terça-feira, 2 de julho de 2013

Síria: rebeldes decapitaram publicamente um padre católico

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Rebeldes sírios decapitaram publicamente um padre católico num mosteiro no norte do país, informou o Vaticano.

Fontes sírias afirmam que os agressores estão ligados ao grupo jihadista Frente al-Nusra, o qual, por sua vez, tem ligações estreitas com a Al-Qaeda.
François Murad de 49 anos foi decapitado há oito dias. As circunstâncias da morte do sacerdote por enquanto não estão completamente claras, mas relatos de que o mosteiro franciscano onde ele se encontrava foi atacado por rebeldes, foram confirmados.
VOZ DA RÚSSIA

Petistas pedem a saída imediata do partido dos governos Cabral e Paes no Rio



Em nota encaminhada nesta segunda-feira aos diretórios e bancadas estadual e municipais do PT no Rio de Janeiro, parlamentares e militantes de diversas correntes petistas pedem o fim da aliança entre PT e PMDB no Estado. A nota é assinada pelo deputado federal Alessandro Molon, Articulação de Esquerda, Militância Socialista, Esquerda Marxista, Vertente Sindical, O Trabalho, Coletivo de Educadores Socialistas e Núcleo Largo do Machado.
A reivindicação pela saída imediata do partido dos governos Cabral e Paes foi debatida na última sexta-feira, durante ato realizado por este grupo de militantes na sede do PT no Rio de Janeiro, e foi motivada sobretudo pela repressão violenta às manifestações que tomaram as ruas da capital nas últimas semanas. 
Há, no entanto, uma série de insatisfações por parte dos militantes petistas em relação às políticas implementadas pelos governos do PMDB, tais como o descaso com o transporte público, a relação promíscua com as concessionárias, as remoções, e a entrega do patrimônio público a grupos privados.
"Desde o início fomos contra participar desses governos do PMDB; aqui no Rio eles orientam o investimento público em favor da especulação e da carestia. São governos que promovem a violência institucional contra a cidadania, contra a vida! Uma parcela crescente da militância não está mais disposta a silenciar sobre isso. É a hora da verdade do PT-RJ, que precisa ter humildade para ouvir as vozes das ruas e reorientar o seu caminho", defende um dos organizadores do encontro, Renam Brandão, da Articulação de Esquerda.
Veja a nota na íntegra:
Nota às direções e bancadas municipal e estadual do PT 
Militantes de base, dirigentes partidários, lideranças sociais, novas e antigas gerações de petistas, reunidos na sede do nosso partido dia 28 de junho de 2013, avaliando a conjuntura e a prática dos governos do PMDB fluminense, marcados pelo descaso com o transporte público - caro, ineficiente, de péssima qualidade e inseguro - e pela promiscuidade com concessionárias, por remoções, pela repressão aos setores populares e pela entrega do patrimônio público a grupos privados, como foi o inaceitável caso do Maracanã, entendem que não é possível mais adiar o fim da aliança pragmática-eleitoral do PT-PMDB no Rio de Janeiro. Por isto, reivindicamos o debate na direção municipal do PT da capital, na direção estadual do PT, na bancada municipal e na bancada estadual sobre a saída imediata do partido dos governos Cabral/Paes.
Terra

Bispo quer Concílio para tratar de abusos sexuais


Geoffrey Robinson disse que, ao reavaliar ensinamentos sobre moralidade sexual, a Igreja poderia evitar abusos

 Humilde, idealista e revolucionário, o bispo australiano Geoffrey Robinson está propondo mudanças radicais na Igreja Católica: a inclusão das mulheres no sacerdócio, o fim do celibato obrigatório e a reavaliação dos ensinamentos relacionados à moralidade sexual. Segundo o religioso, essas alterações contribuiriam para o fim dos casos de abuso sexual nas paróquias e instituições ligadas à Igreja. Com outros dois bispos, Robinson lançou um abaixo-assinado pedindo a criação de um Concílio para tratar do assunto.
Autor do livro For Christ's Sake: End Sexual Abuse in the Catholic Church... For Good! (Pelo Amor de Cristo: Pare o Abuso Sexual na Igreja Católica... Para Sempre!), ainda sem tradução para o português, Robinson falou com exclusividade para o Terra.
Modesto, o bispo nega a liderança de uma revolução dentro da Igreja, mas suas propostas enfrentam resistências. “A petição precisava ser feita. Estou enfrentando desafios enormes, mas não estou preocupado com as consequências. Sei que existem pessoas que estão contra, mas recebo apoio de várias outras”, desabafa o religioso, que também defende maior participação dos fiéis nos rumos da Igreja.
O abaixo-assinado pedindo mudanças surge logo após a criação de uma comissão nacional para investigar os casos de abuso sexual de menores, especialmente na Igreja Católica, na Austrália. Durante os trabalhos, que devem terminar em dezembro de 2015, pelo menos cinco mil vítimas serão ouvidas. “Existem três fatores fundamentais na erradicação do problema: identificar e afastar os ofensores, encontrar e dar apoio a todas as vítimas e sobreviventes, e identificar e resolver as causas. Esse último não está sendo analisado”, lamentou.
O celibato obrigatório é perigoso para o catolicismo, na opinião do religioso. “Nâo tenho nada contra o celibato em si, como o de Madre Teresa por exemplo, mas há um grande número de padres forçados a viver uma abstinência que não querem”, diz.
WSCOM E TERRA

Dilma promete atenção para estabilidade fiscal e controle da inflação




Na semana passada, a presidenta recebeu pela primeira vez em seu governo representantes de movimentos sociais e organizações da sociedade civil, que de alguma maneira participaram dos protestos. Dilma também reuniu prefeitos das capitais e governadores para apresentar as medidas que o governo deve adotar em resposta às demandas levadas às ruas durante as manifestações.

A presidenta Dilma Rousseff prometeu há pouco que o governo estará atento para a manutenção do equilíbrio fiscal do país. De acordo com ela, a estabilidade econômica ajuda no controle da inflação e deixa o país mais preparado para enfrentar as turbulências internacionais.
“Em relação à estabilidade [econômica], estamos atentos para a robustez fiscal do país. Isso significa maior controle da inflação. A estabilidade é importante neste momento em que há transição de política econômica, principalmente do Banco Central norte-americano, que está passando de uma política de expansão monetária para contenção da liquidez internacional”, declarou a presidenta.
Dilma destacou ainda que a estabilidade econômica é um dos cinco pactos propostos em reunião com governadores e prefeitos na semana passada. Ela interrompeu a reunião ministerial, a terceira de seu governo, para dar esclarecimentos à imprensa. O encontro começou por volta das 17h e, de acordo com a presidenta, ainda levará várias horas.
A reunião também trata, segundo a presidenta, da ideia de fazer um plebiscito para consultar a população sobre qual a reforma política que o povo brasileiro quer. “É importante que haja uma consulta popular para que ela balize a reforma política que se quer fazer”, disse.
Na avaliação de Dilma, as manifestações no Brasil não são parecidas com os protestos em outros lugares do mundo, que são contra quadros de recessão, desemprego ou pedindo democracia e direitos humanos. “No Brasil, o que se quer são mais direitos, mais participação e mais, sem dúvida, ação do cidadão”.
A presidenta interrompeu a reunião ministerial para falar com os jornalistas, ao lado do ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Depois, o encontro com os ministros terá seguimento.
Além de 37 ministros, os líderes do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), e no Congresso, José Pimentel (PT-CE), participam da reunião na residência oficial da Granja do Torto. Somente os ministros da Cultura, Marta Suplicy, e das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que estão em viagem ao exterior, não estão no encontro, mas mandaram representantes.
No fim de semana, Dilma teve reuniões com os ministros das Comunicações, Paulo Bernardo, e da Saúde, Alexandre Padilha. Hoje (1°) pela manhã, a presidenta recebeu o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Violência e vandalismo das manifestações no Brasil não têm nada de nobre


Brasil, protesto

Se demorou dias até que muitos entendessem que a miscelânia de reivindicações se deu por causa da alienação de décadas e uma crescente insatisfação com tudo que representa as mazelas do Brazilian way of democracy, só agora começa ficar mais claro que a violência e o vandalismo que marcam as manifestações de rua também pegaram carona com intenções muito menos nobres. O movimento contra o aumento das tarifas mostrou que era possível levar muita gente às ruas e se fazer ouvir, abrindo caminho para outros pleitos, da mesma forma que vândalos e até criminosos perceberam que poderiam dar vazão aos
seus instintos no meio das multidões.

É verdade que dois gatilhos foram acionados - a radicalização de alguns grupos nas primeiras ondas de protestos e a participação oportunista da militância dos partidos de esquerda e extrema-esquerda, até que o governo federal também virasse vidraça, estimulando as escaramuças com grupos que não queriam presentes as bandeiras partidárias.
No primeiro caso, ainda contou com a exacerbação da violência desproporcional das despreparadas (contra distúrbios de rua) polícias militares. Até que a pressão contra a repressão policial fez os governadores mandarem as tropas evitar a pancadaria, as balas de borracha e o gás lacrimogênio, recuo este que igualmente abriu espaços para a entrada em cena da turba antissocial.
Tentar achar um leitmotiv ideológico-político e justificável para os distúrbios violentos que se espalham feito rastilho é mera especulação. Talvez sociológico seja possível, como pano de fundo: o Brasil é uma sociedade injusta, com bolsões e cinturões de pobreza em qualquer cidade, com farta munição para gerar desassistidos sem ideologia, entre os quais os criminosos plantam raízes. E o Brasil é um país violento, sim, e os números de criminalidade comprovam, a despeito do estereótipo de bonachão que o brasileiro fez de si mesmo e que o mundo comprou.
São esses que agora protagonizam a maioria dos casos de vandalismo, saques e outros crimes. Como enquanto, a comunidade da Rocinha, a maior favela carioca, no começo da semana foi às ruas pedir melhorias no morro, um grupo deslocado de vândalos ateava fogo às lixeiras. Ou como quando, no mesmo dia, do outro lado do Rio de Janeiro, manifestantes fecharam a Via Amarela reivindicando melhores condições de transporte nos abandonados subúrbios, e bandidos aproveitaram para fazer arrastão nos carros parados no congestionamento (a ação policial nessa operação resultou em 10 mortes, sendo dois inocentes).
Misturados com a multidão pacífica, com a sensação de que estão protegidos – quem tem coragem de enfrentá-los? – esses grupos aproveitam-se do momento histórico que o Brasil vive. Há também os desgarrados, isolados, pertencentes ou não a alguma fação ou partido, que vão no vácuo expor seus recalques e exibicionismo.
Vem sendo flagrante igualmente a participação violenta de skinheadse outros denominados de extrema-direita, bem como um grupo autodenominado anarquista, nos dois casos em São Paulo. São outros que vivem em guetos e aproveitaram covardemente a oportunidade para atacar, pois isolados apenas atacam nas sombras algum pobre coitado caído bêbado em algum ponto de ônibus, tal qual vem sendo registrado em várias cidades do Sul e Sudeste.
Ora, os primeiros, no Brasil e no mundo, são um bando de baderneiros, quando muito alinhados a supremacistas, que pregam o anticomunismo sem saber direito do que se trata. Dos pseudoanarquistas, nem há muito o que falar, a não ser que eles nada têm daquilo que foi defendido por Mikhail Bakunin, Errico Malatesta e Pierre-Joseph Proudhon.
O rastro de destruição gratuita deixado até o momento é muito maior, mas que o Brasil está vivendo seu momento de Praça Taksim e Ocupe Wall Street é inegável, com chances de dar melhores resultados do que o movimento de Istambul e de Nova York, guardadas as devidas proporções.
A opinião do autor pode não coincidir com a opinião da redação.

Por que as pessoas temem tanto as ameaças cósmicas?

Por que as pessoas temem tanto as ameaças cósmicas?

Por que as pessoas temem os asteroides, corpos interestelares que cortam o Universo em eterna viagem solitária? O que os assusta? A ameaça oculta, que por enquanto não podemos enfrentar, ou as próprias ideias sobre a efemeridade da vida, que lembra a impotência diante da morte?

A psicóloga Irina Lukianova ajudou a Voz da Rússia a entender as causas da histeria em massa em torno de meteoritos e asteroides. Por exemplo, por que fez tanto barulho o meteorito de Chebarkul, caído em 15 de fevereiro de 2013 na região de Chelyabinsk.
"Isto ocorreu então, quando ninguém esperava. Não houve qualquer aviso de que esse meteorito cairia. Porque os radares por enquanto não podem registrar a aproximação de objeto tão pequeno segundo as medidas cósmicas. Mas justamente este momento de “não aviso” chocou fortemente as pessoas. E apesar de a queda do meteorito não ter causado grandes destruições, ela teve consequências mais profundas: ela destruiu a fé das pessoas na própria segurança. Verificou-se que nós somos impotentes diante das ameaças externas. E justamente esta impotência é que assusta e irrita as pessoas."
Em dezembro de 2012 os habitantes da Terra esperavam a chegada de Nibiru, o mítico planeta X, que deveria por fim a toda a vida e desse modo realizar a profecia maia sobre o fim do mundo. Não ocorreu a catástrofe universal.
Depois todos, com o coração nas mãos, acompanharam como o asteroide 2012 DA14 voou em proximidade direta da Terra. Na opinião da psicóloga a ameaça do fim do mundo e o medo de cataclismos naturais e de extraterrestres remetem a humanidade a nossas fobias profundas e subconscientes. Sendo que a realidade é inquietante no mundo. A Coreia do Norte e o Irã, com seus programas nucleares, a crise financeira no Chipre, a situação na Síria. Nos últimos anos o mundo parece cada vez mais e mais uma grande úlcera a sangrar. A tensão geral aumenta. As pessoas perdem o emprego, perdem o bem-estar financeiro, a crença numa vida tranquila. Na opinião de Irina Lukianova:
"Em tais momentos as terríveis lendas sobre o fim do mundo, onde cada um receberá o que merece, parecem-nos especialmente atraentes. Pois, às vezes queremos destruir o mundo, onde não há justiça e igualdade e construir sobre suas ruínas um mundo novo e perfeito. Entretanto este é um enfoque profundamente infantil. Por nossa própria impotência queremos destruir e sermos destruídos, punidos."
Justamente neste momento nós concentramos nossa atenção nas ameaças externas. Por exemplo, as que partem do cosmos. É como na infância, se você se comporta mal, sabe que a punição dos pais não se fará esperar. Neste caso, justamente o “cosmos perigoso” ou a “natureza que não pode ser dominada pelo homem” desempenham o papel de pais que punem. Nós tememos a punição e sabemos que ela é inevitável. Este processo é velho como o próprio mundo. Disto vêm as antigas profecias sobre o Apocalipse, baseadas na mesma psicologia da criança “desobediente” em forma de humanidade pecadora e Deus ou as forças naturais em forma de pai “severo porém justo”.
Assim que o tema do “Grande Dilúvio” ou da “Chuva de Fogo do Céu” não será esgotado enquanto não ocorrer de verdade. Nós tememos meteoritos e asteroides, como também terremotos e tsunamis. A humanidade teme aquilo sobre o qual não pode influir e escapa ao controle. O desconhecido e a própria impotência assustam. Porém acima de tudo assusta a morte. O único meio de livrar-se dos temores é entender que todos no mundo, naturalmente, e cada um vive o tanto quanto lhe foi destinado.
É absurdo acompanhar cada asteroide que voa ao lado da Terra. A atenção não mudará a trajetória de seu voo. E a trajetória de sua vida pode perfeitamente ser virada para um lado melhor, está convicta a psicóloga Lukianova. Basta apenas concentrar-se não nos temores, mas nas maravilhosas coisas pequenas que ocorrem diariamente conosco, e que são a vida.

Brasil constrói submarino atômico próprio

Dilma Rousseff, Brasil, presidente


O site informativo Lenta.ru publicou um grande artigo intitulado “Carnaval Atômico”, em que se constata que a construção de um submarino atômico ajudará o Brasil a elevar a sua economia.

Quando se soube que na cidade de Itaguaí, Estado do Rio de Janeiro, foi criado um estaleiro de construção de submarinos, os peritos indagaram: contra quem e em prol de que pretende lutar o país mais bem-sucedido da América Latina?
A direção do Brasil e os representantes dos círculos militares do país declararam reiteradas vezes que a frota de submarinos será utilizada exclusivamente a fim de defender as reservas submarinas de petróleo do país e as plataformas de pesquisa, destinadas a ampliar ainda mais estas reservas. Na cerimônia de inauguração do estaleiro de Itaguaí a presidente Dilma Rousseff chamou a atenção para o fato de que esta arma será utilizada exclusivamente a fim de manter a paz.
"Eu gostaria de louvar um fato que é muito importante: uma indústria de defesa, como disse o ministro Celso, é uma indústria da paz. Mas eu acho que a indústria da defesa é, sobretudo, a indústria do conhecimento. Aqui se produz tecnologia, aqui tem também um poder imenso de difundir tecnologia. É isso que nos outros países a indústria de defesa faz.
Nós somos uma nação muito característica. Nós somos um país continental, nós vivemos em profunda paz com todos os nossos vizinhos. Nós somos uma região do mundo que não faz disputas bélicas, não tem conflitos e, sobretudo, uma região pacífica. Todos nós temos consciência, no entanto, que o mundo é um mundo complexo. O Brasil assumiu, nos últimos anos, uma grande relevância. Um país como o Brasil tem esse mérito de ser um país pacífico. Isso não nos livra de termos uma indústria da defesa e temos toda uma contribuição a dar na garantia da nossa soberania, e nos inserirmos cada vez de forma mais pacífica e dissuasória preventivamente no cenário internacional."
O projeto de criação do submarino atômico próprio, - atualmente em fase de desenvolvimento no Brasil, - permitirá a este país atingir um novo nível geopolítico. O Brasil está convencido de que a criação do submarino atômico próprio permitirá tornar mais próximo o objetivo almejado – ser membro permanente do Conselho de Segurança. Foi isso que a presente Rousseff anunciou com orgulho.
"Nós podemos dizer, com orgulho, que essa obra, ela é produto da iniciativa de várias, de múltiplas instituições privadas e públicas. Podemos dizer que, de fato, com ela nós entramos no seleto grupo que é aquele dos integrantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas - únicas nações que têm acesso ao submarino nuclear: Estados Unidos, China, França, Inglaterra e Rússia."
O Brasil será o sétimo país do mundo possuidor de submarinos atômicos. O plano de criação destes submarinos foi anunciado ainda em 2008. Foi resolvido, afinal, construir cinco novos submarinos, cada um dos quais irá custar 565 milhões de dólares. Um dos navios terá um reator atômico. Os militares brasileiros afirmam que os submarinos serão utilizados exclusivamente para defender as reservas submarinas de petróleo e as plataformas de pesquisas, destinadas a ampliar estas reservas. O perito militar Viktor Litovkin assevera que o Brasil olha dezenas de anos à frente. Existem duas regiões de interesses brasileiros – na África, onde são possíveis colisões políticas com os países europeus e com a China, e, hipoteticamente, na Antártida. O Brasil, um país de economia emergente e de crescente potencial militar, faz desta maneira um requerimento para o futuro, demanda o seu direito de participar da geopolítica em pé de igualdade com outros jogadores mundiais”. Não se pode subestimar as ambições do Brasil, que demanda o papel de uma superpotência regional.
De acordo com a Estratégia de Defesa Nacional do Brasil, o submarino atômico deve surgir em 2013. Já foram dados passos preliminares em direção a este objetivo: no país foi criada uma empresa que irá produzir hexafluoreto de urânio, começou o desenvolvimento do projeto do sistema de propulsão nuclear, foi criado um estaleiro e realiza-se a preparação de quadros de operadores de reatores nucleares. Na realidade, o Brasil pode repetir o êxito da companhia aeronáutica Embraer, - mas desta vez no mar. Apesar da ausência de razões militares para a realização do projeto de criação da frota submarina, ele não deixa de ter bases políticas e econômicas.

VOZ DA RÚSSIA