sábado, 17 de agosto de 2013

Bolsa Família reduziu número de mortes de crianças

Bolsa Família reduziu número de mortes de crianças menores de 5 anos

 O Relatório Mundial da Saúde 2013 apontou que o programa brasileiro Bolsa Família ajudou a reduzir o número de mortes de crianças menores de 5 anos. O documento, organizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tem como foco, este ano, a cobertura universal de saúde.
Para a OMS, cobertura de saúde universal significa que todos os cidadãos tenham acesso a serviços de saúde de qualidade, sem correr o risco de enfrentar dificuldades financeiras ao pagar por eles. O desafio, segundo a organização, é como a maioria dos países pode expandir os serviços de saúde com recursos limitados.
No aspecto de treinamento, o documento aponta que médicos, enfermeiros e outros funcionários treinados conseguiram mais êxito na identificação das doenças. O índice de acerto no caso brasileiro variou entre 58 e 84%, dependendo do tipo de treinamento, longo ou curto.
O documento mostrou como os países, quando criam um sistema para cobertura universal de saúde, podem usar as pesquisas para determinar que tipos de problemas devem ser combatidos. Além disso, os governos podem avaliar como deve ser a estrutura do sistema e como medir o progresso de acordo com cada situação específica.
A OMS destaca que o investimento em pesquisas tem aumentado, em média, 5% anualmente em países de baixa e média rendas. O relatório diz que essa tendência é mais visível em economias emergentes, como Brasil, China e Índia. Todos esses países têm cobertura universal de saúde.
Relatório Mundial da OMS cita ainda o aumento da participação do Brasil na publicação de pesquisas médicas. A China lidera o grupo. Entre 2000 e 2010, as pesquisas feitas por chineses passaram de 5% para 13% do total.
Créditos: Agência Brasil

Risco de morrer aumenta com mais de 4 xícaras de café ao dia


Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos indica que as pessoas têm um risco maior de morrer prematuramente se tomarem mais de quatro xícaras (de 250 ml) de café por dia - especialmente as com menos de 55 anos.
No estudo, realizado por cientistas da Universidade da Carolina do Sul e divulgado na publicação científica Mayo Clinic Proceedings, a saúde de 43.727 participantes entre 20 e 87 anos de idade foi analisada por, em média, 17 anos, entre os anos 1971 e 2002.
No período, foram registradas 2.512 mortes, sendo que 32% dos óbitos foram causados por doenças cardiovasculares.
Homens e mulheres com menos de 55 anos mostraram ter mais tendência à mortalidade mesmo que tivessem consumido menos café. Mas, no caso de um consumo de mais de 28 xícaras por semana, os cientistas comprovaram um aumento de mais de 50% na incidência de óbitos (56% no caso de homens), incluindo-se todas as causas de morte, em relação aos que bebiam menos café.
Levando-se em conta homens de todas as idades, o mesmo consumo de café foi associado a um risco 21% maior de mortes prematuras.
No entanto, os cientistas não encontraram uma associação “estatisticamente significativa” entre número de mortes e consumo de café especificamente nos voluntários com mais de 55 anos.
"Nós criamos a hipótese de que a associação entre café e mortalidade pode ocorrer por causa da interação entre idade e consumo de café, combinado com um componente genético de vício à bebida", diz a pesquisadora Xuemei Sui, que participou do estudo.
Os homens e mulheres que relataram ter consumido quantidades maiores de café apresentaram estatisticamente maior tendência a fumar e a ter pouco condicionamento respiratório, duas características comuns em quem desenvolve problemas cardíacos.Outro dado importante detectado pelos pesquisadores foi uma correlação entre café, fumo e baixa performance respiratória.
O café é uma complexa mistura química que consiste em milhares de componentes. Estudos recentes demonstraram que a bebida é uma grande fonte de antioxidantes na dieta e traz benefícios na redução das inflamações e na melhora das funções cognitivas.
Entretanto, o café tem efeitos adversos por causa da cafeína, que leva à liberação de adrenalina, inibe a atividade da insulina, aumenta a pressão sanguínea e os níveis de homocisteína - um tipo de aminoácido associado a problemas no coração e demência.
"Todos estes mecanismos (bons e ruins) podem contrabalançar uns aos outros. Pesquisas também sugerem que aqueles que consomem o café excessivamente podem apresentar riscos adicionais por meio de mecanismos genéticos, devido aos efeitos de outros fatores de risco com os quais o consumo de café está associado", explica a pesquisadora que liderou o estudo, Junxiu Liu, do Departamento de Bioestatística e Epidemiologia, da Universidade da Carolina do Sul.
Devido às conclusões da pesquisa, os cientistas sugerem que pessoas mais jovens, em particular, evitem o consumo de mais de 28 xícaras por semana, ou quatro xícaras num dia. Entretanto, eles enfatizam que mais estudos são necessários em diferentes populações.
Além disso, mais pesquisas seriam necessárias para entender melhor a possível relação entre consumo demasiado de café e mortes por qualquer tipo de doença ou, mais especificamente, a relação entre o alto consumo da bebida e mortes por doenças cardiovasculares.
Para Carl Lavie, do Departamento de Doenças Cardiovasculares do Centro Médico Ochsner, em New Orleans, e coautor do estudo, "continua a haver um debate considerável sobre os benefícios da cafeína e do café, principalmente com alguns estudos sugerindo a toxicidade da bebida e outros relatando seus benefícios".
Créditos: BBC Brasil

São Paulo: 'CPI não apura nada', diz líder de Alckmin sobre investigação do Metrô na Assembleia

alckmin munhoz kassab serra 2011Bancada do governador afirma que pedido de criação de comissão para investigar denúncias de cartel e corrupção é manobra política


 O líder do governo Geraldo Alckmin na Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Barros Munhoz (PSDB), criticou ontem as comissões parlamentares de inquérito como instrumento de investigação. "CPI nunca apurou nada", disse ele, ao ser questionado sobre o esforço da bancada governista para impedir a criação de comissões que investiguem a gestão tucana, entre elas o mais recente pedido para a CPI do Metrô.
“O governador quer apurar, mas não é CPI que apura. CPI nunca apurou nada”, diz o líder. Para a proposta de investigar as denúncias de formação de cartel e corrupção no Metrô não passa de manobra política da oposição na Assembleia.
“Certamente (a CPI) não vai ser aprovada. Isso aí é uma proposta eminentemente política, sem nenhum conteúdo”, afirma.
Desde 2008, esta é a quarta tentativa do PT para instalar uma CPI sobre o conluio de empresas nos contratos do Metrô paulista. As propostas anteriores não passaram pelo mesmo motivo: bloqueio da maioria governista. Para existir, a comissão precisa de 32 assinaturas. Até o momento, a atual proposta conta com 26 adesões. Fora isso, seria necessário aprovar uma mudança no regimento, com 48 assinaturas, para autorizar o funcionamento de mais do que cinco comissões ao mesmo tempo.
Atualmente, já funcionam quatro: sobre gordura trans, cartelização do mercado de autopeças, empresas de telemarketing e pesca predatória. A quinta será instalada a partir de uma “fila” entre propostas que já conseguiram o número mínimo das 32 assinaturas.
Para a deputada Maria Lúcia Amary (PSDB), presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da casa, a CPI para investigar o propinoduto seria inócua.
“O governo não está interferindo em não assinar a CPI. Apenas a nossa bancada entende que o governador mandou apurar, o Ministério Público já está apurando, a polícia já está investigando e, portanto, as apurações estão sendo feitas.”.
Para a parlamentar, o pedido do PT tem o objetivo de "tirar o foco do mensalão", cujo julgamento, no STF, recomeçou nesta semana. "Se já está sendo apurado, qual a função da CPI? Apurar o que já está sendo apurado. Teria apenas uma conotação política requerida pela oposição para tirar o foco do mensalão”, justifica Amary.
Na mesma linha do líder governista, o deputado Roque Barbiere (PTB) rejeita a CPI porque "o mundo todo" já estaria investigando as denúncias. “O Ministério Público está apurando, a Suíça está apurando, a Polícia Federal está apurando, o mundo todo está apurando. Então para que CPI? CPI não apura, é um instrumento político”, avalia Barbiere.
Mas o líder do PT na Assembleia, deputado Luiz Cláudio Marcolino, discorda dos governistas. “O TCE e o MP não fizeram as investigações e fiscalização como deveria. A CPI é um instrumento importante porque vai trazer a Siemens, a Alstom, e tem documentos no Ministério Público da Suíça demonstrando a relação direta de um conselheiro do TCE (Robson Marinho) e o governo do estado.”
De acordo com o PT, a discussão que tomou conta do Plenário ontem (14), sobre a Proposta de Emenda Constitucional n° 01/2013, do deputado Campos Machado, foi uma tentativa de desviar a atenção da proposta de CPI.
“A base do governo fez uma manobra, apresentando a pauta de uma emenda constitucional para desfocar o debate da sociedade sobre o que está acontecendo nos últimos 15 dias em relação à corrupção ligada ao PSDB, Metrô, CPTM, Siemens e Alstom”, diz Marcolino.
A PEC 01/2013 transfere para o procurador-geral de Justiça do estado a incumbência de propor investigação contra o governador, o vice-governador, os 94 deputados estaduais, prefeitos e secretários. Se houver acordo, ela volta a ser discutida na semana que vem.

Convites

Ontem, a Comissão de Infraestrutura da Assembleia aprovou requerimentos para convidar o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e o diretor-presidente da Siemens no Brasil, Paulo Stark, para esclarecer as denúncias de corrupção e formação de cartel em contratos do Metrô e da CPTM nos últimos 20 anos de governo do PSDB em São Paulo.
Além Fernandes e Stark, serão também convidados os presidentes do Metrô, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, e da CPTM, Mário Manoel Rodrigues Seabra Bandeira, e o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinicius Marques de Carvalho.
Créditos: Rede Brasil Atual

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Paraíba: A cada três dias, uma pessoa comete suicídio

suicidio

Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde revela dados preocupantes sobre os números de suicídios registrados na Paraíba. Segundo esse levantamento, 83 pessoas tiraram a própria vida no Estado, só em 2013.
Nos últimos dez anos, os números ficaram 17% maiores nos jovens com idades entre 15 e 24 anos. Aumentaram ainda em 20% entre pessoas com mais de 60 anos. De acordo com o levantamento, o suicídio é a terceira causa de morte na adolescência. Fica atrás apenas de acidentes de trânsito e homicídios.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que para cada caso confirmado, há 20 tentativas frustradas. Para cada tentativa mal sucedida, outras cinco pessoas planejam tirar a própria vida e pelo menos 17 já pensaram ou pensam seriamente nisso.
O psiquiatra Ricardo Henrique Araújo diz que se trata de uma situação trágica para os familiares que perdem alguém assim. Na sua avaliação, o tema não deve ser omitido na imprensa, com a ideia de que se for publicado vai estimular outros a cometerem o mesmo tipo de ação.
Ele defende que isso precisa ser divulgado junto com dados e debates que influenciem na mudança de comportamento das pessoas que apresentam indícios de que podem tirar a própria vida. “Trata-se de um mito, alimentado por muito tempo por profissionais da imprensa e da saúde. O suicídio deve ser divulgado, mas não como mais um fato. É importante que seja acompanhado de debates e discussões que estimulem a diminuição desses casos”, argumenta.
O psiquiatra lembra que 70% das pessoas que têm depressão apresentam tendências suicidas. Ele diz ainda que 90% daqueles que se matam revelaram algum comportamento patológico que poderia ter sido identificado e tratado com antecedência.
Para a psicóloga Ana Sandra Fernandes, é importante ficar atento quando uma pessoa apresenta qualquer tipo de transtorno emocional ou ameaça se matar. “A perda da perspectiva de vida deve ser encarada pelos familiares como algo sério, a ameaça jamais pode ser vista como forma de chamar atenção, pelo contrário, ela é a evidência de que a pessoa precisa de uma orientação multidisciplinar, ou seja, do acompanhamento de um psicólogo e de um psiquiatra”, explica.
Ricardo Araújo também é enfático ao afirmar que quem avisa que vai tirar a própria vida, deve ser levado a sério urgentemente.“Não se trata de alguém que quer chamar atenção, mas que precisa de ajuda. Vítimas de doenças como bipolaridade, depressão ou que usam drogas e revelam problemas graves no comportamento devido à dependência química precisam ser encaminhadas para tratamentos rapidamente”, afirma.
Sandra Fernandes também frisa a influência de questões sócio-econômicas ou sócio-culturais sobre esses dados. Segundo a especialista em comportamento humano, diversos fatores podem potencializar a vulnerabilidade emocional das pessoas, desencadeando uma tendência suicida.”Esse tipo de comportamento é multicausal. Não podemos atribuir o atentado contra a própria vida apenas a depressão ou ao uso de substâncias ilícitas”, disse.
Além da perspectiva comportamental, religiosos observam que esse tipo de situação extrema tem que ser avaliado o componente espiritual. É o caso do pastor evangélico Inaldo Camelo, para quem esses aspectos devem ser levados em consideração. “Dentro da perspectiva espiritual, podemos apontar dois tipos desses casos. Primeiro, os que são causados por uma possessão maligna, que é quando dizemos que a pessoa estava endemoniada. Segundo, por uma opressão externa, a morte de um ente querido, um divórcio ou até mesmo uma situação de estresse são exemplos disso”, disse o pastor, ao relacionar seu argumento com passagens bíblicas.
Segundo Inaldo Camelo, a morte de Judas é um exemplo de suicídio por opressão maligna, enquanto o rei Saul não suportou pressões externas e acabou tirando a própria vida.
Para o padre  católico Alexandre Magno Jardim, esse tipo de atitude evidencia uma fraqueza espiritual, mas que não deve ser julgada ou condenada por ninguém. Ele também ressaltou a importância das religiões no tratamento de pessoas depressivas ou que já manifestaram vontade se se matar. “A Igreja enxerga essa pessoa com muita misericórdia, afinal, é uma prova de desespero, de perda do sentido da vida. A nós, religiosos, cabe o dever de orar por esses nossos irmãos que não mais estão conosco, orar por suas almas”, disse o responsável pela paróquia Nossa Senhora da Conceição, localizada no bairro do Varadouro, dentro da Capital.
Além de acompanhamento médico, indicado por especialistas, pessoas que apresentam tendências suicidas podem procurar ajuda através do Centro de Valorização da Vida (CVV). A entidade existe há mais de 50 anos e colabora prestando apoio àqueles que têm depressão, bipolaridade ou doenças mentais que influenciam no comportamento. O CVV atende na Paraíba pelo telefone gratuito 141, 24 horas por dia.
portalcorreio
Créditos: Focando a Notícia

São Paulo: Prefeitura quer eliminar 'favores políticos' na escolha de creches conveniadas

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Intenção é tornar o processo mais transparente e garantir que as novas vagas sejam abertas de acordo com a demanda de cada região

A Prefeitura de São Paulo vai mudar o sistema de convênio com creches particulares para o atendimento de famílias que não obtêm vagas na rede pública. A ideia, segundo disse o secretário de Educação do município, Cesar Callegari, é fazer o chamamento por edital. "Queremos afastar a ideia de que os convênios são fechados por favores políticos. Vamos fazer um mapa e estabelecer a prioridade entre as regiões de acordo com a demanda. As entidades apresentarão suas demandas por convênios de forma transparente, tendo a qualidade como objetivo”, afirmou Cesar Callegari, secretário de Educação do município.
O anúncio foi feito pelo secretário na quarta-feira (14) durante reunião do Fórum de Educação Infantil das Entidades Conveniadas do Município de São Paulo (FEI), realizada na Câmara Municipal. A reunião contou com a presença do prefeito Fernando Haddad, que respondeu a questionamentos das entidades sobre o compromisso de sua gestão com a manutenção dos convênios.
Hoje, o processo de definição dos convênios é realizado dentro das diretorias regionais. É a elas que as entidades apresentam seus pedidos e são também elas que avaliam se as exigências forma cumpridas. Dessa forma, a abertura de novas creches obedece mais ao nível de articulação das entidades que buscam os convênios do que às reais demanda de cada região, criando distorções.
Segundo Callegari, o novo formato ajudará a direcionar as creches conveniadas para as regiões com maior demanda. Além disso, o processo poderá ser mais facilmente fiscalizado por tribunais de contas e outros órgãos.

Educação de qualidade

Em sua fala, o prefeito Fernando Haddad reforçou a importância da parceria entre a Prefeitura e as entidades do FEI. “As pessoas que trabalham na secretaria têm que entender nossa orientação, como acredito que vocês já entenderam. A diretriz do governo é não opor estatal contra o comunitário, mas reforçar o público”, afirmou o prefeito.
Callegari foi na mesma linha. “Temos muito a resolver com supervisores e diretores regionais, que são as correiras de transmissão da política municipal. O foco são as crianças, os jovens e os adultos que têm direito à educação de qualidade”, disse.
“Existem diferenças de tratamento entre as unidades de administração direta e as conveniadas que não podem ser resolvidas do dia para a noite. Mas vamos trabalhar para resolver”, diz Callegari. Um primeiro passo, segundo ele, pode vir do programa Universidade Aberta, que terá discussões para admitir a participação de profissionais das conveniadas.
“Com a mudança da prefeitura, começaram a surgir nas diretorias regionias resistências ideológicas, com viés sindical, contra o trabalho com as conveniadas. As declarações do prefeito e do secretário aqui hoje ajudam a desfazer dúvidas que pairavam sobre nosso trabalho”, afirma Rosa Maria Marinho Acerba, membro da comissão executiva do Fórum da Educação Infantil (FEI) das Entidades Conveniadas de São Paulo.
No final de 2012, o Ministério Público do Trabalho proibiu a prefeitura de renovar ou firmar novos contratoscom organizações sociais que oferecem educação infantil conveniada. O órgão apontou que a gestão municipal não fazia o monitoramento adequado, o que abriu brechas para irregularidades trabalhistas. As investigações, realizadas após oito denúncias, constataram atrasos no salário, não pagamento de horas extras e desvio de função dos educadores, que, em alguns casos, chegavam a ser responsáveis também pela faxina.

Isenções

Haddad destacou também a necessidade de acelerar junto ao governo federal a tramitação dos processos de certificação de filantropia para as entidades educacionais.
“Temos feito contatos nesse sentido, é uma mudança que favoreceria todas as prefeituras do Brasil. As entidades teriam isenções, como o alívio da cota patronal que economizaria 20% na folha de pagamento”, afirma. O prefeito e o Fórum acertaram um esforço conjunto da prefeitura com advogados do FEI para ir a Brasília, nos termos de Haddad, “decifrar essa lei” e pressionar por esse avanço para todo o país.
“Se a presidenta deu isenções para tantos setores da economia, para segurar a produção, porque não para entidades que prestam serviços educacionais?”, pergunta Rosa Maria Marinho.
César Callegari agradeceu o esforço feito pelas entidades para garantir o acesso a creche para as famílias que não tinham outra alternativa durante o recesso, aprovado em lei pela gestão passada. Foi feita uma consulta nas 13 Diretorias Regionais de ensino da cidade para que levantassem junto aos pais a necessidade da creche no período de julho.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação, 23 mil famílias manifestaram essa necessidade. Em torno desse número, foram organizadas unidades-polo para atender à demanda de cada região. Foram disponibilizados 161 polos da rede direta e as conveniadas tiveram que atender de acordo com a demanda constatada em suas regiões.
“Temos consciência do problema que foi garantir o acesso no último recesso e agradecemos o esforço. Eu sou o autor da Norma Nacional que dá férias e recesso para unidades escolares, sou a favor da medida. Sou sociólogo, mas não daqueles que pedem para esquecer o que escrevi. Vamos nos organizar melhor nos próximos recessos para garantir o atendimento sem prejudicar os profissionais”, afirmou Callegari.

Estudo identifica mutações que dão origem a câncer

Célula cancerígena de Henrietta Lacks | Foto: AP

Cientistas anunciaram o que dizem ser um novo marco na pesquisa do câncer, após identificarem 21 mutações que estariam por trás da maioria dos tumores.
O estudo, que foi divulgado na revista Nature, afirma que estas modificações do código genético são responsáveis por 97% dos 30 tipos mais comuns de câncer. Descobrir o que causa as mutações pode levar à criação de novos tratamentos.
Algumas dessas causas, como o hábito de fumar, já são conhecidas, mas mais da metade delas ainda são um mistério.
Durante o período de uma vida, células desenvolvem uma série de mutações que podem vir a transformá-las em tumores letais que crescem incontrolavelmente.

Origens do câncer

A equipe internacional de pesquisadores estava procurando as causas das mutações como parte da maior análise já feita sobre o genoma do câncer.
As causas mais conhecidas de mudanças no DNA, como a superexposição aos raios UV e o hábito de fumar, aumentam as chances de desenvolver a doença.
Mas cada uma delas deixa também uma marca única ─ um a espécie de assiantura ─ que mostra se foi o fumo ou a radiação UV, por exemplo, o responsável pela mutação.
Os pesquisadores, liderados pelo Instituto Sanger, do Reino Unido, procuraram por mais exemplos destas "assinaturas" em 7.042 amostras tiradas dos 30 tipos mais comuns de câncer.
Eles descobriram que 21 marcas diferentes eram responsáveis por 97% das mutações que causavam os tumores.
"Estou muito animado. Esses padrões, essas assinaturas, estão escondidos no genoma do câncer e nos dizem o que está realmente causando o câncer em primeiro lugar ─ é uma compreensão muito importante", disse Sir Mike Stratton, diretor do Instituto Sanger, à BBC.
"É uma conquista significativa para a pesquisa sobre câncer, é bastante profundo. Está nos levando a áreas do desconhecido que não sabíamos que existiam. Acho que este é um grande marco."
Outras marcas encontradas no genoma do câncer estavam relacionadas com o processo de envelhecimento e com o sistema imunológico do corpo.
As células respondem a infecções virais ativando uma classe se enzimas que modificam os vírus até que eles não funcionem mais.
"Acreditamos que quando ela (a célula) faz isso, há efeitos colaterais ─ seu próprio genoma se modifica também e ela fica muito mais propensa a se tornar uma célula cancerígena, já que tem uma série de mutações ─ é uma espada de dois gumes", diz Stratton.
No entanto, doze dessas marcas genéticas encontradas no genoma do câncer ainda estão sem explicação.
Espera-se que se algumas delas puderem ser atribuídas a fatores ambientais, novas formas de prevenir a doença possam ser desenvolvidas.
As dúvidas também podem fomentar novas pesquisas. Uma das causas desconhecidas das mutações cancerígenas acontece no neuroblastoma, um câncer em células nervosas que normalmente afeta crianças.
"Sabemos que fatores ambientais como o fumo e a superexposição aos raios UV podem causar modificações no DNA que podem levar ao câncer, mas em muitos casos nós não sabemos o que provoca as falhas no DNA", afirmou o professor Nic Jones, da instituição britânica voltada para pesquisa do câncer Cancer Research UK.
"As marcas genéticas encontradas nesse estudo fascinante e importante identificam muitos processos novos por trás do desenvolvimento do câncer."
De acordo com Jones, entender o que causa esses processos pode levar a novas maneiras de prevenir e tratar a doença.
Créditos: BBC Brasil

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Egito: Civis são maioria entre os 525 mortos



O Ministério da Saúde do Egito divulgou balanço registrando 525 mortos nos confrontos entre manifestantes e forças policiais, nos últimos dois dias.  O porta-voz do governo, Mohamed Fathalá, disse que do total de mortos 482 eram manifestantes e 43 policiais. De acordo com dados oficiais, 3.717 estão feridas.
Desde junho, os protestos se tornaram frequentes no Egito. Ativistas favoráveis ao presidente deposto Mouhmed Mursi e contrários a ele se enfrentam nas ruas do Cairo, a capital, e das principais cidades egípcias.
Os protestos mais intensos ocorreram entre os dias 13 (anteontem) e 14 (ontem). O Brasil e representantes de vários países condenaram a violência no Egito. Para autoridades, a forma como as forças policiais combateram os protestos é considerada massacre.
Nos últimos dias, as forças de segurança invadiram acampamentos de ativistas favoráveis a Mursi e destruíram barracas e carros e atacaram manifestantes. Em resposta à violência, o governo interino do presidente Adly Mansour impôs estado de emergência e toque de recolher por um mês, no Cairo e em mais 13 regiões.
A onda de violência levou à renúncia do vice-presidente Mohamed El Baradei, que disse que sua consciência estava perturbada com a perda de vidas, principalmente, pelas mortes poderiam ter sido evitadas.
Foto: Reuters
Créditos: Agência Brasil