domingo, 7 de julho de 2013

Minas Gerais tem o maior número de casos de dengue dos últimos seis anos


Minas Gerais atingiu o maior número de casos de dengue dos últimos seis anos em 2013. São 205.039 registros confirmados da doença no Estado segundo balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde nesta sexta-feira (5). O número de mortes subiu para 94.
Os casos confirmados neste ano superaram os da última epidemia da doença em Minas, ocorrida em 2010, quando 194.636 pessoas tiveram dengue. O número já é quase dez vezes maior que o do ano passado, quando a doença atingiu 22.105 pessoas.
Em um intervalo de uma semana, foram registradas cinco mortes em decorrência da dengue. O total de 94 óbitos só é menor que o de 2010, quando 106 pessoas morreram. Em 2012 foram 18 óbitos.
O governo atribui o aumento de casos à transmissão do vírus tipo 4, que foi detectado no Brasil pela primeira vez nas últimas três décadas em 2010 e chegou a Minas Gerais em setembro de 2011. Por este motivo, pessoas com menos de 30 anos ficaram mais propícias à contaminação, que também se favorece pela falta de cuidados com recipientes que acumulam água parada.

Confira as cidades onde houve mortes registradas: Uberaba (20), Uberlândia (3), Juiz de Fora(3), Mamonas (1), Carangola (2), Frei Gaspar (1), Buritizeiro (1), Ituiutaba (2), Ipanema (3), Teófilo Otoni (5), Cataguases (1), Pirapetinga (1), Pirapora (1), São Geraldo do Baixio (1), Montes Claros (3), São João da Ponte (1), Cláudio (1), Carneirinho (1), Campos Altos (1), Contagem (3), Muriaé (3), Sete Lagoas (4), Sacramento (1), Aimorés (1), Itaúna (1), Belo Horizonte (7), Pedro Leopoldo (1), Santa Luzia (3), Águas Formosas (1), Santa Margarida (1),Carlos Chagas (1), Bocaiúva (1), Ubaporanga (1), Nova Serrana (1),Conquista (1),Itambacuri (1),Ponto Chique (1), Patos de Minas (1), Manhuaçu (1), Monte Carmelo (1), Santo Antônio do Monte (1), Iturama (1), Além Paraíba (1), Santana do Paraíso(1), Divinópolis (1) e Ribeirão das Neves (1).
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sábado, 6 de julho de 2013

Ataque a escola deixa 30 mortos na Nigéria

Exército nigeriano (Foto AP)

Pelo menos 29 alunos e um professor foram mortos em um ataque de um suposto grupo islâmico radical a uma escola no nordeste da Nigéria.
Testemunhas disseram que algumas das vítimas foram queimadas vivas no ataque, que ocorreu na cidade de Mamudo, no estado de Yobe.
Dezenas de escolas nigerianas foram queimadas em ataques semelhantes desde 2010.
Yobe é um dos três estados para os quais o presidente Goodluck Jonathan declarou estado de emergência em maio.
Milhares de soldados teriam sido enviados para proteger a região.
Um repórter da Associated Press descreveu cenas dramáticas ocorridas em um hospital em Potiskum, localidade próxima a Mamudo, onde pais desesperados tentavam encontrar os filhos entre corpos carbonizados e vítimas de bala.
Sobreviventes disseram que os supostos militantes atearam fogo à escola com galões de combustível.
Alguns alunos teriam sido queimados vivos, outros teriam sido baleados enquanto tentavam fugir.
O correspondente da BBC em Lagos, Will Ross, diz que a região tem sido alvo de ataques do grupo radical Boko Haram.
Desde 2012, mais de 600 pessoas teriam sido mortas por esse grupo, que luta para derrubar o governo e estabelecer um Estado islâmico no norte da Nigéria.

BBC Brasil

Governo lança Programa Mais Médicos para o Brasil na próxima segunda-feira

Programa de contratação de médicos estrangeiros será lançado nesta segunda-feira

O governo vai lançar na próxima segunda-feira (8) o Programa Mais Médicos para o Brasil, que prevê a ampliação de vagas de residência médica e contratação de milhares de médicos, inclusive profissionais estrangeiros. O anúncio será feito no Palácio do Planalto pela presidenta Dilma Rousseff e os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Educação, Aloizio Mercadante.
Os objetivos do programa, segundo o governo, são melhorar o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) e a formação dos médicos brasileiros. As propostas foram apresentadas pelo governo no fim de junho, em um pacote de anúncios para melhoria dos serviços públicos em resposta às manifestações que ocorreram no país.
A contratação de médicos estrangeiros é o ponto mais polêmico do programa e tem sido alvo de críticas de associações de médicos. Segundo Padilha, os médicos estrangeiros serão contratados para trabalhar em regiões pobres e no interior do país, quando as vagas não forem preenchidas por brasileiros.
Os profissionais estrangeiros vão passar por treinamento durante três semanas em universidades brasileiras para avaliar a capacidade de se comunicar em língua portuguesa e as habilidades em medicina. Só após o treinamento começarão atender aos pacientes. Os estrangeiros atuarão apenas na atenção básica à saúde e pelo período de três anos.
Entidades contrárias à medida, como o Conselho Federal de Medicina, argumentam que o problema da falta de atendimento à saúde no interior do país se deve à falta de estrutura e não de médicos, e exigem que os profissionais estrangeiros passem pelo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, o Revalida, antes de começarem a trabalhar no Brasil.

Entidades do campo cobram menos burocracia e mais agilidade do governo


Movimentos sociais ligados ao campo cobraram hoje (5) do governo mais agilidade e menos burocracia para resolver questões como a reforma agrária e a melhoria dos serviços públicos nas cidades. Representantes de 11 entidades, entre elas o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST),
a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), estiveram nesta sexta-feira com a presidenta Dilma Rousseff para discutir o atual momento do país após a onda de manifestações que tomaram as ruas.
“Elencamos alguns elementos e trouxemos para a presidenta Dilma. É preciso e urgente que o governo se desburocratize e possa fazer mais pelo povo brasileiro. Os pontos centrais discutidos foram a reforma agrária, a saúde e a educação”, relatou Alexandre Conceição, da direção nacional do MST, porta-voz da reunião. "Só diálogo não basta, tem que ter a política."
As entidades campesinas vão se juntar às manifestações convocadas pelas centrais sindicais para o dia 11 deste mês, em defesa da realização do plebiscito sobre a reforma política. Além dos pontos defendidos pelo governo, como a consulta sobre o financiamento público de campanhas, os movimentos sociais querem que o processo inclua temas mais amplos sobre a participação popular.
“Vamos fazer um debate sobre o plebiscito, em que as questões não sejam apenas de cunho eleitoral, têm que ser de participação política, porque não nos sentimos mais representados por este Congresso, que é financiado pelo grande capital”, disse. “Sempre defendemos o plebiscito popular, porque sempre defendemos a participação do povo naquilo que vai afetar a vida do povo diretamente”, acrescentou.
Segundo Conceição, o MST e outros movimentos sociais do campo “sempre estiveram nas ruas” e estão de acordo com as demandas urbanas apresentadas durante as manifestações que ocorreram no país, principalmente as reivindicações ligadas ao transporte público e à saúde.
“A participação popular e a representatividade sempre foram bandeiras do povo e bandeiras nossas, não é uma bandeira do governo. Vamos para a rua, não para defender o governo, mas para defender projeto político. E nosso projeto político é a reforma agrária, é a produção de alimentos saudáveis, é isso que vamos defender, e também nos solidarizar com a luta das cidades, que hoje estão inviabilizadas”, disse. Segundo o dirigente do MST, o governo fez uma “autocrítica” e reconheceu que é preciso investir mais em transporte público e melhorar as condições das cidades.
Também participaram da reunião com Dilma representantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), do Movimento Mulheres Camponesas (MMC), da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), da Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra), da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), da Pastoral da Juventude Rural e do Movimento Camponês Popular.
Na próxima semana, Dilma deve continuar a receber movimentos sociais e organizações da sociedade civil em reuniões com indígenas, lideranças evangélicas, organizações de mulheres e o movimento negro.
 Agência Brasil

Alagoas tem aumento de 77% nos casos de diarreia este ano

De janeiro a julho deste ano, 66.849 pessoas tiveram diarreia no estado de Alagoas, um aumento de 77% no número de casos em relação ao mesmo período de 2012, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) do governo alagoano. A recomendação da secretaria é que a população sem acesso à água tratada deve usar hipoclorito de sódio (água sanitária) para tornar a água potável.
Em audiência pública que ocorreu ontem (4) na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, o Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, vinculado à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, informou que, em menos de dois meses, 37 pessoas morreram de diarreia em Alagoas. Dos 102 municípios do estado, 25 estão passando por uma epidemia e 46 estão em situação de alerta.
De acordo com informação do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, uma das causas do grande número de pessoas com diarreia é a distribuição de água sem tratamento por carros-pipa no interior do estado. Segundo nota técnica do órgão, “os carros-pipa estão captando água bruta e não estão realizando nenhum tipo de tratamento, antes de disponibilizá-la para a população, o que causa alto risco à saúde”.
Depois de analisar a qualidade da água encontrada nas chamadas fontes alternativas utilizadas pela população no interior de Alagoas, o que inclui locais de armazenamento de água trazida por carros-pipa, a Sesau confirmou que as amostras apresentavam "alterações".
A Sesau também está recomendando que a população reforce os cuidados com higiene pessoal e dos alimentos, além de fazer o tratamento caseiro da água. No mês passado, o Ministério da Saúde enviou 375 mil garrafas de água sanitária ao estado para que sejam distribuída entre os municípios. De acordo com orientação do Portal da Saúde, do governo federal, a água está pronta para o consumo 15 minutos após receber duas gotas do produto.

Caminhoneiros fizeram 92 bloqueios de estradas em quatro dias


 A greve dos caminhoneiros, entre os dias 1º e 4, resultou em 92 interdições em rodovias federais e estaduais em dez estados, segundo balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Vinte e sete pe
ssoas foram presas durantes as manifestações. No Rio Grande do Sul (RS), um dos estados mais atingidos pelas paralisações, a PRF contabilizou 35 bloqueios em sete rodovias, como a BR-101, a BR-116 e a BR-392.
A assessoria da PRF do Rio Grande do Sul informou que 50 caminhões e duas viaturas da polícia rodoviária foram apedrejados e dez manifestantes foram presos por desobediência e formação de quadrilha. Um caminhoneiro de 44 anos foi morto na noite de quarta-feira (3) ao ser atingido por uma pedra que atravessou o para-brisa do veículo que dirigia depois de passar por um bloqueio na BR-116, na altura do município de Cristal.
Em Minas Gerais, de acordo com a assessoria de imprensa da PRF, ocorreram 17 interdições nas rodovias federais BR-381, BR-040, BR-116 e BR-251, sem registro de prisões de manifestantes.
A categoria reivindica redução nos custos dos transportes, com subsídio no preço do óleo diesel, isenção do pagamento de pedágios para caminhões e a criação da Secretaria do Transporte Rodoviário de Cargas, vinculada à Presidência da República. Os caminhoneiros também pleiteiam a votação e sanção do projeto de lei que modifica a Lei 12.619/12 (Lei do Motorista).
Na quarta-feira (3), uma comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou o projeto que altera a Lei do Motorista. Pela proposta, o motorista pode dirigir durante seis horas consecutivas. A legislação atual obriga o motorista a fazer uma pausa de, pelo menos, 30 minutos a cada quatro horas na direção.
 Agência Brasil

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Governo arma operação para desmentir estrago criado por Temer sobre plebiscito em 2014


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Ministro da Justiça reforça que governo quer plebiscito 'o mais rápido possível' e vice-presidente emite nota recuando em declaração de que reforma política valeria apenas em 2016



Depois do estrago causado pelas declarações do vice-presidente Michel Temer na manhã desta quinta-feira (4), quando deu a entender que o Executivo concordou com a realização de um plebiscito só em 2014 e depois voltou atrás, a tarde foi de trabalho no governo e no Congresso para uma pequena tropa de choque. Deputados, senadores e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, trataram de se mover em várias direções, cada um, no sentido de tentar fazer novas costuras, desfazer o que chamaram de mal entendido – embora ainda não esteja claro se foi mesmo – e intensificar que a ideia do plebiscito já está consolidada e que a consulta pode até não ser realizada este ano, mas trabalharão intensamente para que ocorra.

Em nota encaminhada à imprensa, Cardozo reafirmou a posição do Executivo de que a reforma política entre em vigor já nas eleições de 2014. “O governo reitera que o ideal é que a reforma política seja realizada para as eleições de 2014. Obviamente que caberá ao Congresso, avaliando as respostas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), definir isso”, destacou. O ministro da Justiça acrescentou, ainda, que, com relação ao prazo, vai pedir para o Legislativo avaliar melhor a data de realização da consulta popular e fará reunião com os líderes do Senado sobre o assunto. “Nós queremos o plebiscito e o Congresso decidirá soberanamente a matéria”, acentuou.

O problema, no entanto, é que apesar do esforço de mostrar que as divergências podem não atrapalhar nas próximas votações do Congresso, apenas o PT e o PCdoB formalizaram o apoio à sugestão da presidenta Dilma Rousseff. E, em período de crise política e opiniões variadas no Legislativo, passa a valer cada vez mais a frase proferida pelo líder do Governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), durante a votação da Medida Provisória dos Portos, em junho passado – de que “a base aliada da Casa é formada por 400 deputados, mas só se pode contar com 150 deles”.
A frase foi lembrada muitas vezes durante a tarde, na Câmara e no Senado, sobretudo pelo fato de, na última quarta-feira, o governo ter tido uma derrota histórica, com a aprovação do projeto que extingue a multa de 10% sobre as contas de FGTS pelas empresas em caso de demissões por justa causa. De nada adiantaram os apelos dos parlamentares de apoio ao governo sobre a matéria, sustentados por aliados de primeira hora que chamaram a atenção para a importância do valor nos investimentos de habitação popular do governo. A proposta teve 95 votos contrários (no caso, do PT e do PC do B), o que foi lembrado como, justamente, um número aproximado do que Chinaglia declarou que era o dos deputados tidos como “confiáveis” durante as votações de interesse do Executivo.

Para ‘já’

Nessa operação de tentar desfazer a enroscada iniciada por Michel Temer, valeu desde uma nota do vice-presidente dizendo que expressou apenas o que colocaram os líderes da Câmara em reunião com ele durante a manhã, mas apoia o plebiscito para este ano; um discurso enfático do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) no plenário do Senado defendendo a proposta de consulta popular “para já”; uma declaração em caráter revoltado do presidente da comissão de reforma política, deputado Henrique Fontana (PT-RS); e conversas do líder Chinaglia com vários parlamentares.
Até a líder do PCdoB na Câmara, deputada Manuela D’Ávila, tratou de dar sua declaração nesse tom, em atendimento aos pedidos dos colegas da base do governo. Chamou a atenção, porém, o fato de nenhum deles ter se comprometido expressamente em dar como certa a possibilidade da consulta para este ano, já que sabem que o caminho para isso enfrentará muitas dificuldades.
O senador Delcídio do Amaral afirmou ser “absolutamente necessário” que o país promova uma reforma política consultando a população. “O Congresso falhou por não ter conseguido empreender as mudanças políticas compatíveis com a nova realidade brasileira e com os anseios dos brasileiros. Nós nos frustramos nesse trabalho, por isso a reforma política é muito importante para o Brasil continuar avançando e, com isso, a nossa sociedade”, ressaltou. De acordo com o senador, “o momento exige uma reflexão forte dos governantes, dos partidos e inegavelmente uma reflexão forte dos movimentos sociais”.
Manuela D'Ávila, por sua vez, deu um ar mais diplomático ao imbróglio em várias entrevistas. “Sabemos das dificuldades para fazer valer novas regras para 2014, mas vamos aguardar ouvir a base do Senado para que sejam ajustados detalhes sobre a data”, tratou de enfatizar.

Momento delicado

Henrique Fontana, que preside a comissão da Reforma Política, disse que a declaração do vice-presidente representou “uma ducha de água fria”. Fontana lembrou por várias vezes que o Brasil espera há 25 anos por uma reforma política e o momento, em sua opinião, é das forças aliadas juntarem esforços no sentido de fazer a reforma sair do papel o mais rápido possível, sem esse tipo de arestas. Mesmo defendendo que várias matérias da reforma poderão sair de proposições que já tramitam no Legislativo, o deputado defendeu a importância de haver consenso entre a base aliada sobre o pedido feito pelo governo e expresso na mensagem encaminhada ao Congresso no início da semana.
Apesar desses esforços, sabe-se que entre os próprios petistas não há apoio integral ao plebiscito. E os líderes dos outros partidos que integram a base do governo na Câmara fizeram questão de propagar sua posição – ou contrária à consulta popular, ou para que venha a acontecer, no mínimo, a partir do próximo ano.
André Figueiredo (CE), líder do PDT, disse que “até os ministros que participaram da reunião com Temer demonstraram ter consciência de que um plebiscito nos próximos meses é pouco provável”. Jovair Arantes (GO), líder do PTB, também intensificou essa visão, ao destacar que, como o prazo para que sejam elaboradas as propostas e votada a mensagem legislativa é de, no mínimo, 15 dias, seria perigoso atropelar a legislação atual. “Se insistirmos nisso (o plebiscito), correremos o risco de não obter um resultado que a sociedade possa absorver como positivo”, acentuou.
Já os líderes do DEM e do PSDB, respectivamente Ronaldo Caiado (GO) e Carlos Sampaio (SP), demonstraram, mais uma vez, críticas e opiniões totalmente contrárias à consulta. “Disse reiteradas vezes e repito que essa é uma proposta do marqueteiro da presidente”, alfinetou Caiado. “A questão do plebiscito não está em sintonia com as manifestações pedidas nas ruas”, completou Sampaio.

Retomada de agenda

Nesse rebuliço, os deputados da ala governista trataram de aproveitar a tarde para programar para a próxima semana a realização de reuniões e votação de matérias tidas como importantes para a agenda positiva do Congresso e, dessa forma, impulsionar o andamento dos trabalhos para a concretização da reforma.
Na terça-feira (8), quando está programada nova reunião do vice-presidente da República com parlamentares, desta vez os líderes dos partidos no Senado, também foram colocados na pauta da Câmara para apreciação a proposta de minirreforma eleitoral, que tem como relator o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) e o projeto de orçamento impositivo, relatado pelo deputado Edio Lopes (PMDB-RR).
Além disso, mesmo tendo sido objeto de quatro adiamentos, integrantes da Comissão Mista de Orçamento (formada por deputados e senadores) fizeram acordo, hoje, para levar à apreciação o relatório da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), de autoria do deputado Danilo Forte (PMDB-CE), na mesma terça-feira,
Também está prevista para o mesmo dia a entrega, por parte dos líderes, de propostas para as perguntas a serem feitas ao plebiscito e a formalização da comissão que vai tratar do tema. Na quarta-feira (10), lideranças da Câmara e Senado discutirão, em reunião conjunta, os critérios para a apreciação do restante dos vetos presidenciais, que devem seguir para votação ao longo da semana.
Créditos: Rede Brasil Atual