quarta-feira, 8 de maio de 2013

Vírus modificado pode tratar problema cardíaco

coração (foto:SPL)

Pacientes britânicos farão parte de um teste clínico que vai avaliar se um vírus geneticamente modificado pode auxiliar no tratamento de insuficiência cardíaca.
A medicina tem avançado consideravelmente em tratamentos que resultam em altos índices de sobrevivência entre pacientes de ataques cardíacos, mas que passam a conviver com outros problemas, como a insuficiência cardíaca. Mais de 750 mil pessoas no Reino Unido sofrem do problema, um termo médico que define situações em que o coração não consegue bombear o sangue para o resto do corpo de forma eficiente. Isto pode acontecer após um ataque cardíaco, por exemplo.
Pesquisadores do Imperial College London concluíram que os níveis da proteína SERCA2a são mais baixos em pacientes com este tipo de problema e modificaram geneticamente um vírus para que este produza mais quantidade da substância, muito importante para o bom funcionamento do coração.
O vírus alterado será liberado no músculo cardíaco de 200 pacientes por meio de um tubo inserido na perna que transportará o organismo pelos vasos sanguíneos.
O professor Sian Harding, do Imperial College London, espera que a experiência leve os pacientes para o estado de saúde em que se encontravam antes de sofrer danos no coração.
"Nós acreditamos que este é um tratamento que pode melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas", diz Harding.
O médico Alexander Lyon, cardiologista no Royal Brompton Hospital, onde alguns pacientes vão receber o vírus modificado, disse que este é o primeiro teste de terapia genética para tratar insuficiência cardíaca.
"Nosso objetivo é lutar contra insuficiência cardíaca revertendo algumas mudanças moleculares que ocorrem quando o coração falha", diz.
A organização British Heart Foundation disse que a ideia tem "um grande potencial, mas precisa ser provada em testes clínicos".
"Apesar de haver medicamentos eficientes, ainda não há tratamentos que restaurem a função cardíaca dos que sofrem de problemas no coração", disse Peter Weissberg, diretor da British Heart Foundation.

BBC Brasil


terça-feira, 7 de maio de 2013

Dilma derruba juros de financiamento para micro e pequenas empresas




A presidenta Dilma Rousseff anunciou ontem (6), na capital paulista, a redução até o fim deste mês dos juros dos programas de financiamento em bancos públicos para micro e pequenas empresas de 8% para 5%. Além disso,comprometeu-se a reduzir os impostos na folha de pagamento e a acelerar a qualificação profissional. Também ressaltou a importância de desburocratizar a legislação para fomentar o crescimento do setor. “Elas fortalecem o serviço econômico, enriquecem e democratizam nossa sociedade.” Dilma disse que desconhece qualquer país do mundo que em tão pouco tempo realizou uma mobilização dessa envergadura para de, um lado, formalizar, e de outro também apoiar dando crédito a esse conjunto de empreendedores. O anúncio foi feito durante a cerimônia de posse da diretoria da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), que será presidida pelo empresário Rogério Amato até 2015.
“Estamos criando uma forte demanda por serviços de todos os tipos e uma extraordinária expansão do comércio”, disse. “Este país, que alguns teimam em subestimar, é o país em que a população conquistou a condição de consumidor, que permite a conquista da auto-estima e a realização de sonhos.”
Sobre o excesso de burocracia, comentou a gravidade de seus efeitos. “Se ela aleija as grandes empresas, mata as pequenas, médias e micro”, disse.
"O Brasil, durante seus períodos de crise econômica, construiu mecanismos perversos para impedir gastos públicos e essa é a burocracia que nós temos que derrubar nos próximos anos, porque a razão dela, se alguma razão teve, deixou de existir”, disse Dilma. “A burocracia servia para manter a receita dentro dos cofres do estado, uma vez que se tinha imensa fragilidade econômica. Hoje temos profunda consciência da importância dessa desburocratização.”
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que discursou antes da presidenta, também falou de seu interesse em pensar estratégias para desburocratizar o setor. “Gostaria de ser parceiro em um processo de simplificação da nossa legislação. Meu gabinete está aberto para receber sugestões e propostas de lei que possam transformar nossa legislação”, afirmou.
“Trabalhei na rua 25 de Março e sei bem das agruras que passam os comerciantes do Brasil com excesso de burocracia e impostos”, disse Haddad. “A União tem feito sua parte, mas penso que a prefeitura pode fazer muito para criar um ambiente de negócios favoráveis para pequenos, médios e grandes empreendedores.”
Dilma afirmou que a recém-criada Secretaria da Micro e Pequena Empresa “é essencial” para o país. “É um elemento fundamental para que tenhamos colocado em definitivo na pauta do governo a preocupação com esse segmento. Não há no Brasil uma tradição nesse sentido, o que ocorreu foi pelo empenho dos dirigentes, mas precisa de um tratamento sistemático.”
“Era possível que nós mantivéssemos a secretaria dentro do Ministério (do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), mas nunca seria tratada com a principalidade que merece. É necessário passarmos por um momento em que haverá um ministro olhando só para os pequenos e médios negócios”, disse. A lei que cria a secretaria, com status de ministério, foi publicada no Diário Oficial da União em 1º de abril.
Dilma antecipou elogios ao vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, a quem nomeou mais tarde para chefiar a secretaria. “Quero aproveitar esta cerimônia para homenagear um brasileiro que colocou na pauta do país o apoio às pequenas e microempresas, fazendo com que reconhecêssemos isso como estratégico e imprescindível para o futuro do país: Guilherme Afif Domingos, que foi presidente da Associação Comercial de São Paulo e honrou a todos os que os antecederam e o sucederam”, disse. Afif toma posse quinta-feira (9).
Rede Brasil Atual

Síria-Israel: prelúdio de guerra?


A Síria apontou todos os seus foguetes a Israel após ataques de aviões israelitas contra suas estruturas militares perto de Damasco. Baterias de mísseis sírias são orientadas também para a Palestina, ocupada por Israel.
Conforme comunicam fontes sírias, foguetes serão lançados contra “certas estruturas” no caso de uma nova agressão. Para além disso, Damasco deu luz verde a agrupamentos palestinianos para assestar golpes contra Israel a partir das colinas de Golã.
Israel, por sua vez, transferiu duas baterias de DAM para a zona da fronteira com a Síria, receando de uma reação de Damasco que qualificou como declaração de guerra ataques israelenses contra seu território.
Na noite para domingo, Israel lançou foguetes a um subúrbio de Damasco, onde se encontram armazéns com armamentos e um centro de pesquisas militar e estão acantoadas unidades da guarda presidencial. Mas, como informa o jornal israelense Haaretz, o alvo dos ataques foi um lote de mísseis iranianos, destinados para o movimento libanês radical Hezbollah. As informações sobre as vítimas dos ataques aéreos são muito contraditórias. Umas fontes comunicam que cerca de 300 militares teriam sido mortos em resultado de assaltos. Outras informam sobre quatro mortos e 70 feridos.
Damasco caraterizou as ações de Israel como agressão e declaração de guerra contra a Síria. Tal pode levar a uma guerra de envergadura na região, declarou o ministro da Informação da Síria, Omran Zoabi:
“Os ataques aéreos israelenses contra três alvos nos arredores de Damasco abrem a porta para todas as possibilidades. Este ato confirma uma coordenação de ações entre Israel e agrupamentos terroristas”.
Este foi o segundo ataque israelense ao solo sírio na semana passada. Na noite para sexta-feira, Israel atacou um comboio militar no território da Síria na fronteira com o Líbano. O alvo do ataque foi também uma remessa de mísseis iranianos, aponta o diretor do Instituto do Oriente Médio, Evgueni Satanovsky:
“Os acontecimentos passados podem ser considerados como um ensaio oculto de próxima guerra entre Israel e o Irã. Se os israelenses são capazes de destruir facilmente uma estrutura militar nas proximidades de Damasco, eles podem também liquidar objetos nucleares do Irã em seu território. Teerã compreende isso perfeitamente”.
O Cairo censurou os ataques aéreos de Israel ao território sírio. Em declaração da chancelaria do presidente do Egito diz-se que lançamentos de mísseis violam leis internacionais e agravam ainda mais a situação na região.
A Liga Árabe também condenou as ações de Israel e apelou a que o Conselho de Segurança da ONU “reaja imediatamente para acabar com os ataques israelenses à Síria”.
Entretanto, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, começou segunda-feira sua visita à China apesar do agravamento da situação na região por causa de ataques de aviões israelenses à Síria, deixando sem comentários estes comunicados. Ao mesmo tempo, antes de partir para Pequim, o chefe do Governo de Israel efetuou uma reunião não anunciada com os principais ministros e chefes de departamentos militares. Os resultados do encontro são por enquanto desconhecidos. Por outro lado, nenhum dirigente israelense confirmou ou desmentiu publicamente as informações sobre ataques de mísseis ao território sírio.
VOZ DA RÚSSIA

Brasil trará 6 mil médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes


Os governos do Brasil e de Cuba, com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde, estão acertando como será a vinda de 6 mil médicos cubanos para trabalharem nas regiões brasileiras mais carentes. Os detalhes estão em negociação. Os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e o cubano Bruno Eduardo Rodríguez Parrilla, anunciaram hoje (6) a parceria.
Patriota e Rodríguez não informaram como será a concessão de visto – se será definitivo ou provisório. Segundo o chanceler brasileiro, há um déficit de profissionais brasileiros na área de saúde atuando nas áreas carentes do país, daí a articulação com Cuba.
“Estamos nos organizando para receber um número maior de médicos aqui, em vista do déficit de profissionais de medicina no Brasil. Trata-se de uma cooperação que tem grande potencial e à qual atribuímos valor estratégico”, disse ele.
As negociações para o envio dos médicos cubanos para o Brasil foi iniciada pela presidenta Dilma Rousseff, em janeiro de 2012, quando visitou Havana, a capital cubana. Ela defendeu uma iniciativa conjunta para a produção de medicamentos e mencionou a ampliação do envio de médicos cubanos ao Brasil, para apoiar o atendimento no Serviço Único de Saúde (SUS).
“Cuba tem uma proficiência grande na área de medicina, farmacêutica e de biotecnologia. O Brasil está examinando a possibilidade de acolher médicos por intermédio de conversas que envolvem a Organização Pan-Americana de Saúde, e está se pensando em algo em torno de 6 mil ou pouco mais”, destacou Patriota.
Segundo o chanceler brasileiro, as negociações estão em curso, mas a ideia é que os profissionais cubanos atuem nas áreas mais carentes do Brasil. “Ainda estamos finalizando os entendimentos para que eles possam desempenhar sua atividade profissional no Brasil, no sentido de dar atendimento a regiões particularmente carentes no Brasil”, disse.
A visita do chanceler de Cuba ocorre no momento em que o presidente cubano, Raúl Castro, implementa mudanças no país, promovendo a abertura econômica e avanços na área social. Segundo Bruno Rodríguez, a parceria com o Brasil é intensa principalmente nas áreas econômica, social e turística. “Há um excelente intercâmbio de ideias”, disse o cubano.
O comércio entre Brasil e Cuba aumentou mais de sete vezes no período de 2003 a 2012, segundo o Ministério das Relações Exteriores. De 2010 a 2012, as exportações brasileiras para Cuba cresceram 36,9%. No ano passado, o comércio bilateral alcançou o recorde de US$ 661,6 milhões.
Agência Brasil

Sangue tipo O é associado a menor chance de ataque cardíaco


Bolsa de sangue (Arquivo/PA)

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos sugere que pessoas que têm o sangue do tipo O são menos suscetíveis a problemas cardíacos do que quem possui sangue A, B, e AB.
O estudo, realizado por cientistas da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, em Boston, concluiu que as pessoas com o tipo sanguíneo mais raro, o AB, são as mais vulneráveis a doenças do coração. Para estas pessoas a probabilidade de sofrer com doenças cardíacas é 23% maior do que para as pessoas com o tipo sanguíneo O.
A pesquisa também descobriu que para pessoas com sangue do tipo B o risco de doenças cardíacas aumentava em 11% e, para pessoas com sangue tipo A, o aumento era de 5%.
Os pesquisadores não sabem a razão deste aumento de probabilidades. Eles vão agora analisar como os grupos sanguíneos reagem a um estilo de vida mais saudável.
"As pessoas não podem mudar o tipo sanguíneo, mas nossas descobertas podem ajudar os médicos a compreender melhor quem tem risco de desenvolver doenças cardíacas. É bom saber qual o seu tipo sanguíneo, da mesma forma como você deveria saber seu colesterol ou pressão sanguínea", disse o professor Lu Qi, que liderou o estudo.
"Se você sabe que o risco é maior, pode reduzi-lo adotando um estilo de vida mais saudável, ao se alimentar bem, praticar exercícios e não fumar."
A pesquisa foi divulgada na publicação especializada American Heart Association Journal.

'Complicado'

As descobertas dos cientistas americanos são baseadas em dois grandes estudos realizados nos Estados Unidos, um envolvendo 62.073 mulheres e outro, 27.428 pessoas adultas. Eles tinham entre 30 e 75 anos e foram acompanhados durante 20 anos.
Como a etnia das pessoas estudadas era predominantemente caucasiana, os pesquisadores afirmam que ainda não foi esclarecido se as descobertas podem ser apicadas para outros grupos étnicos.
O grupo sanguíneo AB foi ligado à inflamações, que têm um papel importante nos danos em artérias.
Também foram encontradas provas de que o tipo sanguíneo A está associado ao colesterol ruim, o LDL, que pode bloquear as artérias.
Já as pessoas com o tipo sanguíneo O podem se beneficiar dos níveis maiores de um elemento químico que ajuda no fluxo sanguíneo e na coagulação.
No entanto, o estudo não analisou as razões dos riscos diferentes para os tipos sanguíneos distintos.
"O tipo sanguíneo é algo muito complicado, então podem existir múltiplos mecanismos influenciando (estas diferenças)", disse Lu Qi.

BBC Brasil 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Vítimas de conflito na Síria relataram à ONU uso de gás sarin por rebeldes


Relatos de vítimas do conflito civil na Síria sugerem que rebeldes teriam usado o gás tóxico sarin, afirmou Carla del Ponte, membro da comissão de inquérito das Nações Unidas sobre violações de direitos humanos na Síria.
Em entrevista a um canal de TV suíço, Del Ponte disse que há "suspeitas fortes e concretas (do uso de sarin) por causa do tratamento recebido pelas vítimas, mas não provas incontestáveis".
Del Ponte, que foi procuradora-geral do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia, não deu detalhes sobre onde e quando o gás sarin teria sido utilizado.
Ela acrescentou que os investigadores da ONU têm atuado nos países vizinhos à Síria, entrevistando vítimas, médicos e autoridades hospitalares.
Carla del Ponte afirmou que o inquérito das Nações Unidas ainda não encontrou evidências de que o governo teria usado armas químicas no conflito.
Recentemente, o governo do presidente Bashar Al-Assad sofreu duras críticas após rumores de que forças do governo teriam usado esses tipos de armas contra os rebeldes.

BBC Brasil


João Pessoa: Potencial de consumo dobra e deve movimentar R$ 14,45 bilhões




O potencial de consumo da população de João Pessoa cresceu 91% nos últimos cinco anos. Em 2013, a Capital deve movimentar R$ 14,45 bilhões em diversos segmentos da economia, como indústria, serviços e agricultura, de acordo com a pesquisa IPC Maps. Em 2008, a expectativa era de R$ 7,04 bilhões.Uma das conseqüências da elevação do potencial do consumidor paraibano foi a ampliação do número de empresas, que cresceu 166% no período - hoje são 51 mil, enquanto a Capital tinha 19 mil negócios há cinco anos.
Considerando o consumo anual per capita, o crescimento no período foi de R$ 10.178,39 para R$ 17.914,97, que corresponde a um incremento de 76%. Com isso, a economia pessoense subiu nove posições no ranking das 50 cidades brasileiras com maior potencial de consumo, saltando da 32ª para a 23ª colocação, segundo o IPC Maps 2013.Em 2008, João Pessoa era a 17ª capital do país e, na última pesquisa, ultrapassou Maceió (AL) e Florianópolis (SC). No Nordeste, a capital paraibana fica atrás de Salvador (5º), Fortaleza (8º), Recife (10º), Natal (21º) e São Luís (22º).
Para o economista Rafael Bernardino, as causas desse aumento podem ser atribuídas à estabilização da economia e aos aumentos reais do salário mínimo, que "cresceu significativamente no período, aumentando a capacidade de consumo da população em geral”, destaca.
No entanto, o especialista prevê que o consumo possa sofrer uma desaceleração nos próximos anos, sob influência da situação econômica nacional.
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