sábado, 10 de agosto de 2013

MP-SP diz que há “fortes indícios” de formação de cartel em licitações de metrô


O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) avaliou ontem (9) que existem "fortes indícios" da prática de formação de cartel e de fraudes em licitações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) entre os anos de 1999 
e 2009. O MP-SP se baseia na documentação fornecida pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), autarquia vinculada ao Ministério da Justiça, que investiga o suposto cartel.
“Eu posso adiantar unicamente, por enquanto, que pela documentação que recebemos do Cade - que foi o que gerou o início desta investigação, através do acordo de leniência firmado - que existem efetivamente fortes indícios da prática de crime de formação de cartel e de fraudes a licitações”, disse o promotor Marcelo Mendroni, do Grupo de Repressão aos Delitos Econômicos, que vai coordenar as investigações pelo MP-SP.
Em nota, o MP-SP ressaltou que os indícios se referem a, principalmente, cinco processos licitatórios: o da Linha 5 do Metrô, o da manutenção de trens séries 2000, 3000 e 2100 da CPTM, o da expansão da Linha 2 do Metrô, do programa Boa Viagem da CPTM, e da compra de 320 carros. “São milhões [de reais], talvez bilhões, envolvidos em todo esse esquema”, destacou o promotor.
Segundo o MP-SP, as fraudes nas licitações teriam ocorrido de várias formas, com a definição prévia sobre quais seriam as empresas participantes e as consequentes vencedoras das licitações; a divisão de processos licitatórios entre os concorrentes; a combinação de valores a serem apresentados por cada concorrente nas licitações; e negociações sobre a desistência de impugnação em troca de subcontratação para participação na disputa. Estima-se o envolvimento de quase dez empresas privadas. Será investigada também a eventual participação de agentes públicos.
Créditos: Agência Brasil

Ministério da Agricultura eleva valor da produção para R$ 275 bilhões em 2013


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento elevou mais uma vez ontem (9) a estimativa de Valor Bruto da Produção (VBP) para este ano. O montante de R$ 272,2 bilhões, previsto em julho, foi ajustado em 1,35% e passou para R$ 275,89 bilhões. Com a mudança, deve haver aumento de 10,8% com relação aos R$ 246,9 bilhões registrados no ano passado.
De acordo com o Ministério da Agricultura, entre as culturas responsáveis pela alta na estimativa, o milho e a soja são destaques. Os dois produtos devem responder por 43% do VBP total, o equivalente a R$ 118,7 bilhões. As lavouras de  laranja, cana-de-açúcar, batata-inglesa, fumo, tomate, trigo, arroz, banana e feijão também tiveram o preço elevado e contribuíram para alta.

O valor bruto da produção mede a combinação entre preço e quantidade produzida e é divulgado mensalmente pelo Ministério da Agricultura. No mês passado, ele já havia crescido em relação a junho, quando fora estimado em R$ 271,04 bilhões. No entanto, o indicador sofreu uma sequência de decréscimos nos primeiros meses do ano. Em janeiro, o VP Bchegou a ser projetado em R$ 305,3 bilhões.

Créditos: Agência Brasil

Cerca de 40% dos brasileiros têm colesterol elevado; veja mitos e verdades

O colesterol alto é um dos principais fatores de risco para as chamadas doenças cardiovasculares

8 de agosto foi "Dia Nacional de Controle do Colesterol". A data, que existe há 10 anos, tem como objetivo conscientizar a população sobre as doenças decorrentes da elevada taxa de colesterol no sangue, formas de prevenção e tratamento. Mesmo quem nunca desconfiou que pode apresentar esse problema, deve ficar alerta. Afinal, as estatísticas impressionam: em 2012, nada menos que 40% dos brasileiros apresentavam colesterol alto.
O colesterol alto é um dos principais fatores de risco para as chamadas doenças cardiovasculares, responsáveis, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), pela morte de 17 milhões de pessoas anualmente em todo o mundo.
Vários grupos devem prestar atenção ao que ingerem, inclusive os formados por adolescentes. De acordo com estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a dieta alimentar do brasileiro, jovens de 14 a 18 anos comem muitos itens com colesterol elevado. Idosos, diabéticos e indivíduos com maior risco cardiovascular igualmente precisam ficar atentos.
"Pressão alta, diabetes, tabagismo, sedentarismo, obesidade e história de doenças cardíacas na família são fatores que aumentam o perigo de distúrbios cardiovasculares e, quando associados ao colesterol alto, elevam ainda mais a probabilidade de desenvolver tais males", considera o cardiologista Marcel Vieira Coloma, membro da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj) e especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
Funções importantes no organismo
Na medida certa, porém, a substância é benéfica para o organismo. Gordurosa, é encontrada em todas as células do corpo e é essencial para a formação das membranas celulares e para a síntese de hormônios – como estrogênio, testosterona, cortisol –, atuando ainda na digestão e na metabolização de algumas vitaminas.
Então, não vale pensar no componente apenas pelo lado negativo. O excesso no sangue é prejudicial, sim, pois aumenta o perigo dos males do coração, porém na dose certa é essencial. E há diferentes tipos circulando pelo corpo: ao se associar a certas proteínas para cumprir suas tarefas, o colesterol assume algumas formas, sendo então dividido em HDL (high density, ou alta densidade), o 'bom colesterol', e LDL (low density, ou baixa densidade), o 'mau colesterol'.
O HDL transporta o colesterol das células para o fígado e facilita sua eliminação – tanto pela bile quando pelas fezes. Fornece proteção contra a arteriosclerose e, se seu nível está baixo, o perigo de doenças cardiovasculares aumenta. Já o LDL faz o inverso: ajuda a gordura a entrar nas células e leva ao acúmulo da mesma nas artérias sob a forma de placas.
Como consequência, o LDL em excesso traz malefícios à saúde. Exemplo: quando o colesterol se fixa nas paredes das artérias, que levam sangue para órgãos e tecidos, pode ter início a arteriosclerose; se o depósito ocorre nas artérias coronárias, é possível a pessoa sofrer com angina (dor no peito) e infarto do miocárdio; por fim, caso o excesso seja nas artérias cerebrais, pode provocar acidente vascular cerebral (derrame).
Em exagero, é nocivo
"O colesterol é uma molécula natural do corpo humano. O desequilíbrio nos seus níveis é que desencadeia doenças cardiovasculares", considera a nutricionista da Herbarium, Natana Martins, pós-graduanda em Nutrição Funcional e Fitoterapia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).
Para a nutricionista Vanderli Marchiori, vice-presidente da Associação Paulista de Fitoterapia (APFIT), todos os tipos de colesterol são importantes, o acúmulo é que é danoso. "Colesterol é uma gordura saudável, que faz parte de vários hormônios e sais biliares. O problema, como já colocado, é o excesso."
O HDL, ela explica, são moléculas grandes, que por isso não se fixam nas paredes de vasos e artérias. O LDL, ao contrário, por serem partículas menores, amontoam-se nos mesmos – desencadeando o perigo. "Há, ainda, a VLDL (very low density lipoprotein, lipoproteínas de muito baixa densidade), elementos minúsculos fabricados no fígado e que, na corrente sanguínea, são convertidos em LDL. Insisto: o problema, sempre, é o exagero".
Alimentação e sedentarismo
Os principais fatores que ajudam a aumentar o colesterol são a alimentação, o sedentarismo e a predisposição genética. "A genética vai influenciar na produção de colesterol pelo organismo – é algo que se herda, simplesmente. Já a prática de atividade física regular auxilia na queima de gordura e na redução do colesterol. Em relação à alimentação, por fim, podemos dizer que é o elemento determinante e de mais fácil interferência, uma vez que podemos optar por consumir itens que aumentem ou ajudem na redução do componente", destaca Martins.
A ingestão de alimentos ricos em gordura animal, saturada e trans elevam o colesterol, enquanto priorizar fibras, itens com ômega 3 e fitoesterois (elementos presentes em alimentos gordurosos como semente de girassol e grão da soja) dão uma força para reduzir o LDL e aumentar a HDL. "Doces, frituras, manteiga, margarina, massas, carne vermelha, leite e iogurte integral, queijo amarelo, ovo, bebida alcoólica, refrigerante, fast food e alimentos industrializados são os principais vilões", conclui Marchiori.
Infelizmente, quando o índice está elevado, o organismo não dá sinais. "Sua evolução é silenciosa, o que o torna ainda mais perigoso, visto que só chama a atenção quando já atingiu um patamar muito elevado", adverte a nutricionista Natana Martins. "A hipercolesterolemia em geral é assintomática", completa a colega Marchiori.
"Para saber se o colesterol está alterado, é preciso fazer um exame de sangue. Daí a necessidade de procurar médicos para checagem geral, que incluirá esta dosagem", conclui o cardiologista Marcel Vieira Coloma.
Ao contrário do que muitos pensam, o problema pode aparecer em qualquer indivíduo e de qualquer idade, embora seja mais comum nos que apresentam um estilo de vida associado à falta de exercícios físicos e alimentação inadequada. "Há pessoas que já nascem com alterações genéticas que deixam a taxa alta desde muito cedo", afirma a secretária geral da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva, Vanderli Marchiori.
Natana Martins concorda. "A disfunção tem acometido cada vez mais jovens e adultos. Apesar de sua prevalência em idosos, pode inclusive acometer crianças". Neste último caso, o motivo é que existe um componente genético que afeta a dosagem.
"A preocupação, no entanto, deve ser sempre maior com as pessoas de idade avançada, que em geral já apresentam fatores que contribuem para riscos de doenças cardiovasculares", complementa Coloma.
Créditos:WSCOM 

Para Economist, mau desempenho da oposição dá favoritismo a Dilma em 2014

Dilma Rousseff / Reuters

Uma reportagem desta semana da edição impressa da revista britânicaThe Economist diz que o mau desempenho da oposição nas últimas pesquisas de intenção de voto confirma o favoritismo da presidente Dilma Rousseff em sua tentativa de se reeleger em 2014.
A publicação lembra que Dilma sofreu uma forte queda em sua popularidade devido à onda de protestos que varreu o Brasil. Ainda assim, a presidente, afirma a revista, segue como favorita na disputa presidencial do ano que vem, em grande parte devido à falta de um oponente à altura.
Economist cita de imediato o caso do ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, provável candidato à presidência pelo PSDB. A revista diz que Neves teve "pouco impacto" no cenário nacional desde que se tornou senador, em 2011, e que registrou apenas uma ligeira alta nas últimas pesquisas de intenção de voto.
A publicação acrescenta que o ex-governador de Minas Gerais vem demonstrando preocupação sobre disputas internas. A Economist destaca que Neves enfrenta oposição de José Serra, ex-candidato à presidência por duas vezes e ex-governador de São Paulo, que pretende, aos 71 anos, se lançar novamente à corrida presidencial, ameaçando trocar de partido caso uma primária não seja convocada para definir o candidato do PSDB.
A revista também destaca como uma "ameaça potencial" aos planos do partido à sucessão de Dilma as denúncias sobre uma suposta formação de cartel por empresas que constroem e operam as linhas do metrô e do trem de São Paulo, que "teria custado milhões de reais ao Estado", governado pelo PSDB desde 1995.
Sobre o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, outro provável adversário da presidente nas eleições do que vem, a Economist diz que o PT vem trabalhando para impedir sua candidatura pelo PSB, uma vez que o partido faz parte da base governista.
A única beneficiária dos protestos, ressalva a revista britânica, foi Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente durante o primeiro mandato do ex-presidente Lula. A publicação cita uma pesquisa do instituto Ibope em que Dilma venceria Marina por uma margem apertada de votos em um eventual segundo turno.
Por outro lado, segundo a publicação, um dos maiores obstáculos da ex-ministra durante a corrida presidencial seria o tempo que seu novo partido, a Rede Sustentabilidade (REDE), teria disponível nas TVs e no rádio.
Economist conclui a reportagem afirmando que a maior ameaça à Dilma, além de uma "economia estagnada", é uma eventual deserção de aliados de sua coalizão de governo, que reúne hoje 17 partidos.
Créditos: BBC Brasil

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Corrupção no Metrô de São Paulo pode envolver bilhões de reais, diz promotor



Com base em documentos recebidos do Cade, MP paulista conclui que há 'fortes indícios' de ilegalidades ocorridas entre 1999 e 2009, nos governos tucanos de Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin

O Ministério Público de São Paulo informou hoje (9) que existem "fortes indícios" de formação de cartel e de fraudes em licitações da Companhia Paulista de Transporte Metropolitano (CPTM) e da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) entre os anos de 1999 e 2009. O MP se baseia na documentação fornecida pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), autarquia vinculada ao Ministério da Justiça, que investiga o suposto cartel.
“Eu posso adiantar unicamente, por enquanto, que pela documentação que recebemos do Cade - que foi o que gerou o início desta investigação, através do acordo de leniência firmado - que existem efetivamente fortes indícios da prática de crime de formação de cartel e de fraudes a licitações”, disse o promotor Marcelo Mendroni, do Grupo de Repressão aos Delitos Econômicos do MP.
Em nota, o MP ressaltou que os indícios se referem a, principalmente, cinco processos licitatórios: o da Linha 5 do Metrô, o da manutenção de trens séries 2000, 3000 e 2100 da CPTM, o da expansão da Linha 2 do Metrô, do programa Boa Viagem da CPTM, e da compra de 320 carros. “São milhões [de reais], talvez bilhões, envolvidos em todo esse esquema”, destacou o promotor.
Segundo o MP-SP, as fraudes nas licitações teriam ocorrido de várias formas, com a definição prévia sobre quais seriam as empresas participantes e as consequentes vencedoras das licitações; a divisão de processos licitatórios entre os concorrentes; a combinação de valores a serem apresentados por cada concorrente nas licitações; e negociações sobre a desistência de impugnação em troca de subcontratação para participação na disputa. Estima-se o envolvimento de quase dez empresas privadas. Há investigação também sobre a participação de agentes públicos.
Créditos Rede Brasil Atual

Reforma bilionária sob investigação pode estar na origem de incidentes no Metrô de São Paulo

Foto:EBC


Composição que descarrilou na segunda-feira é uma das reformadas em contrato investigado pelo MP; no ano passado, 215 ocorrências provocaram paralisações das linhas ou lentidão do sistema


 Uma reforma bilionária em trens do Metrô de São Paulo – cujos contratos também estão sob investigação do Ministério Público – pode estar da origem das centenas de incidentes ocorridos no sistema nos últimos anos, cujo episódio mais grave foi o descarrilamento de uma composição na Linha Vermelha, entre asMarechal Deodoro e Barra Funda, na última segunda-feira (5).
A composição que descarrilou é denominada K07 e faz parte da frota K, que está sendo reformada pelo consórcio MTTrens, composto pela MPE, Tejofran e Temoinsa.
O contrato da MTTrens com o governo de São Paulo é um dos quatro, assinados em 2009, de um pacote de modernização dos trens das linhas 1-Azul e 3-Vermelha, cujo valor no total é de R$ 1,8 bilhão. O pacote abrange 98 composições dos ramais norte-sul e leste oeste.
A falha que ocasionou o descarrilamento se deu no chamado "truque", termo que designa o sistema composto por rodas, tração, frenagem e rolamentos do trem. Ocorrências como essa, que provocam transtornos ao usuário, com paralisação das linhas ou redução de velocidade, são chamadas de "Incidentes Notáveis".
No ano passado, segundo o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, foram 215 desses incidentes. Em 2013, até agora, 65.
Um dos inquéritos que correm no Ministério Público de São Paulo referentes ao esquema de pagamento de propinas a sucessivos governos tucanos estado (Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra), nos contratos envolvendo o Metrô e a CPTM, diz respeito justamente a dano ao patrimônio público e improbidade administrativa causado por esses projetos de modernização.
Para o sindicato, o custo das reformas é inexplicável. Pelo contrato, uma composição é reformada por valores que chegam a 83% do preço de um trem novo. Mais do que isso, a garantia de um carro novo é de 10 anos, enquanto a do usado (reformado) é de apenas dois.
Na terça-feira, o procurador Marcelo Milani disse que o preço de uma composição reformada pode indicar relação com o cartel denunciado pela Simens ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A composição K07,  que se acidentou na segunda-feira, foi entregue reformada juntamente com a K01 em meados de 2011. Ambas foram as primeiras a passar por reformas, nas oficinas da empresa MPE no Rio de Janeiro.
"Um truque ter um problema como esse nunca aconteceu na operação comercial do metrô", diz Paulo Pasin, secretário-geral do Sindicato dos Metroviários. "O problema que ocorreu vem da reforma, não da manutenção. O truque que foi fornecido não tinha a qualidade que sempre teve na história do metrô."
A possibilidade de ocorrerem novos incidentes como o de segunda-feira, com sérios riscos aos usuários, é "evidente", na opinião de Paulo Pasin. "Tanto que a frota K foi retirada de circulação após o problema, para vistoria." A Linha 3-Vermelha é a mais superlotada e recebe 1,2 milhão de passageiros a cada dia útil.
Os quatro contratos de reformas são os seguintes: a frota I é do consórcio da Siemens com a Iesa; frota J, da Bombardier; frota K, do consórcio MTTrens, composto pela MPE, Tejofran e Temoinsa; e frota L, da Alstom e Siemens.
Os contratos que regem as reformas das composições da Linha 3-Vermelha, preveem, entre outros itens, "inovações nos sistemas de ar-refrigerado, portas, tração e frenagem elétrica".
Os problemas não terminam após a entrega dos trens reformados, de acordo com o sindicato.
"Acontece que muitas vezes é preciso um ‘retrabalho’ da equipe do Metrô por causa da qualidade do serviço feito", diz Pasin. "Por exemplo: dos trens que estão sendo reformados, vários vieram com o sistema de controle de trem chamado CBTC, que, fazendo uma analogia, seria como o computador de bordo de um avião. O problema é que esse sistema, que já deveria ter sido implantado no metrô, por problemas técnicos não foi aprovado."
Em consequência disso, como o sistema CBTC não consegue "conversar" com o sistema que opera o metrô, mais antigo, é preciso fazer esse "retrabalho", conta Pasin. "Porque, senão, o trem fica parado sem entrar na operação comercial. Isso inclui todas essas frotas dos quatro contratos, incluindo aí a  Linha 2-Verde."
Procurados por meio das assessorias de comunicação, o Metrô e a empresa MPE não se manifestaram.
Créditos: Rede Brasil Atual
 Mais da metade das escolas públicas ainda não escolheram os livros didáticos que serão usados pelos estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental no ano que vem. O prazo para a escolha vai até a próxima segunda-feira (12) pela internet. Segundo o último levantamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), até esta quinta-feira (8), 32.119 escolas, que correspondem a 63% dos centros de ensino ainda não selecionaram as obras que vão usar.


A escolha deve ser feita pelos professores, diretores e coordenadores pedagógicos. Eles deverão selecionar livros para todas as disciplinas:  português, matemática, história, geografia, ciências e língua estrangeira (inglês ou espanhol).  Para ajudar, uma lista com todas as obras está disponível também no portal do FNDE (www.fnde.gov.br). O Guia de Livros Didáticos 2014 traz resumos e informações de cada uma das obras selecionadas para o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).
Os professores podem indicar os livros mais adequados ao projeto de ensino de cada escola. O FNDE disponibiliza ainda uma série de documentos de apoio, como orientações para a escolha, compromissos da escola e normas de conduta. Os representantes das escolas podem escolher duas opções para cada disciplina, de editoras diferentes. Caso não seja possível negociar os livros com a editora da primeira opção, o FNDE tenta adquirir as obras da segunda opção.
A autarquia ressalta as vantagens de participar do programa. Pedindo os livros dentro do prazo pelo FNDE é possível conseguir preços abaixo dos de mercado, uma vez que as obras são compradas para todo o país, em grande quantidade. A previsão é comprar quase 90 milhões de exemplares para 13 milhões de alunos e 1 milhão de professores dos anos finais do ensino fundamental.
Os livros devem ser usados por três anos consecutivos, explica o FNDE, por isso, têm uma estrutura física resistente. A autarquia destaca também a importância de se conservar o livro para que possa ser aproveitado por mais de um aluno.