sábado, 9 de março de 2013

Conclave que escolherá sucessor de Bento XVI começa terça-feira



 O conclave – reunião de cardeais, a portas fechadas, que escolherá o sucessor do papa Bento XVI 
– começa terça-feira (12), informou ontem (8) o Vaticano. Cento e quinze cardeais do mundo inteiro têm direito de participar da eleição do pontífice.
Bento XVI, agora papa emérito e residindo em Castel Gandolfo, renunciou ao pontificado no dia 28 de fevereiro, alegando razões de saúde.
Durante o conclave, que só termina com a escolha do pontífice, os cardeais permanecem incomunicáveis com o mundo exterior.
Do latim cum clave, ou "com chave", o conclave é um ritual que remonta há oito séculos. A palavra foi usada pela primeira vez em 1274, com o então papa Gregório I.

Representantes de 55 países participam de homenagem a Chávez



Representantes de 55 países, entre eles pelo menos 27 chefes de Estado, participaram ontem (8), em Caracas, de uma cerimônia em homenagem ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, que morreu terça-feira (5), aos 58 anos, após cerca de um ano e meio de tratamento contra câncer.
Após a execução do hino nacional bolivariano, na Academia Militar, onde está sendo velado o corpo de Chávez, o presidente em exerício, Nicolás Maduro, homenageou o líder venezuelano com uma réplica da espada do Libertador Simón Bolívar, herói nacional. Estão presentes chefes de Estado de quase todos os países da América do Sul. O presidente paraguaio, Francisco Franco, e as presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, e do Brasil, Dilma Rousseff, participaram anteriormente do velório, já voltaram a seus países.
O Brasil foi representado na cerimônia desta tarde pelo chanceler Antonio Patriota. A Espanha enviou o príncipe Felipe de Astúrias. Além dos líderes regionais, participaram dos atos fúnebres os chefes de Estado do Irã, Mahmud Ahmadinejad, Alexandr Lukashenko, da Bielorrússia, e Michell Martelly, do Haiti, entre outros.
O governo anunciou que, após a cerimônia de Estado, o corpo de Chávez ficará exposto para visitação pública por pelo menos mais sete dias.
Agência Brasil

Dilma anuncia desoneração de todos os produtos da cesta básica



A presidenta Dilma Rousseff anunciou ontem (8) a desoneração de todos os produtos da cesta básica, que passarão a ser isentos de impostos federais. A medida foi anunciada durante pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão por ocasião do Dia Internacional da Mulher.
O governo também ampliou o número de itens que compõem a cesta básica e a lista de produtos que terão impostos federais reduzidos a zero inclui: carnes (bovina, suína, aves e peixe), arroz, feijão, ovo, leite integral, café, açúcar, farinhas, pão, óleo, manteiga, frutas, legumes, sabonete, papel higiênico e pasta de dentes. Parte desses produtos já estava isenta de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e agora será liberado da alíquota de 9,35% de PIS/Cofins. A desoneração será regulamentada por uma medida provisória e um decreto, publicados hoje em edição extra do Diário Oficial da União.
“Espero que isso baixe o preço desses produtos e estimule a agricultura, a indústria e o comércio, trazendo mais empregos. Com essa decisão, você, com a mesma renda que tem hoje, vai poder aumentar o consumo de alimentos e de produtos de limpeza e ainda vai ter uma sobra de dinheiro para poupar ou aumentar o consumo de outros bens”, disse a presidenta, falando especialmente às mulheres.
O governo espera que a isenção de impostos federais leve à redução de pelo menos 9,25% no preço das carnes, do café, da manteiga e do óleo de cozinha, e queda de 12,25% no preço da pasta de dentes e dos sabonetes.
Com a renúncia fiscal sobre os produtos da cesta básica, o governo vai abrir mão de R$ 7,3 bilhões por ano, segundo Dilma. “Mas os benefícios que virão para a vida das pessoas e para a nossa economia compensam o corte na arrecadação”, disse. A medida, segundo a presidenta, também terá impacto na redução de custos para produtores rurais e comerciantes, o que poderá beneficiar a expansão de pequenos negócios e ajudar a estimular a economia.
“Governo o país com a mesma responsabilidade que você e seu marido governam sua casa. Governo também com a mesma responsabilidade e cuidado que vocês devotam à sua família. É por isso que não descuido um só momento do controle da inflação, pois a estabilidade da economia é fundamental para todos nós”.
Durante o pronunciamento de 11 minutos, Dilma também adiantou que o governo irá anunciar, no próximo dia 15, um pacote de medidas em defesa do consumidor, entre elas, a criação de instrumentos legais para punir más condutas e o reforço dos Procons. “O Brasil vai fiscalizar com mais rigor, aplicar multas mais adequadas, vai conscientizar empresas, consumidores e toda a sociedade sobre as vantagens, para todos, da melhoria das relações de consumo”.
No terceiro anúncio feito para as mulheres, Dilma disse que o governo vai instalar em todo o país centros de Atendimento Integral à Mulher, um em cada estado. Os centros reunirão serviços especializados que vão desde a prevenção de violência doméstica a iniciativas de apoio à mulher empreendedora, como capacitação profissional e microcrédito.
“O Brasil, como único país emergente onde, nos últimos anos, diminuiu a desigualdade social, tem a responsabilidade de diminuir, ainda com mais rapidez,  a desigualdade entre homens e mulheres”, disse a presidenta. Além de garantir oportunidades para as mulheres, Dilma disse que a redução das diferenças de gênero passa pela intensificação do combate aos crimes contra as mulheres, que ela classificou de “monstruosos”, como a violência doméstica e o tráfico sexual.
“A violência doméstica, aliás, tem que ser varrida dos nossos lares e do nosso território. Já temos instrumentos poderosos para isso, como a Lei Maria da Penha, que é uma das melhores do mundo. É preciso agora maior compromisso e participação de todos nós”.
Dilma encerrou o pronunciamento com um apelo e um alerta para os homens que cometem violência contra a mulher: “Se é por falta de temor e compaixão que vocês agem assim, peço que pensem no amor, no sacrifício e na dedicação que receberam de suas queridas mães. Mas se vocês agem assim por falta de respeito ou por falta de amor, não esqueçam jamais que a maior autoridade deste país é uma mulher, uma mulher que não tem medo de enfrentar os injustos nem a injustiça, estejam onde estiverem”.
 Agência Brasil

Mais de 60% das mortes por armas de fogo nos EUA são suicídios

Arma (Reuters)

O massacre de dezembro passado em uma escola de Newton, no Estado de Connecticut, nordeste dos Estados Unidos, lançou no país um novo debate sobre a relação entre o acesso facilitado a armas de fogo e a violência com armas.
Mas algumas entidades aproveitaram o debate nacional para destacar uma realidade que muitas vezes passa despercebida: o número anual de pessoas que cometem suicídio usando armas de fogo é muito maior do que o número de vítimas de homicídios cometidos com essas armas.
Segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, cerca de 19 mil das 31 mil mortes por armas de fogo que acontecem anualmente nos Estados Unidos, ou 61,3%, são suicídios.
Uma preocupação adicional das autoridades e profissionais de saúde é o alto nível de eficácia das pistolas e fuzis se comparados com outros métodos: um total de 85% das tentativas de suicídio com essas armas no país resultam em morte, enquanto que apenas 2% das tentativas de suicídio realizadas com comprimidos têm êxito.
É por isso que a Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard criou o projeto Means Matter (“Os Meios Importam”, em tradução livre), que visa destacar o papel de armas de fogo em suicídios.Psiquiatras e psicólogos enfatizam que, ainda que se deva examinar os motivos que levaram alguém a querer tirar a própria vida, também é importante analisar como a pessoa tentou se suicidar.
''Existe uma tremenda disparidade na porcentagem de mortes em decorrência do método que se escolheu para um suicídio. Não é tão fácil morrer em tentativas de suicídio, e as armas, sem dúvida, tornam isso mais fácil'', disse à BBC Catherine Barber, diretora da Means Matter.
De acordo com Barber, a maioria dos que querem tirar a própria vida dedicam pouco tempo ao planejamento do suicídio. Tudo é feito muitas vezes de impulso, e se o método eleito é uma arma, há poucas chances que o suicida tenha a chance de se arrepender de sua decisão.
''Já analisei centenas de suicídios, e o que mais chama a atenção é que em muitos casos de suicídio, no dia em que ele se deu, ocorreu um evento que atuou como gatilho, como uma separação, uma discussão doméstica, problemas na escola'', comenta.
''Os pensamentos suicidas não costumam durar muito tempo. Aparecem e logo pode ser que não regressem. Só uma minoria de pessoas permanece em estado suicida durante um longo período de tempo'', afirma Barber.
Em um estudo de 2005 feito com um grupo de pessoas que sobreviveram a um enfarte ou a uma tentativa de suicídio, 25% dos entrevistados disse ter planejado o ato suicida durante pelo menos cinco minutos.
Analistas destacam ainda que nos Estados americanos em que há maior número de proprietários de pistolas e fuzis, ocorrem mais suicídios.
''Suicídios acontecem em todos os Estados Unidos, mas Estados com mais armas têm níveis mais altos de suicídios, como Wyoming, Montana, Alasca e Nevada - enquanto que os nove Estados com menor número de proprietários de armas têm cifras de suicídio significativamente mais baixas", afirmou à BBC Kenneth Duckworth, psiquiatra e diretor médico da Aliança Nacional para Doenças Mentais.

BBC Brasil 



sexta-feira, 8 de março de 2013

Asteroide gigante passará próximo da Terra neste fim de semana


espaço, asteroide


No dia 09 de março, um asteroide com o diâmetro de 3 a 12 metros, descoberto em 07 de março pelo projeto estadunidense Catalina Sky Survey, passará a uma distância de 135.000 km da Terra (distância medida do centro do planeta).
Um outro asteroide perigoso passará  próximo da Terra neste fim de semana. O tamanho desse corpo celeste varia entre 49 e 160 metros, porém, a distância entre esse asteroide e a Terra será muito mais segura, 18 milhões de quilômetros, ou seja 48 vezes mais que a distância da Terra à Lua.
VOZ DA RÚSSIA

Câncer no estômago pode ser detectado com exame de hálito

Foto: Wikimedia Commons

Um exame de hálito simples e rápido pode diagnosticar um câncer no estômago, segundo um estudo realizado por cientistas israelenses e chineses.
Em um levantamento com 130 pacientes, os pesquisadores descobriram que o exame tinha 90% de precisão no diagnóstico e na diferenciação do câncer de outros problemas do estômago.
O novo teste tenta detectar perfis químicos no hálito que são característicos de pacientes com câncer no estômago.
A revista especializada British Journal of Cancer afirmou que o exame pode revolucionar e acelerar a forma como o câncer é diagnosticado.
Atualmente, o diagnóstico da doença pode ser feito por meio de uma endoscopia.
No procedimento, o médico insere um cabo flexível pela boca do paciente, que acoplado a uma microcâmera, permite a visualização do aparelho digestivo.

A técnica usada no exame não é nova, muitos pesquisadores estão trabalhando na possibilidade de exames de hálito para diagnosticar vários tipos de câncer, incluindo o de pulmão.Os pesquisadores descobriram que o câncer no estômago possui uma espécie de marca, uma característica específica: compostos orgânicos voláteis, que emitem um cheiro e podem ser detectados usando um kit médico ou talvez até cães farejadores.
O trabalho do professor Hossam Haick, do Instituto de Tecnologia de Israel, analisou 130 pacientes em situações diferentes: 37 deles tinham câncer de estômago, 32 tinham úlceras e 61 tinham outros problemas de estômago.
Além de assegurar, com precisão, a diferença entre todos os problemas em 90% das vezes, o exame do hálito também conseguiu apontar em quais casos o câncer estava nos estágios iniciais e em quais estava em fases mais avançadas.
Agora, as equipes israelense e chinesa estão fazendo um estudo maior, envolvendo mais pacientes, para corroborar os resultados dos primeiros testes.
Para Kate Law, diretora de pesquisa clínica da ONG britânica Cancer Research UK, os resultados da pesquisa são "promissores".
"Apenas uma em cada cinco pessoas consegue uma cirurgia como parte do tratamento, pois a maioria dos casos de câncer no estômago são diagnosticados em fases que são avançadas demais para uma cirurgia", afirmou.
"Qualquer exame que ajude a diagnosticar cânceres de estômago mais cedo vai fazer diferença na sobrevivência de longo prazo do paciente", acrescentou.

BBC Brasil



Dia Internacional da Mulher: Denúncias de violência contra a mulher sobem 600%



Desde a promulgação da Lei Maria da Penha, em 2006, o número de agressões contra mulheres relatadas ao governo federal por meio do serviço Ligue 180 cresceu 600%. A maioria dos casos descritos (57%) envolve agressões físicas.

Segundo dados da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, o serviço de atendimento telefônico que oferece orientações para as mulheres vítimas de violência fechou o ano de 2012 com 88.685 relatos de agressão – contra 12.664 há seis anos.
Segundo a pasta, a elevação no número de relatos não significa necessariamente um crescimento real dos casos de violência, mas um aumento das notificações – na medida em que mais mulheres estariam se sentindo seguras para procurar ajuda.
"Acho que a população já está mais ciente de que existe uma lei para proteger as mulheres da violência doméstica", afirmou à BBC Brasil a farmacêutica Maria da Penha Fernandes, que ficou paraplégica ao ser baleada pelo marido e deu nome à lei que endureceu as punições para quem comete violência contra a mulher, mesmo em ambiente familiar.
O Ligue 180 é um serviço gratuito focado na orientação das mulheres vítimas de abusos e seu encaminhamento para órgãos da polícia, da Justiça e demais serviços de enfrentamento da violência contra a mulher, como centros especializados e casas abrigo.
Em primeiro lugar no ranking das agressões relatadas ao serviço em 2012 está a violência física contra a mulher, com 50.236 casos – o que representa elevação de 433% em relação ao ano de 2006.
Logo abaixo no ranking vêm a violência psicológica (24.477 casos) e a violência moral (10.372). Os abusos sexuais representam, por sua vez, 2% dos casos, com 1.686 relatos.
"A lei Maria da Penha, depois de seis anos, começa a dar resultados. Eu acho que nós estamos vencendo, mas falta muito. Falta a consolidação de uma rede (de proteção à mulher) e falta a mudança de mentalidade (de que os homens não têm direito de agredir as mulheres)", afirmou à BBC Brasil a ministra da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, Eleonora Menicucci.
"O aumento da denúncia significa que as mulheres estão acreditando mais nas políticas públicas e nos serviços de acolhimento. Estão acreditando que a impunidade do agressor está chegando ao fim", disse.
O número de relatos de violência ao Ligue 180 é hoje uma das únicas formas para se tentar dimensionar o número de agressões a mulheres nacionalmente – pois não há uma contagem oficial e integrada de casos na área da segurança pública. Essa é uma das principais críticas feitas pela ONU ao Brasil na questão da violência contra a mulher.

De acordo com Maria da Penha, a lei que levou seu nome mudou a realidade das mulheres vítimas de violência no Brasil, na medida em que facilitou a punição de seus agressores.

Porém, segundo ela, a lei não funciona satisfatoriamente na maioria das cidades do interior do país. "A gente infelizmente só tem encontrado a boa aplicação da lei nos grandes municípios, que geralmente são as capitais", afirmou.
A principal crítica da mulher que se tornou a face do combate à violência contra a mulher no país é a falta de iniciativa de governantes para investir em instrumentos de combate aos abusos nas cidades pequenas do país.
A ministra Menicucci afirmou que além de investir no Ligue 180, um dos principais focos de sua pasta é implementar a Lei Maria da Penha efetivamente em todas as regiões do país.
Segundo ela, o governo federal tem enviado verbas aos governos estaduais com esse objetivo. Os repasses de recursos entre 2006 e 2011 chegaram a quase R$ 180 milhões. No ano passado, somaram R$ 40 milhões.
Ela disse ainda que são estabelecidas parcerias com municípios, Estados e órgãos do Judiciário para a estruturação de uma rede de proteção à mulher.
De acordo com a ministra, no últimos dez anos o número de delegacias da mulher no país subiu de 248 para 503. Os centros especializados de atendimento passaram de 36 para 223 e as casas abrigo de 43 para 72.
"É muito pouco, mas é reflexo da Lei Maria da Penha", disse.

Mesmo assim, segundo a ministra, uma das falhas da rede de proteção às mulheres vítimas de violência ocorre na hora dos juízes determinarem medidas para proteger as vítimas.Atualmente estão em funcionamento pelo sistema judiciário do país 93 varas, 29 promotorias e 59 defensorias públicas especializadas em combater a violência contra a mulher.
Segundo Menicucci, depois que uma mulher agredida procura a polícia, o delegado pode pedir à Justiça que imponha ao agressor uma série de normas e regras que o impedem de se reaproximar da vítima.
Porém, embora muitos juízes determinem tais medidas quase imediatamente, outros demoram para tomar uma decisão. "Às vezes eles demoram mais de um mês, exigindo atestado psicológico, atestado de saúde mental, laudos, o que não é necessário, é mais para atrasar", disse.
Ela afirmou que o governo federal já estaria agindo para acelerar a concessão dessas medidas pelo Judiciário.

BBC Brasil