sexta-feira, 19 de abril de 2013
O preconceito de Neymar com os “PARAÍBA”
Teria acontecido durante o jogo de quarta-feira entre Santos e Flamengo-PI, na Vila Belmiro: revoltado com a forte marcação que recebia, Neymar passou a xingar os jogadores piauienses de “paraíba” e de “morta-fome”.
Fez lembrar Edmundo, em 1997, quando o Vasco enfrentava o América-RN, em Natal. Após tomar o segundo cartão amarelo e ser expulso pelo juiz Dacildo Mourão, que era cearense, o craque Edmundo deu essa infeliz declaração:
“A gente vem na Paraíba e põem um ‘paraíba’ pra apitar? Só pode prejudicar a gente”. Para completar a noite infeliz, Edmundo ainda afirmou que os cariocas não entendem de geografia e são preconceituosos: “Lá no Rio, tudo mundo que é do Norte nós chamamos de ‘paraíba’, não foi para agredir ninguém…”
A propósito de preconceito no mundo do futebol, publiquei ontem aqui o desabafo de um leitor paraguaio que ficou furioso com a expressão “cavalo paraguaio”. No fundo ele tem razão de sentir-se ofendido. Assim como os nordestinos (especialmente os paraibanos) não podem achar a menor graça em Neymar e Edmundo.
Neymar não foi irônico com beque inglês Joey Barton (nem sequer respondeu) que o comparou a Justin Bieber e disse que ele só brilhava na “Liga da Selva”, ou seja, no Brasil. Por que essa valentia e esse preconceito agora só com os “paraiba”?
O técnico do Flamengo-PI, Josué Teixeira, foi mais além e lembrou uma famosa profecia sobre Neymar:
“Renê Simões já disse que estamos criando um monstro. Eu acho que o monstro está criando forma”, disse.
E complementou: “Estou preocupado com a seleção brasileira, porque a Seleção não vai jogar na Vila Belmiro e Neymar disse que é na Vila que o bicho pega. Acho que Neymar vai se perder. Os grandes jogadores mantiveram a postura profissional durante toda a carreira. O Neymar não faz isso. Ele não tem respeito pelo adversário. Não tem nada que chamar os adversários de ‘paraíba’”.
Já o zagueiro Niel, do Fla-PI, resolveu aproveitar para dar um alerta:
“Enquanto o jogo estava 0 a 0, Neymar não deu um passe de letra e nem fez gracinha. Mas o nosso time foi honesto. O problema é que um dia alguém pode fazer uma besteira. Hoje ele está bem, mas amanhã pode estar chorando”.
Fonte: BLOG DO MARCONDES BRITO.
Vilarejo entre Honduras e El Salvador vive situação de abandono e indefinição
O vilarejo de La Nahuaterique tinha uma situação indefinida até 1992.
O local, na fronteira entre El Salvador e Honduras, foi disputado pelos dois países em uma guerra que durou apenas quatro dias. Em 1992, a Corte Internacional de Justiça determinou que o vilarejo era de Honduras.
No entanto, 22 anos depois, há poucos sinais da presença do governo hondurenho em La Nahuaterique.
"Ali é El Salvador", disse Marcos Argueta, subindo ao ponto mais alto do vilarejo e apontando para o topo enevoado de um vulcão.
"E ali, onde estão as lavouras de milho, é Honduras. De certa forma, não estamos nem aqui nem ali. Fomos abandonados pelos dois (países)", afirma o morador de La Nahuaterique que também é um líder comunitário muitas vezes procurado por outros moradores para resolver problemas.
A guerra de quatro dias entre os países ocorreu em 1969, em parte devido ao fato de que a população de El Salvador tinha invadido e construído casas em terras que o governo de Honduras afirmava que eram suas, em uma área indefinida da fronteira.
Há 22 anos foi determinado que o vilarejo pertencia a Honduras. Mas, hoje, ele é o lar de 6,5 mil salvadorenhos.
Os moradores não participam da vida política de Honduras, não são parte de nenhum distrito eleitoral parlamentar, e a polícia nunca aparece em La Nahuaterique.
Viagens
Professores vêm de uma cidade hondurenha, Marcala, a 32 quilômetros de distância. O padre também e ele aparece no vilarejo ocasionalmente.
Para muitos serviços básicos, os moradores precisam fazer uma viagem de 12 quilômetros para El Salvador.
"Muitas pessoas não queriam ser hondurenhas, mas elas não podem sair daqui pois não têm terras em nenhum outro lugar. Todos nós pensamos: 'pelo menos Honduras virá e cuidará de nós'", afirmou Argueta.
"Há problemas graves com a segurança. Qualquer um pode entrar (no vilarejo), traficantes de drogas, criminosos", acrescentou.
Os postos de fiscalização dos militares estão instalados em estradas esburacadas e sem asfalto, e fiscalizam apenas o tráfico de madeira ilegal. O fornecimento de madeira para El Salvador era o principal negócio na região até que a fronteira foi definida e a lei hondurenha proibiu a prática.
Outro problema de infraestrutura está ligado à saúde. Se os moradores precisam de um médico, precisam viajar 20 quilômetros, muitas vezes caminhando, pela fronteira, até chegar a Perquin, Morazán.
E, nesta região, as altitudes variam entre 1,2 mil e 1,7 mil metros acima do mar.
"No inverno, as estradas ficam difíceis. (Uma viagem) pode levar duas ou três horas. Se uma mulher tem algum problema durante a gravidez, pode ser muito perigoso. Mulheres e bebês morreram tentando chegar a um médico", contou Argueta.
É preciso fazer a mesma jornada para ir ao banco e cerca de um terço da população local depende do dinheiro que recebe de familiares que estão nos Estados Unidos.
A escola secundária, para aqueles que podem pagar, também fica em El Salvador.
"Eles têm uma saúde pública e educação melhores lá. Eles são recebidos de braços abertos. Em seu próprio país (Honduras) as pessoas se sentem como imigrantes, estrangeiros", afirma Jose Ramos, da organização de caridade Progressio Latina.
Gás, rádio e celular
Algumas partes de La Nahuaterique recebem energia elétrica da rede hondurenha. Mas o gás propano é comprado, em sua maior parte, de El Salvador, a maioria das pessoas escuta rádios salvadorenhas e aqueles que têm um celular conseguem um sinal mais forte vindo de El Salvador.
Em termos de futebol a cidade também está dividida. Alguns torcem para a Seleção de El Salvador, outros para a seleção de Honduras e ainda há um terceiro grupo que se recusa a escolher entre os dois.
Os dois governos assinaram um acordo em 1998 pelo qual os salvadorenhos no lado hondurenho da fronteira e os hondurenhos do lado de El Salvador poderiam obter a cidadania dupla.
Mas, depois de 15 anos, mais de mil salvadorenhos em La Nahuaterique ainda aguardam a cidadania hondurenha. Sem ela, eles não podem trabalhar para o governo, receber pagamentos de aposentadoria, pegar um empréstimo e nem conseguir a carteira de motorista.
Tecnicamente, os que têm a cidadania podem votar, mas não para um membro do Parlamento, apenas para um partido (parte do Parlamento de Honduras é eleito por representação proporcional).
Na prática, os partidos hondurenhos não fazem campanha em La Nahuaterique e apenas uma parte dos moradores se dá ao trabalho de viajar até a zona eleitoral da cidade de Santa Elena.
Integração
O vilarejo tem cerca de um século de idade e foi criado como uma resposta à falta de terras em El Salvador, um país que tem apenas um quinto do tamanho de Honduras mas conta com uma população muito maior.
A maior parte da zona rural do país era de propriedade de latifundiários, o que levou os camponeses a irem para áreas mais afastadas na fronteira e transformar estas regiões em áreas agrícolas. A maioria deles ainda trabalha no campo, cultivando milho, café e feijão.
Nos últimos anos foram tomadas algumas medidas para tirar os moradores de La Nahuaterique do limbo. Em 2010, apenas 200 pessoas tinham a cidadania hondurenha, mas o número já aumentou para 5 mil.
Agora, também há propostas para integrar ainda mais o vilarejo ao sistema administrativo de Honduras: uma é dividir La Nahuaterique entre dois municípios vizinhos ou transformar o vilarejo em um município independente.
Para José Ramos, a divisão seria desastrosa já que os prefeitos dos municípios vizinhos não são simpáticos aos salvadorenhos, vendo-os mais como estrangeiros.
"Se transformar em um município é o único caminho para eles se sentirem verdadeiramente aceitos", disse.
BBC Brasil
Grupo Saphyr anuncia novo shopping em Campina Grande
Nesta quinta-feira (18), aconteceu na sede da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba – Fiep, o lançamento do Shopping do Grupo Saphyr, grupo carioca integrante de empreendimentos como Shopping Center Recife, entre outros.
De acordo com informações do Grupo Felinto, parceiro do Grupo Saphyr, em Campina Grande, trata-se de um empreendimento multiuso que, em uma área bruta locável de 3.000 m², abrigará torres residenciais, hotel, centro médico, além disso o novo shopping de Campina terá estacionamento para 1.500 vagas. “Considero uma nova e excelente opção que virá à Campina Grande, para tornar a vida dos campinenses mais fácil”, afirma do diretor presidente do Grupo Felinto, Péricles Felinto.
O lançamento do Shopping do Grupo Saphyr, que será construído entre as ruas Assis Chateaubriand e Pedro Leal, no bairro Liberdade, contará com a presença do Prefeito Romero Rodrigues, do presidente da Fiep, Buega Gadelha, secretários municipais, além de representantes da Associação Comercial, do Clube de Diretores Lojistas – CDL, entre outros convidados.
O Grupo Saphyr já atuou em mais de 30 projetos e shoppings no Brasil, somando mais de 1 milhão de m² de ABL (Área Bruta Locável), seja na concepção do planejamento do empreendimento, em seu desenvolvimento, na comercialização, expansões e/ou na administração.
Com foco no desenvolvimento de novos empreendimentos e diferentes formatos de varejo, atualmente a Saphyr tem mais de oito negócios em estudo pelo Brasil, alguns já em fase avançada de planejamento e negociação, como é o caso de Campina Grande.
Fonte Paraíba Total
Latifúndios pagam apenas 0,04% do total de impostos do país
Com tributações desatualizadas e reduzidas, os latifúndios pagaram em 2011 apenas 0,04% de todos os impostos arrecadados pela União (governo federal, estados e municípios), segundo cálculo do Dieese publicado na cartilha 10 Ideias para uma Tributação mais Justa, lançada este mês, em São Paulo. O Dieese ainda não tem os dados fechados de 2012, mas já sabe que, em relação à arrecadação federal (R$ 992 bilhões), os grande proprietários arcaram com menos de 0,07%.
“Além de os impostos serem baixos, o problema é reforçado porque os latifundiários designam grandes extensões das suas propriedades como área de conservação, que não são oneradas”, explica o responsável pela publicação, Clóvis Scherer. Em 2012, o agronegócio faturou R$ 357,3 bilhões, 8,7% a mais do que em 2011, segundo a CNA (Confederação Nacional da Agricultura), e pagou cerca de R$ 670 milhões em impostos.
As propriedades com mais de mil hectares, ou 10 milhões de metros quadrados, representam apenas 0,92% dos estabelecimentos agropecuários do país. Em contrapartida, correspondem a 45% da área total das propriedades rurais, de acordo com o Censo Agropecuário do IBGE, de 2006. “O ideal seria que o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) fosse menor para os pequenos produtores ou para os voltados exclusivamente para produção de alimentos”, sugere Scherer.
O deputado federal Julio César (PSD), membro da Comissão da Agricultura da Câmara e integrante da Frente Parlamentar Agropecuária, concorda que os impostos sobre a terra são baixos. “É difícil atualizar as propriedades, como acontece todos os anos, com o IPTU. O ideal seria que o município, que está mais próximo, cadastrasse as propriedades e fizesse a atualização”, sugere.
O professor de geografia agrária da Universidade de São Paulo (USP) Ariovaldo Umbelino afirma que, em geral, os pequenos produtores se preocupam mais em pagar os impostos, mesmo sendo posseiros e a terra sendo pública. “Isso porque o imposto comprova que eles têm a posse e que estão produzindo”, explica. “Os grandes sabem que não vão ser penalizados. O imposto territorial é baixíssimo e o governo nunca usou dos mecanismos que a lei permite para cobrar dívidas e expropriar terras.”
“O Brasil é governado pelas elites latifundiárias e elas não têm interesse em tributar a terra”, avalia o professor. “Proporcionalmente, pagam mais impostos os brasileiros que ganham menos, porque nosso sistema tributário está montado em cima da tributação do consumo. Nos Estados Unidos, por exemplo, o que é tributado é a renda. Aqui quem tem renda não paga.”
Outro fator que dificulta a cobrança de impostos, segundo Umbelino, é a falta de documentação das grandes propriedades de terra. “A maior parte das terras é grilada, não tem documento e não precisa pagar impostos. Elas não existem para o fim de legislação. Nenhum estado brasileiro fez o levantamento das terras públicas devolutas e elas acabam ficando sob controle de fazendeiros”, diz.
“Nem o Incra, nem órgãos estaduais de terra, nem cartórios são capazes de dizer quem é dono do quê. Isso sem falar nas propriedades que os juízes autorizaram a titulação, digamos, por desconhecimento da lei”, critica. “É anticonstitucional um juiz dar usucapião a uma terra pública. Porém, eles se baseiam apenas no Código Civil, que de fato garante a posse para o posseiro, que nunca teve terra nenhuma.”
Improdutividade e tributos
A baixa tributação das terras favorece a manutenção de latifúndios improdutivos para especulação, de acordo com Umbelino. “A terra no Brasil não é apropriada para a produção. Ela é usada como reserva patrimonial, como garantia para conseguir crédito no sistema financeiro. Por isso, as grandes empresas procuram ter terras”, afirma.
Em 2006, 48,37% dos 5.175.636 estabelecimentos agropecuários do país eram utilizados para lavouras (permanentes e temporárias), forrageiras, cultivo de flores, pastagens e sistemas agroflorestais, segundo o Censo Agropecuário do IBGE. O restante é composto por áreas de pastagens degradadas e naturais, matas e florestas para preservação, áreas alagadas, benfeitorias e terras degradadas ou inaproveitáveis para o cultivo. Não há dados específicos sobre terras improdutivas.
O deputado federal Nelson Padovani (PSC-PR), integrante da Comissão de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, avalia que o imposto sobre a terra e sobre o produtor rural é muito elevado. “A produção agrícola é insegura. Com secas ou geadas, o produtor perde em uma madrugada tudo o que investiu, e não há um fundo nacional para protegê-lo. Grande parte dos agricultores paga para produzir”, diz.
Padovani discorda da proposta de onerar mais os grandes produtores para reduzir as alíquotas sobre os pequenos. “Todos nós estamos sujeitos à mesma insegurança e já temos uma série de outros impostos sobre a produção. Sou contra qualquer imposto aplicado sobre produtores, grandes ou pequenos. As empresas são beneficiadas pelo governo com uma série desonerações. Nós não.”
Scherer discorda. “Se um industrial ou um comerciante urbano paga IPTU e todos os outros impostos sobre os lucros e trabalhadores, os produtores rurais também devem pagar pela terra. O que precisa ser revisto é o percentual reduzido que os grandes pagam”, diz.
Rede Brasil Atual
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Gosto de cerveja 'faz homem querer mais'
Um novo estudo feito por cientistas americanos indica que basta que os homens tomem uma quantidade pequena de cerveja para que seus cérebros sejam estimulados e eles queiram beber mais, mesmo antes de começarem a sentir os efeitos normais do álcool.
De acordo com a pesquisa, feita com 49 homens pela Escola de Medicina da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, o gosto de cerveja libera no cérebro a dopamina, neurotransmissor responsável pela sensação de recompensa.
Os resultados, divulgados pela publicação científicaNeuropsychopharmacology, também revelaram uma maior sensação de prazer em pessoas com um histórico de alcoolismo na família.
Os homens que participaram do estudo foram submetidos a exames de tomografia computadorizada enquanto sprays com pequenas quantidades de diferentes bebidas eram borrifados em suas bocas.
Os pesquisadores compararam os efeitos dos sprays de água, uma bebida isotônica esportiva e a cerveja preferida do participante. Cada um recebeu um total de 15 mililitros de líquido – quantidade, no caso da cerveja, insuficiente para causar os efeitos inebriantes do álcool.
Os resultados indicaram que uma quantia maior de dopamina foi liberada no cérebro após o spray de cerveja e que, após esse spray, os homens tinham uma propensão maior a dizer que queriam tomar uma bebida alcoólica.
Alcoolismo
"Nós acreditamos que este seja o primeiro experimento em humanos a mostrar que o gosto da bebida alcóolica por si só, sem nenhum efeito narcotizante do álcool, pode desencadear esta atividade de dopamina nos centros de recompensa do cérebro", explica David Kareken, um dos cientistas envolvidos no estudo.
Ele sugeriu que a presença de efeitos maiores em homens com um histórico de alcoolismo na família poderia ser um fator de risco para o alcoolismo herdado dos pais.
Dai Stephens, da Universidade de Sussex, na Grã-Bretanha, diz que os dados encontrados já eram esperados.
"Estes resultados, embora tenham sido muito bem trabalhados e sejam uma primeira demonstração convincente em humanos de que o gosto de uma bebida tem tais efeitos no cérebro, não são particularmente surpreendentes, já que sabemos há algum tempo de estudos com animais que os eventos condicionados à ingestão de drogas aumentam o nível de dopamina", avalia.
No entanto, Stephens concorda que o componente do alcoolismo familiar é surpreendente e questionou se isto "está relacionado ao desenvolvimento do vício em álcool ou talvez em outras drogas".
Peter Anderson, pesquisador da área de abuso de drogas na Universidade de Newcastle, na Grã-Bretanha, ressalta que o efeito do gosto da bebida descrito no estudo já era esperado.
"Sabe-se que todos os tipos de 'pistas', incluindo o gosto, cheiro, imagens e hábitos, aumentam o desejo de beber. Este trabalho demonstra que o gosto por si só tem impacto nas funções cerebrais associadas ao desejo", analisa.
BBC Brasil
Caprinos supririam déficit de aleitamento materno
Pesquisadores brasileiros no Ceará, em parceria com cientistas da Universidade da Califórnia em Davis, nos Estados Unidos, estão desenvolvendo cabras geneticamente modificadas com genes humanos, capazes de produzir um leite mais rico em proteínas que combatem a diarreia infantil - um grave problema de saúde pública na região.
O correto seria que as crianças recebessem essas proteínas pelo leite materno, mas a taxa de amamentação na região é extremamente baixa. Mesmo na região metropolitana de Fortaleza, segundo Lima, o período médio de aleitamento materno é de um mês. Na teoria, o ideal seria aumentar o tempo de aleitamento, mas, na prática, é uma mudança cultural drástica, muito difícil de ser implementada, avalia Lima.
O leite enriquecido poderia ser consumido diretamente, com a introdução de cabras transgênicas nos rebanhos, ou as proteínas poderiam ser purificadas e adicionadas ao leite em pó para distribuição. O mais fácil seria que elas já estivessem no leite, avalia Lima.
É uma coisa horrível, que nos impactou muito quando chegamos aqui, conta a pesquisadora Luciana Bertolini, que se mudou de Santa Catarina para Fortaleza com o marido especificamente para este projeto. A criança entra num ciclo de desnutrição e diarreias consecutivas do qual não consegue sair. Uma criança dessas nunca vai ter as mesmas oportunidades na vida que uma outra saudável.
WSCOM Online
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