e sem a mínima infraestrutura próximas aos grandes empreendimentos, fábricas poluentes ou lixões em busca de empregos e sobrevivência, e acabam sofrendo pelo agravamento de doenças como câncer e problemas respiratórios.”
Em relação à insegurança alimentar, a questão é diretamente ligada à degradação ambiental e às transformações nos modos de vida locais. “As monoculturas de eucalipto, por exemplo, geram problemas de acesso à água e isso afeta outras culturas agrárias. No caso de populações tradicionais, como indígenas e quilombolas, a ruptura nos modos de vida não é apenas material, mas também simbólica”, exemplifica.
O projeto teve apoio inicial do Departamento de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde e deverá continuar a ser apoiado, a partir do final deste ano, pela Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Visite o site do Mapa e conheça detalhes sobre os conflitos ambientais no Brasil e seus impactos sobre a saúde coletiva.
Focando a Noticia

Orgasmo ajuda a combater estresse, depressão e risco de câncer


Um orgasmo por dia pode, de fato, trazer inúmeros benefícios à saúde da mulher. O momento de máxima excitação cria uma reação química natural que é muito melhor do que qualquer remédio para a saúde e o bem-estar.
Segundo o jornal The Sun, comprovou-se que o orgasmo é eficiente no combate ao estresse e à depressão, assim como na diminuição de dores e do risco de se ter câncer de mama. Além disso, especialistas indicam que pessoas que têm orgasmos regularmente tendem a parecer mais jovens.
Segundo o dermatologista Dr. Mervyn Patterson, “orgasmos aumentam o fluxo sanguíneo para a pele ao estimular o sistema nervoso parassimpático”.
Os orgasmos são vistos também como melhor alternativa às pílulas para dormir. Pesquisadores descobriram que a oxitocina liberada durante o orgasmo ajuda no sono.
Além disso, podem ajudar a proteger o coração, segundo a Dra. Lisa Turner, do Reino Unido:
— Se você não quer ter um ataque cardíaco, tenha orgasmos. Um estudo em Israel descobriu que mulheres com maior incidência de doenças cardíacas tiveram menos orgasmos e vice-versa.
Vale lembrar que durante o orgasmo, o cérebro libera uma série de endorfinas, incluindo a serotonina, ingrediente-chave do antidepressivo Prozac.
 WSCOM

Ásia: mais armas nucleares


Ásia abraça um novo frenesi nuclear

Os EUA pretendem instalar no Japão mais um elemento do sistema da Defesa Anti-Míssil (DAM), o que provocou já uma reação imediata de Pyongyang que se prontifica a proceder à projeção de "uma arma atômica mais potente".

Um acordo sobre a instalação no território nipônico de um radar norte-americano foi alcançado durante a recente visita a Tóquio do chefe do Pentágono, Leon Panetta. Por isso, o Japão poderá vir a ser alvo de mísseis norte-coreanos no caso de um conflito militar naquela região, advertem sem rodeios os peritos do Pentágono.
A reação de Pyongyang era fácil de prever. O MRE da Coréia do Norte declarou que os EUA "têm vindo a aumentar os arsenais de armas viradas contra o seu país". E isso "não deixará de provocar a tomada de medidas adequadas nesse sentido".
O chefe do Pentágono fez um discurso de apresentação do segundo radar norte-americano no Japão ainda antes de se deslocar de Tóquio com destino a Pequim. A escolha do lugar e do tempo vem cristalizando a intenção de exercer a pressão sobre a China. Leon Panetta ressalvou que a DAM do seu país não estaria orientada contra a China. Mas a promessa parece um tanto dúbia, considera, por seu turno, o vice-diretor do Instituto dos EUA e do Canadá, Pavel Zolotariov.
"A maior inquietação dos EUA tem sido causada pelo incremento do arsenal de mísseis chineses, capaz de restringir a sua influência naquela região. Por isso, nem se pode pôr em dúvida a orientação dos radares norte-americanos."
Enquanto isso, a China, apoiando-se no seu potencial econômico em crescimento, deseja alcançar um equilíbrio militar com os EUA na região asiática. Mas seria pouco provável que Washington aceitasse de bom grado uma hipótese de perder a supremacia estratégica sobre a China. E para reforçar a sua segurança na disputa pela liderança, a Casa Branca pretende formar um "arco anti-balístico" que contorne as fronteiras chinesas. Uma parte de mísseis e radares será instalada no Barém, no Kuwait, na Arábia Saudita e nos EAU. O quadrante leste desta rede será apoiado por bases norte-americanas no Japão e na Coréia do Sul.
As Filipinas e a Austrália estão ser indicadas com freqüência como os países candidatos a acolher os elementos da DAM asiática. A Agência norte-americana da Defesa Antimíssil examina a possibilidade de colocar o terceiro radar nas Filipinas. Esta base se encontra muito próxima das fronteiras chinesas, sendo ainda um local ideal para acompanhar e fazer observação de mísseis lançados das zonas meridionais da China.

Dilma troca conceito de 'guerra' por 'pacto' ao defender crescimento mundial


A presidente Dilma Rousseff substituiu nesta terça-feira a ideia de "guerra" pela de "pacto" ao defender, na sede da ONU, em Nova York, que os países se entendam sobre a melhor forma de retomar o crescimento econômico global.
Defendendo que os países evitem "atitudes unilaterais" para conter os efeitos da crise global em suas economias, a presidente disse que "é urgente a construção de um amplo pacto pela retomada do crescimento global, impedindo a desesperança provocada pelo desemprego e pela falta de oportunidades". É uma mudança sutil de ângulo ao colocar uma queixa recorrente que o Brasil costuma levar a fóruns internacionais: a de que muitas destas políticas unilaterais constituem de fato "guerras" – como a "guerra cambial", cunhada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega – que acaba afetando negativamente outras economias.
"O que acho que caracteriza esse momento é que se você tomar atitudes unilaterais, elas têm sempre impacto sobre algum país", disse Dilma aos jornalistas, no fim da terça-feira.
No caso da crise econômica, prosseguiu, o uso de políticas monetárias expansionistas nos países ricos, que injetam recursos nas economias emergentes, acarretam a desvalorizações das moedas destes países.
Daí a legitimidade do que, mais cedo – no seu discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU –, Dilma chamou de "legítima defesa comercial".
"Não podemos aceitar que iniciativas legítimas de defesa comercial por parte dos países em desenvolvimento sejam injustamente classificadas como protecionismo", disse Dilma.
"Devemos lembrar que a legítima defesa comercial está amparada pelas normas da Organização Mundial do Comércio (OMC)."

BBC Brasil

Ibope mostra Haddad à frente de Serra


Os candidatos José Serra (esq.) e Fernando Haddad durante debate eleitoral  Pesquisa Ibope divulgada ontem (25) mostra o candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, pela primeira vez à frente de José Serra (PSDB). Na comparação com o levantamento anterior, de 13 de setembro, o ex-ministro da Educação avançou três pontos e chegou a 18% das intenções de voto, um ponto a mais que o candidato derrotado à Presidência da República em 2010, que caiu dois pontos. 
A liderança segue com Celso Russomanno (PRB), com 34%, um ponto a menos que na pesquisa anterior. Na quarta posição vem Gabriel Chalita, com 7%, seguido por Soninha Francine (PPS), com 4%. Segundo o Ibope, se as eleições fossem hoje 10% votariam branco ou nulo, enquanto 8% não souberam opinar.
O resultado da nova pesquisa soma-se ao levantamento do Vox Populi, divulgado na véspera, que também acusou crescimento de Haddad, agora empatado com Serra, e contraria o trabalho do Datafolha divulgado na semana anterior dando conta de um aumento nas intenções de voto do tucano e de queda do petista. 

Rejeição e segundo turno

O ex-governador de São Paulo também viu crescer sua rejeição, que passou de 38% para 40%. Outros 16% não votariam em Haddad e 14% descartam escolher Russomanno.
Nas simulações de segundo turno, o candidato do PRB desponta como favorito. Contra Serra, Russomanno chega a 51% das intenções de voto, ante 23% do tucano, que caiu mais dois pontos nesta sondagem. O deputado teria 48% contra Haddad, que ficaria com 24%. O ex-ministro de Luiz Inácio Lula da Silva venceria o ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso por 39% a 29% na segunda rodada. Nesta simulação, o petista avançou dois pontos, ante um recuo de quatro pontos do adversário.
A margem de erro é de três pontos, para mais ou para menos. O Ibope ouviu 1.022 pessoas de sábado (22) até ontem (24). Rede Brasil Atual

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Após incêndio, área ao lado de favela em São Paulo é cedida para estacionamento privado


Após incêndio, área ao lado de favela em São Paulo é cedida para estacionamento privadoUma semana após o incêndio na favela do Moinho, no centro de São Paulo, uma porção de cimento começa a ganhar feição rapidamente no local que antes abrigava uma área verde, chamada pelos moradores de "bosquinho". O trabalho de uma empresa de terraplenagem começou apenas dois dias após o fogo destruir parte dos barracos em um terreno da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) que, cedido ao setor privado, será transformado em um estacionamento de caminhões. 
Até o dia do incêndio, a área era aberta, possuía árvores de pequeno porte e bastante mato, de acordo com moradores da favela. Hoje (24), só havia poucas árvores no local e pelo menos cinco homens trabalhavam na limpeza do terreno, de 10 mil metros quadrados. Com um trator, um caminhão e um carro antigo, os trabalhadores não usavam uniformes que identificassem a empresa.
De acordo com o encarregado de obras, Alfredo dos Santos, todos são empregados da Terraplanagem JC, situada no bairro de Pirituba, zona oeste da capital. Ele afirma que a empresa teria sido contratada pelo Ceagesp para fazer a limpeza do terreno com o intuito de evitar que ele fosse ocupado por desabrigados do incêndio. Não foi possível localizar a empresa.
Apesar de manter contato com Alfredo, o integrante do Departamento Comercial do Ceagesp, Rubens Reis de Souza, afirmou que, após a locação, o Ceagesp não teria mais responsabilidade sobre o terreno. Nenhum dos dois disse saber o nome da empresa que teria alugado a área. A assessoria de imprensa do órgão também não soube informar quem seria o locatário, porém confirmou que a área dará espaço a um estacionamento de caminhões. 
Rede Brasil Atual apurou que Alfredo dos Santos também é supervisor geral da empresa de estacionamento União Park, que, de acordo com o Ceagesp, teria concorrido a uma licitação. Ele nega o fato. Situada entre duas linhas de trem, a possível entrada para o terreno seria passando por parte da Favela do Moinho, localizada embaixo do viaduto, que pegou fogo na última segunda-feira (17).
O terreno, ainda sem limpeza, faz fronteira com duas linhas de trens e com a Favela do Moinho (Google Earth)
Os desabrigados da favela começam a reconstruir as casas, mantendo 10 metros de distância do viaduto Engenheiro Orlando Murgel, seguindo orientações da Defesa Civil. De acordo com a prefeitura a estrutura do viaduto foi abalada e uma empresa de construção civil trabalha na reforma do local. O trânsito está impedido em um dos sentidos.
Este é o quinto incêndio na Favela do Moinho, que vitimou uma pessoa e deixou pelo menos 300 desabrigados. Desde 2006 a área, antiga posse da Rede Ferroviária Federal, está em disputa. A prefeitura de Gilberto Kassab (PSD) pretende construir um parque ou uma estação de trem, e alega que o terreno não serve para moradia porque está contaminado. Em dezembro do ano passado ocorreu o maior incêndio do Moinho, que devastou um terço da comunidade, em uma área de 6.000 m². Duas pessoas morreram e dezenas de famílias ficaram desabrigadas.
Sé este ano foram registrados 68 incêndios em favela. Entre 2008 e 2011, o Corpo de Bombeiros registrou 530 ocorrências. Em 13 de setembro, o líder comunitário do Moinho, Francisco Miranda, esteve na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Câmara Municipal para investigar o número elevado de casos. Na ocasião, ele lamentou o fato de a CPI, dominada pela base aliada a Kassab, não investigar de fato a possibilidade de se tratar de uma atuação criminosa.
Rede Brasil Atual

Irã informa quando começará a Terceira Guerra Mundial


O comandante das Forças Aeroespaciais da Guarda Revolucionária, brigadeiro-general Amir Ali Hajizadeh, declarou em entrevista à televisão iraniana que o Irã não tem intenção de atacar Israel primeiro, mas fará um ataque preventivo, quando estiver certo que "os inimigos realizam os preparativos finais para a agressão".

Mohammad Ali Jafari Irã comandante-em-chefe Guarda Revolucionária IranianaAlém disso, de acordo com o general, o Irã não hesitará de fazer um ataque preventivo contra bases militares dos EUA no Bahrein, Qatar e Afeganistão, embora tal passo ameace uma 

Terceira Guerra Mundial.
Na véspera, o comandante-em-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Mohammad Ali Jafari, anunciou que o confronto com Israel há de acabar com a guerra. "Nenhum outro cenário não existe, nem pode existir", disse o general.