terça-feira, 30 de outubro de 2012

Festa de prefeito eleito de Solânea-PB termina com pessoas pisoteadas e feridas a bala

SolâneaA festa de comemoração da vitória do candidato Beto do Brasil (PPS), no município de Solânea (localizada no Brejo paraibano a 138 km de João Pessoa), terminou com duas pessoas baleadas e seis pisoteadas. O caso ocorreu na noite deste domingo (28), no Centro da cidade.

De acordo com capitão Leonardo Neves, comandante da Companhia da Polícia Militar da Cidade, estava ocorrendo o evento quando dois homens iniciaram uma discussão no meio da multidão e, em seguida, ouviu-se tiros.

“Foi um corre-corre. Houve muito tumulto após os disparos no meio da festa. Várias pessoas ficaram feridas porque durante a correria os participantes do evento caíram no chão e foram pisoteados. Cerca de oito pessoas ficaram feridas, duas delas a bala”, comentou o capitão.

Ainda segundo o policial, as duas pessoas baleadas foram socorridas para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande por ambulâncias do Samu. As vítimas feridas à bala são: Danilo de Sousa Vieira (baleado no braço), Jailson Maciel dos Santos, 32 anos, ferido no peito.

De acordo com o boletim médico do hospital, o caso mais grave é Jailson Maciel. As outras pessoas feridas não correm risco de morte.

“Já temos pistas do acusado pelos disparos. Estamos rastreando e o mais breve possível vamos prendê-lo”, adiantou o capitão Leonardo Neves.

Beto do Brasil é ex-prefeito de Solânea e conseguiu se reeleger nas eleições deste ano conquistando 58,24 % dos votos válidos correspondente a 8.523 votos válidos.
Fonte Portal Correio

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

4 frutas que eliminam gordura


Pera 
Ela tem seu mérito e não só a popular maçã - na hora de enxugar os quilos extras. Pesquisa do Instituto de Medicina Social da Universidade do Rio Janeiro -- e publicada no o Journal of Nutrition, uma das mais respeitadas revistas americanas sobre nutrição -- mostrou que as mulheres que comeram três peras por dia durante 12 semanas consumiram menos calorias e perderam mais peso do que as que não ingeriram nenhuma fruta. O estudo foi feito com 411 voluntárias entre 30 e 50 anos. A pera tem a grande vantagem de ser bem fibrosa. Concentra, em média, 3 gramas de fibras totais por 100 gramas - quase o dobro da maçã, que fornece 1,6 grama, afirma a nutricionista Tânia Rodrigues, diretora da RGNutri Consultoria Nutricional, de São Paulo. Além disso, o consumo de uma unidade representa 12% da necessidade diária de fibras, que é de aproximadamente 25 gramas por dia. Ela também é grande fonte de fibras insolúveis, que estão relacionadas à prevenção de prisão de ventre e de doenças como diverticulite e câncer de cólon, completa Tânia.

Grapefruit e suas irmãs 
Quer uma razão para reverenciar essa fruta? Ingerir metade de uma grapefruit ou tomar seu suco antes de cada refeição pode ajudar na perda de até meio quilo por semana, mesmo que você não mude absolutamente nada na sua dieta. Foi essa a conclusão a que chegaram os pesquisadores da Scripps Clinic, na Califórnia, uma rede de serviços de saúde sem fins lucrativos e que investe pesado em estudos. Eles acompanharam 100 obesos por 12 semanas. Passado esse período, descobriram que componentes da fruta ajudam a regular a produção de insulina, um hormônio que está intimamente ligado ao estoque de gordura. Níveis baixos de insulina também contribuem para afastar o apetite por mais tempo quando os índices estão elevados, o hormônio estimula o hipotálamo, região do cérebro que, entre outras funções, regula a fome. Se anda difícil encontrar grapefruit na sua cidade, aposte em duas outras variedades: a laranja-pêra e a laranja-bahia. A sugestão é de Vanderlí Marchiori, nutricionista e fitoterapeuta, de São Paulo. Elas contêm os mesmos compostos e atuam da mesma forma no emagrecimento, garante.

Banana verde 
Verdade. Nesse estágio, ela faz a balança se render graças a um amido resistente que ainda marca presença no macarrão integral, no feijão branco, na lentilha, na cevada e no pão com grãos integrais, que têm alto poder de saciedade. Esse efeito ficou mais do que comprovado em uma pesquisa americana realizada pela Universidade do Estado de Louisiana e publicada no Journal of Obesity. De acordo com o estudo, esse amido estimula hormônios que fazem o organismo se sentir satisfeito e sinalizam que é hora de parar de comer. O amido resistente também promove um aumento do peristaltismo intestinal, que pode diminuir a absorção de nutrientes e, consequentemente, de calorias, afirma a nutricionista Luci Uzelin, coordenadora de nutrição do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Outro dado: um pequeno estudo da Universidade do Colorado revelou que a queima de gordura foi 23% maior entre os pacientes que incluíram alimentos ricos nesse amido. Dá para comer banana verde? Sim. Você encontra receitas ótimas na internet ou no livro Yes, nós temos Bananas (editora Senac), de Heloísa de Freitas Valle, uma das pioneiras no uso da fruta verde como ingrediente principal de vários pratos.

Amêndoas 
Esta também é de cair o queixo: um farto punhado de amêndoas, cheia de gorduras -- benéficas, diga-se -- é capaz de reduzir o peso. E não só ele: a barriga também! Isso é o que mostra um estudo realizado no City of Hope National Medical Center in Duarte, Califórnia, nos Estados Unidos, e publicado no International Journal of Obesity. Em seis meses, os pacientes que adotaram diariamente 84 gramas da fruta oleaginosa (cerca de 70 unidades!) reduziram 18% do peso e 14% da medida na cintura. O colesterol ruim (LDL) também diminuiu 15% e os triglicérides, 29%. O grupo que se deliciou com as amêndoas perdeu também 56% a mais de gordura corporal em comparação com a turma que ingeriu o mesmo número de calorias na forma de carboidratos complexos, que estão nos cereais integrais, no arroz, nos pães, nas massas e nas batatas. Além das fibras, que afastam a fome por mais tempo, a amêndoa contém ômega-3, gordura do bem que ajuda a estimular os hormônios da saciedade, afirma a médica ortomolecular Heloísa Rocha, do Rio de Janeiro. Também é riquíssima em vitamina E, que regula os hormônios sexuais tanto no homem como na mulher. Nele, a amêndoa  facilita a formação de massa magra. E, quanto mais massa magra, maior a queima de gordura. Nela, o mesmíssimo amido resistente evita o estoque das células gordurosas. Ou seja, o peso despenca.
WSCOM

Veja quem venceu no segundo turno das eleições 2012


No segundo turno, o PSDB foi o partido que mais elegeu prefeitos: nove ao total. Os tucanos venceram em Pelotas (RS), Blumenau (SC), Franca (SP), Sorocaba (SP), Taubaté (SP), Belém (PA), Teresina (PI), Manaus (AM) e Campina Grande (PB).
Eleitores voltaram às urnas em 50 cidades do país para elegerem seus prefeitos. Todos os eleitos foram confirmados antes das 21h – menos de quatro horas após o fim da votação.
O PT foi o segundo partido que mais elegeu prefeitos neste segundo turno, oito ao total: São Paulo (SP), Niterói (RJ), Guarulhos (PT), Mauá (SP), Santo André (SP), João Pessoa (PB), Vitória da Conquista (BA) e Rio Branco (AC).
PMDB e PSB levaram cada um sete prefeituras no segundo turno.  Os outros partidos elegeram entre um e três prefeitos neste segundo turno. Confira os resultados no quadro abaixo:
PartidoPrefeituras em que venceu no 2° turno
PSDBPelotas (RS), Blumenau (SC), Franca (SP), Sorocaba (SP), Taubaté (SP), Belém (PA), Teresina (PI), Manaus (AM) e Campina Grande (PB)
PTSão Paulo (SP), Niterói (RJ), Guarulhos (PT), Mauá (SP), Santo André (SP), João Pessoa (PB), Vitória da Conquista (BA),  Rio Branco (AC)
PMDBJuiz de Fora (MG), Uberaba (MG), Nova Iguaçu (RJ), Volta Redonda (RJ), Joinville (SC), Guarujá (SP)
PSBDuque de Caxias (RJ), Petrópolis (RJ), Campinas (SP), Fortaleza (CE), Cuiabá (MT), Porto Velho (RO)
PCdoBBelford Roxo (RJ), Contagem (MG), Jundiaí (SP)
PDTCascavel (PR), Natal (RN), Curitiba (PR)
PPSVitória (ES), Cariacica (RJ), Ponta Grossa (PR)
PSDRibeirão Preto (SP), Florianópolis (SC), Londrina (PR)
DEMSalvador (BA), Vila Velha (ES)
PPMaringá (SP), Campo Grande (MS)
PRSão Gonçalo (RJ)
PRBMontes Claros (MG)
PSOLMacapá (AP)
PTCSão Luis (MA)
PVDiadema (SP)

Rede brasil Atual

Haddad vai de 3% à vitória, a exemplo de Dilma


O ex-ministro da Educação Fernando Haddad, que ocupou a pasta entre julho de 2005 e janeiro de 2012, nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, é filiado ao PT desde 1983 e esta é a primeira eleição de sua vida pública. Antes desta campanha, as únicas experiências em urnas foram na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, na capital, quando cursava o terceiro ano e foi eleito vice-presidente do Centro Acadêmico 11 de Agosto em uma chapa encabeçada pelo jornalista Eugenio Bucci. No ano seguinte foi o presidente. Indicado por Lula para disputar a prefeitura paulistana, Haddad apareceu com apenas 3% das intenções de voto na primeira pesquisa, divulgada em maio pelo Ibope.
Para comparação, o adversário a ser batido então despontava com quase 40% das sondagens. Aos 70 anos, José Serra (PSDB) já havia disputado nove eleições, tendo vencido duas para deputado, uma para senador, uma para governador e uma para prefeito; e perdido duas à Presidência da República e outras duas à prefeitura – agora três, sendo que na reta final comportou-se mais como franco-atirador, interessado em preservar, para os que vierem depois dele, o que há de rejeição ao PT. Haddad estava ainda atrás de Paulinho da Força (PDT), Gabriel Chalita (PMDB), Soninha Francine (PPS), Netinho de Paula (PCdoB) e Celso Russomano (PRB).
Nestes cinco meses o intelectual com sólida carreira acadêmica, e tido como gestor eficiente à frente do Ministério da Educação, foi perdendo o acanhamento e a falta de traquejo em campanha eleitoral e no corpo a corpo com os eleitores, ganhando pontos nas pesquisas, pedidos de autógrafo e também de fotografias junto a moradores durante comícios e caminhadas. O Haddad que teve seu nome exposto nas urnas eletrônicas do maior colégio eleitoral do país, neste domingo é, pelo menos um pouco, diferente daquele dos 3% que mal tinha companhia de militantes nas andanças pela cidade e era bastante desconhecido dos eleitores, principalmente da periferia.
Paulistano, nasceu no dia do aniversário da cidade, 25 de janeiro, em 1963, e cresceu no bairro Planalto Paulista. Aos 18 anos entrou para a Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP). Também na USP, fez mestrado em Economia e doutorado em Filosofia. Filho de Khalil Haddad, libanês que deixou seu país com 22 anos de idade e imigrou para São Paulo em 1947, e de Norma Thereza Goussain Haddad, filha de libaneses, Fernando é o único homem entre as irmãs Priscila e Lúcia, uma mais velha e outra mais nova do que ele.
O pai era camponês no Líbano e estudou até os oito anos. Quando veio para São Paulo foi trabalhar como atacadista de tecidos na rua 25 de Março e depois de 11 anos no Brasil casou-se com Thereza. A mãe formou-se no curso de Magistério no Liceu Pasteur, onde aprendeu francês. Ela se casou com 20 anos e foi ser dona de casa. Encheu as estantes com as principais enciclopédias do mercado na época e fez de tudo para garantir boa educação aos filhos.
Haddad fez o ensino básico no Ateneu Ricardo Nunes e o secundário no Colégio Bandeirantes e sonhava em ser engenheiro. Mas acabou trocando os cálculos pelos códigos de leis quando seu pai perdeu a casa ao se ver envolvido por um golpe de um estelionatário. A difícil situação da família fez Haddad  prometer a si mesmo que não queria passar por uma situação similar. “O caminho para isso dava no Largo de São Francisco, onde se encontra a velha Academia de Direito. E para lá eu fui.” Em 1988, depois de formado e aos 25 anos casou-se com a dentista Ana Estela Haddad. Quatro anos depois o casal teve o primeiro filho, Frederico. Em 2000 nasceu Ana Carolina.
Atuou em incorporação e construção civil, foi analista de investimento, professor no Departamento de Ciência Política na USP, consultor na Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Nesse ínterim, em 1997, a família se desfez do negócio mantido na Rua 25 de Março, por conta de problemas de saúde do pai.
Em 2001, convidado por João Sayad, então secretário de Finanças na Prefeitura de São Paulo na administração de Marta Suplicy, Haddad, assume a chefia de gabinete da Secretaria. Trabalhou na estratégia de escalonamento dos débitos junto aos credores e ajudou a organizar as finanças municipais, o que permitiria a retomada da capacidade de investimento depois de dois anos de mandato. Em 2003, deixou a prefeitura para se tornar assessor especial no Ministério do Planejamento, sob o comando do então ministro Guido Mantega, atual ministro da Fazenda.
Em 2004 assumiu o posto de secretário-executivo no Ministério da Educação – função logo abaixo da do ministro na hierarquia do órgão, então comandado por Tarso Genro, atual governador do Rio Grande do Sul. Na verdade, ministro responde pelo comando político na estrutura de um ministério; e secretário-executivo responde pela gestão operacional. Haddad estava para Genro como Dilma, chefe da Casa Civil, estava para o então presidente Lula.
Com a ida de Tarso Genro para o Ministério da Justiça, em 2005, Haddad assumiu o comando da Educação.
Ali criou o Programa Universidade Para Todos (Prouni), que atendeu a mais de 1 milhão de estudantes desde que foi implementado, em 2005, até o segundo semestre de 2012, e a maioria (67%) com bolsa de estudo integral. No período em que Haddad esteve no ministério, as vagas no ensino superior público federal passaram de 139,9 mil em para 218,2 mil, foram criados 126 campus universitários federais, 214 escolas técnicas e 587 polos de educação à distância. O número de formandos cresceu 195% nos últimos dez anos. Haddad foi um dos poucos ministros da era Lula mantido pela presidenta Dilma, eleita em 2010. Só deixou o posto no início deste ano para participar da disputa pela sucessão paulistana.
redebrasilatual e Focando a Notícia

Para analista, resultados eleitorais consolidam projeto 'Dilma 2014'


 O resultado das eleições municipais, ao contrário do que se dizia, fortalece o projeto "Dilma 2014", avalia o analista político Antônio Augusto de Queiroz, diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). “Não resta dúvida de que os partidos da base foram vitoriosos”, afirmou. De 50 cidades com segundo turno, ele estima que 75% elegeram candidatos ligados à base aliada do governo. Queiroz acredita que a sensação de “bem-estar” da população, sustentada por crescimento do emprego e da renda, além de políticas públicas, prevaleceu sobre as denúncias contidas no julgamento do chamado mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF).
“É claro que se não houvesse a denúncia do mensalão o PT teria crescido muito mais. Mas entre uma acusação ético-moral e uma sensação de bem-estar, o eleitor prefere racionalmente optar pela segunda tese. Até porque quem está acusando o PT pratica algo muito parecido”, afirma o analista do Diap.
Nesse sentido, ele considera o PT vitorioso política e eleitoralmente. “Politicamente porque enfrentou uma campanha dos meios de comunicação com o objetivo de carimbar o partido como corrupto. É uma vitória indiscutível. Voltou à condição de partido mais votado na eleição municipal. Mesmo perdendo em Belo Horizonte, criou uma alternativa importante para o governo de Minas. A meu ver, cometeu seu principal erro em Recife, onde tinha a eleição garantida, mas que dependia de aliança (com o PSB). O mesmo ocorreu em certa medida em Fortaleza, onde disputou razoavelmente bem.” Queiroz atribui a derrota em Salvador muito mais a uma avaliação negativa do governo estadual, petista, do que a uma reedição do “carlismo”.
“A oposição decresceu em número de votos e prefeituras. E a base do governo aumentou”, prossegue o analista. “O núcleo estratégico do governo federal cresceu em número de votos”, acrescentou, citando PT, PSB, PCdoB e PDT. “Até o Psol, que faz uma oposição à esquerda, cresceu. Todos os demais – de oposição ou de uma situação mais conservadora – regrediram.” Ele considera o PSD a surpresa desta eleição, embora com muita concentração no Sul.
Segundo o diretor do Diap, alguns indicadores sociais podem ter sido determinantes nesta eleição, como o crescimento do emprego, “que não se justifica frente ao crescimento do PIB” e o aumento da renda. “Mas o governo tem outras políticas de inclusão social que fazem com que haja uma situação de bem-estar. Os acordos salariais tiveram ganhos reais. E houve ganhos com a redução dos juros.”
Ele considera que o setor “mais atrasado” adotou um discurso na tentativa de desqualificar o PT e tirá-lo da disputa, já pensando em 2014. O PSB, “ainda em fase de consolidação”, deve permanecer como aliado do PT na eleição presidencial. Para o PMDB, partido que diminuiu o número do prefeituras, mas continua como o de maior capilaridade, a alternativa mais viável seria também continuar com o governo, em vez de se arriscar em uma aliança com o PSDB. Quanto a Serra, o analista acredita que ele poderia no máximo almejar uma vaga no Senado. A candidatura ao Planalto “vai muito provavelmente cair no colo do Aécio (Neves), que não vai ter facilidade se o governo continuar bem avaliado”.
Rede Brasil Atual

PSB ganha a disputa em Fortaleza; PT acusa compra de votos e vai à Justiça


PSB ganha a disputa em Fortaleza; PT acusa compra de votos e vai à Justiça Chega ao fim a intenção do PT de ter mais quatro anos à frente da prefeitura de Fortaleza. Roberto Claudio, do PSB, venceu o adversário Elmano de Freitas por 53,02% a 46,98% dos votos válidos (650.607 a 576.435). Aliados desde 2006 no governo estadual e na administração da capital, PT e PSB protagonizaram uma das mais apertadas disputas do país no segundo turno, marcada pela ruptura e entre as siglas no âmbito municipal neste ano.
A tensão hoje (28) e uma série de denúncias de irregularidades podem levar à Justiça o questionamento do resultado. Foram registradas várias ocorrências de confronto entre militantes e fiscais eleitorais de ambos os partidos. 
Em meio às denúncias, a prefeita Luizianne Lins (PT) afirmou que houve compra "descarada” de voto. “Vimos pessoas usando blusas padronizadas, o que não pode, realização de carreta, o que não pode, soltar fogos de artifício. Nunca vimos um acinte à Justiça eleitoral como vimos até agora e nenhuma providência está sendo tomada” elencou a prefeita. 
O coordenador da campanha da PT, deputado estadual Antonio Carlos, afirmou que houve “grande estrutura de compra de votos, policiais militares para coagir eleitores, o que coloca em xeque o processo. Nós vamos amanhã, em tempo hábil, tomar as medidas cabíveis”. Para Antonio Carlos, houve “utilização de meios absurdos para compra de votos”. Ele assegura que há provas materiais e imagens que comprovariam as denúncias. 
O governador Cid Gomes e o candidato Roberto Claudio chegaram a comparecer pessoalmente na Superintendência da Policia Federal para “prestar solidariedade” a 50 militantes do PSB detidos sob suspeita de boca de urna. Ao final da votação, o Trigunal Regional Eleitoral (TRE) registrou 64 denúncias por crimes eleitorais, de ambos os lados, variando do transporte ilegal de eleitores a compra de votos, sendo 44 denúncias de boca de urna. 
A reta final foi marcada pela disputa acirrada tanto nas ruas quanto nas pesquisas. Somente hoje a boca de urna do Ibope dilatou a diferença, apontando 53% para Roberto Claudio e 47% para Elmano, praticamente o que se confirmou no resultado final. No sábado, o Datafolha demonstrou empate rigoroso (42% das intenções de voto para cada um), e, no Ibope, Roberto Cláudio apareceu à frente, com 44%, e Elmano, 42%. Apesar da vantagem, estariam empatados dentro da margem de erro de 3%.
Na última semana da campanha, Lula compareceu pessoalmente em comício na terça (23), fortalecendo o PT, e o governador Cid Gomes se licenciou do cargo por cinco dias para dedicar-se integralmente à campanha do PSB. 
Também marcante foi o embate direto entre a prefeita Luizianne Lins e o governador. Aliados desde 2006, quando da primeira eleição de Cid Gomes, ambos romperam a aliança neste ano. O governador chegou a fazer piada de mau gosto com a tendência interna do PT a qual Luizianne pertence, a Democracia Socialista (DS, que, na piada do governador virou “DST”), e declarou não querer mais qualquer relação pessoal com a prefeita. A piada rendeu um pedido público de desculpa.
Luizianne, por sua vez, reforçou as críticas aos irmãos Ferreira Gomes (Cid e Ciro), acusando-os de machismo e de quererem impor uma oligarquia familiar no comando do estado e da capital. No ato da votação de hoje, ao lado de Elmano, ela afirmou que estava arrependida de “ter apoiado Cid em 2010”, na reeleição do governador. 
No sábado, um dia depois de encerrada a propaganda eleitoral, Luizianne obteve direito de resposta e apareceu em várias inserções, pois tinha sido exibida na TV pelo programa eleitoral adversário uma declaração dela, de 2010, na qual afirmava que se preparava para “eleger até um poste com a luz quebrada”. 
Resta saber como será, até o final do ano, a relação institucional entre Luizianne e Cid. Ela tem mais de dois meses à frente da prefeitura, e preside o PT cearense que integra o governo do estado, enquanto o governador é o presidente estadual do PSB. Luizianne terá, antes de tudo, de reconciliar o PT cearense, já que ela bancou a candidatura de Elmano, integrante da DS, quando havia outros três pré-candidatos antes da escolha oficial. E a ala do PT aliada ao governador é capitaneada pelo deputado federal José Guimarães, que embora tenha aderido à campanha de Elmano, não pressionou os petistas que integram o governo do estado. 
Sobre a aliança no âmbito federal, Cid Gomes afirmou que "num longo prazo, num médio prazo, o objetivo do PSB é disputar a Presidência da República. O PT disputou cinco vezes até ganhar a Presidência. Agora, nesse momento, nos participamos do governo da Dilma. Então eu não enxergo, sinceramente, num curto prazo, o PSB disputando a Presidência em 2014".
Rede Brasil Atual

domingo, 28 de outubro de 2012

Cinquenta cidades decidem hoje quem será o prefeito nos próximos quatro anos


Brasileiros de 50 cidades decidirão hoje (28), em segundo turno, quem será o responsável pela gestão municipal nos próximos quatro anos. Ao todo, devem comparecer novamente para votar 31,7 mil pessoas, entre eles eleitores de 17 capitais.
Por ser o maior colégio eleitoral entre as capitais, com 8,6 milhões de votantes, São Paulo sempre recebe uma atenção especial por parte dos partidos políticos.  Neste domingo, o paulistano definirá se quer ser administrado por Fernando Haddad (PT) ou José Serra (PSDB).
Além de ter o maior eleitorado entre os 5.568 municípios, o estado de São Paulo tem 12 cidades disputando as eleições em segundo turno. O Rio de Janeiro está em segundo lugar, com sete cidades na disputa, e o Paraná vai ter cinco municípios onde candidatos se enfrentarão.
Para viabilizar a disputa neste segundo turno nas 50 cidades, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) colocará a disposição 96,1 mil urnas eletrônicas. Algumas delas ficarão de reserva para substituição no caso de eventual problema de funcionamento.
O eleitor das cidades que terão segundo turno deverá comparecer à sua seção de votação entre as 8h e as 17h. Para votar, a pessoa terá que apresentar ao mesário um documento com fotografia.
O PT e o PSDB são os partidos que mais disputam a cadeira de prefeito nas capitais. Além de São Paulo, os dois partidos têm mais cinco e sete candidatos, respectivamente, concorrendo em capitais.
O PMDB, que saiu das urnas no primeiro turno como a legenda com maior número de prefeitos eleitos em todo o país, disputa o segundo turno em três capitais – Campo Grande, Natal e Florianópolis. No primeiro turno, os peemedebistas saíram das urnas como a maior legenda nas regiões Sul, Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
Correio do Brasil