quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Com Bento 16 ouve avanço do Islã e de evangélicos



O pontificado do Papa Bento 16 foi marcado pela estagnação no número de católicos no mundo e, ao mesmo tempo, pelo avanço de outras religiões, inclusive cristãs, como o neopentecostalismo.
Em 2005, quando Bento 16 iniciou seu pontificado, o total de católicos, de quase 1,1 bilhão de pessoas, correspondia a 16,8% da população global, segundo a Enciclopédia Cristã Mundial. Em 2010, último dado disponível, o número de católicos passou para 1,17 bilhão, representando os mesmos quase 17% da população mundial.
Nesse período, a população do planeta aumentou em quase 390 milhões de pessoas, atingindo 6,9 bilhões em 2010.
O total de muçulmanos no mundo passou de 1,41 bilhão para 1,55 bilhão entre 2005 e 2010, de acordo com a Enciclopédia Cristã Mundial. Nesse período, eles avançaram de 21,8% para 22,5% da população mundial.
O aumento dos fiéis muçulmanos durante o pontificado de Bento 16, de 140 milhões, é quase o dobro do registrado pela Igreja Católica no período, que foi de 75 milhões de pessoas, sobretudo em países da África e da Ásia.
Os evangélicos, que já são a segunda maior corrente dentro do cristianismo, vêm registrando um crescimento expressivo e também rápido nos últimos anos.
Em 2005, havia cerca de 500 milhões de evangélicos (entre pentecostais, neopentecostais e carismáticos) no mundo, de acordo com a Enciclopédia Cristã Mundial.
Eles representavam cerca de um quarto da população cristã global (2,1 bilhões em 2005). Em 2010, o número de evangélicos pulou para 583,2 milhões, um aumento de quase 17% no período.
Em 2005, os evangélicos totalizavam 7,3% da população mundial. Cinco anos depois (e 390 milhões de pessoas a mais no mundo), eles já haviam pulado para quase 9% da população global.
O Brasil, que possui a maior população católica do mundo (133,6 milhões), superior à da Itália, França e Espanha reunidas, se tornou também, devido aos evangélicos, o segundo maior país cristão do mundo, afirma o Pew Research Forum, dos Estados Unidos.
Segundo dados divulgados pelo IBGE no ano passado, o número de evangélicos no Brasil cresceu 61% entre 2000 e 2010, subindo de 26,2 milhões para 42,3 milhões no período.
A proporção de evangélicos em relação à população brasileira avançou de 15,5% para 22,2%, de acordo com o IBGE.
O número de católicos, no entanto, foi reduzido de 73,6% dos brasileiros para 64,6% nesse prazo de dez anos. A população total do Brasil, segundo o censo de 2010 do IBGE, é de 190 milhões de pessoas.
Globalmente, os evangélicos representam a grande maioria dos pouco mais de 800 milhões de protestantes no mundo.
Os católicos totalizavam em 2010 cerca da metade dos quase 2,3 bilhões de cristãos que existem no mundo, de acordo com dados da Enciclopédia Cristã e do estudo Panorama da Religião Global, do Pew Research Forum, publicado em dezembro passado.
Os cristãos em geral continuam representando, desde 2005, cerca de 32% da população global, segundo a Enciclopédia Cristã Mundial.
Na Europa, o número de católicos também vêm caindo progressivamente nos últimos anos, segundo estudos.
De acordo com o European Values Study, o número de católicos em 2008 (último dado disponível) era de apenas 36,7% da população do continente. Duas décadas antes, era mais de 60%.
O desenvolvimento de um espírito crítico em relação à religião, o individualismo decorrente da progressão social e o um estilo de vida mais urbano são fatores apontados por especialistas para explicar o declínio da prática religiosa cristã na sociedade europeia.
Leia mais em BBC Brasil

ONU ameaça a Coreia do Norte com novas sanções

coreia do norte


O Conselho de Segurança da ONU condenou energicamente os testes nucleares na Coreia do Norte e anunciou a adoção de novas medidas. A resolução constatando que as ações da Coreia do Norte representam “uma evidente ameaça à paz e segurança mundiais”, foi aprovada pelos 15 membros do CS.

Uma explosão nuclear subterrânea foi efetuada hoje, às 00H57 (hora de Brasília), no polígono nuclear situado a 379 km ao Norte da capital norte-coreana, Pyongyang. A Agência Telegráfica Central da COreia do Norte informou sobre o teste bem sucedido de uma carga nuclear compacta de grande potência. Essa foi a terceira explosão nuclear efetuada pela Coreia do Norte.
VOZ DA RÚSSIA

Estresse pode causar diabetes tipo 2

Homens que relataram estresse permanente tiveram um risco 45% maior de desenvolver diabetes

Homens que relataram estresse permanente têm um risco significativamente maior de desenvolver diabetes tipo 2. É o que revela estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Gotemburgo, na Suécia.
Pesquisa sugere que risco de doença em homens com exposição frequente a situações estressantes é 45% maior.
A equipe de pesquisa recolheu dados de um total de 7.500 homens nascidos entre 1915 e 1925 durante um período de acompanhamento de 35 anos.
Da amostra total, 6.828 homens, sem qualquer história prévia de diabetes, doença coronária ou acidente vascular cerebral foram analisados. Um total de 899 desses homens desenvolveram diabetes durante o acompanhamento.
O nível de estresse no início do estudo foi medido utilizando uma única pergunta na qual os participantes foram convidados a classificar seu grau de estresse em uma escala de seis pontos, com base em fatores como ansiedade, irritação e dificuldade em dormir relacionadas com as condições de trabalho ou em casa.
No início do estudo, 15,5% dos homens relataram estresse permanente relacionado com as condições de trabalho ou em casa, seja durante o ano anterior ou durante os últimos cinco anos.
Os resultados mostram que os homens que relataram estresse permanente tiveram um risco 45% maior de desenvolver diabetes, em comparação com os homens que relataram ter estresse periódico ou nenhum nível de estresse.
A ligação entre estresse e diabetes foi significativa, mesmo após ajuste para idade, nível socioeconômico, a inatividade física, IMC, pressão arterial e uso de medicação hipotensora.
"O estresse hoje não é reconhecido como uma causa evitável de diabetes. Como o nosso estudo mostra que há uma ligação entre estresse independente e o risco permanente de desenvolver diabetes, ele sublinha a importância da medida preventiva", afirma o líder da pesquisa Masuma Novak.
Leia mais em R7

Enredos patrocinados causam polêmicas no carnaval do Rio

Enredos patrocinados causam polêmicas no carnaval do RioO desfile deste ano não chamou atenção apenas pelo luxo. Os enredos patrocinados causaram polêmicas no carnaval desse ano. Oito das 14 escolas receberam patrocínios no carnaval desse ano. O valor chegou até a seis milhões de reais. 
EBC

Mocidade Alegre é bicampeã do carnaval de São Paulo



A Mocidade Alegre sagrou-se bicampeã do carnaval de São Paulo em 2013. As notas foram liberadas a partir das 16h desta terça-feira (12) no Sambódromo do Anhembi, na Zona Norte da capital. No total, a escola obteve 268,9 pontos e empatou com a Rosas de Ouro, mas pelo critério de desempate no quesito 'Enredo', a Mocidade Alegre superou a adversária com cinco notas dez.
Confira a classificação geral das escolas de samba. As cinco primeiras participam doDesfile das Campeãs na próxima sexta-feira (15). Já as duas últimas, Mancha Verde e Unidos de Vila Maria, foram rebaixadas para o Grupo de Acesso.
Mocidade Alegre: 268,9
Rosas de Ouro: 268,9
Águia de Ouro: 268,7
Dragões da Real: 268,5
Império de Casa Verde: 268,5
Acadêmicos do Tucuruvi: 268,3
Vai-Vai: 268,1
Nenê de Vila Matilde: 268
Gaviões da Fiel: 268
X-9 Paulistana: 268
Acadêmicos do Tatuapé: 267,7
Tom Maior: 267,7
Mancha Verde: 267,6
Unidos de Vila Maria: 267,5
O resultado da Mocidade Alegre é o mesmo do carnaval de 2012, quando ficou em primeiro lugar e a Rosas de Ouro em segundo. Desde 1967, quando foi fundada, a agremiação conquistou os títulos de 1971, 1972, 1973, 1980, 2004, 2007 e 2009, 2012 e 2013.
A apuração das notas das escolas de samba que desfilaram em 2013 em São Paulo teve plateia reduzida neste ano. Por determinação da prefeitura, cada agremiação pôde ter apenas dez representantes, o que totalizou 140 pessoas na arquibancada. Além disso, o efetivo policial no momento da apuração foi elevado e contou também com 160 seguranças contratados especialmente para a contagem dos votos.
As medidas foram tomadas para evitar incidentes como o ocorrido no ano passado, quando integrantes de escolas de samba invadiram a área dos jurados e rasgaram os votos. Até então, a apuração era organizada pela Liga Independente das Escolas de Samba. Depois da confusão, a prefeitura decidiu administrar o evento.
Desfile
A Mocidade Alegre foi a terceira escola a se apresentar no segundo dia de desfiles do Grupo Especial de São Paulo. A agremiação levou para o Sambódromo o samba-enrebo 'A sedução me fez provar , Me entregar à Tentação... Da versão original, Qual será o final?', com alegorias e fantasias de diferentes influências culturais que falavam sobre conceitos de poder, tentação e sedução.
EBC

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Por que as ideias de Marx são mais relevantes do que nunca no século XXI


Karl Marx

O ‘capital’ costumava nos vender visões do amanhã. Na Feira Mundial de 1939, em Nova York, empresas exibiram novas tecnologias: nylon, ar condicionado, lâmpadas fluorescentes, e o impressionante ”View-Master”. No entanto, mais do que apenas produtos, um ideal, de “classe média”, de tempo livre e de abundância, era oferecido àqueles cansados da depressão econômica e da expectativa de guerra na Europa.
O passeio futurístico levou os participantes até mesmo por versões em miniatura de paisagens transformadas, representando novas autoestradas e projetos de desenvolvimento: o mundo do futuro. Esta era uma tentativa determinada a renovar a fé no capitalismo.
No despertar da segunda guerra mundial, um pouco desta visão se tornou realidade. O capitalismo prosperou e, mesmo que desigualmente, os trabalhadores norte-americanos progrediram. Pressionado por baixo, o estado foi conduzido por reformadores, e o comprometimento de classe, para além da luta de classes, fomentou o crescimento econômico e compartilhou uma prosperidade antes inimaginável.
A exploração e opressão não acabaram, mas o sistema pareceu ser não somente poderoso e dinâmico, mas conciliável com os ideais democráticos. O progresso, no entanto, estava esmorecendo. A democracia social se deparou com uma crise estrutural nos anos 1970, que Michal Kalecki, autor de ”Os Aspectos Políticos do Pleno Emprego”, previu décadas antes. Altas taxas de emprego e as garantias do estado de bem-estar social não ”compraram” os trabalhadores, mas encorajaram fortes demandas salariais. Os capitalistas mantiveram estas políticas enquanto os tempos eram bons, mas com a estagflação – que consiste na intersecção entre baixo crescimento e alta inflação – e o embargo da Opep, uma crise de rentabilidade seguiu-se.
O neoliberalismo emergente refreou a inflação e restaurou os lucros, mas tudo isso só foi possível por meio de uma ofensiva cruel contra a classe trabalhadora. Havia batalhas campais travadas em defesa do estado de bem-estar social, mas, de maneira geral, nossa era foi de desradicalização e conformismo político.
Desde então, os salários reais se estagnaram, a dívida disparou, e as perspectivas para uma nova geração, ainda apegada à velha visão social-democrata, se tornaram sombrias.
O ”boom” tecnológico dos anos 1990 trouxe rumores de uma ”nova economia”, leve e adaptável, algo que substituiria o velho ambiente de trabalho Fordista. Mas tais rumores foram apenas um eco distante do futuro prometido na Feira Mundial de 1939.
De qualquer forma, a recessão de 2008 despedaçou estes sonhos. O capital, livre de ameaças provindas de baixo, cresceu ganancioso, selvagem, e especulativo.
Para muitos de minha geração, a ideologia subjacente ao capitalismo foi minada. O maior percentual de norte-americanos nas idades entre 18 e 30 anos que possuem uma opinião mais favorável ao socialismo do que ao capitalismo pelo menos sinaliza que a era da Guerra Fria, onde havia uma confluência entre socialismo e stalinismo, não mais impera.
Para os intelectuais, o mesmo é verdade. O marxismo tem estado em evidência: a política externa recorreu a Leo Panitch, e não a Larry Summers, para explicar a recente crise econômica; e pensadores como David Harvey têm desfrutado de um renascimento tardio em suas carreiras. Um maior reconhecimento do pensamento da “esquerda do liberalismo” – como a revista Jacobin, que editei – não é apenas o resultado de uma perda de confiança nas alternativas dominantes, mas sim a capacidade que os radicais possuem de formular questões estruturais mais profundas e apresentar novas alternativas de desenvolvimento situadas em um contexto histórico.
Agora, mesmo um liberal célebre como Paul Krugman tem invocado ideias que foram largamente relegadas às margens da vida norte-americana. Quando pensa sobre automação e o futuro do trabalho, Krugman preocupa-se que “mesmo possuindo ecos de um marxismo fora de moda, tais temas não deveriam ser ignorados, mas frequentemente são”. Mas a esquerda que ressurge possui mais do que preocupações, ela tem ideias: sobre a redução do tempo de trabalho, a desmercantilização do trabalho, e os meios pelos quais os avanços da produção podem constituir uma vida melhor, e não mais miserável.
É neste ponto que está se desenvolvendo, mesmo que desajeitadamente, um intelectualismo socialista do século 21 que mostra suas forças: na vontade de apresentar uma visão para o futuro, algo mais profundo do que mera crítica. Mas mudanças intelectuais não significam muito por si mesmas.
Um exame do panorama político nos EUA, a despeito do surgimento do movimento Occupy em 2011, é desanimador. O movimento trabalhista demonstrou alguns sinais de vida, especialmente entre os trabalhadores do setor público ao combaterem a austeridade; no entanto, tais ações são apenas de retaguarda, um esforço defensivo. Os índices de sindicalização continuam em baixa, e é a apatia, e não um fervor revolucionário, o que reina.
O marxismo nos EUA precisa ser mais do que uma ferramenta intelectual para comentaristas tradicionais confusos com nosso mundo em mudança. Ele necessita ser uma ferramenta política para transformar o mundo. Comunicado, não apenas escrito, para um consumo de massa, vendendo uma visão de tempo livre, abundância e democracia ainda mais real do que os profetas do capitalismo ofereceram em 1939. Uma Disneyland socialista: inspiração para depois do “fim da História”.
Tradução: Roberto Brilhante
Carta Maior e Focando a Notícia

Cinco cardeais brasileiros devem participar de eleição do próximo papa


Cinco cardeais brasileiros devem participar do conclave que se reunirá para eleger o sucessor do papa Bento XVI. Ele anunciou hoje (11) que deixará o posto no dia 28 de fevereiro. Segundo a última lista do Vaticano, atualizada há duas semanas, há um total de 119 cardeais aptos a votar no conclave. Para poder participar da escolha do papa, o cardeal precisa ter menos de 80 anos.
O Brasil tem um total de nove integrantes no Colégio Cardinalício do Vaticano, mas quatro deles já ultrapassaram a idade limite.

Os cardeais brasileiros que poderão votar são dom Cláudio Hummes, de 78 anos, ex-arcebispo de São Paulo e atual prefeito emérito da Congregação para O Clero; dom Geraldo Majella Agnelo, de 79, arcebispo emérito de Salvador; dom Odilo Scherer, de 63, arcebispo de São Paulo; dom Raymundo Damasceno Assis, de 76, arcebispo de Aparecida; e dom João Braz de Aviz, de 64, arcebispo de Brasília.
Dom Eusébio Scheid, arcebispo emérito do Rio de Janeiro, está fora do conclave por ter completado 80 anos em dezembro. Também já ultrapassaram a idade limite os cardeais dom Paulo Evaristo Arns, de 91 anos, ex-arcebispo de São Paulo; dom Serafim Fernandes de Araújo, de 88, ex-arcebispo emérito de Belo Horizonte; e dom José Freire Falcão, de 87, ex-arcebispo de Brasília.
A lista de eleitores no conclave tem cardeais de cerca de sete dezenas de países diferentes. Os cardeais italianos são os de maior número.
Segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, o conclave deverá ser realizado entre 15 e 20 dias após a saída de Bento XVI. "Devemos ter um novo papa até a Páscoa", afirmou Lombardi.
Agencia Brasil