domingo, 1 de setembro de 2013

Mais Médicos proíbe prefeituras de demitir profissionais já contratados

Depois de denúncias de que prefeituras estariam demitindo médicos para receber profissionais do Mais Médicos, pagos pelo governo federal, o Ministério da Saúde esclareceu que o termo de adesão ao programa proíbe os municípios de demitir os profissionais contratados. "Os municípios que descumprirem essa regra serão excluídos do programa, com remanejamento dos médicos participantes para outras cidades", declarou em nota a pasta.
De acordo com o Ministério da Saúde,  o controle está sendo feito pelo sistema do Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (Cnes), que impede que o médico participante do programa seja direcionado a postos que estavam ocupados antes da adesão do município. Os médicos já cadastrados na atenção básica foram impedidos de se inscrever no programa para atuar no município onde já trabalha, o que impede a migração de profissionais para a bolsa do Mais Médicos em uma mesma cidade.
As prefeituras inscritas são obrigadas a manter o número de médicos na atenção básica, sem ter os profissionais do Mais Médicos. A pasta explica que os médicos contratados pelo governo federal só poderão ser incluídos para expandir a capacidade de atendimento, formando novas equipes de atenção básica ou preechendo vagas nas quais faltavam profissionais.
Creditos: Ifronteiras.com


Frutas protegem contra diabetes, mas sucos elevam risco da doença

A doença, que é considerada uma epidemia mundial

 Uma pesquisa publicada hoje pelo "British Medical Journal" pode amargar o café da manhã de muita gente: o consumo diário de um ou mais copos de suco de fruta eleva em até 21% o risco de desenvolver diabetes tipo 2.
A doença, que é considerada uma epidemia mundial, afeta 347 milhões de pessoas, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). O estudo, liderado por Isao Muraki, da Escola Médica de Harvard (EUA), analisou dados de mais de 187 mil homens e mulheres acompanhados por 24 anos para saber se o consumo de diferentes tipos de fruta poderia influenciar positiva ou negativamente o risco de desenvolver diabetes tipo 2.
Mais de 12 mil participantes (6,5%) receberam diagnóstico da doença durante o estudo. O diabetes tipo 2, diretamente relacionado à obesidade, é caracterizado pela resistência do corpo à ação da insulina, que controla os níveis de açúcar no sangue, ou pela produção insuficiente do hormônio.
Trabalhos anteriores já haviam tentado averiguar se o consumo de frutas poderia reduzir o risco de diabetes, mas, segundo os autores, não havia sido encontrada ligação forte entre uma coisa e outra.
Por isso eles decidiram analisar cada fruta separadamente. Mirtilo, uva e maçã, consumidos três vezes por semana, foram as frutas que mais diminuíram o risco de diabetes, em 26%, 12% e 7%, respectivamente.
Já o melão foi a única fruta cujo consumo esteve ligado a um aumento dos casos de diabetes. Os autores também notaram um aumento no risco de desenvolver a doença entre os que tomavam suco de fruta.
Segundo os cálculos do estudo, trocando os sucos por um consumo frequente de quaisquer frutas inteiras, o risco de diabetes cai 7%; a queda pode ser maior dependendo da escolha de cada um (de novo, uva e mirtilo deram os melhores resultados).
De acordo com Daniela Jobst, nutricionista funcional e membro do Instituto de Medicina Funcional dos EUA, a diferença de resultado entre as frutas tem a ver com seu índice glicêmico (potencial de cada uma de gerar "picos" na produção de insulina) mas, talvez principalmente, aos nutrientes que cada uma delas tem.
"O diabetes envolve um processo de estresse oxidativo, aumenta a quantidade de radicais livres. Frutas como mirtilo e uvas têm fitoquímicos antioxidantes."
O problema dos sucos é que, em relação à fruta inteira, eles têm muito menos fibras, o que eleva a velocidade da absorção do açúcar, gerando os picos que podem ser prejudiciais ao organismo.
Melhor eliminar o suco da dieta? "Não precisa. Dá para acrescentar fibras ao suco, para tornar a digestão mais lenta. Uma folha, como couve, ou grãos como linhaça e chia são boas opções."
Créditos: WSCOM Online

sábado, 31 de agosto de 2013

Síria: Peritos da ONU estão sob rigoroso controle dos rebeldes diz Robert Kelly

Síria, peritos

A situação em torno do emprego de armas químicas na Síria continua um destaque a preocupar o mundo inteiro. O assunto foi discutido por peritos internacionais que participaram da ponte radiofônica, "Síria: não seria Obama um clone de Bush Junior?", transmitida em direto pela Voz da Rússia.


Nas palavras de Robert Kelly, antigo analista do Laboratório Nacional em Los Alamos, especialista em programas de armamentos nucleares, o grupo de peritos da ONU, encarregado de esclarecer detalhes do recente emprego de armas químicas na Síria, continua trabalhando sob um rigoroso controle dos rebeldes:
"Quando os inspetores estão postos do outro lado da verdade, já não sabem explicar o que vêem, pelo que a sua visão fica limitada pelo cenário muito bem preparado antes. Quando eles efetuam suas inspeções, passam logo a ser controlados por rebeldes que lhes indicam aonde ir, com quem falar e que provas recolher."
Outro participante da "ponte radiofônica", o antigo diplomata russo e presidente da Sociedade de Amizade e Colaboração com os Países Árabes, Vyacheslav Matuzov, qualificou de estranha e dúbia a situação com o emprego de armas químicas:
"A situação se mantém muito ambígua e peculiar. O grupo de peritos russos veio comprovar, por meio de imagens transmitidas do espaço, que os projéteis tinham sido lançados do território controlado por rebeldes. Daí a pergunta: por que é que peritos russos e norte-americanos não podem vir participar na reunião do Conselho de Segurança da ONU e comparar as imagens de Damasco feitas a partir do espaço?"
"Causa ainda muita surpresa a hora escolhida para o ataque", completou Chuck Cashman, do Instituto de Problemas Estatais junto da Universidade de Georgetown:
"Washington afirma não ter provas suficientes. Vão surgindo apelos para um ato de retaliação contra os culpados e responsáveis pelo ataque com gás. Mas tal não pode ser um golpe a desferir às cegas."
Traçando paralelos na política externa, seguida por dois últimos presidentes dos EUA, Vyacheslav Mutuzov salientou:
"Obama e Bush têm estado unânimes no intuito de mudar os regimes políticos no Iraque e na Síria. Bush se esforçava por encontrar armas de extermínio em massa no Iraque. Agora soubemos do ataque com o emprego de armas químicas na Síria."
Robert Kelly defende opinião diferente. No seu entender, Obam e Bush Junior têm pouca coisa em comum:
"Obama tem estado mais prudente. Basta ver a sua atitude para com a situação na Líbia."
Créditos: VOZ DA RÚSSIA

Fiscais resgatam sete pessoas do trabalho escravo em municípo paulista

Fiscais resgatam sete pessoas do trabalho escravo em Divinolândia

 Fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego resgataram sete pessoas que trabalhavam em condições análogas à escravidão na cidade de Divinolândia (SP). Os trabalhadores, vindos da cidade de Madre de Deus (MG), não foram registrados pelo empregador, que mantinha retidas as carteiras de Trabalho. Todos trabalhavam como colhedores de café, em uma fazenda do município paulista, e foram libertados ante-ontem (29) pelos fiscais. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), eles colhiam café todos os dias das 5h30 às 18h. O empregador concedia apenas 15 minutos de intervalo para o almoço. Na lavoura, os trabalhadores não usavam equipamentos de proteção. No alojamento, homens e mulheres compartilhavam o banheiro. Também não havia roupa de cama, cobertor ou travesseiro. Nos fundos da casa, o fazendeiro mantinha embalagens de agrotóxico, o que é proibido pela lei ambiental, por representar risco de contaminação.
De acordo com o MPT, o fazendeiro foi enquadrado no crime de redução de pessoas à condição análoga à de escravas. Agora, ele será obrigado a fazer o registro em carteira e pagar as verbas rescisórias e as passagens de volta para a casa. Caso se recuse a pagar os direitos trabalhistas dos empregados, ele pode ser processado.
O fazendeiro ainda pode ser incluído na lista suja do trabalho escravo, mantida pelo MTE. Com isso, eles não poderá ter acesso a financiamentos em bancos públicos.

Problemas financeiros bloqueiam o raciocínio

Os problemas financeiros bloqueiam as capacidades de raciocínio e as pessoas que passam por dificuldades financeiras são frequentemente incapazes de se ajudarem, consideram os cientistas norte-americanos.

problemas financeirosOs resultados das suas pesquisas foram publicados no jornal Zeit, citando a revista Science.
A um grupo de pessoas foi pedido que imaginem como irão pagar a reparação do seu automóvel, mas simultaneamente tinham de resolver uma série de charadas. Aqueles que ganhavam menos dinheiro tinham mais dificuldades em resolver as tarefas do que os que tinham rendimentos mais elevados.


Crédiros: VOZ DA RÚSSIA

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

PIB supera expectativa e cresce 2,6% no primeiro semestre



No trimestre, aumento foi de 1,5%; todas as atividades econômicas cresceram no período, com destaque para a agropecuária e indústria.

 A economia brasileira cresceu 1,5% no segundo trimestre, em relação ao trimestre anterior, e cresceu 2,6% no acumulado de 2013. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, totalizou R$ 1,2 trilhão no período de abril a junho. 
O crescimento superou as expectativas do Banco Central, que eram de 0,89%, e do próprio mercado, que ficava em torno de 1%.
Os dados foram divulgados hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o segundo trimestre de 2012, o PIB teve crescimento de 3,3%. No primeiro trimestre, o PIB havia crescido 0,6% em relação ao trimestre anterior.
Em relação ao 1º tri de 2013, todas as atividades econômicas cresceram, com destaque para a agropecuária (3,9%) e para a indústria (2%). Os serviços registraram expansão de 0,8%.
Todos os subsetores que formam o indicador da indústria apresentaram resultados positivos. O melhor desempenho foi da construção civil (3,8%). A indústria de transformação apresentou aumento de 1,7%.
Outro destaque em relação à indústria foi a formação bruta de capital fixo, com crescimento de 3,6%. O indicador exprime os investimentos das empresas em máquinas e outros bens para ampliar a produção.
As exportações de bens e serviços cresceram 6,9%, enquanto que as importações aumentaram em menor ritmo: 0,6%.
Foto: Zito Bezerra
Créditos: Rede Brasil Atual

Não haverá vencedores na guerra síria

Não haverá vencedores na guerra síria

As autoridades da Síria ameaçam os Estados Unidos com armas capazes de surpreender o mundo. Especialistas duvidam que seja possível surpreender os norte-americanos em matéria de armamento em geral seja com o que for, mas reconhecem a inevitabilidade do dano que sofrerá a coalizão anti-Assad em caso de invasão por terra e ar.

Segundo o cenário mais provável, os EUA realizarão um ataque de mísseis limitado contra a Síria. Esta é a opção menos cara, tanto do ponto de vista de reputação, como do ponto de vista financeiro. Eis o comentário do Centro de Pesquisa Social e Política russo Vladimir Yevseev:
“Os Estados Unidos podem realizar o primeiro ataque de uma distância não acessível à defesa aérea síria. Presumo, em primeiro lugar, mísseis de cruzeiro Tomahawk, cujo alcance é de até 1.600 quilômetros. Esses mísseis podem ser lançados tanto desde navios de superfície, bem como desde submarinos nucleares multiúso do tipo Los Angeles.”
A Síria tem capacidades limitadas de proteção de instalações importantes deste tipo de armas. Primeiro de tudo, podemos falar de complexos russos do tipo Tor ou Buk. Há que entender, no entanto, que neste caso estamos falando não de defesa aérea, mas de defesa antimísseis.

Além disso, para atacar a Síria podem ser usados mísseis de cruzeiro lançados do ar, baseados em bombardeiros estratégicos. Este ataque será bastante difícil de repelir. Mas se subsequentes ataques de mísseis e bombas serão realizados por forças aéreas navais, se se tratar de garantir a supremacia no ar, talvez a Síria poderia contrapor algo. Podem ser tanto meios de defesa aérea, como a limitada aviação que a Síria tem.”
O editor executivo da Revista Militar Independente Viktor Litovkin também diz que a defesa aérea da Síria é capaz de causar danos bastante significativos à aviação inimiga:
“A Síria tem um potencial bastante forte de defesa aérea. Ele é baseado em sistemas de produção russa e soviética. Desde complexos S-125, S-200 e até complexos TOR-M1, BUK-M1, Pantsir-S1, capazes de lutar tanto contra caças e bombardeiros, como contra mísseis de cruzeiro. InclusiveTomahawks. Mas, evidentemente, o potencial norte-americano é muito superior ao potencial do exército sírio.”
Por outro lado, os soldados sírios têm o espírito de luta. Assim, quando os representantes da Síria falam de uma arma milagrosa, eles têm em mente, provavelmente, o potencial humano. Embora só a vontade de vencer não seja suficiente na guerra moderna, há que admitir, no entanto, que o exército sírio está muito mais motivado do que o norte-americano. Eis o comentário do diretor do Centro de conjuntura estratégica Ivan Konovalov:
“O exército sírio provou em dois anos de guerra que não simplesmente sabe lutar, mas ainda não perde a capacidade de aprender em combate. Em tempos, ele foi preparado para enfrentar o exército israelense. E a maior parte dele esteve concentrada nas colinas de Golã. Ele não foi treinado para operações policiais ou luta contra guerrilheiros e terroristas. No entanto, em dois anos ele aprendeu isso.
Além disso, o exército sírio mostrou boa resistência. Soldados sírios não estão fugindo, continuam a lutar. Embora este não seja um exército grande, não tem uma reserva móvel muito grande.”
Agora Obama está ganhando tempo. Ele está sendo empurrado para a guerra por circunstâncias e não por um desejo ardente de guerrear. A verdade é que o uso do poder militar norte-americano certamente pode mudar o equilíbrio de poder na Síria. Mas isso não vai resolver os principais conflitos históricos, étnicos, religiosos que alimentam este conflito.
Créditos: 
VOZ DA RÚSSIA