quarta-feira, 13 de março de 2013
Cardeal Argentino é o novo Papa
O Cardeal argentino Jorge Mário Bergoglio foi escolhido o novo Papa.
A fumaça branca anunciando a escolha foi vista as 15:05h, desta quarta-feira (13) horário de Brasília. Os cardeais reunidos no Vaticano fizeram cinco votações até escolher o novo Papa.
ZITONEWS
Refugiados africanos enfrentam pobreza, violência e preconceito no Rio
Em meados do ano passado, o alfaiate Ben* se viu obrigado a deixar às pressas sua casa, que ficava próxima à cidade de Goma, no leste da República Democrática do Congo. Rebeldes do movimento M23 invadiram a região e, na troca de tiros com as tropas do governo, sua mulher foi baleada e morta. Para fugir, Ben atravessou a fronteira com Uganda e, de lá, tomou um avião em direção ao Rio de Janeiro.
No Brasil há cerca de seis meses, Ben ganhou status de refugiado - o que permite que ele possa permanecer no país e ganhe assistência. Mesmo assim, ele continua tendo de lidar com alguns problemas "Eu moro no Rio Comprido (bairro da zona norte do Rio). Moro sozinho, em uma favela. Escuto sempre barulho de tiros" diz Ben, cujo verdadeiro nome, assim como os de outros refugiados, não será divulgado nesta reportagem para impedir sua identificação.
"A (vida na) favela é muito complicada, mas a gente tem que se acostumar. Eu tenho medo, o barulho de tiros é complicado", disse o alfaiate de 39 anos durante uma aula de português na sede da Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro, instituição católica que atua na assistência e acolhimento a refugiados em convênio com o Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) e o Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), órgão vinculado ao Ministério da Justiça.
Sem dinheiro, sem conhecidos e com grandes dificuldades para conseguir trabalho, a grande maioria é obrigada a sobreviver com a ajuda de R$ 300 mensais fornecida pela Cáritas, que nem sempre chega a tempo e muitas vezes não é suficiente para pagar o aluguel de um quarto ou quitinete em comunidades carentes ou cortiços no centro da cidade. não muito diferentes daqueles que enfrentava no Congo. A situação é dramática no caso dos congoleses, que depois dos colombianos formam a maior comunidade de refugiados do Rio de Janeiro, segundo a Cáritas.O cenário enfrentado por Ben não é muito diferente daquele vivido por outros que chegam ao Brasil em busca de refúgio, a maior parte de origem africana.
De acordo com a instituição, em dezembro do ano passado, 398 congoleses refugiados ou solicitantes de refúgio viviam no Rio. Esta é a maior comunidade de refugiados africanos no Estado desde a suspensão dos refúgios a angolanos, em outubro do ano passado, devido à melhora nas condições do país.
Sem lugar para ficar, alguns são obrigados a passar algumas de suas primeiras noites no Rio dormindo na rua. "Foi um longo caminho para chegar aqui, uma pessoa me ajudou, fizeram documentos falsos", diz a congolesa Camille*, de 31 anos, que chegou ao Brasil grávida e com dois filhos pequenos. "Mas, depois que cheguei, a pessoa me deixou na rua com as crianças e foi embora. Tive que dormir na rua no primeiro dia", diz Camille, que atualmente mora no Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, um dos redutos dos congoleses no Rio junto com favelas no bairro de Brás de Pina, na zona norte.Falando apenas francês e línguas locais e com grandes dificuldades para aprender português, o primeiro grande desafio dos refugiados congoleses que desembarcam no Rio é encontrar moradia. "Eles não têm onde morar, não conhecem nada. Para você conseguir um abrigo para essa pessoa na rede da prefeitura, é uma missão impossível. Se estamos perto do Carnaval ou de algum grande evento, não conseguimos", diz Fabrício Toledo de Souza, advogado da Cáritas, para onde os refugiados costumam ser encaminhados após chegarem ao Brasil por portos ou aeroportos.
"Não tenho ninguém para me ajudar aqui, estou sozinha. Se não fossem os vizinhos, não sei como seria minha vida. O dinheiro (que ganho na Cáritas) só dá pra pagar o aluguel da casa".
Assim como todos os congoleses entrevistados pela BBC Brasil, Camille não pensa em voltar para seu país, temendo pela segurança dela e seus filhos. Mesmo assim, ela diz que as dificuldades que vem encontrando para viver no Brasil a surpreenderam.
"Estou triste, minha filha está sem tomar leite, os outros estão com fome. Eu não tinha ideia que no Brasil ia encontrar coisas assim, não imaginava que um dia fosse dormir com fome no Brasil".
Lia matéria completa em BBC Brasil.
Vaticano segue sem eleger novo papa
Na manhã de hoje, houve duas rodadas de votação e a fumaça indica o resultado de ambas. Para esta tarde, estão previstas mais duas rodadas e a fumaça preta ou branca deve sair por volta das 15h no horário de Brasília.
Se até a sexta-feira (15) o nome do papa ainda não tiver saído, no sábado (16) eles fazem uma pausa para orações e diálogos; e a eleição é retomada no domingo (17).
Religiosos, fiéis e curiosos de todo o mundo têm apenas a cor da fumaça da capela sistina como sinal do resultado do conclave. A previsão é de que a fumaça seja emitida por volta das 8h e 15h de cada dia em que houver eleição. No caso de fumaça branca, um papa foi escolhido. No caso de fumaça preta, ainda não há um novo pontífice. Do Portal EBC.
Venezuela vai investigar denúncias de que Chávez teria sido assassinado
Funcionários do governo venezuelano informaram que será aberto um inquérito para investigar suspeitas de que o presidente Hugo Chávez teria sido assassinado. O ministro do Petróleo venezuelano, Rafael Ramírez, disse que os Estados Unidos e Israel poderiam estar por trás do suposto atentado.
Após descobrir que estava com câncer, em 2011, o próprio Chávez havia sugerido que "forças imperialistas" poderiam estar tentando matá-lo.
A Assembleia Nacional informou hoje que ainda vai continuar discutindo a emenda à Constituição que permitirá que o corpo do presidente fique no Panteão Nacional. Atualmente, para que o corpo de uma personalidade seja enterrado no panteão, é necessário que tenham decorrido pelo menos 25 anos de sua morte.
Chávez morreu no último dia 5, aos 58 anos, em Caracas, vítima de câncer na região pélvica.
Em cerca de um ano e meio de tratamento, o presidente venezuelano passou por quatro cirurgias em Cuba. A última delas foi em dezembro do ano passado.
Reeleito para o quarto mandato em outubro do ano passado, Chávez não pôde tomar posse na data prevista, 10 de janeiro, porque estava em tratamento em Havana.
Leia mais em Agencia Brasil
Biofísico russo criou coração natural
Um novo sucesso alcançado na área de medicina será capaz de salvar milhões de vidas humanas.
O cientista russo Konstantin Agladze ajudou biólogos nipônicos a criar, com base em células-tronco, um tecido natural do coração humano. Trata-se, pois, de um passo de enorme importância no domínio de transplantação de órgãos e da ciência farmacêutica, pelo que os órgãos bio-artificiais ajudam ainda a testar novos medicamentos.
O músculo cardíaco (miocárdio) se forma por etapas. Primeiro, as células se aglomeram em pequenos núcleos separados pulsantes que, em seguida, sem ação externa, se encontram, reunindo-se num tecido único.
Há já 5 anos que os cientistas da Universidade de Quioto se ocupam de criação de órgãos humanos. Quatro projetos estão sendo dirigidos pelo professor catedrático russo Konstantin Agladze, chefe do laboratório de nano-construção de complexos de proteína junto do centro científico Nanofísica, aliado ao Instituto de Física de Moscou.
As células-tronco (estaminais) induzidas serviram de base para o material genético. As células-mãe compõem o embrião em fase inicial de crescimento do organismo, sendo elas os elementos antecedentes de todos os órgãos do corpo humano.
A incógnita está em saber as condições em que o mecanismo de formação de tecidos "despoleta". Os cientistas guiados pelo professor russo acabaram de descobrir uma substância química, capaz de pôr em ação o mecanismo de transformação. Assim, em cada centena de proto-células induzidas, oitenta se tornam células do coração.
A temperatura ideal para armazenar as células constitui 37ºC, mas para se convencer de que o tecido se mantém vivo, este tem que ser examinado através de microscópio eletrônico. Com a ampliação em milhões de vezes, pode-se ver o tecido reduzindo-se.
Todavia, o músculo do coração funciona sem a ação de quaisquer estímulos externos: 50-70 batidas por minuto. Os tecidos do coração, passado apenas um mês depois de terem sido produzidos a partir de células-tronco, começam a bater. Paulatinamente, estas últimas se reúnem, formando o tecido do miocárdio.
No dizer de Konstantin Agladze, o tecido cardíaco construído dessa maneira, poderá vir a ser utilizado em dois casos. Primeiro, quando for necessário experimentar novos preparados médicos. Segundo, será possível implantar tais células no coração do doente.
No que se refere à criação de tecidos artificiais para transplante, isto vai levar uns 3-4 anos. É evidente que tal tecnologia ajudará a salvar milhões de vidas humanas.
VOZ DA RÚSSIA |
terça-feira, 12 de março de 2013
68 municípios da PB não registraram assassinatos em 2012
Riachão de Bacamarte teve menor ídice |
Quase um terço dos municípios paraibanos não registrou homicídios no ano passado, segundo dados repassados nesta segunda-feira (11), pela Secretaria Estadual de Segurança e Defesa Social (Seds). São 68 cidades nessas condições, o que representa 30,4% do total. Em 28 delas, a situação é ainda mais pacata, pois não há ocorrências desde 2010. Por outro lado, apenas três municípios – João Pessoa, Campina Grande e Santa Rita – concentram 54% (832) dos 1.542 assassinatos de 2012.
Diferente dos grandes centros, Sossêgo, no Agreste paraibano, pode fazer jus ao nome que carrega. Segundo a Seds, houve apenas um registro em 2010. Desde então, mais nenhum. O prefeito da cidade, Carlos Antônio Alves da Silva (PSD), explica que muito dessa situação tem a ver com um trabalho preventivo feito através de uma rádio local, ouvida por boa parte dos seus cerca de 3 mil habitantes.
“A gente tem uma rádio onde aconselha o pessoal. A gente sabe que esses crimes estão mais relacionados à bebida, então, fazemos esse trabalho de conscientização. É muito difícil ter homicídio aqui. Acredito que teve um no Dia das Crianças (há mais de dois anos). De lá para cá, mais nada”, contou o prefeito.
Apesar da tranquilidade aparente, a situação em Sossêgo é relativa, porque, conforme aponta o prefeito Carlos Antônio, ainda acontecem roubos na cidade. “Tivemos um recentemente contra um posto de gasolina. Um rapaz de moto chegou, abordou o senhor e roubou cerca de R$ 400”, relatou.
Por outro lado, o problema está no fato de que a cidade, de acordo com o prefeito, nunca contou com um delegado próprio e não tem uma delegacia em funcionamento. “O delegado que a gente tem é de Barra de Santa Rosa, Cuité e Picuí. Mesmo assim, é muito difícil da gente encontrá-lo. Já tive contato com a Secretaria (Seds), fiz solicitação quando assumi, em 2009, mas nunca atenderam”, lamentou.
“Até de porta aberta se dorme”
Em Riachão do Bacamarte, município do Brejo paraibano com 4.264 habitantes, conforme dados do IBGE, a população dorme tranquila. Os moradores relataram que é comum as crianças brincarem nas ruas até às 22h, enquanto os adultos conversam nas calçadas. O último homicídio registrado na cidade aconteceu em 2011, quando um agricultor matou a própria irmã por conta de uma disputa de terras. Este ano, apenas um inquérito foi aberto na cidade, por embriaguez ao volante.
Conforme os dados de inquéritos policiais de Riachão, revelados pelo escrivão Humberto Maia, foram dois homicídios registrados entre 2009 e 2011, mas, ainda assim, envolvendo brigas familiares e disputas de terras.
Sem prédio para delegacia
Após contato com a reportagem, a delegada geral da Polícia Civil, Ivanisa Olímpio, reconheceu que Sossêgo não possui uma delegacia em funcionamento, tendo em vista que o prédio-sede está em péssimas condições. Entretanto, garantiu que iria solicitar urgentemente ao delegado responsável pela cidade que procurasse uma casa que pudesse ser alugada, para abrigar a delegacia municipal.
Ivanisa afirmou ainda que, assim como já está sendo feito em outros municípios, iria estabelecer contato com o prefeito, para verificar a possibilidade de cessão de um terreno municipal, para a construção do prédio definitivo. “Faremos isso em todas as sedes. Onde estiver em condições precárias, estaremos buscando parcerias com as prefeituras”.
Leia matéria completa no PORTAL CORREIO.
Tem início hoje Conclave em busca de novo Papa
Cento e quinze cardeais se reunirão hoje, 12 de março na Capela Sistina no Vaticano para eleger um novo papa. Ninguém, por enquanto, pode prever exatamente quando o conclave revelará o nome do 266º líder da Santa Sé. Esperam que o Colégio de Cardeais o faça antes de 24 de março – o Domingo de Ramos Católico. E, certamente, antes da Páscoa Católica – 31 de março.
O circulo de contendores a primaz da maior confissão cristã está hoje reduzido a cinco nomes. Entre os cardeais favoritos chamam o canadense Marc Ouellet, o italiano Angelo Scola, o austríaco Christoph Schoenborn, o argentino Leonardo Sandri. Até o final da semana passada, segundo jornais italianos, começou rapidamente a ganhar pontos o brasileiro Odilo Scherer.
Quem exatamente será o novo chefe do Vaticano – a única monarquia absoluta da Europa – ninguém quer predizer. E tudo graças a Bento XVI, o cardeal Joseph Ratzinger. O último papa complicou imenso a tarefa aos prelados católicos. Antes de sair, ele mudou o procedimento de escolha do pontífice, lembrou à Voz da Rússia o famoso especialista russo no Vaticano, Alexei Bukalov:
“As condições de votação são muito rigorosas. O Papa Bento XVI corrigiu a Constituição Apostólica, ou o cânone de eleição de um novo pontífice. Ele restaurou a cláusula, segundo a qual um novo papa só pode ser eleito por uma maioria de dois terços. Seu antecessor, João Paulo II, tinha simplificado o procedimento um pouco. No sentido de que, após um certo número de turnos de votação, o papa poderia ter sido escolhido por uma maioria simples.”
Devido a essas mudanças, o conclave pode muito bem prolongar-se. Embora seja pouco provável que ele bata o recorde do século XIII. Na altura, a eleição do papa durou quase três anos. Mas o caso tão pouco poderá ser resolvido num só dia. Se nenhum dos candidatos acima mencionados ganhar dois terços dos votos dos padres, pode muito bem aparecer uma figura de compromisso.
Isso aconteceu em conclaves várias vezes. O último exemplo notável foi o Papa João Paulo II. Em outubro de 1978 ele era um forasteiro na votação e ninguém o considerava seriamente um candidato a Vigário de Cristo. Havia outros favoritos. Mas foi Karol Wojtyla que foi eleito. Na altura ele foi o primeiro papa não-italiano nos últimos 455 anos. E um dos mais populares.
Na atual situação é quase impossível predizer o nome do novo papa, acredita o analista da Fundação russa de Perspectiva Histórica, Pavel Svyatenko:
“As listas das principais candidaturas que surgem perante o conclave são frequentemente de baixa confiabilidade. Eu acho que ainda é cedo falar sobre a identidade particular do novo Papa. É possível que nenhum dos favoritos passe. E aparecerá uma candidatura alternativa.”
A julgar pelas declarações de alguns dos cardeais, na abordagem às próximas eleições tomaram forma duas “escolas” distintas. Uma acredita que reformar a Cúria Romana só pode alguém que a conhece muito bem de dentro. Em outras palavras, um bispo que atuou diretamente na administração do Vaticano. Apoiantes de reformas acreditam que o Vaticano precisa de um “vento fresco” e alguém de fora. Em princípio, qualquer homem católico poderia tornar-se Papa. Mesmo um laico sem título eclesiástico. Mas a partir do século XIV apenas cardeais ascendem ao trono papal.
VOZ DA RÚSSIA |
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