segunda-feira, 8 de julho de 2013

Micróbios serão 'últimos sobreviventes' no planeta Terra

(Foto: Health Protection Agency)

Os últimos sobreviventes no planeta Terra serão minúsculos micro-organismos que viverão nas profundezas do solo, dizem cientistas britânicos.
Usando simulação por computador, pesquisadores da University of Saint Andrews, na Escócia, criaram um modelo de como será o planeta dentro de bilhões de anos. Eles descobriram que, à medida que o Sol fica mais quente e mais brilhante, somente micróbios poderão tolerar as condições extremas que as mudanças provocarão. O trabalho está sendo apresentado durante a National Astronomy Meeting da Royal Astronomical Society, que acontece esta semana na cidade de Saint Andrews.
"Não haverá muito oxigênio, então (os micróbios) terão que sobreviver em ambientes com pouco ou zero oxigênio, alta pressão e alta salinidade - por causa da evaporação dos oceanos", disse um dos integrantes da equipe escocesa, o pesquisador Jack O'Malley James.

Extinção em massa

O futuro da vida na Terra está vinculado ao do Sol, que, com o passar do tempo, vai ficar cada vez mais quente e luninoso.
Com base nesse fato, cientistas das universidades escocesas de St Andrews, Dundee e Edimburgo fizeram uma previsão de como será o ambiente futuro do planeta.
Dentro de um bilhão de anos, o calor será tão intenso que os oceanos vão começar a evaporar.
"Quando você chega a esse ponto, existe muito mais água na atmosfera, e como o vapor de água é um gás (que provoca) efeito estufa, você tem um efeito estufa em cadeia", disse O'Malley James. "A Terra vai se aquecer até 100ºC ou mais".
Isso, aliado a uma queda nos índices de oxigênio, levaria a uma rápida perda de plantas e animais maiores.
Logo depois, um grupo de micróbios chamados extremófilos será a única forma de vida que restará.
Esses minúsculos organismos podem ser encontrados hoje na Terra em ambientes hostis, como a Bacia dos Gêiseres no Parque Nacional Yellowstone, em Wyoming, Estados Unidos.
Segundo a equipe escocesa, esses micro-organismos serão as únicas criaturas capazes de suportar o calor, a aridez e a atmosfera tóxica dessa Terra do futuro. Os pesquisadores suspeitam de que os micróbios estarão, provavelmente, agrupados perto dos últimos vestígios de água, nas profundezas do solo.
No final, as condições no planeta serão tão ruins que até os extremófilos desaparecerão - e dentro de 2,8 bilhões de anos, não restará qualquer vida na Terra.

Sinalizadores de vida

A equipe disse que estudar o surgimento e o desaparecimento da vida no nosso planeta pode nos ajudar a compreender como diferentes formas de vida poderiam sobreviver em outros pontos do Universo.
"Se você se deparasse com um planeta parecido com a Terra, é mais provável que encontrasse vida microbiana do que formas mais complexas como vemos na Terra hoje", disse O'Malley James.
Ele explicou que micróbios provocam mudanças sutis nas proporções de gases na atmosfera e que esses gases poderiam, um dia, auxiliar astrônomos a detectar vida em planetas parecidos com a Terra.
"Um dos melhores candidatos é o metano. Ele poderia ser usado para indicar a presença de vida, embora isso dependa das quantidades produzidas e se há um acúmulo detectável na atmosfera. Se pudermos detectar todos esses índices sutis de gases em planetas remotos, talvez possamos detectar vida", disse O'Malley James.
BBC Brasil

BBC Brasil

domingo, 7 de julho de 2013

Em São Paulo, o impensável tornou-se obrigatório

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O júbilo conservador, que sepultou o mandato do prefeito Fernando Haddad nos protestos de junho, talvez tenha cometido o erro de colocar o uivo à frente do discernimento.
A exemplo do universo político brasileiro, o prefeito subestimou o alcance da insatisfação contida em um reajuste de 20 centavos que resistiu em revogar. A grandeza revelada nas ruas, antes de afrontar, talvez tenha adicionado o impulso que faltava à identidade de esquerda da nova gestão.
Haddad precisa refundar seu governo.
A boa notícia é que ele dispõe de tempo para isso mas, sobretudo, as circunstâncias agora o favorecem. O recomeço involuntário encerra um espaço de coerência política de que antes não dispunha.
Outra boa notícia é que ele já está sacando o bônus propiciado pelas ruas. Entre o carro e o ônibus o prefeito não inclui mais reticências na escolha. Antes que a poeira baixasse, suspendeu a maior licitação de linhas de ônibus da cidade. Planeja rediscutir as bases dos contratos com uma cidadania organizada, devidamente informada pela abertura do caixa preta das empresas. Na sequência, lançou o maior corredor de ônibus da história de SP. Quase simultaneamente, suspendeu o gasto com a construção de um túnel projetado pelo antecessor, idealizado para encurtar a rota dos automóveis ao litoral.
Quanto mais rápido reordenar as coisas, mais consistente será o seu renascimento. E mais surpreendente pode vir a ser a progressão de seu mandato. Não só.
Todo acerto de Haddad em São Paulo dificultará a escalada do esbulho, com o qual a restauração conservadora quer revestir de veludo os sinos da mudança repicados nas ruas.  Para reverter esse jogo pesado, o prefeito deve armar-se do desassombro que a hora pede e permite.
Como tem feito, por exemplo, o governador gaúcho, Tarso Genro.
Os protestos demonstraram que SP tem um déficit estrutural de canais de 'escuta forte da cidadania'. Ótimo: expandir a democracia não exige licitação; pode ser feito imediatamente.
O requisito é que não seja um penduricalho ornamental do poder, mas possa incidir, de fato, na gestão da metrópole. O prefeito pode fazer desse alicerce uma construção política pedagógica. E aprender junto com movimentos e lideranças sociais, inclusive aquelas portadoras de mandato.
Por exemplo, elegendo obra ou benfeitoria referencial em cada região, para construí-la juntamente com moradores, em reuniões periódicas de projeto e acompanhamento. O orçamento participativo a ser reinventado em grandes concentrações urbanas requer um misto de tecnologia de consulta massiva e participação presencial nos bairros.
É dessa combinação que nascerá a escala política com densidade organizativa para escrutinar e sustentar escolhas e diretrizes que afetam interesses dominantes na metrópole. Ela permitirá a Haddad, ainda, contemplar um imperativo impostergável: revolucionar o sentido prático da palavra 'ônibus' na vida da cidade.
O prefeito só consolidará seu mandato se melhorar substancialmente os indicadores em torno desse emblema negativo, no qual milhões de pessoas passam algumas das horas mais infelizes de suas vidas.
Não é exagero preconizar aqui um plano de gestão com objetivos próprios e outros transversais a toda administração. O principal, e antes de mais nada: a velocidade dos deslocamentos pode registrar uma inflexão a curto prazo.
Despida da restrição imposta pela hegemonia política do transporte individual, a rede de corredores de ônibus, pela primeira vez, tem respaldo para se impor como eixo central do sistema viário paulistano.
Mas não basta velocidade.
O ônibus e o ponto de embarque foram incorporados ao relógio biológico de milhões de paulistanos como ponteiros de uma recarga de desumanização cotidiana.
Há que se afrontar essa danação sócio-metabólica.
A bordo, com TVs, noticiosos, livros, cursos rápidos, exposições, um novo design e veto à superlotação. Nos pontos, com serviços acessíveis, através do cartão do bilhete único, a telefone, internet, correio, venda de ingressos culturais, livros etc. E informações em tempo real sobre o trânsito, o posicionamento dos carros da linha, fatos e eventos do dia na cidade.
Uma reversão como essa não pode depender da lógica exclusiva do interesse privado na reciclagem do transporte coletivo. Uma empresa espelho, de natureza pública, terá de ser criada para funcionar como laboratório de inovações, capaz de testar e validar diretrizes a serem implantadas e exigidas do conjunto das concessionárias .
A refundação do mandato municipal de Fernando Haddad, fortemente apoiada em um tripé feito de mais democracia, mais mobilidade, mais dignidade e acesso crescente a serviços e cultura não ocorrerá sem uma rede abrangente de comunicação. Ela é indispensável para pavimentar e traduzir avanços administrativos em densidade política incremental.
A mídia conservadora não será esse canal. Ao contrário.
Esse papel cabe à mídia progressista que precisa, ela mesma, despertar para a pauta de uma metrópole, onde o impensável se tornou obrigatório.
Este artigo foi escrito por Saul Leblon, para a Carta Maior com créditos de Rede Brasil Atual,
e as opiniões nele expostas são de responsabilidades de seu autor.
ZITONEWS 


Inflação para famílias de menor renda cai puxada por alimentos


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve variação negativa na última verificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), caindo de 0,35% em maio para 0,28% em junho, valor maior que o do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (0,26%) para o mesmo mês. O INPC é calculado considerando apenas as famílias com renda de um a cinco salários mínimos.
Com o resultado, o índice acumula 3,30% em 2013, superando o total do primeiro semestre do ano passado, de 2,56%. Em doze meses, o acumulado, de 6,97%, é bem próximo do total encerrado em maio, 6,95%.
No INPC, os alimentos apresentaram variação de -0,10%, enquanto os não alimentícios tiveram uma taxa de 0,44%. O Rio de Janeiro apresentou o maior índice regional (0,72%), com alta dos alimentos consumidos fora de casa (1,62%) e dos ônibus urbanos (5,09%), com o reajuste de 7,2% que vigorou de 1 a 20 de junho. Belém teve deflação, de -0,10%, com os alimentos em queda de -0,62%.
Com informações da Agência Brasil

Transporte público ruim afeta saúde, educação e cultura da população


Os efeitos negativos de um transporte público caro e de má qualidade não estão restritos à questão da mobilidade urbana. Prejudicam também outras áreas vitais para a vida do cidadão, como s
aúde, educação, finanças e cultura. Especialistas e integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) consultados pela Agência Brasil avaliam que a mobilidade urbana está diretamente relacionada à qualidade de vida, além de ser um dos maiores causadores de estresse da vida das pessoas.
“É um trauma para todo mundo. Principalmente para quem fica em pé, duas horas, crucificado, com alguém tentando pegar bolsa, apalpar. Não é à toa que as pessoas estão preferindo usar motocicletas, mesmo que isso represente risco a própria integridade física por causa dos acidentes, e não é à toa que essas manifestações conseguiram tantas adesões”, disse à Agência Brasil o doutor em políticas de transporte pela Universidade Dortmund, na Alemanha e professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB), Joaquim Aragão.
As manifestações citadas pelo especialista foram iniciadas pelo MPL em São Paulo. O movimento tem, como um de seus interlocutores, o professor de história Lucas Monteiro. “Defendemos Tarifa Zero porque, além de ser a única forma de as pessoas terem acesso à cidade, o transporte público beneficia áreas vitais como saúde e educação. Por isso já imaginávamos que nossa luta se espalharia pelo país, mas não que iria alcançar a dimensão que alcançou”, disse à Agência Brasil.
De acordo com o representante do MPL, o incentivo ao uso de transportes individuais causa também problemas como aumento da poluição e do número de atropelamentos, o que resulta em mais gastos e problemas para a saúde pública. Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2010, 42.844 pessoas morreram nas estradas e ruas do país. Desse total, 10.820 acidentes envolveram motos. No mesmo ano, o gasto total do Sistema Único de Saúde (SUS) com acidentes de trânsito foi R$ 187 milhões. Só com internação de motociclistas foram gastos R$ 85,5 milhões.
Além disso, acrescenta Monteiro, diversos tratamentos de saúde deixam de ser feitos porque os pacientes não têm condições de pagar pelo deslocamento. E o problema relacionado à falta de condições para custear os transportes também afeta o direto e a qualidade da educação.
“Frequentei muitas às escolas públicas. É comum alunos faltarem aulas por não terem dinheiro para ir à escola. Além do mais, direito à educação não está restrito a apenas ir à escola ou ao banco escolar. Os estudantes precisam ter acesso à cultura, a visitar museus. E, sem circular, não há como ter acesso a isso. A grande maioria não vai ao centro da cidade, museus, centros culturais para complementar sua formação”, disse Monteiro.
Segundo Aragão, dificuldades para mobilidade urbana afetam diretamente o rendimento escolar de jovens e crianças, que ficam cansados e com o sono sacrificado. “É um fator a mais a prejudicar o rendimento, além da qualidade de instalações do ensino público. Da mesma forma, afeta também a evasão escolar, a formação de profissionais e a produtividade do país”, disse o especialista.
“A mobilidade bloqueia inclusive a vida social do cidadão de baixa renda, que fica sem acesso a entretenimento, cultura e lazer. Esses são privilégios das pessoas motorizadas. Uma família de quatro pessoas que queira se deslocarem da periferia até um parque no centro da cidade gastará R$24, caso a passagem unitária custe R$3. Para quem recebe salário mínimo, isso é impossível”, disse.
Arquiteto, urbanista e especialista em transporte público, Jaime Lerner diz que por trás das manifestações iniciadas pelo MPL está o descrédito nas políticas públicas e a falta de respostas à sociedade, sobre os diversos serviços públicos prestados a ela. “E tudo fica mais fácil em todas as áreas quando se tem um bom transporte público”, disse o ex-prefeito de Curitiba (PR).
Muitas das mobilidades foram anunciadas sem sequer estudar a própria cidade, avalia Lerner. Segundo ele, é importante entender a cidade como um sistema de estrutura de vida, trabalho, movimento e mobilidade juntos. No fundo, acrescenta, faltam decisões políticas, e, em geral, essas decisões são voltadas para soluções mais caras.
“O Brasil é rápido em fazer coisa errada e demorado em fazer a coisa certa”, disse. “Sustentabilidade é equação entre o que você poupa e o que você desperdiça. Portanto, se tiver de se deslocar por distâncias cada vez maiores, é óbvio que a coisa não vai funcionar”.
Agência Brasil

Água distribuída por carros-pipa em Alagoas pode ter matado 37 pessoas



Mortes aconteceram no período entre 19 de maio e 30 de junho deste ano


A distribuição de água sem tratamento por carros-pipa no interior de Alagoas pode ser a causa de doenças diarreicas agudas que causaram a morte de 37 pessoas no período entre 19 de maio e 30 de junho deste ano, de acordo com informação do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, vinculado à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
O fato foi revelado nesta quinta-feira (4), em audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados que discutiu a operação, a cargo do Exército, de distribuição de água a 810 municípios nordestinos em estado de calamidade pública devido à seca, por meio de caminhões-pipa.
Segundo nota técnica do departamento do Ministério da Saúde apresentada durante a audiência pública, informações da Secretaria de Saúde de Alagoas dão conta de que “os carros-pipa estão captando água bruta e não estão realizando nenhum tipo de tratamento, antes de disponibilizá-la para a população, o que causa alto risco à saúde”.
De acordo com o documento, análises da água para consumo humano distribuída em Alagoas evidenciaram a presença de diversos tipos de micro-organismos causadores de doença, como Escherichia coliShiguellaSalmonellaSalmonella typhiVibrio cholerae, rotavírus, protozoários e cianobactérias.
Informações fornecidas pelo Comitê de Combate à Seca de Alagoas – acrescenta a nota técnica – revelam que os carros-pipa estão abastecendo 2.234 localidades afastadas e 77 municípios, o que representa 75% do total dos municípios de Alagoas.
Os técnicos informam que foram pesquisados os 39 óbitos registrados nesses locais, no período, confirmando que, “tendo em vista o cenário relatado”, 37 foram motivados por diarreia. Entre os mortos, 52% estavam acima de 60 anos e 38% tinham menos de 1 ano de idade.
Do total de 50 municípios alagoanos reconhecidos pelo governo federal em situação de emergência ou calamidade pública, 13 apresentaram pelo menos um óbito por diarreia. A pior situação é no município de Palmeira dos Índios, com 7.280 atendimentos de diarreia e dez óbitos.
A situação foi classificada como “alarmante” pela representante do Ministério da Saúde, Mariely Daniela, porque o problema vem ocorrendo não apenas em Alagoas, mas em outros estados nordestinos que enfrentam a seca com o uso de carros-pipa. Ela ressaltou que é preciso clorar a água para ser consumida pela população, pois as análises de laboratório demonstram até mesmo a contaminação por fezes.
Para tentar impedir que a situação se agrave, a Secretaria de Saúde de Alagoas – diz a nota técnica – tem articulado com o Exército e a Defesa Civil estadual a desinfecção da água dos carros-pipa, em colaboração com a Funasa, “que disponibilizou a unidade móvel de laboratório e técnicos para a realização das análises de água”, e com a Secretaria de Recursos Hídricos do estado. Uma equipe do Ministério da Saúde também está realizando investigação em Palmeira dos Índios.
O representante do Exército na audiência, coronel Neuzivaldo dos Anjos Ferreira, responsável pela operação dos carros-pipa no Semiárido nordestino, disse que é impossível para o Exército e os donos dos caminhões-pipa se responsabilizarem pelo tratamento da água distribuída à população, mas ressaltou que a finalidade da operação é abastecer de água potável toda a região onde a seca ocorre desde 2012.
Na operação, o Exército utiliza 5.267 carros-pipa para abastecer mais de 76 mil pontos de captação. O objetivo, segundo ele, é fornecer água suficiente para mais de 3,6 milhões de pessoas, com 20 litros para cada uma por dia e um total de 20 bilhões de litros por ano.
De acordo com o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), autor do requerimento de convocação da audiência pública, um relatório será elaborado e encaminhado ao governo com pedido de providências para que a água distribuída pelos carros-pipa a serviço do Exército seja submetida a tratamento com cloro antes de ser entregue à população. Caso isso não ocorra, ele disse que poderá recorrer ao Ministério Público para determinar a adoção da medida na operação.
Da Agência Brasil com R7

Minas Gerais tem o maior número de casos de dengue dos últimos seis anos


Minas Gerais atingiu o maior número de casos de dengue dos últimos seis anos em 2013. São 205.039 registros confirmados da doença no Estado segundo balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde nesta sexta-feira (5). O número de mortes subiu para 94.
Os casos confirmados neste ano superaram os da última epidemia da doença em Minas, ocorrida em 2010, quando 194.636 pessoas tiveram dengue. O número já é quase dez vezes maior que o do ano passado, quando a doença atingiu 22.105 pessoas.
Em um intervalo de uma semana, foram registradas cinco mortes em decorrência da dengue. O total de 94 óbitos só é menor que o de 2010, quando 106 pessoas morreram. Em 2012 foram 18 óbitos.
O governo atribui o aumento de casos à transmissão do vírus tipo 4, que foi detectado no Brasil pela primeira vez nas últimas três décadas em 2010 e chegou a Minas Gerais em setembro de 2011. Por este motivo, pessoas com menos de 30 anos ficaram mais propícias à contaminação, que também se favorece pela falta de cuidados com recipientes que acumulam água parada.

Confira as cidades onde houve mortes registradas: Uberaba (20), Uberlândia (3), Juiz de Fora(3), Mamonas (1), Carangola (2), Frei Gaspar (1), Buritizeiro (1), Ituiutaba (2), Ipanema (3), Teófilo Otoni (5), Cataguases (1), Pirapetinga (1), Pirapora (1), São Geraldo do Baixio (1), Montes Claros (3), São João da Ponte (1), Cláudio (1), Carneirinho (1), Campos Altos (1), Contagem (3), Muriaé (3), Sete Lagoas (4), Sacramento (1), Aimorés (1), Itaúna (1), Belo Horizonte (7), Pedro Leopoldo (1), Santa Luzia (3), Águas Formosas (1), Santa Margarida (1),Carlos Chagas (1), Bocaiúva (1), Ubaporanga (1), Nova Serrana (1),Conquista (1),Itambacuri (1),Ponto Chique (1), Patos de Minas (1), Manhuaçu (1), Monte Carmelo (1), Santo Antônio do Monte (1), Iturama (1), Além Paraíba (1), Santana do Paraíso(1), Divinópolis (1) e Ribeirão das Neves (1).
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sábado, 6 de julho de 2013

Ataque a escola deixa 30 mortos na Nigéria

Exército nigeriano (Foto AP)

Pelo menos 29 alunos e um professor foram mortos em um ataque de um suposto grupo islâmico radical a uma escola no nordeste da Nigéria.
Testemunhas disseram que algumas das vítimas foram queimadas vivas no ataque, que ocorreu na cidade de Mamudo, no estado de Yobe.
Dezenas de escolas nigerianas foram queimadas em ataques semelhantes desde 2010.
Yobe é um dos três estados para os quais o presidente Goodluck Jonathan declarou estado de emergência em maio.
Milhares de soldados teriam sido enviados para proteger a região.
Um repórter da Associated Press descreveu cenas dramáticas ocorridas em um hospital em Potiskum, localidade próxima a Mamudo, onde pais desesperados tentavam encontrar os filhos entre corpos carbonizados e vítimas de bala.
Sobreviventes disseram que os supostos militantes atearam fogo à escola com galões de combustível.
Alguns alunos teriam sido queimados vivos, outros teriam sido baleados enquanto tentavam fugir.
O correspondente da BBC em Lagos, Will Ross, diz que a região tem sido alvo de ataques do grupo radical Boko Haram.
Desde 2012, mais de 600 pessoas teriam sido mortas por esse grupo, que luta para derrubar o governo e estabelecer um Estado islâmico no norte da Nigéria.

BBC Brasil