quarta-feira, 6 de março de 2013

Encontro com as diversidades da Amazônia causa diferentes 'impactos"


Território superlativo

Pelo menos três horas de voo separam Manaus da maior parte dos brasileiros, sendo os cronômetros iniciados em Brasília, que é escala obrigatória para praticamente todos os pontos de partida país adentro. Para quem prefere escapar das alturas, a alternativa é pelas águas – o que pode levar bem mais tempo, mas com a vantagem de ser previamente apresentado aos rios da região. Os mais aventureiros ainda podem considerar a Transamazônica e seus atalhos como opção, mas sabendo que boa parte da via não é pavimentada. Rodovias, de fato, existem somente para quem segue de Boa Vista (RR) ou Porto Velho (RO).
Seja por água, terra ou ar, a chegada à capital do Amazonas é uma experiência ao melhor estilo Babel dentro do próprio país, onde o português vai se fundindo a outras línguas. A tradição indígena salta aos olhos e aos ouvidos, como em nenhum outro canto do país. Das placas com nomes dos lugares aos cardápios, com seus tambaquis, tapioca e açaí. O mesmo vale para as pessoas que levam no rosto a nítida descendência dos povos da floresta.
Por essa razão os estrangeiros facilmente destoam. E não são poucos. É supercomum intercalar conversas em diferentes línguas ao cruzar pelas ruas com claríssimos alemães, ingleses, franceses, canadenses ou norte-americanos com seus respectivos mochilões sobre os ombros e mapas debaixo do braço. Todos conduzidos pelo sonho de conhecer a maior floresta do mundo, com seus mistérios, sua gente, sua biodiversidade. É o que faz de Manaus um dos principais destinos do turismo internacional no Brasil.
E não apenas os estrangeiros de longe compõem esse mosaico de línguas, traços e culturas. Os sons latinos e do brega se misturam. Vale se deixar perder pelas ruas do centro comercial num dia de semana para ver que o Caribe brasileiro está bem aqui. Além do clima equatorial, o portunhol é mais um elo entre os vizinhos. A cada ano Manaus recebe mais venezuelanos, peruanos e bolivianos – atraí­dos principalmente pelas oportunidades de trabalho –, que logo se sentem em casa.
Família em embarcação no Furo do Paracuúba, próximo ao encontro dos rios Negro e Solimões(Foto: João Marcos Rosa/Nitro)
Isso sem levar em conta o grande número de imigrantes orientais que se instalou na cidade desde a década de 1960 por causa de incentivos à produção de eletrônicos na Zona Franca de Manaus. A comunidade japonesa é uma das maiores no Brasil e, claro, o que não falta são bons restaurantes que unem a tradicional cozinha à maior variedade de peixes existente no mundo.
Família em embarcação no Furo do Paracuúba, próximo ao encontro dos
rios Negro e Solimões(Foto: João Marcos Rosa/Nitro)

Cores e quitutes

A porta de entrada para a floresta reserva outras saborosas surpresas, curiosidades culturais e uma bela arquitetura dos tempos áureos da borracha. No centro histórico, a influência europeia estampa prédios importantes, como a Alfândega do Porto, construída em 1906 em estilo inglês, e o Mercado Adolpho Lisboa, construído de frente para o Rio Negro em 1882, com inspiração no Les Halles, de Paris.
O Teatro Amazonas merece uma visita de algumas boas horas. Especialmente no mês de abril, vale se programar (com antecedência) para conferir o Festival Amazonas de Ópera, que leva montagens locais, nacionais e internacionais para os palcos da imponente construção. Mas, em qualquer época, é possível viajar no tempo por meio de visitas guiadas pelo prédio inaugurado em 1896. É impressionante o cuidado com a preservação dos afrescos, lustres, cabines, salões e mobiliário, que ainda guardam o luxo e a ousadia do que representou a casa de ópera erguida em plena selva amazônica e patrocinada pela seiva das seringueiras, que também já fez jorrar muito ­dinheiro na região.
Nos fins de semana, o entardecer nos arredores do teatro ganha um colorido especial. Os sons invadem a praça e nos convidam a ficar um pouco mais. Da tradição da ópera vem o gosto pela boa música de concerto, e logo algumas centenas de cadeiras se juntam às dos bares e sorveterias, formando uma só plateia para o espetáculo, que fica ainda melhor se acompanhado dos quitutes amazônicos.
Eis um universo a ser explorado. Não se trata apenas de força de expressão ou de modismos gastronômicos. Tão rica é a diversidade de peixes, frutos, cores e aromas, suas combinações e possibilidades, que a rotina merece ser deixada de lado. Uma boa pedida para começar o dia são os cafés regionais, regados a sucos de cupuaçu, jenipapo e graviola, além do já famoso sanduíche “x-caboclinho”, feito com pão francês e tucumã. No almoço ou no jantar, não deixe de provar a costela de tambaqui – peixe da bacia amazônica que pode pesar mais de 40 quilos e protagoniza desde pratos simples da culinária regional até invenções recentes de chefs renomados. Como sobremesa ou a qualquer hora do dia para espantar o calor, os sorvetes locais são uma verdadeira coleção de sensações a experimentar.
Vitória-régia: planta aquática típica da região amazônica (Foto: João Marcos Rosa/Nitro)
E, convenhamos, quem vai a Manaus busca muito mais. E encontra. Afastando-se do centro urbano, muitas são as opções de hotéis de selva, com atrações naturais e programação que variam amplamente tanto no preço como na autenticidade de alguns desses “encontros com a natureza”, nem tão selvagem como se promete, mas uma boa oportunidade de contato com esse mundo novo.
Vitória-régia: planta aquática típica da região amazônica (Foto: João Marcos Rosa/Nitro)
Mesmo se hospedando em hotéis dentro da cidade, o visitante poderá em ­alguns minutos conhecer um pouco do ecossistema amazônico em parques públicos e reservas, como o Parque do Mindu, a Estação Ecológica Samaúma e o Jardim Botânico Adolpho Ducke, com seus cerca de três quilômetros de trilhas na intimidade da floresta. E, se tiver de escolher apenas uma atração em Manaus, ela se chama Rio Amazonas. Esqueça tudo e contrate no porto um passeio de barco rumo ao Encontro das Águas. Do cais, a imensidão do Rio Negro já impressiona e o percurso ainda revela muitas ilhas e intervalos para fotografar jiboias e preguiças trazidas por pescadores.
Nada se compara, porém, ao encontro das águas do Negro com o Solimões. Ainda que você tenha lido e decorado todas as explicações físicas e químicas para o fenômeno das águas que não se misturam por quilômetros, não há como não se surpreender. É fascinante, intrigante e muito maior do que a vista pode alcançar. Dentro de um pequeno barco é que finalmente se aprende a repetida lição de geografia que afirma que este é o maior rio existente no planeta.
E, como tudo na Amazônia é superlativo e impactante, não deixe de conhecer outros recordes com que a natureza presenteou o Brasil. Antes de voltar ao cais, percorra de barco alguns igarapés que escondem verdadeiros jardins de vitórias-régias, as maiores plantas aquáticas de que se tem notícia. Outro passeio inesquecível é sobrevoar as Anavilhanas, conjunto de ilhas que formam um dos maiores arquipélagos fluviais do mundo. Com suas mais de 400 ilhas e rica biodiversidade, o local é um parque nacional com visitação permitida apenas para pesquisadores – mas, avistado do alto, o espetáculo é de todos.
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terça-feira, 5 de março de 2013

Dilma anuncia R$ 6 bilhões para a Paraíba


A presidente da República, Dilma Rousseff (PT), anunciou ontem, durante sua primeira visita à Paraíba desde que assumiu o governo, investimentos da ordem de R$ 6 bilhões, através dos Ministérios das Cidades e da Integração Nacional, para execução de obras nas áreas de saneamento básico, pavimentação e mobilidade urbana, entre o que está sendo executado e a executar. “Esse montante é um balanço entre o que é emergencial e o que é obra estruturante”, disse a presidente. Ela também confirmou um total de R$ 70 milhões para a conclusão da obra do Centro de Convenções, em João Pessoa.
Os anúncios foram feitos durante solenidade de entrega de 576 unidades habitacionais do Residencial Jardim Veneza, no conjunto Vieira Diniz, na capital paraibana, e de retroescavadeiras e motoniveladoras a 22 municípios da Paraíba. Entre a entrega das habitações e das máquinas, a presidente assistiu à apresentação de uma banda de forró pé de serra e chegou a dançar e cantar junto a música "Paraíba", cujo refrão diz: "Paraíba masculina, muié macho, sim sinhô". Muitas pessoas foram ao local com intenção de falar com a presidente, entregar cartas, mas não conseguiram.
Durante o evento, que reuniu autoridades, parlamentares, militantes do PT, beneficiários das moradias entregues na capital, o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PR), antecipou que amanhã, em Brasília, a presidente Dilma vai anunciar R$ 50 milhões em recursos para pavimentação e saneamento para o município de João Pessoa. “Além dele, também virão R$ 166 milhões para diversas obras para a parceria com o governo do Estado, que melhorará as condições de saneamento na Paraíba”, disse.
A presidente Dilma Rousseff revelou que a liberação dos recursos para conclusão do Centro de Convenções foi um pleito em comum apresentado pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), durante o trajeto do aeroporto Castro Pinto, em Bayeux, até o local do evento; e do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT), que veio de Brasília com ela na aeronave oficial da Presidência.
A presidente disse que o governador Ricardo Coutinho também pleiteou investimentos de R$ 230 milhões para duplicar a capacidade de movimentação do Porto de Cabedelo e a ampliação e modernização do Aeroporto Castro Pinto, na cidade de Bayeux.
Ela não garantiu recursos, mas se comprometeu a analisar o pedido. “Faz parte da preocupação do governo federal em investir nos portos e aeroportos, porque sabemos que eles são equipamentos importantes para o desenvolvimento da economia”, justificou.
Ricardo Coutinho também solicitou a liberação de dois projetos que estão em análise no Ministério da Integração: o sistema adutor de Boqueirão e o sistema adutor do rio Piancó - que é a entrada do Eixo Norte da Transposição do Rio São Francisco: “Nós temos uma pauta importante junto ao governo federal, mas não vamos passar a imagem de que uma visita representará a resolução de todos os problemas”.
O novo residencial, construído pelo programa federal 'Minha Casa, Minha Vida', em parceria com a prefeitura de João Pessoa, custou quase R$ 24 milhões e vai abrigar mais de duas mil pessoas. O ex-prefeito Luciano Agra (sem partido), que deu início às obras, participou da solenidade, e disse que embora o dinheiro do governo federal seja "importantíssimo", mas se não houver proatividade por parte do município, e profissionais habilitados, é difícil atingir as metas.
Sempre com um discurso apaziguador das tensões políticas, Dilma ressaltou que o momento é de administrar. “Nós podemos disputar a eleição, nós podemos brigar na eleição, podemos fazer o diabo quando é a hora da eleição, mas quando a gente está no exercício do mandato nós temos que nos respeitar porque fomos eleitos pelo voto direto do povo brasileiro. Tenho uma parceria com o governador e com o prefeito Cartaxo e assim com os demais prefeitos”, disse a presidente.  
leia mais no Jornal da Paraíba.

Novo medicamento, menos tóxico, contra doença de Chagas


Doença, que é transmitida através de um parasita, provoca problemas cardíacos e digestivos


 Um grupo de pesquisadores espanhóis e bolivianos trabalha em um novo medicamento, menos tóxico, contra a doença de Chagas, um mal original da América Latina que afeta cerca de 10 milhões de pessoas. A doença, que é transmitida através de um parasita, provoca problemas cardíacos e digestivos, e atualmente só é possível tratá-la com dois remédios com muitos efeitos colaterais.
O diretor de Doenças Tropicais Desatendidas do Instituto Saúde Global, Joaquim Gascón, explicou à Agência Efe que o teste do novo remédio, denominado "E1224", se encontra em fase experimental - ou seja, já é testado em pessoas- na Bolívia. Gascón disse que no final deste ano, e se os testes tiverem um resultado positivo, espera contar já com um novo remédio que permita tratar a doença em menos tempo (atualmente os pacientes necessitam serem medicados durante dois meses), e que seja efetivo tanto na fase inicial como na avançada da doença, e com menos efeitos adversos.
A doença de Chagas é considerada silenciosa, porque é possível que uma pessoa passe 20 anos sem desenvolver os primeiros sintomas, e esquecida, porque desde os anos 60 não se desenvolvem novos remédios para tratá-la. Esta doença tropical é produzida por um parasita, o Trypanosoma Cruzi. Ele está presente no barbeiro, um inseto que se infectado, ao picar uma pessoa, transmite a doença. Além da picada, outras formas de contrair a doença é através de transfusões de sangue e transplantes de órgãos de pessoas infectadas, assim como de mães para filhos durante a gravidez.
A maior incidência da doença é nos países latino-americanos, onde há cerca de oito milhões de pessoas infectadas, especialmente na Bolívia, onde 10% da população sofre com a doença e em algumas zonas rurais, a porcentagem chega a 60%, afirmou à Agência Efe o catedrático de Parasitologia da Universidade Maior de San Simón de Cochabamba (Bolívia), Faustino Farrico. No entanto, a imigração provocou que também fossem registrados casos na Europa, e na Espanha, calcula-se que haja entre 50 mil e 70 mil pessoas infectadas.
Os fármacos atuais para tratar a doença provocam efeitos colaterais, como problemas no sistema nervoso e erupções cutâneas, por isso que "10% dos pacientes têm que abandonar o tratamento", disse Gascón, que também dirige a seção de Medicina Tropical do Hospital Clínic de Barcelona. Além disso, os remédios que são utilizados na atualidade são eficazes no início da doença, mas não há evidências científicas de que sejam quando a doença já está mais desenvolvida.
A doença de Chagas apresenta, além disso, outra dificuldade, que consiste em ter o diagnóstico certo, já que os sintomas são pouco específicos e podem ser confundidos com outras doenças. "Inclusive, frequentemente os médicos acham que não se pode fazer nada contra o Chagas e esperam que os doentes desenvolvam os primeiros sintomas para tratá-los", afirmou Farrico.
Segundo os especialistas, já houve vários avanços na prevenção da doença, já que foram reduzidos os focos e há um controle nos doadores de sangue e de órgãos, embora a cada ano haja 50 mil novos casos de doença de Chagas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Leia mais em WSCOM.

Governo venezuelano anuncia piora no estado de saúde do presidente Chávez


Governo venezuelano anuncia piora no estado de saúde do presidente Chávez

O ministro de Comunicação e Informação da Venezuela, Ernerto Villegas, disse na noite dessa segunda-feira (4) que o presidente Hugo Chávez enfrenta uma “nova e severa infecção respiratória e seu estado de saúde geral é muito delicado”.
O ministro leu o comunicado direto do Hospital Militar de Caracas, onde Chávez está internado há 15 dias. “Existe uma piora da função respiratória”, disse Villegas ao ler um comunicadoa em cadeia nacional de rádio e televisão.
Ele reafirmou que Chávez vem sendo submetido a sessões de quimioterapia de forte impacto e a tratamentos complementários. O ministro disse ainda que o comunicado foi divulgado por orientação do vice-presidente, Nicolás Maduro.
“O senhor presidente continua aferrado a Cristo e à vida, consciente de seu estado bastante delicado e cumprindo rigorosamente as orientações da equipe médica”, concluiu Villegas.
Agência Brasil

Bispo falso tenta entrar na congregação do Vaticano

Vaticano, Santa Sé


Um desconhecido tentou entrar na congregação geral de cardeais no Vaticano, vestindo as roupas de bispo.

A congregação geral dos cardeais da Igreja Católica Romana deve determinar a data do conclave que elegerá o sucessor de Bento XVI.
Embora o fato do desconhecido apenas parcialmente parecesse com as roupas de um sacerdote, ele conseguiu se misturar com a multidão de cardeais e chegar ao Salão de Paulo VI, onde foi parado e levado para fora do Vaticano.
Muitas testemunhas não podiam entender o que estava acontecendo, acreditando que um dos sacerdotes foi expulso do capital da fé católica.
VOZ DA RÚSSIA

Cardeais iniciam processo de eleição do novo Papa

cardeais, Papa, Vaticano


Os cardeais da Igreja Católica Romana de todo o mundo se reuniram no Vaticano para consultas prévias antes da eleição de um novo Papa.

Durante as reuniões a portas fechadas, que serão realizadas durante a semana, os cardeais escolherão a data do conclave – uma série de votações secretas para eleger o novo pontífice.
A liderança da Igreja tomou uma série de medidas a fim de evitar o vazamento de informações durante as eleições do pontífice. Telefones celulares serão totalmente proibidos neste período, e os funcionários técnicos irão verificar se os quartos dos cardeais têm dispositivos de escuta.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Criança que foi contaminada com o vírus HIV pela mãe é curada, mostra estudo



 Uma equipe de médicos norte-americanos anunciou o primeiro caso de cura funcional de uma criança de 2 anos, que desde o nascimento foi contaminada com o vírus HIV, transmitido pela mãe soropositiva. De acordo com os especialistas, trata-se de eliminação viral. A criança ficou em tratamento por um ano e meio. Ela foi medicada com antirretrovirais e não apresenta mais sinais do vírus no organismo.
Para os pesquisadores, o tratamento precoce explica a cura funcional, bloqueando a formação de “estoques virais escondidos”. O caso foi apresentado durante a 20ª Conferência Anual sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas (Croi), em Atlanta, na Geórgia.
A médica  Deborah Persaud, do Centro Infantil Johns Hopkins, do Hospital Universitário de Baltimore (Maryland, nos Estados Unidos), principal autora do estudo, disse que é fundamental que a terapia com antirretrovirais seja introduzida o mais cedo possível para impedir o avanço desses estoques escondidos.
A única cura completa de pessoa contaminada com o vírus HIV, que foi oficialmente reconhecida, é a do norte-americano Timothy Brown, conhecido como o paciente de Berlim. Ele foi declarado curado depois de um transplante de medula óssea de um doador que tinha uma mutação genética rara, que impedia o vírus de penetrar nas células. O transplante foi concebido para tratar a leucemia.
  Agência Brasil