domingo, 31 de março de 2013

Israel se prepara para ataque químico sírio

Israel, defesa, Síria, armamentos


Israel poderá sofrer um possível ataque químico sírio, caso as armas químicas caiam "em mãos erradas", declarou o comandante da retaguarda israelense, general Eyal Eisenberg.

Ele expressou grande preocupação relativamente ao arsenal do movimento xiita libanês Hezbollah que, segundo Israel, conta com cerca de 60 mil foguetes, incluindo 5 mil mísseis capazes de alcançar Tel Aviv com ogivas de 300 a 880 kg.
Em março, o presidente israelense, Shimon Peres, declarou que as autoridades israelenses não permitirão que as armas químicas da Síria caiam nas mãos de grupos terroristas.

Azenha anuncia fim do 'Viomundo', após ação da Globo



O jornalista Luiz Carlos Azenha anunciou sexta (29) à noite o fim do blog Viomundo, um dos mais respeitados e acessados da chamada blogosfera progressista, após uma ação judicial movida pelo diretor da Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel – na qual Azenha foi condenado a pagar R$ 30 mil.
Em texto publicado no próprio blog, o jornalista lamenta a judicialização do debate político e diz que os grandes meios de comunicação estão conseguindo, pelo bolso, aquilo que nem a ditadura (1964-1985) conseguiu: calar os veículos alternativos.
“Durante a ditadura militar, implantada com o apoio das Organizações Globo, da Folha e do Estadão— entre outros que teriam se beneficiado do regime de força — houve uma forte tentativa de sufocar os meios alternativos de informação, dentre os quais destaco os jornais Movimento e Pasquim. Hoje, através da judicialização de debate político, de um confronto que leva para a Justiça uma disputa entre desiguais, estamos fadados ao sufoco lento e gradual”, afirma. Leia abaixo a íntegra da nota
Globo consegue o que a ditadura não conseguiu: calar imprensa alternativa
por Luiz Carlos Azenha
Meu advogado, Cesar Kloury, me proíbe de discutir especificidades sobre a sentença da Justiça carioca que me condenou a pagar 30 mil reais ao diretor de Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, supostamente por mover contra ele uma “campanha difamatória” em 28 posts do Viomundo, todos ligados a críticas políticas que fiz a Kamel em circunstâncias diretamente relacionadas à campanha presidencial de 2006, quando eu era repórter da Globo.
Lembro: eu não era um qualquer, na Globo, então. Era recém-chegado de ser correspondente da emissora em Nova York. Fui o repórter destacado para cobrir o candidato tucano Geraldo Alckmin durante a campanha de 2006. Ouvi, na redação de São Paulo, diretamente do então editor de economia do Jornal Nacional, Marco Aurélio Mello, que tinha sido determinado desde o Rio que as reportagens de economia deveriam ser “esquecidas”– tirar o pé, foi a frase — porque supostamente poderiam beneficiar a reeleição de Lula.
Vi colegas, como Mariana Kotscho e Cecília Negrão, reclamando que a cobertura da emissora nas eleições presidenciais não era imparcial.
Um importante repórter da emissora ligava para o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, dizendo que a Globo pretendia entregar a eleição para o tucano Geraldo Alckmin. Ouvi o telefonema. Mais tarde, instado pelo próprio ministro, confirmei o que era também minha impressão.
Pessoalmente, tive uma reportagem potencialmente danosa para o então candidato a governador de São Paulo, José Serra, censurada. A reportagem dava conta de que Serra, enquanto ministro, tinha autorizado a maior parte das doações irregulares de ambulâncias a prefeituras.
Quando uma produtora localizou no interior de Minas Gerais o ex-assessor do ministro da Saúde Serra, Platão Fischer-Puller, que poderia esclarecer aspectos obscuros sobre a gestão do ministro no governo FHC, ela foi desencorajada a perseguí-lo, enquanto todos os recursos da emissora foram destinados a denunciar o contador do PT Delúbio Soares e o ex-ministro da Saúde Humberto Costa, este posteriormente absolvido de todas as acusações.
Tive reportagem sobre Carlinhos Cachoeira — muito mais tarde revelado como fonte da revista Vejapara escândalos do governo Lula — ‘deslocada’ de telejornal mais nobre da emissora para o Bom Dia Brasil, como pode atestar o então editor Marco Aurélio Mello.
Num episódio específico, fui perseguido na redação por um feitor munido de um rádio de comunicação com o qual falava diretamente com o Rio de Janeiro: tratava-se de obter minha assinatura para um abaixo-assinado em apoio a Ali Kamel sobre a cobertura das eleições de 2006.
Considero que isso caracteriza assédio moral, já que o beneficiado pelo abaixo-assinado era chefe e poderia promover ou prejudicar subordinados de acordo com a adesão.
Argumentei, então, que o comentarista de política da Globo, Arnaldo Jabor, havia dito em plena campanha eleitoral que Lula era comparável ao ditador da Coréia do Norte, Kim Il-Sung, e que não acreditava ser essa postura compatível com a suposta imparcialidade da emissora. Resposta do editor, que hoje ocupa importante cargo na hierarquia da Globo: Jabor era o “palhaço” da casa, não deveria ser levado a sério.
No dia do primeiro turno das eleições, alertado por colega, ouvi uma gravação entre o delegado da Polícia Federal Edmilson Bruno e um grupo de jornalistas, na qual eles combinavam como deveria ser feito o vazamento das fotos do dinheiro que teria sido usado pelo PT para comprar um dossiê contra o candidato Serra.
Achei o assunto relevante e reproduzi uma transcrição — confesso, defeituosa pela pressa – no Viomundo.
Fui advertido por telefone pelo atual chefão da Globo, Carlos Henrique Schroeder, de que não deveria ter revelado em meu blog pessoal, hospedado na Globo.com, informações levantadas durante meu trabalho como repórter da emissora.
Contestei: a gravação, em minha opinião, era jornalisticamente relevante para o entendimento de todo o contexto do vazamento, que se deu exatamente na véspera do primeiro turno.
Enojado com o que havia testemunhado ao longo de 2006, inclusive com a represália exercida contra colegas — dentre os quais Rodrigo Vianna, Marco Aurélio Mello e Carlos Dornelles — e interessado especialmente em conhecer o mundo da blogosfera — pedi antecipadamente a rescisão de meu contrato com a emissora, na qual ganhava salário de alto executivo, com mais de um ano de antecedência, assumindo o compromisso de não trabalhar para outra emissora antes do vencimento do contrato pelo qual já não recebia salário.
Ou seja, fiz isso apesar dos grandes danos para minha carreira profissional e meu sustento pessoal.
Apesar das mentiras, ilações e tentativas de assassinato de caráter, perpretradas pelo jornal O Globo* e colunistas associados de Veja, friso: sempre vivi de meu salário. Este site sempre foi mantido graças a meu próprio salário de jornalista-trabalhador.
O objetivo do Viomundo sempre foi o de defender o interesse público e os movimentos sociais, sub-representados na mídia corporativa. Declaramos oficialmente: não recebemos patrocínio de governos ou empresas públicas ou estatais, ao contrário da Folha, de O Globo ou do Estadão. Nem do governo federal, nem de governos estaduais ou municipais.
Porém, para tudo existe um limite. A ação que me foi movida pela TV Globo (nominalmente por Ali Kamel) me custou R$ 30 mil reais em honorários advocatícios.
Fora o que eventualmente terei de gastar para derrotá-la. Agora, pensem comigo: qual é o limite das Organizações Globo para gastar com advogados?
O objetivo da emissora, ainda que por vias tortas, é claro: intimidar e calar aqueles que são capazes de desvendar o que se passa nos bastidores dela, justamente por terem fontes e conhecimento das engrenagens globais.
Sou arrimo de família: sustento mãe, irmão, ajudo irmã, filhas e mantenho este site graças a dinheiro de meu próprio bolso e da valiosa colaboração gratuita de milhares de leitores.
Cheguei ao extremo de meu limite financeiro, o que obviamente não é o caso das Organizações Globo, que concentram pelo menos 50% de todas as verbas publicitárias do Brasil, com o equivalente poder político, midiático e lobístico.
Durante a ditadura militar, implantada com o apoio das Organizações Globo, da Folha e do Estadão— entre outros que teriam se beneficiado do regime de força — houve uma forte tentativa de sufocar os meios alternativos de informação, dentre os quais destaco os jornais Movimento e Pasquim.
Hoje, através da judicialização de debate político, de um confronto que leva para a Justiça uma disputa entre desiguais, estamos fadados ao sufoco lento e gradual.
E, por mais que isso me doa profundamente no coração e na alma, devo admitir que perdemos. Não no campo político, mas no financeiro. Perdi. Ali Kamel e a Globo venceram. Calaram, pelo bolso, o Viomundo.
Estou certo de que meus queridíssimos leitores e apoiadores encontrarão alternativas à altura. O certo é que as Organizações Globo, uma das maiores empresas de jornalismo do mundo, nominalmente representadas aqui por Ali Kamel, mais uma vez impuseram seu monopólio informativo ao Brasil.
Eu os vejo por aí.
PS do Viomundo: Vem aí um livro escrito por mim com Rodrigo Vianna, Marco Aurelio Mello e outras testemunhas — identificadas ou não — narrando os bastidores da cobertura da eleição presidencial de 2006 na Globo, além de retratar tudo o que vocês testemunharam pessoalmente em 2010 e 2012.
PS do Viomundo 2: *Descreverei detalhadamente, em breve, como O Globo e associados tentaram praticar comigo o tradicional assassinato de caráter da mídia corporativa brasileira.

Papa Francisco celebra sua primeira Vigília Pascal

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O Papa Francisco pediu neste sábado (30), na homilia da sua primeira Vigília Pascal, que lembra a ressurreição de Cristo, que os católicos não se resignem, nem percam a confiança, diante das dificuldades.

"Não nos encerremos em nós mesmos, não percamos a confiança, nunca nos resignemos", pediu o Papa na homilia da liturgia da luz, uma mensagem que pode ser aplicada não apenas à religião, mas também a qualquer dificuldade da vida, principalmente em épocas de crise.

"Os problemas, as preocupações do cotidiano, tendem a fazer com que nos encerremos em nós mesmos, na tristeza, na amargura", porque, segundo o Papa, "é aí que está a morte". Para Francisco, não podemos "nos fechar para a novidade, porque esta transforma".

A cerimônia, celebrada na Basílica de São Pedro e chamada liturgia da luz, começou às escuras, e com o Papa e os sacerdotes vestidos de branco.

Uma vez aceso, no átrio da basílica, o círio pascal - grande vela que simboliza Cristo ressuscitado e serve para acender as velas dos fiéis -, inicia-se a procissão do Papa e de seus ministros até o altar maior, momento em que as luzes do templo são acesas.

"É a celebração mais rica e, quem sabe, mais bela da Semana Santa, comentou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.

Este ano, a liturgia, que costumava durar três horas, foi reduzida, por vontade do Papa argentino. Esta foi uma das novidades implantadas pelo primeiro jesuíta a assumir o trono de Pedro, em duas semanas de papado. As mudanças indicam que Francisco deseja conduzir a Igreja pelo caminho da simplicidade, humildade e harmonia.

Na cerimônia de hoje, o Papa administrou os sacramentos - batismo, primeira comunhão e crisma - a quatro jovens, procedentes de Rússia, Estados Unidos, Albânia e Itália.

O Papa dos gestos

Eleito Papa no último dia 13, Francisco rezou, na Sexta-Feira Santa, pela paz no Oriente Médio e o entendimento entre cristãos e muçulmanos, cuja coexistência naquela região nem sempre é fácil, em particular em Egito, Iraque, Síria, Líbano ou Líbia.

A eleição de um Papa argentino, o primeiro não europeu a chegar à liderança do Vaticano, provoca uma enorme expectativa nesta instituição milenar, que perde fiéis para as igrejas evangélicas e o laicismo que impera no Ocidente.

"Com este Papa, haverá mudanças", afirmou a argentina Karina Buslowicz, que comprou as passagens para a Itália 15 minutos depois de saber que um compatriota sucederia Bento XVI à frente da Igreja Católica.

Neste domingo, Francisco irá celebrar a missa de Páscoa diante de dezenas de milhares de peregrinos, e pronunciará a bênção Urbi et Orbi da sacada da Basílica de São Pedro, cerimônia que só acontece no Natal e no domingo de Páscoa, além do dia em que o Papa é eleito.

Mas nem a atração gerada por um novo Papa, nem a perspectiva de um feriado prolongado, foram incentivos para tirar os italianos da depressão gerada pela crise econômica, agravada pelo caos político, que impede a formação de um governo.

O número de pessoas que saíram de férias caiu 14,1%, bem como a ocupação dos hotéis e venda de ovos de Páscoa durante esta festa religiosa e familiar, importante na Itália.
NE10

sábado, 30 de março de 2013

Papa Francisco pede a cristãos que combatam o mal com o bem

Papa Francisco pede a cristãos que combatam o mal com o bem GABRIEL BOUYS/AFP

O Papa Francisco presidiu nesta sexta-feira sua primeira Via Crucis em Roma pedindo aos cristãos de todo o mundo que combatam o mal com o bem, como fez Jesus em seu sacrifício na Cruz.
— Queridos irmãos, a palavra da Cruz é também a resposta dos cristãos ao mal que segue atuando em nós e ao nosso redor. Os cristãos devem responder o mal com o bem, tomando sobre si a Cruz, como Jesus.
— As vezes nos parece que Deus não responde ao mal, que permanece em silêncio, mas na realidade Deus está falando, respondendo, e sua resposta é a Cruz de Cristo: uma palavra que é amor, misericórdia, perdão.
— Não quero acrescentar muitas palavras. Esta noite deve permanecer apenas uma palavra, que é a própria Cruz. A Cruz de Jesus é a palavra com a qual Deus respondeu ao mal do mundo — disse o Papa argentino.
— Deus nos julga nos amando. Se aceito seu amor estou salvo, se o rejeito, estou condenado, não por ele, mas por mim, porque Deus não condena, ele apenas ama e salva.
— Continuemos esta Via Crucis na vida diária. Caminhemos juntos pelo caminho da Cruz, caminhemos levando no coração esta palavra de amor e de perdão". "Jesus nos ama tanto, é todo amor.
O Papa, 76 anos, que acompanhou da colina do Palatino boa parte da Via Crucis, sem percorrer a pé as 14 estações, agradeceu "o testemunho dos nossos irmãos do Líbano" que escreveram meditações e orações a pedido de seu antecessor, Bento XVI.
O Papa saudou no Coliseu a amizade com os muçulmanos do Oriente Médio e relembrou a viagem ao Líbano de Bento XVI, quando "vimos a beleza e a força da comunhão dos cristãos daquela terra e da amizade de tantos de nossos irmãos muçulmanos e de muitos outros".
Bento XVI encomendou as meditações lidas nesta Via Crucis ao patriarca da Igreja maronita libanesa, Bechara Rai, que por sua vez pediu a dois jovens a redação do texto. Esta foi uma forma de destacar o drama que vive o Oriente Médio, com a guerra na Síria, a difícil coexistência entre muçulmanos e cristãos, e a fuga de muitos cristãos perseguidos da região.
Mais cedo, o Papa Francisco celebrou a missa da Sexta-Feira da Paixão na Basílica de São Pedro.
Sob o ouro e o mármore da Basílica, o pregador da Casa Pontifical, o padre capuchinho Raniero Cantalamessa, comparou a Igreja a um "edifício antigo" e pediu que Francisco a "conduza à simplicidade e à linearidade de suas origens".
Francisco, com fisionomia grave, vestido com a casula vermelha com as cores da Paixão, ouviu atentamente Cantalamessa, que declarou que esta missão havia sido confiada por Deus no século XIII a São Francisco de Assis, que teve seu nome retomado pelo 266º pontífice da Igreja Católica: "Vá e reforme a minha casa".
— No decorrer dos séculos, para se adaptar às exigências do momento, os velhos edifícios foram enchidos de divisões, de escadas, de salas — Mas as "adaptações" que se sucederam "não correspondem mais às exigências. É preciso ter a coragem de pôr tudo isso abaixo", disse.
Ele enumerou os obstáculos ao anúncio do Evangelho: — Os muros divisores (...), o excesso de burocracia, os restos de aparatos, leis e controvérsias passadas, que se tornaram simples detritos.
O Papa beijou o Cristo crucificado, que foi levado a ele, colocando suavemente a sua mão sobre a face de Jesus.
Zero Hora

Oposição torce para Campos rachar base de Dilma, e PT vê planos para 2018


Oposição torce para Campos rachar base de Dilma, e PT vê planos para 2018

 O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), está cada vez mais próximo de encarnar uma “terceira via” no processo que desencadeará na eleição presidencial de 2014. Embora as lideranças próximas de Campos procurem desconversar quando questionadas se ele, enfim, será candidato à sucessão da presidenta Dilma Rousseff, o PSDB torce para ele assumir a candidatura e setores do PT acreditam que ele de fato vai entrar na disputa. Não é segredo que Campos tem se movimentado intensamente e estabelecido diálogo com diversas frentes, como o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab, PTB, PDT e até com o ex-governador paulista José Serra (PSDB).
Uma propalada aproximação entre Serra e Eduardo Campos foi comentada como um dos elementos novos do tabuleiro político nas últimas semanas. “São só prospecções, apenas conversas. Na política, nada mais normal essas movimentações, articulações, prospecções. Não se tem nada definido”, diz o presidente do PSB no Distrito Federal, Marcos Dantas. Porém, ele dá uma pista: “Sempre lembrando que é legítimo o partido ter candidaturas, para que cargo for, se o partido tiver legitimidade para pleiteá-la”.
Para o deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), o caminho do governador pernambucano parece claro. “Acho que Eduardo tende a ser candidato. Ao que tudo indica, ele aposta que, sendo candidato agora, coloca o nome no quadro nacional e tem a oportunidade de se divulgar nacionalmente, tendo em vista 2018. Ele se coloca agora para já estar na cena nacional em 2018”, analisa.
O também deputado federal Marcus Pestana, presidente do PSDB de Minas Gerais, não nega que torce pela candidatura de Eduardo Campos. “Aécio tem dito, e a nossa opinião é que [a candidatura Campos] interessa ao Brasil, é bom para a democracia, e para nós eleitoralmente. Queremos e torcemos muito para que se cristalize a candidatura dele e da Marina”. De acordo com o parlamentar mineiro, com isso o cenário é sobretudo “bom para o Brasil”, por configurar um “quadro plural, até como vacina contra essa visão totalitária de um segmento importante do PT que acha que só há uma forma de ver o Brasil”.
Pestana reconhece que a torcida pelo “sim” do governador pernambucano seria muito bem-vinda para os planos do PSDB. “Quem está preocupado com o Eduardo é a Dilma e o PT, porque ele divide a região mais importante eleitoralmente deles [Nordeste] e a base do governo”.
O deputado federal Roberto Freire (PPS-SP) já enxerga, inclusive, rachaduras na base governista. “O cenário, com a possibilidade do Eduardo Campos, muda substantivamente. Porque de qualquer forma é um sinal muito forte de que a base governamental começa a sofrer abalos. Se Campos for candidato, não será do governo”, especula. Para Freire, a situação mudou. “A base do governo começa a ter problemas, a se desestruturar. Se Eduardo vier a ser candidato significa uma defecção grande no governo.”
Berzoini vê o cenário de outra maneira. “O governador de Pernambuco vai disputar tanto o voto da base do governo como também os votos do Aécio. Pelo perfil dele, pela necessidade de ficar, digamos, numa zona cinzenta entre situação e oposição”, prevê o petista. “Ele não tem como dizer que é oposição porque participou como ministro e governador apoiado por Dilma e Lula. Não tem como dizer que é situação porque, se fosse situação, seria só apoiar a Dilma.” O petista acredita que a estratégia de Eduardo Campos será baseada num discurso do tipo “eu apoiei esse governo mas tenho outro programa para o país”. Para ele, a “aposta de Eduardo Campos tem dois planos: um plano 2018 e o plano 2014, mesmo sendo mais remoto”. 
“O PPS já disse que o recebe, por considerá-lo uma das grandes lideranças que a esquerda democrática brasileira tem.” A frase foi a resposta do deputado federal Roberto Freire à pergunta se o ex-governador José Serra estaria prestes a desembarcar no seu partido. Porém, Freire diz não ter informações sobre uma eventual movimentação de Serra rumo ao PPS ou no sentido de, se sair do PSDB, disputar não a presidência da República, mas o governo de São Paulo. “Essa hipótese não tem, até porque o PPS está muito bem na aliança com o governador Geraldo Alckmin. O partido está no governo Alckmin e não tem nenhuma ideia de não continuar“As pessoas mais próximas ao Serra estavam no evento de São Paulo. O senador Aloysio [Nunes Ferreira], que fez um excepcional discurso no evento, o político mais importante e mais próximo ao Serra, que tem sido um grande parceiro. O [deputado federal] Mendes Thame estava lá, o [vereador] Andrea Matarazzo, todo o conjunto de pessoas mais próximas ao Serra do PSDB paulista. O espírito de todos é unidade”, diz Pestana. “O Serra vai voltar dos Estados Unidos e vai amadurecer o papel que ele quer ter nesse projeto.”O mineiro Marcus Pestana diz que a questão Serra está resolvida. Segundo ele, a principal mostra disso foi o congresso realizado pelo partido na segunda-feira, em São Paulo, quando o tucanato paulista recepcionou o quase certo candidato tucano à presidência Aécio Neves. 

Chip na barriga controla apetite e combate obesidade

Chip do Imperial College. Divulgação

Cientistas britânicos apresentaram em Londres um microchip "inteligente" desenvolvido para ser implantado no corpo humano com o objetivo de controlar o apetite e combater a obesidade.
Após testes satisfatórios nos laboratórios do Imperial College, os professores Chris Toumazou e Stephen Bloom anunciaram que os testes em animais estão prestes a começar. Testes em humanos são esperados em três anos.
O chip foi desenhado para ser implantado junto ao nervo vago (pneumogástrico), que regula o apetite e outras funções do organismos.
O circuito consiste em um "modulador inteligente" de poucos milímetros, implantado na cavidade peritoneal do abdome (na barriga). Ele será preso ao nervo vago por meio de eletrodos.
O chip e os eletrodos foram desenvolvidos para ler e processar estímulos elétricos e químicos do nervo que regulam o apetite.
Com base nos dados coletados, o chip poderá enviar estímulos elétricos ao cérebro, reduzindo o apetite.
"Será um controle do apetite, mais do que dizer: 'pare de comer de uma vez'. Então, talvez em ver de comer rápido, você coma mais devagar", explicou o professor Toumazou, em entrevista à BBC.
"Uma vez que o cérebro fica em alerta, ele receberá sinais similares àqueles recebidos do organismo após uma refeição, e esses sinais dizem para não comer mais, que os intestinos estão cheio de comida", explicou.
Segundo o professor Toumazou, o chip pode se tornar uma alternativa à cirurgia de redução do estômago, já que a nova técnica poderá controlar o apetite.
O fato de também identificar impulsos químicos deve tornar o chip mais efetivo, indicam os cientistas.
O projeto recebeu 7 milhões de euros do Conselho de Pesquisa Europeu.
O nervo também indica ao cérebro como outros sistemas do organismo estão operando.O nervo vago regula uma série de funções no organismo, como controlar a respiração, o ritmo cardíaco, a secreção de ácidos no sistema digestivo e a contração do intestino.
A equipe do Imperial College de Londres, no entanto, não é a única a pesquisar o tema.
A empresa de tecnologia médica EnteroMédics, dos Estados Unidos, criou um circuito que bloqueia o nervo para interromper estímulos de apetite.
Resultados dos primeiros testes do chip americano, que envolveram 239 pacientes, mostraram perda de até 20% do excesso de peso no corpo. A empresa, no entanto, disse que os resultados não foram tão bons quanto os esperados.
Outra empresa americana, a IntraPace, também desenvolveu técnica similar.

BBC Brasil


Acidentes em minas chinesas levam a centenas de mortos

china, minas


Dois acidentes em minas na China resultaram na morte de mais de 100 mineiros.

O primeiro acidente aconteceu numa mina de carvão no nordeste da província chinesa de Jilin. 28 pessoas foram mortas e mais 13 ficaram feridas na explosão de metano que ocorreu na noite para sábado quando na mina trabalhavam 41 pessoas.
Logo depois desse acidente, um outro teve lugar numa mina de ouro no Tibete chinês. Um deslizamento de terra levou a vida de 83 mineiros, atingindo um território de quase quatro quilômetros quadrados.
VOZ DA RÚSSIA