sábado, 5 de janeiro de 2013

Sem obras contra chuvas, tragédias continuarão

Homem tenta salvar televisão durante enchente em Xerém (foto: Reuters)
As fortes chuvas que atingiram a Baixada Fluminense e a região de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, na última quinta-feira, tiveram seus efeitos intensificados pela falta de planejamento urbano e de infraestrutura de drenagem e contenção de encostas, segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil.
Elas deixaram pelo menos dois mortos e mais de 2,5 mil pessoas desalojadas ou desabrigadas. Sistemas de alerta para populações foram implantados em áreas de risco principalmente após as tragédias no Rio de Janeiro e em Niterói, no ano de 2010, e na região serrana do Rio, em 2011. Porém, segundo os especialistas, eles não são suficientes para evitar novas tragédias enquanto comunidades continuarem a habitar regiões de encostas e margens de rios - que não possuem infraestrutura adequada de drenagem e contenção.
"Nós já evoluímos bastante desde 2010, principalmente em relação às questões dos planos de emergência, do papel da Defesa Civil e do papel do serviço geológico do Estado (do Rio de Janeiro). As prefeituras se equiparam melhor com as Defesas Civis e com os sistemas de alerta e sirenes", diz Marcelo Motta, geógrafo e professor da PUC-RJ. "(Mas) nosso atraso é anterior, no que diz respeito ao planejamento das cidades, ao planejamento urbano".
Motta faz parte de um grupo que vem assessorando o Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro em áreas atingidas nesta semana e que trabalhou também nos deslizamentos de Niterói e da região serrana. Segundo ele, embora exista legislação que impede a ocupação de áreas como margens de rios, as cidades continuam a crescer desordenadamente e novas tragédias do tipo podem ocorrer com as chuvas de verão.
"As pessoas se viram como podem para poderem construir suas casas, e as prefeituras vão obviamente viver esse passivo na hora que cair uma chuva. É isso que estamos assistindo cada vez mais, chuvas menores causando estragos maiores, porque as cidades estão sendo construídas em áreas de risco. É mais uma questão de ordenamento territorial do que uma questão geológica, geotécnica"
Leia mais em BBC Brasil.

Caixa divulga orçamento de quase R$ 49 bilhões para FGTS em 2013



A Caixa Econômica Federal publicou no "Diário Oficial da União" desta sexta-feira (4) orçamento de R$ 48,9 bilhões para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) neste ano. O valor – que, segundo a Caixa, pode sofrer ajustes ao longo do ano – é 2,7% superior ao orçamento final do FGTS em 2012, de R$ 47,6 bilhões.
Do montante aprovado para 2013, R$ 20 bilhões serão voltados a concessão de financiamentos a pessoas físicas ou jurídicas, beneficiando famílias com renda mensal bruta até R$ 3.275, no âmbito do Programa Nacional de Habitação Urbana (PNHU), integrante do "Minha Casa, Minha Vida".

Outros cerca de R$ 5 bilhões se destinam a produção ou aquisição de imóveis novos, também enquadrados no mesmo programa, além de R$ 120 milhões para financiamentos de imóveis em áreas rurais, dentro do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR).
Ainda segundo a publicação, R$ 1 bilhão será aplicados em financiamentos que não se enquadrem nos programas especificados.
A Caixa estabeleceu também que até R$ 6 bilhões se destinarão a operações de crédito vinculadas à área orçamentária de Infraestrutura Urbana, referentes a empreendimentos de mobilidade urbana diretamente associados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).
Para execução de ações não inseridas no PAC, os recursos somam até R$ 1 bilhão, alocados em nível nacional, acrescentou a instituição.
WSCOM Online

Timão tem quatro das cinco maiores contratações do futebol brasileiro

Um padrão na estratégia dos clubes brasileiros para buscar contratações ainda está sendo moldado. Há casos e casos - ou acasos. Mas a verdade é uma só: o futebol do país vive uma nova era. E o Corinthians representa bem esse apetite renovado dos clubes brasileiros no mercado. No ranking das cinco maiores contratações da história do futebol brasileiro, o Timão figura em quatro primeiras posições, sendo a compra  de Alexandre Pato, ex-Milan, a segunda maior delas. O clube paulista desembolsou € 15 milhões (pouco mais de R$ 40,2 milhões, ou US$ 19,7 milhões) para ter o jogador, de 23 anos, a partir desta temporada. Tevez, no fim de 2004, foi o único mais caro - US$ 22 milhões, ou R$ 60,5 mi à época. Nilmar e Mascherano, que a exemplo de Carlitos foram garantidos com dinheiro da MSI, entre 2005 e 2006, também figuram no Top 5. Nos últimos oito anos, as contratações pomposas dos clubes locais fazem parte de um processo de mudança de rumos do futebol brasileiro, que deixou de ser simplesmente um mero exportador de talentos para investir em reforços de peso (sete das principais transações foram feitas entre 2011 e 2013). O Corinthians, baseado primeiramente no dinheiro fruto da polêmica parceria com o MSI, e agora com recursos próprios, após investimento em sua imagem, que começou com a contratação de Ronaldo, é o pioneiro nesta nova fase.
De acordo com Amir Somoggi, consultor de marketing e gestão esportiva, o segredo da notável vantagem do Timão no mercado é o bom proveito das receitas oriundas dos contratos de TV.
- O marketing está sendo mais bem explorado, além de programa de sócio-torcedor e sistema de venda de ingressos mais acessível. Mas o principal de tudo é a receita vinda da TV. Tudo isso começa a tornar o mercado importador. Por que o Corinthians pode contratar o Pato? Porque tem um contrato com a TV bem maior do que a maioria dos clubes brasileiros. O Flamengo poderia investir de forma parecida se não tivesse boa parte desta receita comprometida por dívidas.
O valor pago pela diretoria do Corinthians para repatriar Alexandre Pato fica próximo daquele que o empresário iraniano Kia Joorabchian desembolsou por Carlitos Tevez. Para tirar o argentino do Boca Juniors, ele gastou US$ 22 milhões (R$ 60,5 milhões, considerando o câmbio da época). Por Pato, o Timão pagou quase US$ 20 milhões, mais de R$ 40 mi pelo câmbio atual. Nilmar e Mascherano foram adquiridos junto a Lyon-FRA e River Plate-ARG por US$ 12,5 milhões (R$ 27,8 mi na ocasião) e US$ 9,6 milhões (R$ 25 mi, em 2005), respectivamente.
- O Corinthians tinha um potencial mal explorado até a chegada do MSI. A parceria teve coisas boas e alguns problemas. O maior deles foi o rebaixamento. Depois disso, com sua torcida gigantesca, o Corinthians soube explorar melhor a sua marca. Imagine se o Flamengo contratasse o Ronaldo. Talvez estivesse colhendo tudo que o Corinthians conseguiu. O Flamengo é um gigante adormecido, que não tem feito valer o poder de mercado que tem.
Um jogador pode fazer total diferença na vida financeira de um clube. O Ronaldo viu no Corinthians uma oportunidade que não teve no Flamengo, mesmo sendo flamenguista - disse Somoggi.
Após a saída do fundo de investimentos MSI, o cenário não poderia ser pior para o Corinthians no fim de 2007. O time estava rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro e ainda vivia sob o bombardeio de críticas em virtude da estranha associação com a antiga parceira e Kia. O futuro parecia cinzento, se comparado ao dos maiores rivais.
O Corinthians estava mergulhado no fundo do poço, mas teve a sorte de contar com a competência de um grupo de pessoas que conseguiu capitalizar essa paixão de forma a impulsionar o clube de volta ao sucesso. Caminho simbolizado pela chegada de Ronaldo. O Fenômeno fez explodir a receita e deu credibilidade internacional ao Corinthians. O resultado se revelou em títulos, especialmente a inédita conquista da Copa Libertadores e do bicampeonato mundial no ano passado, já sem o craque em campo.
- Estamos vivendo uma nova era. Passamos a vida inteira dizendo que os clubes tinham que vender jogador para sobreviver e agora as coisas mudaram. Os clubes perceberam isso de 2008 para cá e no ano seguinte com o efeito Ronaldo no Corinthians. É por isso que estamos repatriando vários atletas, como Pato.
Reforço do Corinthians para 2013, Alexandre Pato desembarca no Brasil com um preocupante histórico de lesões: foram 16 em seis temporadas pelo Milan. Pelo clube italiano, Pato disputou 150 jogos, marcou 63 gols e conquistou apenas dois títulos. Para Amir Somoggi, o acordo entre o jogador e o clube paulista é bastante temeroso.
- A contratação do Pato é uma atitude de risco. Mesmo que ele renda em campo, talvez ele não consiga pagar a conta. Por mais que consiga vender camisas e que os estádios continuem cheios, é um investimento muito alto (R$ 40 milhões por 60% dos direitos). Tem que usar o jogador para alavancar receita, exatamente como fez com o Ronaldo, que trazia muito mais visibilidade - concluiu.
O São Paulo é o único clube a se intrometer no domínio corintiano nas grandes contratações do país. A chegada de Ganso (em setembro do ano passado) é a quarta maior contratação da história do futebol brasileiro: US$ 11,8 milhões, ou R$ 23,9 milhões.
WSCOM Online

Em Xerém, mesmo com casas ameaçadas, moradores se recusam a abandoná-las


Em Caxias, mesmo com casas ameaçadas, moradores se recusam a abandoná-lasUm dia depois da tragédia que matou um servidor do Inmetro e provocou o desaparecimento de um empregado da Cedae, além de deixar mais de 20 mil afetados em Xerém, distrito de Duque de Caxias, ainda é grande o número de pessoas que insiste em permanecer nas casas interditadas, na tentativa de resgatar pertences e diminuir os prejuízos.
No bairro de Café T
orrado, parte da Estrada de Xerém, que margeia o rio Capivari e acabou submersa com o a cheia do mesmo, ainda corre o risco de ceder. Isto levou a Defesa Civil Municipal de Duque de Caxias a interditá-la. Na maior parte das residências afetadas, a água atingiu 2 metros de altura. No encontro com o governador Sérgio Cabral e o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, marcado para a tarde desta sexta-feira, o prefeito de Caxias, Alexandre Cardoso pretende buscar recursos para retirar estes moradores da beira do rio.Leia mais no Jornal do Brasil
Morador da região há 42 anos, o aposentado Joel Lages Silveira, de 64 anos, afirma que só obedecerá às ordens da Defesa Civil para abandonar a casa condenada após recolher seus bens. Tudo com muita lama, Joel pretende lavar e secar para recuperar principalmente a mobília:
"Vou lavar sofá e as roupas e tentar salvar o máximo de objetos que for possível. Com a minha idade, vai ser muito difícil comprar tudo de novo", explica. "Só vejo lama, mas ainda tenho esperança de resgatar alguma coisa", completa. 

Cientistas descobrem 'superantibiótico' em sangue de pandas


Cientistas da Universidade Agrícola de Nanjing, na China, descobriram no sangue de um panda gigante um poderoso antibiótico capaz de matar bactérias e fungos.
Segundo os especialistas, a substância encontrada na corrente sanguínea desses mamíferos poderia ser a base para a criação de uma nova geração de medicamentos antibacterianos.
Ao analisar o DNA do panda, os pesquisadores encontraram o composto, denominado cathelicidin-AM, que "revelou uma atividade potencial antimicrobiana contra um amplo espectro de micro-organismos, incluindo bactérias e fungos, tanto em suas versões comuns como nas variantes resistentes aos medicamentos", disse o médico Xiuwen Yan, responsável pelo estudo.
O cathelicidin-AM é liberado pelo sistema imunológico desse tipo de urso em estado selvagem, especialmente para protegê-los de infecções.
Preservação Os pandas gigantes estiveram à beira da extinção e hoje existem em torno de 1,6 mil exemplares nas florestas.
Yan, entretanto, descartou os temores de que, com a descoberta, possa haver uma caça maciça aos animais.
Ele explica que sua equipe de cientistas conseguiu sintetizar artificialmente o composto químico em laboratório, por meio da decodificação dos genes e, assim, produzindo uma molécula conhecida como peptídeo.
A ideia agora é desenvolver a substância como um novo remédio contra superbactérias ou como antisséptico para limpar superfícies e utensílios.
Os cientistas, entretanto, acreditam que ainda haja outros compostos a serem descobertos no genoma dos pandas.
Após a destruição dos bosques de bambu na China e no Sudeste Asiático, habitat natural desses animais, o número de ursos diminuiu consideravelmente.
Apesar de grandes somas de dinheiro investidas em projetos de preservação, houve pouco progresso nos últimos anos.
Segundo especialistas, os pandas dificilmente se reproduzem em cativeiro, além de apresentar um comportamento individual, o que dificulta a conservação da espécie.
Leia mais em Paraíba.com.br

Governo da Venezuela acusa "guerra psicológica mediática" em torno da saúde de Chávez

Hugo Chávez, Governo, Venezuela

O governo venezuelano acusou a imprensa internacional de travar uma «guerra psicológica mediática» em torno do estado de saúde do Presidente Hugo Chávez para «destabilizar» o país, num comunicado emitido na noite de quinta-feira.

Hugo Chávez foi submetido a nova cirurgia contra o cancro a 11 de dezembro na capital cubana de Havana, onde continua internado há três semanas e sofreu complicações de uma "grave infeção pulmonar", que o deixou com uma "insuficiência respiratória", segundo a informação oficial divulgada.
O governo "adverte o povo venezuelano sobre a guerra psicológica que a rede mediática transnacional gerou em torno da saúde do chefe de Estado, com objetivo final de destabilizar" a Venezuela, indica o comunicado lido pelo ministro da Informação, Ernesto Villegas, e difundido nos órgãos de comunicação oficiais venezuelanos.
VOZ DA RÚSSIA

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Trem arrasta carro por 30 metros; populares não socorrem vítimas e saqueiam carga


O comerciante Manoel Augusto da Silva, 53 anos, se envolveu em um acidente na tarde desta sexta-feira, 4, ao deixar um supermercado varejista em Água Fria, na cidade de João Pessoa, com mais três pessoas.  Ele se dirigia ao distrito de Cicerolândia, do município Santa Rita, quando foi atingido por um trem no bairro da Ilha do Bispo, na região central de João Pessoa. De acordo com os policiais, a população não chamou o regaste e saqueou todas as compras que o comerciante tinha feito.
O motorista e a passageira que estava atrás dele, Maria da Paz dos Santos Silva, 39 anos, ficaram presos nas ferragens e estão em estado grave. Já Maria da Guia dos Santos, 33 anos, e Bruno dos Santos Silva, 22 anos, sofreram ferimentos leves.
As quatro vítimas foram levadas para Hospital de Emergência e Trauma da capital, por ambulâncias do Corpo de Bombeiros e do Samu.
Uma viatura que passava pelo local presenciou o acidente e percebeu que populares que moram próximo ao local do acidente estavam saqueando a carga ao invés de acionar o socorro para as vítimas. Os policiais interromperam o saque e chamaram o SAMU.
 WSCOM Online