terça-feira, 16 de julho de 2013

Brasil e China fazem acordo de R$ 60 bi para garantir comércio em crises

Cúpula dos BRICS em Durban | Foto: AFP

O ministro das Finanças, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, anunciaram um acordo de swap cambial (troca de moedas) no valor de US$ 30 bilhões (cerca de R$ 60 bilhões) com o Banco Central chinês que vai garantir a continuidade do comércio bilateral em caso de crises.
Os dois países se comprometeram a reservar o dinheiro para eventualmente usá-lo em operações de troca de moeda caso seja necessário.
Trata-se de um acordo que visa proteger os dois países das flutuações na cotação do dólar, moeda na qual é feito atualmente o comércio bilateral. Os US$ 30 bilhões seriam usados em situações de instabilidade da cotação da moeda americana.
O acordo foi anunciado em entrevista coletiva realizada em meio à reunião de cúpula do bloco na cidade sul-africana de Durban, e será válido inicialmente por três anos com a possibilidade de renovação caso Brasília e Pequim manifestem essa intenção.
"Esse é um passo importante no estreitamento das relações Brasil-China", disse Tombini. "O objetivo é facilitar o comércio entre os dois países independentemente da situação econômica internacional".
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Combates entre rebeldes congoleses e Exército deixam pelo menos 130 mortos

congo, exército

Pelo menos 130 pessoas morreram no leste da República D
emocrática do Congo (RDC) nos confrontos que começaram no domingo entre o Exército e o grupo rebelde M23, informou nesta segunda-feira o governo.

Entre os mortos estão 120 insurgentes e 10 soldados das Forças Armadas da RDC, informou o porta-voz do Executivo, Lambert Mende, em entrevista coletiva realizada em Kinshasa.
Os combates, que começaram ontem e continuaram hoje, aconteceram na cidade de Mutaho, a cerca de dez quilômetros de Goma, capital da província de Kivu do Norte, na fronteira com a Ruanda.
-- EFE
VOZ DA RÚSSIA

`Minha Casa Melhor' injeta R$ 17,9 milhões na economia paraibana

O programa Minha Casa Melhor lançado pelo Governo Federal em junho deste ano para oferecer aos beneficiários do programa MCMV condições especiais de financiamento para aquisição de móveis e eletrodomésticos, injetou na economia paraibana R$ 17,9 milhões em um mês de vigência. O balanço foi feito pelo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro.
A iniciativa já ultrapassou o número de 100 mil famílias beneficiadas com o valor contratado de R$ 500 milhões no país. No estado da Paraíba, já foram realizados 3.605 contratos com um investimento de R$ 17,9 milhões. As famílias com renda de até R$ 1,6 mil, Faixa I do programa Minha Casa, Minha Vida concentram 80% das contratações no país.
A Caixa Econômica Federal atua como agente financeiro da operação. “Esta é outra etapa que vencemos para melhorar a vida da população que mais precisa. Quem realizou o sonho da casa própria, agora tem a oportunidade de viver dentro dela com conforto e qualidade”, disse o ministro.
Como contratar - Os beneficiários do MCMV podem contratar a linha de crédito Minha Casa Melhor a partir da entrega das chaves. Estão habilitadas a participar as famílias que estão em dia com as prestações do imóvel. O limite de financiamento é de R$ 5 mil. As prestações são pagas em até 48 meses, por boleto bancário ou débito em conta, com taxa de juros de 5% ao ano. O crédito ficará disponível por até 12 meses.
A partir da entrega das chaves do imóvel contratado pelo programa MCMV, os beneficiados podem acessar a linha de crédito Minha Casa Melhor, da Caixa Econômica Federal, para adquirir: guarda-roupas, cama de casal e de solteiro (com ou sem colchão), mesa com cadeiras, sofá, refrigerador, fogão, máquina de lavar roupas, TV digital e computador.
A contratação pode ser pelo telefone 0800-726-8068 ou nas agências da Caixa. Em até dez dias úteis, o cliente receberá um cartão de compras em sua residência. O lojista também poderá conceder um desconto de 5% no valor total da compra efetuada pelo Minha Casa Melhor As informações sobre os produtos e a relação de lojas credenciadas estão disponíveis no site www.minhacasamelhor.com.br.
Fonte: Paraiba Total

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Agricultura familiar amplia produção sustentável de alimentos, afirma Dilma

A presidenta Dilma Rousseff falou hoje (15), no programa semanal Café com a Presidenta, sobre os planos Safra da Agricultura Familiar e do Semiárido. Dilma voltou a explicar que o governo concederá crédito de R$ 21 bilhões para a safra 2013/2014, como havia sido anunciado no lançamento do plano. O valor previsto para esta safra, que se inicia em julho, é 16,6% maior que o de 2012, R$ 18 bilhões. O aporte virá do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
De acordo com a presidenta, os juros para os empréstimos no âmbito do Plano Safra são negativos – entre 0,5% e 3,5%, percentuais inferiores à inflação. Além dos financiamentos, o governo também vai garantir a venda da safra de agricultores familiares, desembolsando mais de R$ 2,2 bilhões para o Programa de Aquis
ição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). No âmbito do PAA, foi ampliado o limite de venda anual para os agricultores, de R$ 4,5 mil para R$ 5,5 mil. Para cooperativas familiares, o limite chega a R$ 6,5 mil.
"[O plano] é importante para as famílias que moram no campo, é importante para o desenvolvimento harmonioso de nossa sociedade, de nossa economia, de nosso país. Com a agricultura familiar, nós ampliamos a produção sustentável de alimentos para todos os brasileiros", explicou Dilma.
Sobre o Plano Safra Semiárido, anunciado no início deste mês, a presidenta voltou a ressaltar a liberação dos R$ 7 bilhões que serão oferecidos às famílias das regiões mais secas do país. “Vamos investir R$ 7 bilhões para dar condições aos agricultores, para que eles possam produzir com técnicas adaptadas ao clima da região, para que eles não percam lavouras nem os animais quando chega a seca. É isso que significa conviver melhor com o clima do Semiárido”, disse.
Do total disponibilizado pelo governo para a safra 2013/2014 no Semiárido, R$ 4 bilhões serão para os agricultores familiares e R$ 3 bilhões para os médios e os grandes produtores da região. Os juros para a contração dos empréstimos do plano para custeio variam de 1% a 3% ao ano. Para investimento, os juros variam de 1% a 1,5% ao ano. Essas taxas são menores do que as de outras regiões.
Agência Brasil

Jovens negros na mira de grupos de extermínio na Bahia



Em Simões Filho-BA, local de desova dos grupos de extermínio na região metropolitana de Salvador, a taxa de homicídio de jovens negros é de 400 por 100 mil habitantes


Gleidson e Luciano. Dois meninos negros que cresceram juntos em Jaguaribe, na grande área de Cajazeiras, que com mais de 700 mil habitantes de baixa renda é quase outra cidade dentro de Salvador, capital da Bahia.
Gleidson, 20 anos, queria ser torneiro mecânico, já tinha feito um curso técnico e pretendia fazer outro. Vendia TV a cabo para ganhar a vida. A ambição era ter um bom emprego para sustentar a família que um dia iria formar, conta a tia. Luciano, 21 anos, também descrito por parentes como trabalhador e disciplinado, era Ogan de Oxossi (uma espécie de sacerdote no candomblé) no terreiro conduzido pelo pai de Gleidson, ali o babalorixá.
Há dois meses, no dia 13 de maio, ironicamente a data em que se celebra oficialmente o fim da escravidão, os dois amigos e vizinhos foram sequestrados em uma rua perto de suas casa por homens encapuzados que saíram de dois carros, um preto e um prata, e jogados no porta-malas. Por volta de 22h30, moradores vizinho à Estrada Velha do Aeroporto, alguns quilômetros adiante, ouviram tiros nas cercanias de um lugar de desova utilizado por grupos de extermínio. Foram sete disparos em cada um dos garotos, que se somaram às estatísticas de cerca de 20 jovens assassinados por final de semana em Salvador – e pouco mais de uma linha na notícia de jornal.
Os corpos de Luciano e Gleidson foram levados ao IML no início da madrugada do dia 14 de maio, terça-feira, e de manhã os familiares começaram a chegar. Há muita dor e revolta com a previsível impunidade dos assassinos. Não sem motivo, como se veria depois: os laudos cadavéricos, por exemplo, demoraram quatro meses para sair.
Ninguém quer conversar com estranhos, o medo e a desconfiança imperam nas famílias das vítimas. O marido da tia de Luciano foi sintético: “Não sei como foi. Só sei que eu perdi meu sobrinho, perdi alguém que amava muito”. A mãe, disse apenas que Luciano trabalhava e era um “menino de bem”.
Faltava documentação para consumar o reconhecimento dos dois e os legistas do IML trabalham só até às 16 horas. Um princípio de incêndio encerrou o expediente mais cedo e as famílias partiram sem os corpos dos meninos.
O IML Nina Rodrigues tem esse nome em homenagem a um médico adepto da teoria lombrosiana, tristemente célebre na América Latina pela famigerada afirmação de que o cérebro do negro é inferior ao do branco. Nina Rodrigues também defendeu a esterilização para aperfeiçoamento da espécie humana como método de prevenção do crime.
Só na tarde de quarta-feira o corpo de Gleidson foi para o Bosque da Paz, o cemitério perto de seu bairro. A família de Luciano teve que fazer o enterro na quinta-feira, porque não tinha vaga no Cemitério Municipal de Brotas.
Depois de tanta espera, o velório não durou mais de meia hora. Todo dia tem muitos enterros e a capela é minúscula. A chuva intermitente contribuía para o clima tenso. Uma criança foi velada antes e a família se abrigou debaixo da única árvore do cemitério, praticamente um matagal abandonado.
Do lado de fora, policiais com fuzis paravam motos e carros para uma blitz. Um grupo que fumava crack nos fundos do cemitério decidiu sair dali, assim como uma senhorinha à procura de um bico para garantir o alimento do dia.
Os primos de Luciano, os amigos, os irmãos de terreiro têm o olhar e os punhos fechados. O silêncio é uma maneira de proteger a dignidade das vítimas, ameaçada pela acusação que pesa contra os que são assassinados pela polícia. Alguma ele fez, temem ouvir dos vizinhos.
Luciano era filho de santo e pelas leis do candomblé tem que voltar para o chão, devolver a terra emprestada por Oxalá para dar vida e forma ao homem. Não pode ser enterrado em carneiro (cemitério vertical, com gavetas). Os cantos em yorubá do ritual de despedida, reservado apenas aos irmãos do candomblé, são ouvidos do lado de fora da minúscula capela.
No cortejo até a cova, a irmã mais nova do rapaz e a mãe não contêm o desespero. Algumas flores e uma coroa feita com papel e plástico, com uma oração católica, adornam tristemente o caixão que desce à terra novamente acompanhado pelos cantos aos orixás, especialmente a Oxossi, o guardião do jovem, para que apesar da morte bruta sua alma encontre um caminho de paz.
A história do menino Luciano acabou em um epitáfio sem nome, identificado apenas como o C 48 QE do Cemitério de Brotas.

Publicação de todas as informações de Snowden será um pesadelo para os EUA

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“Snowden possui um volume de informações suficiente para, em
apenas um minuto, causar ao governo norte-americano danos mais sérios do que os infligidos até agora por quem quer que seja”, declarou Glenn Greenwald, jornalista do diário britânico The Guardian ao jornal argentino La Nación.

Segundo o jornalista, que foi intermediário da publicação de informações escandalosas sobre a atividade dos serviços especiais dos EUA, antes de sua fuga Snowden armazenou seus dados em depósitos de rede em todo o mundo.
“O governo estadunidense deve rezar diariamente para que nada aconteça com Snowden, porque, caso contrário, todas essas informações serão divulgadas, o que para os EUA será pior do que um pesadelo noturno”, frisou Greenwald.
VOZ DA RÚSSIA

Estudante de 14 anos morre depois de tomar anti-inflamatório



 A família do estudante José Adenilson Soares de Figueiredo, de 14 anos, busca entender o que, de fato, houve com o jovem, que veio a óbito no final da tarde dessa sexta-feira, 12, no hospital de Itaporanga-PB, minutos depois de dar entrada no hospital em estado grave.

De acordo com familiares, por volta do meio-dia, o garoto teve uma convulsão violenta e foi socorrido por uma unidade do SAMU. Ele chegou ao hospital com sintomas de hemorragia interna e botando sangue pela boca, e, no momento que o paciente era preparado para ser removido, veio a óbito. Como causa da morte, o hospital atestou dengue hemorrágica.

A família do menino, que mora no sítio São Pedro, município de Itaporanga, está muito abalada e sem compreender como uma pessoa tão jovem morre repentinamente. A informação dos familiares é de que a vítima não sabia que estava com dengue e há três dias tomava um anti-inflamatório para uma lesão no joelho provocada por uma pancada durante um jogo de futebol, conforme apurou a Folha (www.folhadovali.com.br).

O medicamento foi prescrito no hospital na terça-feira, 9, depois que ele passou por uma consulta com um ortopedista. A única queixa do adolescente era com relação a uma dor no joelho e por isso o médico indicou o remédio, o que pode ter precipitado a hemorragia em função do paciente estar portando o vírus da dengue. Para a família, as autoridades de saúde pública deveriam apurar mais profundamente o caso para saber, com profundidade, o que provocou mal tão súbito e violento, para que outras pessoas não passem pela mesma situação.

Adenilson estudava o 8º ano na escola municipal Jacinta Chaves e, nas horas vagas, trabalhava com o irmão, conhecido como Galego do Som, em uma equipadora de som. Seu sepultamento será na tarde deste sábado.


Créditos: Folha do Vale