quarta-feira, 29 de maio de 2013

Rússia, América Latina e Caribe fortalecem a cooperação

América Latina, Rússia, cooperação

O abalo nos mercados financeiros mundiais e a crise da UE levaram à maior aproximação da Rússia, América Latina e o Caribe
. Sobretudo porque as economias dos dois gigantes nos últimos anos demonstraram um crescimento estável.

A ativação da cooperação comercial-econômica foi o tema principal da Conferência Internacional de Investimentos, dedicada às relações russo-latino-americanas, que se realizou em Moscou.
Há muito tempo amadureceu a necessidade de tal encontro, que reuniu embaixadores de 26 países da América Latina com representantes do governo e homens de negócios russos, considera o embaixador do México na Rússia, Rubén Beltrán Guerrero:
“Esta conferência é uma ótima possibilidade de atrair a atenção dos investidores russos para a América Latina, é o bater dos sinos que nos desperta. Nós queremos que nos conheçam mais. Pois a América Latina são 33 estados abertos para cooperação nos mais diferentes setores.”
O “despertar” já começou, declarou o vice-presidente da Câmara do Comércio e Indústria da Rússia, Georgi Petrov. Segundo ele a prolongada crise da economia global, mostrou que para o desenvolvimento estável não se pode orientar para um só parceiro, que para a Rússia foi historicamente a Europa. Em face da queda da procura nesta região, o mercado da América Latina, em rápido crescimento, representa para Moscou um interesse cada vez maior, supõe Georgi Petrov:
“O volume de comércio da Rússia com todos os países da América Latina, que no ano passado foi de 16 bilhões de dólares, indica o enorme potencial, que temos no desenvolvimento das relações econômicas externas.”
Enquanto isso na América Latina cresce a procura da exportação de alta tecnologia russa, e a cooperação com os países da região, em particular com o Brasil, México, Argentina, Venezuela ultrapassa gradualmente os limites da extração de carbonetos. Trata-se de novo mapa político e econômico do mundo, declarou o dirigente do Grupo de Embaixadores da América Latina e do Caribe (GRULAC) Jorge Luis Alvarado:
“A Rússia e a América Latina e o Caribe são verdadeiros peso-pesados na arena global, pois nossas economias produzem 50% do PIB mundial. Nós devemos procurar o fortalecimento de nossos contatos, isto será útil não apenas aos nossos povos, mas também a toda a economia mundial. Estou certo de que nos próximos decênios poderemos alcançar cifras de 100 bilhões de dólares no comércio mútuo. Isto é absolutamente viável, se nós continuarmos a desenvolver a cooperação em tais esferas como energia, altas tecnologias, conquista do cosmos, agropecuária, ramos técnico-militar e muitos outros.”
Segundo Georgi Petrov também a esfera do turismo tem grande potencial:
“No ano passado um número recorde de russos visitou a República Dominicana – mais de 120 mil pessoas, em segundo lugar ficou Cuba – com 75 mil turistas, depois vem o México com 50 mil pessoas. E esta geografia amplia-se nos últimos anos.”
Possibilitará aumentar o número de turistas russos a revogação do regime de vistos com todos os países da América Latina, assinalou o vice-presidente da Câmara do Comércio e Indústria da Federação Russa, lembrando que esta proposta foi feita anteriormente pelo vice-ministro do Exterior da Rússia Serguei Ryabkov.
O debate dos mecanismos de fortalecimento da cooperação comercial, econômica, técnico-científica e cultural da Rússia com os países latino-americanos prosseguirá em 29 de maio. Neste dia virão a Moscou os ministros do Exterior dos países coordenadores da CELAC – Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, que manterão conversações com seu colega russo, Serguei Lavrov.
VOZ DA RÚSSIA

Médicos conseguem ver interior do cérebro em atividade

Cérebro, cientistas, Doença, saúde

Os médicos russos poderão agora estudar o cérebro humano com o recurso a campos eletromagnéticos. Esse método poderá ajudar a tratar doenças como a epilepsia e a doença de Parkinson.

O Centro de Estudos Neurocognitivos da Universidade de Psicologia Pedagógica de Moscou é um laboratório único na Europa de Leste. É um espaço pequeno que tem no seu centro um sistema de aparelhos de diagnóstico com o nome de código "capacete". A pessoa se senta numa cadeira, coloca o "capacete" na cabeça e o operador "vê" literalmente no seu computador o que se passa na sua cabeça.
O vídeo na tela do computador parece a transmissão de uma espaçonave. Só que quem lá trabalha não são cosmonautas, mas sim psicólogos investigadores. De resto, a sua missão não é por isso menos importante. Eles procuram a localização de patologias que provocam diversas doenças psíquicas e neurológicas. As profundezas do cérebro são estudadas com a ajuda de um aparelho de eletroencefalograma especial, refere a diretora do Centro de Estudos Neurocognitivos da Universidade de Psicologia Pedagógica de Moscou Tatiana Stroganova:
"O aparelho mede a atividade magnética das células do cérebro. Quanto as células estão a trabalhar, elas geram à sua volta um campo elétrico".
O aparelho de encefalograma eletromagnético funciona por analogia com o aparelho de TAC (tomografia axial computadorizada), mas tem diferenças significativas. O TAC submete o cérebro à ação de um campo magnético, enquanto o aparelho de eletroencefalograma magnético regista as fracas perturbações do campo magnético que ocorrem quando o cérebro está a funcionar.
O aparelho de encefalograma eletromagnético é um aparelho extremamente sensível e, para que a radiação natural da Terra não influencie o sistema, o aparelho foi colocado numa câmara blindada especial.
O novo método de diagnóstico já foi testado em doentes com epilepsia que não reagiam positivamente à terapêutica com medicamentos. Ou seja, a perspetiva era uma operação para a remoção da zona do cérebro responsável pelos ataques, explica Alexandra Koptelova, investigadora do Centro de Estudos Neurocognitivos da Universidade de Psicologia Pedagógica de Moscou:
"Os médicos conseguiram ver que o foco da atividade epilética estava localizado em vários sítios. Se isso não tivesse sido detetado, era possível que depois da intervenção cirúrgica o paciente não se liberasse desses ataques".
O mesmo método pode detetar a origem de outras doenças graves como a esquizofrenia, a doença de Alzheimer e o autismo.
Os cientistas russos pensam que a nova aparelhagem poderá ajudar os neurofisiologistas, num futuro próximo, a começar a investigar o subconsciente.
VOZ DA RÚSSIA

MST cobra mais empenho de Dilma pela reforma agrária




Representantes dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) entregaram hoje (28) à Secretaria Geral da Presidência da República uma carta reivindicando o assentamento de 90 mil famílias acampadas no país e maior rapidez no processo de reforma agrária.
 
"Sem desapropriação de terra não tem reforma agrária. O combate ao latifúndio está muito lento e o governo Dilma tem sido um dos piores nos últimos 20 anos", diz o integrante da Coordenação Nacional do MST, Alexandre Conceição.
Além de pressionar o governo federal sobre a reforma agrária, os cerca de 400 integrantes do MST, acampados em Brasília há 83 dias, pediram a investigação sobre as denúncias envolvendo a Vale do Rio Doce.
A empresa é acusada de quebrar o  sigilo telefônico e bancário de jornalistas, trabalhadores, ambientalistas e membros de organizações sociais, além de obter acesso irregular a dados do Infoseg (sistema que reúne informações de segurança pública, justiça e fiscalização).
Outra carta, com o pedido formal de investigação sobre a empresa, foi entregue à presidenta da Comissão de Direitos Humanos do Senado, Ana Rita  (PT-ES).

Reforma Agrária

No primeiro ano de governo Dilma, o número de famílias assentadas foi o mais baixo desde 1995: apenas 21,9 mil. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), na sequência vêm 2003, com 36,6 mil assentamentos, e 2010, com 39,5 mil.
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carta encaminhada pelo MST diz que a política de criação de assentamentos está paralisada, o que fez latifundiários "intensificarem sua ofensiva política e ideológica à reforma agrária". Segundo o Censo de 2010, à época existiam 69.233 grandes propriedades improdutivas no país, que totalizam uma extensão de 228 milhões de hectares de terra.
Nessa carta, o MST também ressalta o intenso uso de agrotóxicos no Brasil: "Além disso, o agronegócio lança mão de projetos para flexibilizar a liberação de agrotóxicos e impedir que sejam proibidas as substâncias vetadas na Europa, nos Estados Unidos e em outros países.Mais de um bilhão de litros de venenos são jogados anualmente nas lavouras, de acordo com dados oficiais, que fazem do Brasil o maior consumidor de agrotóxicos do mundo desde 2009."

Vale

Em nota emitida em abril deste ano, a Vale do Rio Doce admitiu monitorar as atividades do MST e do Justiça nos Trilhos, rede de movimentos que cobra "compensação" pelos danos sociais e ambientais causados pela Vale.
Mas justificou que era para "evitar a ocorrência de acidentes as atividades, já que muitas vezes os grupos em questão ameaçam interromper a circulação de trens, impedir o acesso a instalações da empresa."
A empresa diz não ter qualquer pessoa infiltrada nos movimentos e jamais ter feito grampos ou obtido documentos pessoais de funcionário e jornalistas. A Vale do Rio Doce não respondeu à solicitação de entrevista até o fechamento da matéria.
Fonte Rede Brasil Atual

terça-feira, 28 de maio de 2013

Anvisa suspende importação e venda de remédio contra câncer de mama


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a importação, a distribuição, o comércio, a divulgação e o uso em todo o país do remédio Anastrol 1 miligrama (mg), usado no tratamento contra o câncer de mama. A resolução foi publicada nesta segunda-feira (27) no Diário Oficial da União.
De acordo com o texto, a decisão foi tomada depois que a agência registrou o descumprimento de normas regulamentares no processo de fabricação do produto, o que provocou o indeferimento da renovação de registro do Anastrol 1 mg. A resolução entra em vigor na data da publicação.
Créditos:WSCOM ONLINE.

O novo 'custo Brasil' para as velhas mentes europeias



O custo-Brasil é muito alto. Não se trata daquele “custo” sempre marretado pelo ortodoxos da superstição neoliberal, que se refere a impostos muito altos, salários aumentando além da conta, intervencionismo estatal, etc. etc. etc. Não, o custo Brasil a que me refiro é outro. Trata-se do cus
to de ver-se um país deste tamanho fazendo sombra para aquela ortodoxia. Esta vem devastando a Europa em todos os sentidos. O último destes sentidos a vir à tona de modo dramático está na sua juventude.
Os números do desemprego entre aqueles de 18 a 25 anos na Zona do Euro são o mais recente índice da catástrofe. Os dados são de estatísticas da própria União Europeia:
Alemanha,  7,9%; Áustria, 9,9%; Holanda, 10,3%; Malta, 16%; Luxemburgo, 18,5%; Estônia, 19,4%; Finlândia, 19,5%; Bélgica, 19,6%; França, 26,9%; Eslovênia, 27,1%; Chipre, 28,4%; Irlanda, 30,9%; Eslováquia, 35,9%; Portugal, 38,6%; Itália, 38,7%; Espanha, 55,5% e Grécia, 59,4%.

O aspecto mais assustador destes números está na formação de uma geração inteira de desiludidos com tudo: os “sem-esperança”.

A Suécia não está na Zona do Euro, mas tem um número elevado de desempregados entre os jovens filhos de imigrantes estrangeiros.  Especialistas vêm apontando este alto indíce como a moldura das arruaças que tomaram conta dos bairros onde estes vivem e mesmo de outros na capital, Estocolmo, durante a semana que ora termina. Centenas de carros foram queimados, delegacias de polícia foram apedrejadas, lojas tiveram vitrines espatifadas em pelo menos cinco noites seguidas de enfrentamentos.

A avaliação de acontecimentos como este e dos números do desemprego acima relatados varia muito conforme a posição do avaliador. Mas a maioria das análises correntes ressalta algum extremismo político como ponto de chegada deste descontentamento. Há os que apontam o extremismo de esquerda como o perigo subjacente; outros, o de direita. Fico entre estes.
Por mais que a desesperança desta nova “juventude transviada”(título brasileiro do filme “Rebel without a cause”, de Nicholas Ray, que consagrou James Dean, filmado em 1955) possa motivar contestações ao desarranjado sistema econômico atual, a espinha dorsal deste desespero permanece sendo a descrença na política.

É certo que é difícil manter um interesse pela atual política predominante em grande parte dos países europeus, em que as diferenças entre os social-democratas e os conservadores se reduziu a quase zero durante as décadas que se seguiram à queda do muro de Berlim e ao fim da União Sovíética.
Em muitos países, como na Alemanha, os social-democratas (no caso aliados aos Verdes) foram os introdutores das reformas neoliberais mais radicais, caso também da Espanha; ou seguiram o modelo inaugurado na Europa por Margareth Thatcher, como no caso do Reino Unido, do trabalhista Tony Blair.

Durante este tempo a esquerda foi sendo reduzida muitas vezes a uma situação quase de “reserva ecológica”, de que apenas começa a sair recentemente, como no caso da campanha de Mélenchon na França, que ajudou a “puxar” o programa de François Hollande mais para a esquerda, embora este venha zigue-zagueando agora que está no governo.
Na Alemanha, a Linke – partido de egressos do Partido Social-Democrata e militantes socialistas de diferentes procedências na antiga Alemanha Oriental – oscila entre os 6% e os 10% na preferência da maior parte do eleitorado tendo, entretanto, conseguido algumas votações expressivas em alguns casos, como em Berlim, onde chegou a participar do penúltimo governo da cidade-estado, e em estados do leste.

Enquanto isto o Brasil vai puxando a América Latina mais para a esquerda e para o otimismo em relação ao futuro, o que mostram recentes pesquisas como a publicada pelo jornal Valor, em que 59% avaliam positivamente a situação econômica do país e 88% afirmam que 2014 será melhor do que 2013. Recentemente um jornal britânico sentenciou que este é um otimismo “de fachada” e que ele disfarça o verdadeiro “mal-estar” por detrás, graças a uma taxa de investimento muito baixa.

A crítica deste jornal ao governo de Dilma Rousseff, apontados ambos  como “o” e “a” responsáveis  pelo “mal-estar” aludido, mostra o quão incômoda se tornou a sombra que o Brasil projeta sobre as políticas neoliberais que hoje são moeda corrente em solo europeu, conquistando e ao mesmo tempo devastando corações e mentes no Velho Continente, que, se continuar assim, se tornará de fato cada vez mais velho e destituído de um senso de futuro.
Fonte:Rede Brasil Atual registrado em:  

Vítimas de AVC mostram sinais de recuperação em teste com células-tronco


Pacientes que ficaram com sequelas graves após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) têm mostrado pequenos sinais de recuperação após a injeção de células-tronco no cérebro.
São cinco pacientes que estão participando de um teste clínico no Southern General Hospital, em Glasgow, na Escócia, envolvendo nove pacientes na faixa dos 60, 70 e 80 anos. A pesquisa, uma das primeiras do mundo desse tipo, pretende avaliar se o procedimento, que envolve a injeção de células-tronco na parte danificada do cérebro, é seguro. Keith Muir, da Universidade de Glasgow, responsável pelo experimento, disse à BBC estar "surpreso" com a melhora, que vai de leve a moderada, dos cinco pacientes.
Ele ressalta que ainda é muito cedo para dizer se o efeito é resultado do tratamento que os pacientes estão recebendo.
Já foi bastante documentado que o sentimento de bem-estar resultante de uma atenção médica especial dada a pacientes, conhecido como efeito placebo, pode ter uma ação positiva sobre a saúde das pessoas.
Os resultados, que serão apresentados nesta terça-feira na European Stroke Conference (Conferência Europeia sobre Derrame) em Londres, mostram que até agora não houve efeitos adversos nos pacientes, e que mais da metade dos participantes têm apresentado algum tipo de melhora. Todos os pacientes envolvidos no estudo sofreram um derrame entre seis meses e cinco anos antes de receber o tratamento. De acordo com Keith, a recuperação de qualquer um deles não era esperada. "Parece estranho que essa melhora seja apenas por acaso ou um efeito placebo", Keith disse à BBC.
"Estamos vendo coisas que são interessantes e um pouco surpreendentes. Temos visto pessoas que agora têm a capacidade de mover os dedos depois de vários anos de paralisia completa. Temos visto pacientes que foram capazes de andar dentro de casa enquanto anteriormente dependiam da ajuda, e pessoas que passaram a reconhecer o que está acontecendo ao seu redor."
"Minha expectativa era de que veríamos uma mudança muito pequena, e se houvesse alguma mudança, seria uma mudança relativamente curta, que não duraria muito tempo. (Mas) temos visto mudanças que foram mantidas ao longo do tempo", disse Keith.
Frank Marsh, de 80 anos, teve um acidente vascular cerebral há cinco anos. Antes do derrame, Frank, um ex-professor, estava em forma e era um bastante ativo pianista e membro de um coral.
O AVC o deixou com pouca força e coordenação na mão esquerda, e falta de equilíbrio. Ele precisa de uma bengala para ajudá-lo a mover-se ao redor da casa e não pode mais tocar piano.
Após a injeção de células-tronco na área danificada do cérebro, o equilíbrio e a mobilidade melhoraram, assim como sua força na mão. Ele agora pode amarrar o cadarço de seus sapatos.
"Agora posso segurar as coisas que eu não conseguia aderência antes, como os corrimãos nas piscinas", disse Frank.
Leia mais em BBC Brasil.

Meteoritos ameaçam futuras bases lunares

Meteoritos ameaçam futuras bases lunares

Como está sério o problema dos meteoritos na Lua? A Rússia e outros p
aíses pretendem construir no nosso satélite bases habitáveis de longo prazo, embora agências espaciais prefiram não mencionar excessivamente os perigos que lá esperam os humanos. A recente colisão de um corpo celeste com a Lua mostrou a atualidade deste problema.

Um meteorito cravou-se na parte escura da Lua. Sua fulguração foi observada a partir da Terra como estrela da quarta magnitude. A colisão ocorreu em 17 de março e foi comunicada só há dias pela NASA e, posteriormente, por outras agências. Cientistas calcularam os parâmetros do corpo: a dimensão ronda um meio metro, o peso – 40 kg, a velocidade supera 25 km por segundo. A energia de colisão equivalia a cinco toneladas de TNT, produzindo uma cratera de 20 metros de diâmetro.
Este foi o maior meteorito dos aproximadamente trezentos, cujas colisões foram registrados a partir de 2005, quando começou o programa de observações permanentes da Lua. Podemos imaginar o que aconteceria, se uma pedra de 40 kg atingir um módulo habitável! Lembre-se que sua enorme velocidade seria mantida, porque na Lua não há atmosfera que a possa afrouxar.
A Lua, de fato, é marcada de crateras, mas a probabilidade de queda de um grande meteorito num lugar concreto é ínfima, considera Vladimir Surdin, astrónomo da Universidade Estatal de Moscou:
“Não haverá perigo para os astronautas na superfície da Lua. Tais grandes meteoritos caem muito raramente. É pouco provável que possam atingir uma base ou um astronauta na Lua. Isso pode acontecer uma vez em vários milénios”.
São mais perigosas partículas pequenas de tamanho de cabeça de um fósforo e menores que seriam queimadas na atmosfera terrestre, mas na Lua podem chegar à superfície. Tais partículas podem danificar aparelhos ou perfurar escafandro e o astronauta pode morrer asfixiado. Felizmente, tal não aconteceu durante as missões Apollo, continua o perito:
“Na totalidade, astronautas estiveram na Lua aproximadamente uma semana e meia e não tiveram danos causados por meteoritos. Mas uma base de longo prazo deverá ser coberta por uma camada de solo de 2 a 3 metros, que a protegerá contra micrometeoritos. Tais golpes não podem ser evitados durante vários anos. Não é difícil escavar na Lua, porque a força de gravidade é pequena”.
Planejando não apenas missões lunares, mas também marciais é necessário considerar este perigo, considera o chefe da seção da física de sistemas estelares do Instituto de Astronomia da Academia de Ciências da Rússia, Oleg Malkov:
“Marte, neste sentido, ocupa um lugar intermediário entre a Lua e a Terra. Este planeta tem uma fraca atmosfera diferentemente da Lua. Mas ela não é tão forte como a da Terra. Marte atrai menos meteoritos do que a Terra e mais do que a Lua. Marte está mais próximo ao cinturão de asteroides, que é o principal "fornecedor" de pedras celestes”.
Recentes crateras de meteoritos na Lua abrem solo em grande profundidade e é possível encontrar nestes locais interessantes amostras geológicas. Tem sentido fazer pousar as futuras expedições ao lado destes pontos, acrescenta Vladimir Surdin. As coordenadas de crateras estão sendo precisadas por satélites lunares.
Cientistas estão preocupados por mais um fenômeno: a fulguração na Lua coincidiu com um reforço da queda de meteoritos na Terra, que foram grandes, atingindo camadas inferiores da atmosfera e não parecendo com uma “chuva estelar” comum. Existe uma hipótese de que o sistema Terra – Lua teria atravessado periodicamente uma acumulação gigantesca de corpos do cinturão de asteroides.
VOZ DA RÚSSIA