domingo, 21 de abril de 2013

Embrapa busca clonagem inédita de animais ameaçados de extinção no Brasil


Lobo-guará (Foto: Ltshears/Wiki Commons)A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária(Embrapa) planeja trabalhar na clonagem de espécies ameaçadas de extinção no Brasil, de animais como lobo-guará, onça pintada e veado catingueiro.
O projeto ainda depende da aprovação do departamento jurídico da Embrapa e não tem prazo de conclusão. Mas, se bem-sucedido, pode resultar na primeira clonagem de um animal silvestre no país.
A iniciativa é feita em parceria com o Jardim Zoológico de Brasília, que será o destino final dos animais clonados.
"Há dois anos, coletamos material genético de animais mortos (na região do Cerrado), por exemplo, em acidentes rodoviários ou em zoológico", explicou à BBC Brasil o pesquisador do Embrapa Carlos Frederico Martins.
"Agora, surgiu a ideia de uma nova parceria, ainda não pronta, de coletar material não apenas do Cerrado, mas também de animais vivos de outros biomas e faunas exóticas para inseminação artificial e clonagem."
Uma das técnicas a serem usadas é a semelhante à da ovelha Dolly. "Trata-se da técnica de transferência de núcleos. Retiramos o núcleo do ovócito (célula que dá origem ao óvulo) e o substituímos pela célula do indivíduo a ser clonado, do qual temos material genético", diz o pesquisador, que é médico veterinário com mestrado em reprodução animal.
A Embrapa tem um banco de 420 amostras de oito espécies de animais. Concluída a aprovação em seu departamento jurídico, ainda buscará o aval do Ibama para usá-las.
Martins não arrisca estabelecer um prazo para concluir a primeira clonagem, mas prevê anos de pesquisa.
"Já temos a tecnologia para fazer a clonagem de bovinos. Agora, queremos transferi-la para a clonagem de animais silvestres, estudando-a em animais nas quais ela nunca foi usada", prossegue. "Mas, mesmo em bovinos, é uma técnica ainda ineficiente às vezes, então, temos que ir devagar. Conhecemos pouco (da aplicação desses métodos) em espécies selvagens, então, isso pode demorar um pouco."
Serão estudadas espécies que não necessariamente correm risco iminente de extinção, mas cuja população tem diminuído. Futuros animais clonados seriam mantidos no zoo, onde seriam estudados e usados para a reposição natural de animais que morram.
Segundo o pesquisador, os animais clonados não estariam aptos para viver na natureza selvagem, e a Embrapa não teria como monitorá-los.
O Jardim Zoológico de Brasília, por sua vez, criará um laboratório para dar prosseguimento aos estudos da Embrapa. Ambas as instituições captarão recursos para o projeto, mas Martins ainda não sabe estimar quanto custará a clonagem.
"A clonagem de um bovino pode custar de R$ 30 mil a 50 mil, mas não sabemos se esses valores serão os mesmos para animais silvestres."
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Síndrome de alienação parental pode levar criança à depressão



Especialistas tiram dúvidas sobre o problema e falam das consequências para os filhos

 Um divórcio não é uma situação fácil para nenhuma família. Sempre há um pai que se ressente com a situação ou crianças que nem sempre entendem bem o que está acontecendo. Por mais que as separações tenham se tornado cada vez mais comuns - as taxas de divórcio subiram 45,6% de 2010 para 2011, de acordo com o IBGE - e os pequenos a cada dia consigam conviver bem com a ideia de ter duas casas, algumas vezes a situação pode trazer complicações para o bem-estar dos filhos, principalmente de acordo com a reação dos pais à situação. É o caso de um quadro chamado Síndrome da Alienação Parental, que caiu na boca do povo graças à novela Salve Jorge, no ar às 21:00 h na Rede Globo, com o divórcio dos personagens de Letícia Spiler e Caco Ciocler.
"Essa alienação consiste em um processo em que um dos cônjuges prepara a criança para que ela não aceite mais o outro", explica a psicanalista Priscila Gasparini, da Universidade de São Paulo (USP). Normalmente, um dos pais que não está satisfeito com o divórcio começa a "envenenar" a relação do filho com o outro genitor, falando mal de seu antigo parceiro, expondo de forma ruim o que aconteceu ou mesmo inventando mentiras.
É mais fácil que isso seja feito pelo pai que detém a guarda da criança, até porque ele paralelamente pode impedir que o ex-cônjuge tenha acesso ao filho, inclusive. Como as guardas ficam na maior parte das vezes com a mãe, 90% dos genitores alienantes são mulheres, de acordo com a psicanalista. "Mas só se caracteriza a síndrome quando a criança passa a acreditar no que está sendo dito e se volta contra seu pai ou sua mãe", resume o pediatra Marcelo Reibscheid, médico do Hospital e Maternidade São Luiz e criador do portal Pediatria em Foco.
Muitas vezes, não é preciso que apenas um dos pais fale mal do outro: tios, avós e outras pessoas que sejam importantes para a criança e endossem esse comportamento podem agravar a situação e o afastamento. O problema é que além de desgastar a relação entre pai e filho, essas atitudes de um dos genitores podem causar problemas e sequelas para a criança. Para entender um pouco mais as dimensões da alienação parental, os especialistas nos esclareceram algumas dúvidas sobre o tema.
Como o pai excluído pode detectar a síndrome?
A primeira reação da criança que está sofrendo com a síndrome de alienação parental vai ser se afastar do outro genitor. "Ela não quer mais ver o pai, fica receosa em cruzar com ele ou ela, se afasta e não cria vínculos, não se sente mais a vontade na presença daquela pessoa, pois é passado para ela que seu pai é alguém malvado", descreve o pediatra Marcelo Reibscheid, do Hospital e Maternidade São Luiz. Conforme o pai for percebendo o afastamento, ele pode então pensar em que atitude tomar quanto a isso.
O que fazer para parar com o processo?
Em primeiro lugar, deve-se conversar com seu ex-cônjuge para tentar entender melhor o que está acontecendo e o que o motiva a ter esse tipo de atitude, pedindo para que ele pare. Caso isso não dê resultado, existem providências legais que o pai excluído pode tomar. "Ele deve entrar em contato com um advogado, para evitar perder o vínculo judicialmente, e aproveitar esse tempo para conversar com a criança e trabalhar isso", frisa a psicanalista Priscila Gasparini. Em muitos casos, se for dada a entrada em um processo alegando alienação parental e isso for confirmado por laudo de um psicólogo, o genitor alienante pode perder a guarda da criança, que será passada ao outro pai ou aos avós, caso a relação entre pai e filho esteja muito desgastada.
Como é possível se reaproximar do filho?
Em casos mais leves ou quando as mentiras estão bem no começo, o pai pode explicar seu lado para a criança. Quando o vínculo anterior entre eles era bem forte, o filho tende a sondar e até mesmo perguntar diretamente ao pai se a informação passada para ele é verdadeira. É importante também que ele reforce a aproximação, e existem diversas formas de fazer isso. "Pode-se buscar a criança para passear, participar da vida dela, fazerem juntos algum projeto da escola, por exemplo. Tudo isso é benéfico para a criança ver que ele se interessa pelo mundo dela", lista a psicanalista Priscila.
Por outro lado, algumas atitudes do pai excluído podem aumentar ainda mais o afastamento. "Começar a bater boca com o outro cônjuge em frente à criança e ter reações agressivas pode atrapalhar, pois confirmam as acusações feitas pelo outro", adverte o pediatra Marcelo. Colocar outras pessoas nesses momentos iniciais de recriação do vínculo também pode atrapalhar, afinal esse momento precisa ser primeiro do pai com o filho. Um exemplo são homens que querem apresentar sua nova namorada para as crianças, mas a mãe pode estar falando mal de ambos para elas, dizendo que ela "roubou o papai de nós".
Que consequências isso traz para a criança?
São diversos os malefícios que isso pode causar no pequeno. "Os pais normalmente são heróis para criança, e nessa situação eles perdem uma de suas referências e modelos", assinala o pediatra Marcelo. A criança certamente ficará triste com a situação e decepcionada, até tem maiores chances de desenvolver quadros de doenças emocionais no futuro. "O que eu mais percebo durante a infância ainda é o desenvolvimento de quadros depressivos ou de ansiedade, ou até mesmo o agravamento de Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)", exemplifica o especialista. Mesmo na idade adulta, elas têm maiores riscos de apresentarem esse tipo de problema.
Como pessoas próximas podem perceber o problema?
Principalmente, parentes e professores. "Os avós podem sentir a ausência e ajudar a buscar, ligar e reafirmar essa questão, afinal não é apenas um dos pais que é afastado nessas situações, mas toda a família", ressalta a psicanalista Priscila. No caso de pessoas próximas, que não sabem o que acontece no cotidiano de casa da criança, é possível observar mudanças de comportamento. "Ansiedade, depressão, angústia e até mesmo agressividade, dependendo da idade, podem sinalizar esse problema", reitera a profissional.
Como fica a relação familiar no futuro?
Diversos quadros são possíveis. Se o que o pai disse não foi muito grave, a reconciliação pode ser bem mais simples. Em alguns casos o cônjuge alienante pode fazer acusações falsas como a de abuso sexual à criança, o que causa um desgaste imenso na relação. Quando o caso vai ao tribunal, o filho normalmente é levado a um acompanhamento psicológico, justamente para entender o que era verdade e o que era mentira no que lhe foi contado.
E no caso do pai alienante? "O tratamento psicológico feito com a criança aponta a situação como uma deficiência desse pai, para tentar não piorar a situação. O contato com esse genitor é menor e muitas vezes feito com acompanhamento de assistente social", ensina a psicanalista Priscila.
O pai alienante tem consciência do mal que está fazendo?
Normalmente não. É muito raro que um pai queira fazer mal ao próprio filho, ele normalmente só percebe que está prejudicando o antigo parceiro. "Em geral a pessoa está lidando mal com o término, ela fica com o emocional aflorado e o foco é si mesma. Quer resolver ela seus problemas, custe o que custar", analisa a psicanalista Priscila Gasparini. Por isso, muitas vezes conversa e um acompanhamento psicológico podem fazer com que esse pai perceba o mal que fez e mude seu comportamento.
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Rússia poderá armar não apenas a Venezuela


S-300V, mísseis, sistema de lançamento de mísseis

O novo presidente da Venezuela visitará a Rússia no início de junho, o que por si é um pretexto para discussões entre céticos e otimistas acerca de perspetivas das exportações de armamentos russos para a América Latina.

Quando em fevereiro mais um navio com armas e equipamentos militares russos chegou à cidade venezuelana de Puerto Cabello, o quinto desde o início do ano, os analistas começaram a falar sobre o próximo fim dos principais contratos militares entre Moscou e Caracas.
A causa não foi apenas o pioramento brusco do estado de saúde do comandante Hugo Chávez, mas também o fato de a Venezuela ter praticamente esgotado as necessidades de rearmamento de suas Forças Armadas.
Em sete anos de estreita cooperação técnico-militar, a Rússia forneceu à Venezuela enormes quantidades de diferentes armamentos, inclusive caças, helicópteros, sistemas de artilharia, instalações móveis de mísseis para a guarda costeira, sistemas de defesa antiaérea S-300V, tanques. Na opinião de peritos, atualmente, as Forças Armadas da Venezuela, pelo grau de equipamento, estão prontas a combater eficazmente contra um inimigo condicionalmente equiparado a qualquer de seus vizinhos.
Assim, o dirigente da corporação estatal Tecnologias Russas, Serguei Chemezov, disse recentemente que hoje em dia a Venezuela está saturada de armamentos, não estando previstos novos fornecimentos nos próximos tempos. O mesmo faz lembrar Viktor Semenov, chefe de laboratório do Instituto da América Latina da Academia de Ciências da Rússia. Por outro lado, o orçamento da Venezuela está consideravelmente esgotado e não apenas por causa do rearmamento, disse Semenov à Voz da Rússia:
“Os contratos militares concluídos atingem aproximadamente 11 milhões de dólares. Ao mesmo tempo, em 2012, os recursos financeiros da Venezuela foram canalizados para garantir a vitória de Hugo Chávez nas presidenciais em outubro e a de seus apoiantes nas eleições de governadores em dezembro. Foram utilizados não apenas os próprios recursos, mas também empréstimos. Nos últimos anos, por exemplo, a China emprestou à Venezuela 36 bilhões de dólares. Atualmente, o défice orçamental da Venezuela constitui aproximadamente 13%, a taxa inflacionária é alta e os ritmos de crescimento do PIB se aproximam do zero. Nestas condições, naturalmente, será difícil comprar alguns novos equipamentos.”
A curto prazo, a cooperação técnico-militar entre a Rússia e Venezuela pode desenvolver-se principalmente na área da manutenção dos equipamentos militares já fornecidos, sustenta Semenov. Não se exclui que sejam ainda concluídos dois projetos técnico-militares conjuntos: a construção de uma empresa de produção de fuzis Kalashnikov e de um centro de manutenção de helicópteros russos adquiridos, inclusive, em outros países da América Latina.
Ao mesmo tempo, na opinião de alguns analistas, as exportações militares russas ainda não abarcaram todas as necessidades defensivas da Venezuela. Há alguns anos, o então presidente russo Dmitri Medvedev disse aos jornalistas, após um encontro com Hugo Chávez, que a Venezuela pretende também comprar à Rússia armamentos navais.
Naquela altura, em particular, foi discutida a possibilidade de adquirirsubmarinos diesel-elétricos da classe Varshavyanka, lanchas de patrulhamento do projeto 14310 Mirage e lanchas hovercraftde desembarque do projeto 12061 Murena.
Mas aqui o problema consiste em que, na área das compras militares navais, a Venezuela por enquanto se orienta para a União Europeia e não para a Rússia, mantendo contatos bastante estreitos, por exemplo, com a Espanha, disse à Voz da Rússia o redator-chefe da revista Natsionalnaya Oborona (Defesa Nacional), Igor Korotchenko.
Na opinião de alguns analistas, o desenvolvimento futuro da parceria técnico- militar entre Caracas e Moscou pode ser também impedido pela alteração da política externa da Venezuela pelo novo presidente Nicolás Maduro. A visita do líder venezuelano a Moscou, marcada para 01-02 de junho, pode esclarecer esta questão.
Viktor Korotchenko apontou em entrevista à Voz da Rússia:
“Evidentemente, podem surgir certas nuanças. Diria contudo que a venda de armamentos é uma questão muito específica, em que tudo depende das negociações bem-sucedidas e da compreensão das vantagens de parceria pelas partes. Por isso não gostaria de expressar avaliações pessimistas em relação à Venezuela – ainda há um campo para a cooperação. Neste caso, sou otimista e espero que sejam assinados novos contratos.”
Em qualquer caso, considera Igor Korotchenko, é necessário dispensar atenção ao fato de termos perdido em poucos anos o mercado militar do Irã e da Líbia e de estarem congelados os fornecimentos de armas à Síria.
No entanto, nos últimos anos a Rússia alcançou um volume recorde nas exportações militares, superior a 15 bilhões de dólares, graças a produtores russos de armamentos competitivos e a uma equipe eficaz na corporação estatal Rosoboronexport.
Em breve, poderemos ouvir falar sobre novos contratos concluídos com países que nunca foram compradores tradicionais de armas russas. Se o cenário de desenvolvimento da cooperação técnico-militar com a Venezuela for desfavorável, a Rússia encontrará possibilidades de compensar essa perda em outros mercados.
VOZ DA RÚSSIA

sábado, 20 de abril de 2013

Agricultores contam com benefícios para amenizar prejuízos com a seca



Os agricultores paraibanos afetados pela seca têm sido beneficiados por instrumentos disponibilizados pelo Governo Federal para minimizar prejuízos causados pela estiagem. O Banco do Nordeste já aplicou, desde o mês de maio de 2012, R$ 190,4 milhões do FNE Estiagem na Paraíba, totalizando 31,3 mil operações contratadas por meio desse programa emergencial.  Ao todo são 199 municípios paraibanos com decreto de calamidade pública ou em situação de emergência, que foram beneficiados com essa linha de crédito.

Recentemente, foi prorrogado até 31/5/2013 o prazo de contratação de operações pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), linhas especiais de crédito de investimento e custeio para os agricultores familiares afetados pela Seca de 2012, no âmbito do FNE - Estiagem, conforme Resolução BACEN nº 4.190, de 28/2/2013.
O limite de crédito por produtor é entre R$ 2,5 mil e  R$ 12 mil, com juros de 1% ao ano e prazo de pagamento de até 10 anos, sendo até três anos de carência. Haverá um bônus de adimplência de 40% sobre cada parcela paga até a data do vencimento.
O objetivo é promover a recuperação ou preservação das atividades afetadas pela seca ou estiagem em municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecida pela Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional a partir de 1º de dezembro de 2011.
Renegociação de Dívidas de Agricultores Familiares e Produtores Rurais
A presidente Dilma Rousseff anunciou, no início de Abril, novas medidas que alteram as condições para a prorrogação das dívidas dos agricultores com situação de emergência reconhecida pelo Governo Federal. As medidas também contemplam clientes do Banco do Nordeste e são válidas para os produtores rurais que estavam adimplentes até 31 de dezembro de 2011, data anterior à seca.  
De acordo o anúncio realizado pela presidente durante a reunião do Conselho Deliberativo da Sudene, agricultores familiares, atendidos pelo Pronaf, poderão prorrogar parcelas, com vencimento entre 2012 e 2014, por até 10 anos, sendo o primeiro pagamento em 2016. Eles terão rebate de 80% sobre a dívida. Agricultores empresariais com parcelas vencidas ou a vencer no mesmo período também poderão prorrogar a dívida em dez anos. Nesse caso, o pagamento da primeira parcela será em 2015. Essas medidas estão em fase de normatização por parte do Banco.
Além disso, ainda pode ocorrer a dispensa da amortização prévia para realização das renegociações pela Lei nº 12.716. Após a adesão, o devedor poderá solicitar a suspensão da cobrança judicial, se for o caso. O Banco do Nordeste aguarda a regulamentação desta medida via Banco Central para ofertar as novas condições para os clientes.
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Nasa anuncia descoberta de planetas 'habitáveis'

Representação gráfica de planeta descoberto por cientistas (crédito: NASA)

A Nasa, a agência espacial americana, anunciou a descoberta dos dois planetas mais "habitáveis" já conhecidos.
Eles são ligeiramente maiores que a Terra e orbitam uma estrela a 1.200 anos-luz da Terra.
Segundo os cientistas, os dois planetas têm a dimensão correta e estão a uma distância ideal da estrela hospedeira para criar as condições para a existência de água em sua superfície.
Batizados de Kepler-62e e Kepler-62f, os dois planetas foram detectados pelo telescópio Kepler.
O Kepler já havia detectado mais de 600 planetas, muitos deles parecidos com a Terra, mas até agora nenhum com condições tão propícias para a existência de vida.
Eles podem ser chamados de "superterras", pois suas dimensões são maiores do que as do nosso planeta, cerca de uma vez e meia o diâmetro da Terra.
Representação gráfica de planeta descoberto por cientistas.

Os pesquisadores afirmam que o tamanho destes planetas sugere que eles sejam rochosos, como a Terra, ou compostos em sua maior parte de gelo. Certamente eles parecem pequenos demais para serem planetas gasosos como Netuno ou Júpiter.
Os planetas 62e e o 62f também parecem estar a uma distância adequada da estrela que orbitam e isto faz com que eles recebam uma quantidade tolerável de energia. Não são quentes demais nem frios demais.
A equipe de cientistas afirma ainda que, com o tipo certo de atmosfera, é razoável especular que estes planetas possam ter água em estado líquido, uma condição que todos aceitam como necessária para o estabelecimento da vida.
"Declarações sobre a habitabilidade de um planeta sempre dependem de pressupostos", afirmou Lisa Kaltenegger, especialista em teorias sobre atmosferas de exoplanetas e que participa do grupo que descobriu estes novos planetas.
"Vamos supor que os planetas Kepler-62e e o 62f são mesmo rochosos, como o raio deles indica. Vamos supor ainda mais que eles têm água e sua composição atmosférica é parecida com a da Terra, dominada por nitrogênio e contendo água e dióxido de carbono", acrescentou a pesquisadora do Instituto Max Planck para Astronomia, em Heidelberg.
"Neste caso, os dois planetas podem ter água líquida na superfície: Kepler-62f recebe menos radiação de sua estrela que a Terra do Sol e, portanto, precisa de mais gases de efeito estufa, por exemplo, mais dióxido de carbono, do que a Terra, para não congelar."
"O Kepler-62e está mais perto de sua estrela, e precisa de uma cobertura de nuvens maior, suficiente para refletir parte da radiação da estrela e permitir água líquida em sua superfície."
Mas, a tecnologia atual não permite a confirmação de nenhuma destas especulações. Com telescópios mais avançados, os cientistas afirmam ser possível enxergar além do brilho intenso da estrela destes planetas e observar apenas a luz fraca que passa através da atmosfera de um pequeno mundo ou que é refletida por sua superfície.
Isto permitiria detectar assinaturas químicas associadas com gases atmosféricos específicos e talvez até alguns processos na superfície dos planetas.
No passado, os pesquisadores já falaram em tentar detectar um marcador de clorofila, o pigmento das plantas que tem um papel crucial na fotossíntese.

BBC Brasil


Enxaqueca: ressonância magnética descarta outras causas da dor de cabeça


Exame descarta outras causas de dor de cabeça, como tumores e malformações vasculares

 Existem mais de 300 subtipos de dor de cabeça (cefaleia) e sabemos que 90% da população mundial entrarão em contato com essa dor em algum momento da vida – o que faz da dor de cabeça a mais popular entre as dores, sendo seguida de perto pela dor nas costas. A enxaqueca, que é um dos tipos mais comuns de cefaleia, além da dor de cabeça tensional, costuma ser diagnosticada a partir de um exame clínico e de uma longa conversa entre médico e paciente. Mas é importante contar com exames de imagem – principalmente a ressonância magnética (RM) – para descartar outras tantas causas, como sinusite, meningite, aneurisma, tumor cerebral, distúrbios circulatórios e metabólicos, entre outros.

Na opinião da doutora Flávia Cevasco, médica radiologista do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo, a ressonância magnética é o exame que permite uma avaliação mais detalhada do parênquima encefálico, podendo adicionar estudos angiográficos arteriais e venosos enquanto o exame está sendo realizado. “A RM produz imagens muito claras do cérebro sem o uso de raios-X e fornece informações sobre a estrutura e a vascularização existente, a fim de descobrir as causas da dor de cabeça”.
A especialista em neuroimagem diz que a importância da RM no diagnóstico da enxaqueca se dá principalmente pela exclusão de outras causas em que a dor de cabeça não aparece como doença principal, mas como um sintoma secundário de doenças mais graves. “Em determinados casos, o médico solicitante indicará a necessidade do uso de contraste para afastar suspeitas de tumores, aneurisma e abscessos, por exemplo. A ressonância magnética tem se tornado uma referência para muitos especialistas por conta de sua característica não-invasiva e por ser o melhor exame na avaliação anatômica do encéfalo”.

Em média, o exame dura entre 20 e 30 minutos. Por possuir um alto campo magnético, portadores de marcapasso, clipes de aneurisma e algumas próteses metálicas não podem ser submetidos à ressonância magnética. Além disso, nenhum metal como relógio, carteira, cartões com tarjas magnéticas e joias devem ser carregados para a sala do exame. É importante, também, que o paciente tire todas as suas dúvidas com antecedência para se sentir mais relaxado no momento oportuno – contribuindo para o sucesso do método diagnóstico.
WSCOM

Governo Federal libera R$ 20 milhões para vítimas da seca em Pernambuco


O Ministério da Integração Nacional autorizou o repasse de R$ 20 milhões para o socorro e assistência às comunidades afetadas pela seca em Pernambuco. Os recursos são para a instalação de 136 sistemas de abastecimento d'água, 76 barragens e perfuração de 300 poços artesianos em municípios afetados pela seca.
Serão usados também para ampliação da Operação Carro-Pipa, que vai abastecer as comunidades no mês de maio, e para a compra de forragem, como cana-de-açúcar, palma e milho para alimentação dos animais. As medidas visam a apoiar mais de 15 mil famílias de pequenos agricultores do Agreste e do Sertão pernambucano.
Parlamentares da Comissão Externa do Senado, responsável por acompanhar o Projeto de Integração do São Francisco, visitam hoje obras (canais, aquedutos e estação de bombeamento) passará pelos municípios de Floresta e Sertânia, em Pernambuco, chegando a Monteiro, na Paraíba. Um dos objetivos do projeto do São Francisco é garantir fornecimento de água no sertão nordestino. 
Portal EBC.