terça-feira, 2 de abril de 2013

'Vacina contra o cigarro' bloqueia a nicotina no cérebro de ratos


Foto: PA

Fumantes poderão um dia ser imunizados contra a nicotina para que deixem de sentir prazer com o hábito, segundo pesquisadores nos Estados Unidos.
Os especialistas do Weill Cornell Medical College, em Nova York, criaram uma vacina que leva o organismo do vacinado a produzir anticorpo que atacam a nicotina.
O estudo, feito com ratos de laboratório e publicado na revista científica Science Translational Medicine, mostrou que os índices da nicotina no cérebro dos animais foram reduzidos em 85% após a vacinação.
Serão necessários anos de pesquisa antes que a vacina possa ser testada em humanos. Entretanto, o coordenador do estudo, Ronald Crystal, está convencido de que haverá benefícios.
"Parece-nos que a melhor forma de tratar a dependência crônica por nicotina associada ao fumo é ter esses anticorpos fazendo patrulha, limpando o sangue antes que a nicotina possa ter qualquer efeito biológico", ele disse.

Nova abordagem

Outras "vacinas contra o fumo", que treinam o sistema imunológico para produzir anticorpos que se acoplam à nicotina, foram desenvolvidas no passado. Esse é o mesmo método usado em vacinações contra doenças.
O desafio até agora tem sido conseguir produzir anticorpos suficientes para impedir que a droga entre no cérebro e produza a sensação de prazer.
Os cientistas do Weill Cornell Medical College, no entanto, usaram um caminho completamente diferente: eles optaram por criar uma vacina baseada em terapia genética que, segundo eles, é mais promissora.
Um vírus geneticamente modificado contendo instruções para a fabricação de anticorpos de nicotina é usado para infectar o fígado do vacinado. Isso transforma o órgão em uma fábrica desses anticorpos.
Após receber injeções de nicotina, ratos que haviam sido imunizados apresentaram 85% menos nicotina em seus cérebros do que um outro grupo de ratos que não havia sido vacinado.
Não se sabe se isso pode ser repetido em humanos ou se esse índice de redução seria suficiente para ajudar fumantes a abandonar o hábito.
Crystal disse que se tal vacina puder ser criada, "as pessoas saberão que se começarem a fumar novamente, não vão sentir prazer devido à vacina contra a nicotina e isso pode ajudá-las a abandonar o hábito".
"Temos muita esperança de que esse tipo de estratégia (de desenvolvimento da) vacina possa finalmente ajudar milhões de fumantes que tentaram parar, tentaram todos os métodos existentes no mercado hoje, mas sentem que a dependência por nicotina é tão grande que acaba derrotando todas essas abordagens atuais."

'Impressionante'

Também há questões relacionadas à segurança de terapias genéticas em humanos que precisarão ser respondidas.
Darren Griffin, professor de genética da University of Kent, na Inglaterra, disse que os resultados do estudo são "impressionantes e intrigantes, com grande potencial", mas avisou que ainda há muitas questões que precisam ser resolvidas.
Para ele, a questão principal é saber "se os efeitos bioquímicos nos ratos de laboratório se traduziriam em uma dependência reduzida em humanos, uma vez que essas dependências podem ser tanto físicas como psicológicas".
Simon Waddington, do University College London, disse: "A tecnologia em que se baseia a terapia genética está melhorando o tempo todo e é animador ver esses resultados preliminares sugerindo que (a terapia genética) poderia ser usada para resolver o problema da dependência por nicotina".
Se tal vacina fosse criada, poderia haver também questões éticas. Por exemplo, em relação à vacinação de pessoas na infância, antes de que começassem a fumar.

BBC Brasil



Pesquisas apontam vantagem de Maduro sobre Capriles na campanha presidencial venezuelana







 
Há duas semanas para as eleições presidenciais de 14 de abril na Venezuela, institutos de pesquisa no país mostram números favoráveis ao presidente interino, Nicolás Maduro, candidato pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). A margem de vantagem de Maduro sobre o principal oposicionista, Enrique Capriles, da coalizão Mesa de Unidade Democrática (MUD) varia de 10,6 a 23 pontos percentuais.
Em sondagem divulgada hoje (1), pelo Grupo de Investigação Social Siglo 21 (GIS 21), Maduro tem 55,3% das intenções de voto e Capriles aparece com 44,7%. Em outra pesquisa feita pelo Instituto Venezuelano de Análise de Dados (Ivad), o candidato socialista aparece com 53,8% dos votos, com 23 pontos de vantagem sobre Capriles que registrou 30,8%.
O Ivad colheu 1.200 entrevistas entre 19 e 23 de março. Segundo o instituto, a vitória de Maduro é esperada por 64,4% dos venezuelanos. A pesquisa do GIS 21 foi feita em 24 estados e ouviu 1.500 pessoas entre 18 e 23 de março. Segundo o diretor do GIS 21, Jesse Chacón, 64% da população disseram estar interessados no processo eleitoral e 20% declararam ter pouco interesse na disputa.
O voto não é obrigatório na Venezuela. O país escolherá o substituto de Hugo Chávez em um único turno de votação. Chávez morreu no dia 5 de março de complicações causadas por um câncer na região pélvica.
De acordo com o cronograma oficial das eleições, a campanha eleitoral começará oficialmente amanhã (2) de abril. No entanto, os dois candidatos já estão em campanha . Eles têm viajado por diversas cidades do país e usam os meios de comunicação públicos e privados, com entrevistas e programas especiais, em busca do apoio popular.
Portal EBC

Hortas resistem na periferia e avançam sobre praças abandonadas de São Paulo


Hortas resistem na periferia e avançam sobre praças abandonadas de São Paulo
Mutirão em horta da zona oeste: vizinhos interagindo e conversando sobre o bairro (Foto: Ricardo Vicenzo/Divulgação)

 São Paulo tem onze milhões de habitantes, cinco linhas de metrô, sete milhões de automóveis, rios poluídos, favelas, avenidas largas, muita fumaça e uma quantidade imensurável de concreto. É a mais rude definição de cidade que o Brasil conseguiu produzir. Mas muitos paulistanos continuam vivendo em contato com a terra. E outros tantos se sustentam com o que plantam e colhem nos espaços ainda não colonizados pelo asfalto.
Mais de mil pessoas vivem da agricultura em São Paulo (Foto: Gerardo Lazzari/RBA)Embora não pareça, falar em agricultura dentro da maior metrópole da América do Sul é cada vez menos um paradoxo. Por isso, a Rede Brasil Atual dá início hoje (1º) a uma série de cinco reportagens sobre o tema. De acordo com levantamento da prefeitura, há mais de mil pequenos produtores rurais dentro dos limites de São Paulo. A esmagadora maioria se concentra no distrito de Parelheiros, extremo da zona sul. “Lá tem sido historicamente o cinturão verde da cidade”, lembra Tiago Janela, diretor do Departamento municipal de Agricultura e Abastecimento. “É um lugar que continua guardando muitas características do campo.” De fato, as regiões agrícolas de Parelheiros nem parecem cidade. As ruas são de terra e há árvores por todos os lados. O lugar é cortado por duas áreas de proteção ambiental e ladeada pelas represas Billings e Guarapiranga. Por ali, cultivar hortaliças e plantas ornamentais é coisa séria: a atividade alimenta famílias, abastece feiras nos bairros mais próximos, cria renda e empregos e evita que as reservas ecológicas deem lugar a condomínios de luxo. “Além de produzir alimentos, a agricultura é uma estratégia do poder público para conservar os mananciais que abastecem os reservatórios de água da cidade”, reconhece Janela.
Parelheiros e São Mateus podem ser vistos como espaços de resistência agrícola em São Paulo, mas há outras frentes de batalha no ataque – e estas se localizam nas áreas mais centrais da cidade, onde a disputa contra o concreto é mais evidente. Recentemente, vizinhos começaram a se organizar em bairros de classe média para retomar praças abandonadas pelo poder público e recuperar um contato com a terra há muito perdido por seus pais. Não querem matar a fome de ninguém. Veem nas hortas uma maneira de reunir gente que vive lado a lado mas sequer se conhece. Vencem as barreiras da falta de tempo utilizando massivamente as redes sociais da internet, por onde discutem e agendam mutirões. Em sua luta pelo verde, estão aliados com outros grupos urbanos, como os cicloativistas, e pretendem colaborar na construção de uma cidade que definem como “mais humana”. Algumas empresas entraram nessa onda.Algumas partes da zona leste de São Paulo também praticam agricultura pra valer. Mas, como o concreto já avançou bastante por lá, o jeito para seguir plantando e colhendo foi utilizar terrenos onde não é permitido construir. Embaixo de linhas de transmissão elétrica ou encima de oleodutos, pequenos agricultores vivem com a venda de hortaliças à vizinhança, sobretudo no bairro de São Mateus. Assim como ocorre em Parelheiros, contam com apoio da prefeitura e de ONGs dedicadas à segurança alimentar e à agroecologia. Cumprem uma dupla função para a comunidade: fazem uso “nobre” de pedaços de terra que serviam como depósito de entulho ou ponto de tráfico; e produzem verduras e legumes fresquinhos para a clientela dos arredores.
Um shopping na zona oeste viu nas hortas uma maneira simples de reciclar os restos da praça de alimentação e enquadrar-se no Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que obriga grandes empreendimentos a darem um fim sustentável a seu lixo. Na falta de espaço, a direção decidiu plantar no teto – que tem quase um hectare de área útil. A agricultura também se espalha por escolas, postos de saúde e terrenos particulares por toda a cidade. Cresce a cada dia. Mostra disso é a procura cada vez mais numerosa pelos cursos oferecidos pela Escola Municipal de Jardinagem, que funciona no Parque do Ibirapuera há 38 anos.
A Escola Municipal de Jardinagem oferece cursos de hortas, paisagismo, jardinagem e orquídeas – tudo grátis. Quem não mora em São Paulo ou não tem tempo de frequentar as aulas pode também pode aprender. Basta marcar um horário com um dos técnicos da escola ou mandar perguntas pela internet. “Até cartas já recebemos, inclusive do Nordeste.” Assucena acredita que o interesse crescente dos paulistanos pela terra deita raízes na produção industrial de alimentos. “Acho que perceberam o problema dos agrotóxicos e querem saber exatamente o que estão consumindo”, suspeita. “E também é super prazeroso comer o que você mesmo plantou.”“Começou para formar os jardineiros da prefeitura na década de 1970, depois passou a receber inscrições de senhoras interessadas em paisagismo e então se abriu para todos os interessados”, explica Assucena Tupiaçu, professora da escola. “De lá pra cá, o perfil dos alunos mudou muito. Tem gente que vem por indicação médica, em busca de terapia. Outros porque exercem profissões estressantes e querem uma válvula de escape. Há aposentados também.” Em comum, todos manifestam interesse em mexer com a terra – seja para cultivar os próprios temperos dentro do apartamento, para começar uma horta no quintal ou mesmo mudar de vida. “Já encontrei ex-alunos trabalhando com paisagismo no litoral norte, outros no Ceasa”, pontua. “Há muita gente no mercado.”
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Dieta rica em fibras diminui risco de AVC



Para cada 7 g do nutriente há redução de 7% da chance de ter o problema
 Um estudo desenvolvido por especialistas da University of Leeds, no Reino Unido, mostra que consumir alimentos ricos em fibras pode contribuir para a diminuição do risco de ter um AVC. A notícia é importante, sobretudo porque a maior parte da população brasileira apresenta baixos índices de ingestão do nutriente, de acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2011. Além disso, no Brasil, o AVC mata mais que o infarto: são mais de 100 mil pessoas por ano, segundo o Ministério da Saúde. A pesquisa será publicada na edição de maio do periódico médico Stroke.
Foram revisados oito grandes estudos sobre o assunto conduzidos nos Estados Unidos, no Japão e na Austrália e publicados entre 1990 e 2012. O objetivo era descobrir a influência do nutriente sobre os principais fatores de risco do AVC, como a hipertensão e o colesterol alto. O AVC ocorre quando um coágulo bloqueia o fluxo normal de sangue de um vaso até o cérebro ou quando há sangramento dos vasos nesse órgão.
Os resultados mostraram que para cada aumento de 7 g no consumo diário de fibras, há redução de 7% do risco de sofrer um AVC. Vale lembrar, entretanto, que nutricionistas recomendam de 25 a 30 gramas de fibras por dia. A meta, segundo os autores, poderia ser alcançada optando por massas integrais, verduras ou frutas in natura.
Assim, é importante entender que incluir fibras na alimentação não significa mudar completamente a rotina, mas saber fazer trocas inteligentes. Não é recomendável também abolir alimentos refinados do dia a dia. Quando se fala em dieta, o importante é manter o equilíbrio.
WSCOM

Integrante da pastoral evangélica é preso com arma dentro de cadeia na Paraíba

Objetos encontrados com o acusado

O integrante da pastoral evangélica, Sebastião Coelho de Santana, foi preso neste domingo (31), quando se preparava para um culto evangélico dentro da cadeia pública da cidade de Pombal, no Sertão paraibano. Ele estava portando arma branca, objetos cortantes e dinheiro que seriam entregues aos detentos para um possível plano de fuga, conforme informou a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado (Seap).
Segundo informações da Seap, um grupo de religioso estava na cadeia para a realização de um culto evangélico quando os agentes penitenciários perceberam que Sebastião Coelho apresentava sinais de nervosismo.
Durante a abordagem e em uma revista minuciosa no suspeito, os agentes encontraram 1 canivete, 2 objetos cortantes, 1 tesoura e R$ 660 em espécie.
A Seap revelou que além do terno, o acusado estava vestido com 6 camisas e 5 shorts. A Secretaria de Administração Penitenciária informou que no local, os apenados usam uniforme padrão e é proibida a entrada de roupas convencionais.
Os agentes acreditam que o material seria utilizado em uma possível fuga. Sebastião Coelho foi encaminhado para a Delegacia da Polícia Civil de Pombal e deverá ser encaminhado para o presídio. Segundo a Seap, já são mais de 60 pessoas presas em flagrante no Estado dentro ou tentando entrar com objetos ilícitos no Sistema Prisional da Paraíba.
Como forma de limitar e ordenar o acesso aos estabelecimentos prisionais do Estado, o secretário de Administração Penitenciária, Walber Virgolino, baixou uma portaria em março deste ano, que limita membros de entidades de assistência religiosas aos presídios paraibanos.
Pela nova portaria, o acesso será permitido após a revista de objetos pessoais, materiais e mercadorias que sejam conduzidas pelos religiosos. Os horários de acesso também ficam limitados. O número de representantes por agremiação religiosa também fica limitado a cinco pessoas. Mesmo assim, precisam estar previamente cadastradas, com pelo menos 15 dias de antecedência.
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Minas Gerais tem 38 mil casos de dengue confirmados até março



Minas Gerais tem cerca de 38 mil casos de dengue confirmados, de acordo com atual resumo informativo divulgado pela Secretaria de Saúde do estado, com dados registrados de janeiro ao dia 27 de março. Desse total, 37.733 são da forma clássica da doença.
Os municípios de Veríssimo, Ibiaí, Deresópolis e Lassance lideram a lista das 30 localidades com maior incidência de notificações neste ano, com um total de 29.018 casos. Nas últimas quatro semanas, as notificação já passam de 13 mil.
Outros estados também estão sofrendo com a epidemia. As notificações em Mato Grosso da primeira à 12ª semana de 2013 são maiores que o dobro do total do mesmo período do ano passado: 24 mil, de acordo com o Sistema de Notificação de Agravos de Notificação - Sinan. No Paraná, são mais de 14 mil casos.
Segundo a Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, há epidemia em quase metade dos municípios. Mais de 69 mil casos foram notificados de 1º de janeiro a 23 de março deste ano. Em Goiás, são mais de 84 mil casos no período de 30 de dezembro de 2012 a 23 de março de 2013, sendo que a capital lidera, com 39.673. O Ministério da Saúde informou que aguarda dados sobre a situação da dengue em cada estado para traçar um quadro do país.
Agência Brasil

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Papa pede paz mundial em sua mensagem de Páscoa

 
O papa Francisco fez neste domingo sua primeira celebração de uma das datas mais importantes para a Igreja Católica, a Páscoa. A cerimônia foi marcada pelo pedido de paz mundial durante uma missa que contou com 250 mil pessoas na Praça de São Pedro, segundo levantamento do Vaticano.
Com palavras eloquentes em sua mensagem de Páscoa, Francisco lamentou o endurecimento de conflitos no Oriente Médio, na península da Coreia e em outras partes do mundo, e lembrou das pessoas necessitadas. Com gestos físicos, ele ilustrou a marca de servidão de seu papado, ao embalar uma criança deficiente que se estendeu para ele no meio da multidão e ao aceitar um presente surpresa.
Um admirador tanto do papa quando do time favorito de futebol do papa, o Saints de San Lorenzo (time argentino), insistiu que o Francisco aceitasse uma camiseta - "pegue, vamos lá, fique com ela", disse o homem que parecia falar com o papa. Finalmente, Francisco agradeceu feliz a camiseta segurando-a enquanto a população se manifestava num gesto de aprovação. Ele entregou o presente para um assessor sentado no banco da frente do papamóvel, enquanto continuava em seu passeio pela multidão.
Em um momento comovente, Francisco embalou e beijou um menino com deficiência física que passou por ele e se esticou para conseguir alcançá-lo.
Francisco colocou os pobres e os sofredores no centro de sua mensagem e seu discurso de Páscoa foi direcionado à Paz e à Justiça Social. O papa falou da sacada central da Basílica de São Pedro, do mesmo lugar em que foi anunciado como o primeiro papa latino americano, no dia 13 de março.
O líder católico direcionou seus cumprimentos de Páscoa a "cada casa e cada família, especialmente naquelas onde o sofrimento é maior, em hospitais e em prisões." Francisco rezou para que Jesus inspire as pessoas " a transformarem ódio em amor, vingança em perdão e guerra em paz".
Assim como fizeram papas anteriores, ele pediu que israelenses e palestinos cheguem a um acordo de paz e ponham fim ao conflito que "já durou o bastante". Ao refletir sobre o conflito sírio, que já dura dois anos, Francisco perguntou: "Quando sofrimento ainda haverá antes de uma solução política?"
O papa também expressou seu desejo por um "espírito de reconciliação" na península da Coreia, onde a Coreia do Norte diz ter entrado "num estado de guerra" com a Coreia do Sul. Ele também denunciou a guerra e o terrorismo na África, o que chamou de a forma mais extensiva de escravidão do século XXI: o tráfico humano. Francisco aconselhou as pessoas a deixarem o amor transformar suas vidas, ou como ele disse, "deixar os lugares desertos dos corações florirem".
O Vaticano preparou uma lista de cumprimentos de Páscoa em 65 línguas, mas Francisco não os leu. O Vaticano não disse o porquê, mas disse que o novo papa, pelo menos até agora, sente-se à vontade falando italiano, a língua do dia-a-dia da Santa Sé.
Em outra ruptura com a tradição de Páscoa, Francisco não vai partir para um descanso pós-feriado no palácio de verão do Vaticano, em Castel Gangolfo, nas montanhas no sudeste de Roma. O local está ocupado por seu antecessor, Bento XVI, desde suas últimas horas de papado, no dia 28 de fevereiro. Bento tornou-se o primeiro papa em 600 anos a renunciar seu cargo.
Francisco também negou-se a mudar para o apartamento do ex-papa, no Palácio Apostólico, que tem vista para a Praça de São Pedro. Ele ainda está no hotel do Vaticano, onde esteve no começo do mês com outros cardeais participando do conclave que o elegeu papa. Num momento em que começa a deixar sua marca na igreja, ele tem pouco interesse de abraçar muito da pompa comumente associada ao escritório. As informações são da Associated Press.

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