terça-feira, 23 de abril de 2013

Joaquim Barbosa vai a palanque de Aécio em Minas


Barbosa vai a palanque de Aécio em Minas e aumenta rumores sobre 'mosca azul'

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, participou neste domingo (21) de uma cerimônia oficial pelo feriado de Tiradentes, organizada pelo governo de Minas Gerais, em Ouro Preto. Convidado como orador do evento, Barbosa recebeu o Grande Colar, homenagem máxima oferecida a personalidades que, segundo o governo estadual, ajudaram no desenvolvimento de Minas e do Brasil, além de acompanhar e ser acompanhado o tempo todo pelo senador Aécio Neves, candidato do PSDB às eleições presidenciais do ano que vem.
Mas se oficialmente o presidente da instância máxima do Judiciário do país honrou com sua presença um evento institucional, por outro lado é evidente que aquilo é também um palanque político (todo mundo sabe disso), e o espectro da exploração política do julgamento do mensalão recomendaria que Barbosa mantivesse distância de tal cerimônia.
A delicadeza da situação é constatada pela ausência em Ouro Preto de outro senador mineiro, o aecista Clésio Andrade, réu no processo do mensalão tucano em Minas, ex-sócio do publicitário Marcos Valério, e vice-governador de Aécio Neves entre 2003 e 2006. Também não deu as caras outro ex-governador, o deputado Eduardo Azeredo (PSDB), um dos pivôs do esquema que o STF ainda não se dispôs a julgar.
Ganhou a esperteza política de Aécio, que marca território entre os eleitores que acreditam que Barbosa seja um arauto do combate à corrupção. Mas em se tratando do próprio Barbosa, que frequentemente tem sido protagonista de sucessivos episódios de conflitos entre outras instâncias do Judiciário e com veículos da velha mídia, que apesar de tudo ainda o apóia, o desgaste pode ser grande e uma nova saraivada de críticas pode estar a caminho.
Fonte: Rede brasil Atual

Agricultores afetados pela seca podem prorrogar pagamento da dívida

 
Conselho Monetário Nacional (CMN) regulamentou, por meio de três  na última quarta-feira (18), a prorrogação do pagamento das operações de crédito rural - com vencimento em 2012, 2013 e 2014 - por mais dez anos. O apelo foi feito pelo Senador Vital do Rego (PMDB-PB), que também preside a Comissão Externa para acompanhar os Programas de Transposição e Revitalização do Rio São Francisco (CTERIOSFR).
Segundo Vital, o benefício  vale para os que tiveram prejuízos causados pela estiagem na área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste e será concedido para aqueles que estavam com os pagamentos em dia em 31 de dezembro de 2011.
No caso dos agricultores familiares, que também tiveram prejuízos com a seca do Nordeste, a autorização para a renegociação também foi dada às parcelas de operações de crédito vencidas entre 2012 e 2014 de dívidas contratadas no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. A prorrogação também vale por dez anos, mas com o início dos pagamentos para 2016. Os agricultores que pagarem regularmente as parcelas receberão ainda um desconto de 80% nos valores. “A situação do sertanejo está dramática e, por isso, precisamos do maior número de apoios a esta causa na busca constante de providências urgentes”, disse Vital.
Vital destaca que no ano passado conseguiu aprovar uma Emenda na Medida Provisória 565, a MP da Seca. A proposta sancionada pela presidente Dilma Rousseff, através da Lei 12.716, suspendeu de forma provisória o pagamento do INSS para todas as prefeituras que sofrem com a seca. “Estão de parabéns todos os deputados por essa iniciativa” parabenizou.
O CMN publicou também uma terceira resolução autorizando agricultores nordestinos a renegociar dívidas contratadas até 2006, utilizando recursos do Fundo Constitucional do Nordeste e do Fundo Constitucional do Norte. A taxa de juros é de 3,5%. A resolução ainda concedeu um bônus de adimplência de 15% sobre a parcela.
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China confirma 21 mortes e 104 casos de contaminação pelo vírus H7N9



Autoridades da China confirmaram hoje (23) que 21 pessoas morreram e 104 foram contaminadas pelo vírus H7N9 da nova gripe aviária transmitida. O caso mais recente é o de um trabalhador, de 36 anos, na província de Shandong, no Leste da China. Foi o primeiro caso na região. Hospitalizado, o trabalhador está em estado grave. Nove pessoas que tiveram contato com o infectado estão em observação, mas não apresentaram sinais de contaminação.
Especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do governo chinês, que atuam nas investigações sobre o H7N9, informaram que oito pacientes se recuperaram, 11 morreram, enquanto 14 ainda estão em tratamento apenas em Xangai.
As informações sobre as formas de contaminação da doença envolvem uma série de especulações.
O assistente do diretor-geral de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da OMS, Keiji Fukuda, disse que, por enquanto, não há evidências de que ocorra transmissão entre pessoas.
Especialistas inspecionaram as regiões onde ocorreram casos de contaminação pelo vírus H7N9. Foram examinados laboratórios, hospitais, clínicas, mercados e locais onde as infecções foram relatadas em Pequim e Xangai.
Agência Brasil

Bactérias resistentes 'ameaçam mais que aquecimento global'

Foto: BBC

O aumento de infecções resistentes a medicamentos é comparável à ameaça do aquecimento global, de acordo com a principal autoridade de Saúde da Inglaterra.
Sally Davies, chefe do serviço médico civil da Inglaterra, disse que as bactérias foram se tornando resistentes às drogas atuais e há poucos antibióticos para substituí-las. Ela disse a uma comissão de deputados britânicos que uma operação de rotina pode se tornar letal devido à ameaça de infecção.
Especialistas disseram que este é uma problema global e que precisa de mais atenção.
Os antibióticos são uma das maiores histórias de sucesso na medicina. No entanto, as bactérias são um inimigo que se adapta rapidamente e encontra novas maneiras de burlar as drogas.
Um dos exemplos desta ameaça é o Staphylococcus aureus resistente à meticilina - ou SARM (também conhecido pela sigla em inglês MRSA — Methicillin-resistant Staphylococcus aureus) -, uma bactéria que rapidamente se tornou uma das palavras mais temidas nas enfermarias de hospitais, e há também crescentes relatos de resistência em cepas de E. coli, tuberculose e gonorreia.
Davies disse: "É possível que a gente jamais veja o aquecimento global acontecer, então o cenário apocalíptico é quando eu precisar operar meu quadril daqui a em 20 anos e for morrer de uma infecção de rotina, porque os antibióticos não funcionam mais."
Ela disse que só um único antibiótico sobrou para tratar a gonorreia. "É muito grave, e é muito grave porque nós não estamos usando nossos antibióticos de forma efetiva".
"Não há um modelo de mercado para fazer novos antibióticos, de modo que estas bactérias se tornaram resistentes, o que ocorreria naturalmente, mas estamos estimulando isso pela forma com que antibióticos são usados, e não haverá novos antibióticos adiante."
O alerta feito pela especialista no Parlamento britânico ecoa avisos semelhantes feitos pela Organização Mundial de Saúde, que disse 1ue o mundo está caminhando para uma "era pós-antibióticos", a menos que sejam tomadas medidas.
A entidade pinta um futuro no qual "muitas infecções comuns não terão mais uma cura e, mais uma vez, matarão incessantemente".
O professor Hugh Pennington, microbiologista da Universidade de Aberdeen, disse que a resistência a drogas é "um problema muito, muito sério".
"Precisamos prestar mais atenção a ele. Precisamos de recursos para monitoramento, para lidar com o problema e para fazer informações públicas circularem adequadamente."
Ele sublinhou que este não era um problema exclusivo da Grã Bretanha.
"As pessoas estão indo para o exterior para operações, ou para, vamos dizer, fazer turismo sexual e trazer para cá gonorreia, que é um grande problema em termos de resistência a antibióticos - e também há tuberculose em muitas partes do mundo.
Pennington disse que as empresas fabricantes estavam sem opções também, porque todas as drogas mais simples já haviam sido produzidas.
"Temos de estar cientes de que não vamos ter novos remédios milagrosos, porque simplesmente não há novos remédios".

BBC Brasil




Congresso vai discutir controle alternativo de insetos e plantas invasoras nos agroecossistemas



A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em parceria com a Embrapa Algodão, realiza, de 23 a 26 de abril, em João Pessoa, o 6º Congresso Brasileiro de Defensivos Agrícolas Naturais – (Cobradan). Trata-se de um evento técnico-científico que reunirá profissionais, professores, pesquisadores, estudantes e produtores rurais, na discussão sobre o controle alternativo de insetos, doenças e plantas invasoras nos agroecossistemas.

O tema do evento é “Defensivos naturais na agricultura: da prospecção a utilização”. Os interessados em participar têm até o dia 29 de março para efetuar inscrição, pelo endereço eletrônico (www.vicobradan.com.br). Conferências, palestras e mesas redondas fazem parte do conjunto de atividades que serão realizadas nos quatro dias do Cobradan. Também serão feitas apresentações de trabalhos científicos em sessões de pôsteres e concursos de trabalhos científicos e de fotografias.
A iniciativa tem como objetivos congregar cientistas nacionais e internacionais de empresas públicas e privadas, estudantes de cursos técnicos, de graduação e de pós-graduação e profissionais liberais ou autônomos ligados às áreas do congresso; apresentar e discutir resultados de pesquisas relativos aos defensivos agrícolas naturais; promover o intercâmbio de conhecimentos na área de defensivos agrícolas naturais; contribuir na formação dos estudantes e profissionais de áreas afins; bem como incentivar parcerias nas áreas-tema do congresso, face às pesquisas apresentadas no congresso.
Todas as atividades do 6º Cobradan serão realizadas na Estação Cabo Branco, localizada na Avenida João Cirillo da Silva, S/N, Altiplano Cabo Branco, João Pessoa – PB. 
Fonte: Paraíba Total

Amazônia concentra quase 60% das mortes por conflitos no campo no Brasil


Amazônia concentra quase 60% das mortes por conflitos no campo no Brasil

Os estados que compõem a Amazônia concentraram, em 2012, 489 dos 1.067 conflitos no campo registrados no país (45,8%), que envolvem assassinatos, ocorrências de trabalho escravo e disputas por terra e por água. Os dados são do relatório Conflitos no Campo no Brasil,lançado hoje (22), em Brasília, pela Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Na Amazônia estão 97% das áreas envolvidas nos conflitos. Lá se concentraram 58,3% dos assassinatos (21 de 36); 84,4% das tentativas de homicídio (65 de 77); 77,4% das ameaças de morte (229 de 296); 62,6% dos presos (62 de 99); 63,6% dos registros de agressão (56 de 88); e 67% dos casos de trabalho escravo. A expansão da indústria extrativa mineral é apontada como um dos principais responsáveis pelas ocorrências.
“Os conflitos decorrem, por um lado, da ação de grupos que lutam contra o acesso desigual à terra e ao uso dos recursos naturais, contra a insegurança da posse e a distribuição concentrada da propriedade”, aponta o texto. “Por outro, decorrem também da reação dos grandes proprietários aos esforços empreendidos pelos movimentos sociais para reduzir a concentração fundiária, democratizar a terra e pressionar o Estado a mudar o padrão de suas políticas agrárias.”
Em todo o país, os assassinatos motivados por conflitos por terra aumentaram 24% entre 2011 e 2012, passando de 29 para 36. Rondônia, estado com maior número de ocorrências, concentrou nove dos homicídios, seguida pelo Pará, com seis. As tentativas de assassinatos também aumentaram 51% no período analisado (de 38 para 77), assim como as prisões de trabalhadores 11,2% (de 89 para 99). 
Até a última sexta-feira (19), já foram registrados nove homicídios no campo em 2013, de acordo com a CPT. “Observa-se forte protagonismo de setores conservadores, como fazendeiros, grileiros, empresários e mineradoras, combinado com um aumento dos índices de violência privada”, diz o texto.
Em relação aos grupos sociais envolvidos nos conflitos, 15% eram indígenas, 12%, quilombolas, 9%, membros de outras comunidades tradicionais, e 24%, posseiros e ocupantes de áreas sem o título de propriedade. “Conclui-se que 60% dos que estão envolvidos em conflitos fazem parte de grupos humanos que não se enquadram nos parâmetros exigidos pelo capitalismo e sobre os quais a pressão é maior”, diz o texto.
“Os conflitos são as ações de resistência e enfrentamento que acontecem em diferentes contextos sociais no âmbito rural, envolvendo a luta pela terra, água, direitos e pelos meios de trabalho ou produção”, explica o relatório. “Estes conflitos acontecem entre classes sociais, entre os trabalhadores ou por causa da ausência ou má gestão de políticas públicas.”
O relatório destaca que as populações tradicionais têm pouca representatividade no Congresso Nacional, uma vez que a Frente Parlamentar da Agropecuária era composta, em 20 de março, por 214 deputados e 14 senadores, “uma super-representação da população rural, que é 14% do total da população brasileira, de acordo com o Censo de 2010”. Segundo o texto, “41,7% dos deputados defendem os interesses de apenas 9,1% dos proprietários rurais”.
Tendo isso em vista, a Comissão Pastoral da Terra solicitou uma audiência amanhã (23) com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para entregar o relatório e discutir violência e impunidade dos crimes no campo. O encontro ainda não foi confirmado.
“O capital continua a espoliar as comunidades de seus territórios, pois a disputa é dura e desigual. Os indígenas e camponeses contam com a força de sua resistência e o apoio de seus aliados. Já os interesses do capital são defendidos, estimulados e financiados pelos poderes públicos, e são enaltecidos pela grande mídia”, conclui o relatório.O documento é elaborado anualmente pela Comissão Pastoral da Terra desde 1985. Os dados levantados proveem de declarações, cartas, boletins de ocorrência e relatos, reportagens e publicações de diversas instituições.
Rede Brasil Atual

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Casca de banana pode descontaminar águas poluídas com pesticida



 Um estudo da USP identificou que a casca de banana pode ser utilizada no tratamento de água contaminada pelos pesticidas atrazina e ametrina. Pesquisadores do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) fizeram testes com amostras coletadas nos rios Piracicaba e Capivari, no interior do estado de São Paulo, que comprovaram a absorção de 70% dos químicos pela casca. Embora ainda não comprovada a toxicidade desses pesticidas em seres humanos, a utilização de ametrina é proibida nos Estados Unidos por ter provocado mutação em espécies aquáticas.
"Já existiam outros estudos de uso da casca para absorção de metais, como urânio, cromo, então veio a ideia de utilizá-la para os pesticidas. A atrazina e a ametrina são muito utilizadas aqui na região [de Piracicaba] nas plantações de cana-de-açúcar e milho. Constatamos uma boa absorção também desses compostos orgânicos", explicou à Agência Brasil a pós-doutoranda Claudineia Silva, uma das pesquisadoras envolvidas com otrabalho. Os químicos, ao serem utilizados nas lavouras, contaminam indiretamente os rios.
Para que seja utilizada como agente de descontaminação, a casca da banana, que pode ser recolhida inclusive no lixo, é ressecada ao sol por uma semana ou em estufa a 60 graus Celsius (°C), o que diminui o tempo do processo para um dia. Após a secagem, o material é triturado e peneirado para formar um pó para ser despejado na água. "[Em laboratório,] variamos a quantidade de casca de banana, tempo de agitação e verificamos quais seriam as melhores condições para conseguirmos o melhor resultado", disse Claudineia.
A casca da banana corresponde de 30% a 40% do peso total da fruta. A presença de grupos de hidroxila e carboxila da pectina na composição na casca é que garantem a capacidade de absorção de metais pesados e compostos orgânicos.
A pesquisadora disse que até o momento foram feitos testes somente em laboratório, com pequenas quantidades, e que seria necessário fazer testes piloto para atestar a eficácia em grandes proporções. "Encerramos a primeira etapa. A proposta é continuar com o trabalho com um volume maior de água, 100 litros em um tanque por exemplo, pôr casca de banana e ir monitorando a absorção", disse.
A nova etapa possibilitaria que a casca de banana pudesse ser utilizada como descontaminante em larga escala. "É um mecanismo de baixo custo", disse. Silva aponta que, futuramente, o ideal é que essa descoberta seja utilizada em estações de tratamento de água. "Descartar toneladas de casca de banana nos rios iria gerar poluição e talvez uma contaminação em cadeia. A casca absorve do rio, o peixe come e a gente come os peixes", explicou.
De acordo com a pesquisadora, atualmente, a atrazina e ametrina são retirados da água por meio de carvão ativado. "É um custo maior, considerando que a casca iria para o lixo", disse.
Agência Brasil