Em vinte e cinco minutos, a presidenta Dilma Rousseff falou, em seu discurso de abertura da 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas, nessa terça-feira (25), em Nova York, sobre os problemas que afligem o mundo. Ela fez críticas fortes e condenações veementes à guerra na Síria, à islamofobia no mundo ocidental até aos reflexos da crise econômica.Dilma: é preciso dar um basta ao anacronismo que representa o bloqueio econômico dos Estados Unidos a Cuba.
Dilma Rousseff destacou, entre as críticas, o bloqueio econômico dos Estados Unidos imposto a Cuba, que impede o desenvolvimento daquele país; as decisões unilaterais de guerra, ignorando decisões da ONU; e a tentativa do governo estadunidense de desclassificar as medidas comerciais adotadas pelo Brasil.
A presidenta brasileira, que pela segunda vez faz discurso de abertura da ONU, disse que “um ano depois, constato os mesmos problemas que nos afligiam em setembro de 2011”, e manifestou preocupação em voltar a discutir essas questões que exigem solução urgente.
Usando termos fortes, Dilma disse que não admite que “medidas legítimas de defesa comercial por parte de países em desenvolvimento sejam injustamente classificadas de protecionismo. A legítima defesa comercial está amparada pela normas da OMC (Organização Mundial do Comércio)”, lembrou a presidenta brasileira, acrescentando que “o protecionismo e formas de manipulação do comércio devem ser combatidos pois conferem maior competitividade (aos países que adotam) de forma espúria e fraudulenta”.
A presidenta do Brasil alternou críticas ácidas à situação do mundo com apelos à cooperação, diálogo e amizade para enfrentamento dessa situação. E enfatizou, nesses apelos, a necessidade permanente do combate à fome e à miséria, medidas de enfrentamento à crise econômica que permitam o desenvolvimento e a inclusão no mercado de trabalho, principalmente dos jovens, além do respeito ao meio ambiente.
Em defesa de Cuba
Para Dilma Rousseff, é preciso dar um basta ao anacronismo que representa o bloqueio econômico dos Estados Unidos “a um país irmão e querido de todas as nações latinas e caribenhas”, como definiu Cuba. “Cuba precisa do apoio de países próximos e distantes para o progresso, que é prejudicado pelo bloqueio econômico que golpeia sua população”, avaliou Dilma Rousseff.
E, ao falar sobre a situação de Cuba, estendeu sua avaliação sobre todo o continente latino-americano, que definiu como “exemplo para o mundo”. “Avançamos no espaço latino e caribenho. Nossa região é bom exemplo para o mundo. O estado de direito que conquistamos após os períodos autoritários que marcaram nosso continente está sendo preservado e fortalecido”, disse, destacando ainda os organismos do Mercosul e Unasul como exemplos da integração da região.
Segundo ela ainda, os países latino-americanos reafirmam o compromisso de manter a região livre de armas de destruição em massa, lembrando a existência de imensos arsenais de armas “que ameaçam toda a humanidade, agravam tensões e prejudicam os esforços de paz”. “O mundo pede, em lugar de armas, alimento para bilhões de homens, mulheres e crianças que padecem do mais cruel castigo que se abate sobre a humanidade – a fome”, afirmou.
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