sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Mais Médicos reprova só um dos 682 profissionais com diploma estrangeiro


O Ministério da Saúde divulgou ontem (19) que dos 682 médicos com diploma estrangeiros que chegaram ao país para o treinamento da primeira etapa do Programa Mais Médicos, 11 ficaram de recuperação e um foi reprovado. Por três semanas, os profissionais tiveram aulas sobre saúde pública, com foco na organização e funcionamento do Sistema Único de Saúde e língua portuguesa e em seguida foram avaliados sobre os temas. O médico que foi reprovado é libanês e atuou na Ucrânia antes de vir para o Brasil. Ele iria atuar em Franco da Rocha (SP), mas foi eliminado do programa porque teve desempenho final abaixo de 30% nas avaliações.
Quatro médicos que atuavam em Cuba, três na Venezuela, um na Rússia, um na Bolívia, um na Argentina e um na Espanha tiveram desempenho entre 30% e 50% e vão passar por duas semanas de reforço em Brasília antes de começarem a trabalhar pelo programa. Para o cálculo de desempenho, foram considerados o conjunto de exercícios e atividades do módulo de avaliação (40%) e o teste final (60%).
De acordo com a assessoria do Ministério da Saúde, existe a possibilidade de um segundo adiamento do inicio da atuação desses médicos, pois até agora apenas 19 médicos com diploma estrangeiro têm registro provisório. Os registros foram concedidos hoje pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul. Inicialmente eles começariam a atuar no dia 17 de setembro, mas a pasta adiou para o dia 23.
Desde o anúncio da vinda de médicos formados no exterior sem necessidade de revalidação do diploma, as entidades médicas anunciam que não registrariam os profissionais, alegando que a legislação brasileira exige que eles passem pelo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas (Revalida). Para as entidades médicas, a não revalidação do diploma deixa a população sem garantia da qualidade dos profissionais. Em vários estados brasileiros, médicos foram às ruas no mês de julho para protestar contra o programa.
Conselhos regionais de vários estados entraram com ações na Justiça pelo direito de não concederem o documento, mas até agora o pedido tem sido negado. A assessoria de imprensa do Ministério da Saúde diz que, apesar das decisões judiciais, ainda há um movimento dos CRMs para evitar a concessão dos registros provisórios.
Para o Ministério da Saúde, dispensar o exame é uma forma de evitar a concorrência dos médicos estrangeiros, incluídos no Mais Médicos, com os brasileiros na medida em que, se tivessem o diploma validado, poderiam trabalhar onde quisessem e não apenas com autorização exclusiva para atuar na periferia das grandes cidades e em municípios do interior.
Créditos: Agência Brasil

EUA proíbem voo de Maduro de passar por Porto Rico; Morales sugere boicote na ONU

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Presidente da Bolívia também anunciou que irá apresentar queixa para que os EUA e Obama sejam julgados por delitos contra a humanidade.

O chanceler venezuelano, Elías Jaua, denunciou ontem (19) que os Estados Unidos negaram permissão para que o avião do presidente Nicolás Maduro sobrevoasse o território de Porto Rico neste final de semana. O destino do trajeto é a China, país que recebe o chefe de Estado da Venezuela para uma visita oficial.
“Denunciamos isso como mais uma agressão do imperialismo contra o governo da República Bolivariana [da Venezuela]. Ninguém pode negar o sobrevoo a um avião que transporta um presidente da República em uma viagem de Estado internacional”, afirmou Jaua, completando que não há argumentos válidos para a proibição.
Segundo Jaua, o episódio representa “uma nova agressão, uma nova provocação do imperialismo norte-americano” contra o governo venezuelano, que espera o esclarecimento do caso para definir medidas a serem tomadas.
Pouco depois da denúncia, o presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou que pedirá aos governos da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), da América Latina e de outros continentes para que não participem da Assembleia Geral da ONU, que será realizada em Nova York entre 23 e 27 de setembro.

Ele também anunciou que irá apresentar uma queixa em instâncias internacionais para que os EUA e o presidente Barack Obama sejam julgados por delitos contra a humanidade. “Se é com o Maduro é com todos, que o governo dos EUA saiba. Se se mete com o Maduro, se mete com todos os povos da América Latina”, disse o chefe de Estado boliviano em coletiva de imprensa de uma base aérea de Santa Cruz, afirmando que há quatro anos pediu a retirada da sede da ONU dos EUA. “Nós, presidentes anti-capitalistas e anti-imperialistas, não sentimos segurança em território norte-americano", afirmou.

Morales também anunciou que pedirá a convocação de uma reunião de emergência dos presidentes da Celac (Comunidade dos Estados Latino-americanos e do Caribe) para considerar a retirada imediata dos embaixadores dos países do bloco de Washington. “O que o governo dos EUA faz demonstra novamente uma soberba diante do povo latino-americano e o Caribe e aos povos de todo o mundo”, argumentou.
“Não se pode permitir que os EUA sigam com políticas de amedrontamento e proibição de voos presidenciais”, continuou ele. O próprio Morales foi vítima de proibições de sobrevoo no espaço aéreo de países europeus, no início de julho, devido a suspeitas de que Edward Snowden, ex-técnico da CIA e da Agência de Segurança Nacional (NSA) buscado pelos EUA por revelar documentos secretos, estaria na aeronave.

Segundo o presidente boliviano, ao impedir a passagem do avião de Maduro por Porto Rico, rota de sua viagem à China, Washington viola quatro convenções internacionais: a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Pacto de Direitos Civis e Políticos, a Convenção sobre Missões Especiais ou Diplomáticas e a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.

“Vamos preparar um processo internacional para que [o presidente dos EUA, Barack] Obama e seu governo sejam julgados por delitos contra a humanidade. Será o melhor instrumento para defender o direito dos Estados”, anunciou, expressando que segundo a Convenção de Viena, nenhum país pode proibir a passagem de um avião oficial.
 Foto:MIGUEL GUTIÉRREZ/EFE 
Créditos: Rede Brasil Atual

Quase 100 mortos em inundações no México


O número de vítimas das enchentes e deslizamentos de terra no México, causados pelos ciclones Ingrid e Manuel, constitui já 97 pessoas, enquanto 58 pessoas se dão como desaparecidas.

As autoridades do país continuam prestando assistência de emergência a moradores de áreas onde o desastre natural tinha causado danos significativos. Na capital e em outras cidades, tem sido organizada recolha de ajuda humanitária para os danificados.
No final da semana passada, duas tempestades tropicais atingiram simultaneamente o México do lado do Atlântico e do do Pacífico. A última vez um golpe simultâneo similar dos elementos foi observado no México em 1958.
Fotos: EPA
Créditos:Voz da Rússia

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Mortes por câncer vem superando óbitos por problemas cardíacos


A proporção entre as mortes provocadas por câncer e aquelas provocadas por doenças de coração vem aumentado nos últimos dez anos. De acordo com levantamento feito pelo Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, 686 mortes por câncer foram registradas no ano passado no hospital, número 68% maior que as 408 mortes que ocorreram por problemas do coração.
Segundo o médico Roberto Dantas Queiroz, diretor-geral do Hospital do Servidor, esse percentual deve aumentar ainda mais nos próximos anos, já que pesquisas e tratamentos em cardiologia tem avançado. “O que acontece hoje também é que a própria cardiologia avançou muito tanto na prevenção e na detecção da doença - com diagnóstico precoce, quanto nos tratamentos que estão mais avançados e que são menos agressivos e menos invasivos”, falou o médico.
Em entrevista à Agencia Brasil, Queiroz relacionou o aumento das mortes por câncer com o aumento da população idosa no país. Seis em cada dez pacientes do hospital têm mais de 60 anos. Para ele, a pesquisa é importante, pois a realidade do Hospital do Servidor é a realidade que o Brasil vai viver em breve.
“Seremos como a Europa, por exemplo, onde há muito mais pacientes idosos do que jovens. Vamos ter que ter uma política pública para se preparar nesse sentido”, falou. “As pessoas, vivendo mais, têm mais chance de ter câncer e de ter recidivas de câncer também”, acrescentou.
Na opinião do especialista, o país precisa se preparar para esse cenário e investir em políticas públicas não só para o tratamento do câncer, mas para outras doenças comuns entre a população idosa, como as degenerativas. “O Brasil, como um todo, não sei se está preparado. Não há grandes centros oncológicos por aí e isso também vai, com certeza, elevar custos porque o tratamento do câncer não é um tratamento barato”, falou.
Créditos: Agência Brasil

Papa fala aos padres que acolham divorciados e visem menos o dinheiro

Observatório Romano

O papa Francisco volta a chamar a atenção dos católicos de todo mundo, quando, na segunda-feira, em reunião com os párocos do Vaticano na Basílica de São João de Latrão, disse para que eles dessem “acolhida” aos casais em segunda união e a corajosa e criativa decisão de se dirigirem às “periferias existenciais”. Uma acolhida que se deve exercer na verdade. “Dizer sempre a verdade”, sabendo que “a verdade não acaba na definição dogmática”, mas que se insere no “amor e na plenitude de Deus”. Por isso, ele recomenda que o sacerdote deve “acompanhar” “as periferias existenciais”. Para Francisco, como disse na homilia final da missa de envio da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), “inclui a quem parece mais distante, mais indiferente”.
Francisco também convidou os sacerdotes do clero romano para empreenderem “caminhos corajosamente criativos”. E citou alguns exemplos que viveu pessoalmente em Buenos Aires, como a abertura de algumas igrejas durante o dia todo e com a disponibilidade de um confessor ou a criação de “cursos personalizados” para os casais que querem se casar, mas que não podem frequentar os cursos de noivos porque trabalham até tarde.
“A santidade é maior que os escândalos”… disse o Papa Francisco ao responder às perguntas dos clérigos levando em conta os “gravíssimos problemas da Igreja” com lucidez, “mas sem pessimismo”, pois frisou que a Igreja Católica nunca esteve tão bem como hoje. “É um momento bonito da Igreja. (…) Há santos reconhecidos (…) e a santidade é maior que os escândalos”.
O Papa Francisco também convidou os sacerdotes que encheram a basílica a retornar ao “primeiro amor”, ao primeiro olhar de Jesus. A lembrança de momentos como o início da vocação, a entrada no seminário, a ordenação sacerdotal são fundamentais: “a memória é o sangue na vida da Igreja”. Francisco falou de sua vida em Buenos Aires, inclusive pediu orações pelo marco do aniversário da sua ordenação episcopal (21 de setembro).
Ele ressaltou, durante a fala na basílica lotada que “um sacerdote, quando está em contato com o povo, se cansa, mas diante do cansaço, a única resposta é Jesus: ir com os pobres, anunciar o Evangelho e seguir em frente. Claro, ajuda muito a oração diante do Tabernáculo, assim como a proximidade com os outros sacerdotes e com o bispo”.
Criticou aqueles em uma paróquia que se preocupam mais com as taxas do que pelo sacramento em si. Com esta atitude, só “afastam as pessoas”. É preciso, disse, uma “acolhida cordial: que aqueles que vierem à Igreja se sintam em sua casa. Se sintam bem. Que não sintam que estão sendo exploradas”. Bergoglio confessou que continuava se sentindo um padre. “Eu me sinto padre, sacerdote… E agradeço ao Senhor por isto.”
*Com informações IHU, Vatican Insider e RomaSette.
Foto: Observatório Romano

Síria: Recursos e aliados na eventual guerra

síria, exército

As conversações sobre o futuro destino da Síria ainda não são concluídas e, portanto, mantém-se uma probabilidade de golpe militar da parte dos Estados Unidos. Washington declara diretamente que a violação por Damasco das decisões sobre a submissão das armas químicas ao controle internacional levará inevitavelmente a um cenário militar. Que podemos esperar do semelhante desenvolvimento da situação? Poderá o Exército sírio responder adequadamente a uma intervenção militar ou o país irá sofrer uma derrota relâmpago? Os peritos não são unânimes nesta questão.

A Síria não dispõe de meios militares e técnicos para repelir o eventual golpe das Forças Armadas americanas. Por isso, o Exército sírio pode ser um alvo fácil para a máquina militar americana, treinada em numerosas operações externas, considera o perito militar, Mikhail Khodarenok, em sua recente publicação.
O autor aponta que as tropas sírias não dispõem de meios avançados de luta radioeletrônica, que determinam em grau considerável a vantagem numa guerra contemporânea. Ao mesmo tempo, em geral, as forças governamentais da Síria são muito mais fracos do que seus “colegas” americanos, ressalta Khodarenok:
“Tal diz respeito aos meios de reconhecimento e aos meios ativos de ataque contra os agrupamentos opostos das Forças Armadas dos EUA. Naturalmente, referimo-nos à situação em que o conflito militar já tem começado. Os Estados Unidos irão atacar impunemente estruturas militares e centros administrativo-políticos da Síria, enquanto o Exército sírio não poderá contrapor nada à superioridade militar-técnica total.”
Em opinião do perito, militares americanos sempre irão adiantar-se a ações das tropas sírias: os dados de reconhecimento espacial e de agentes têm neste caso uma importância decisiva. Os Estados Unidos dispõem em grau suficiente dessas informações. Por outro lado, a defesa antiaérea da Síria tem equipamentos obsoletos e não forma um sistema integral. As tropas sírias não dispõem ainda de armas de alta precisão capazes de assestar golpes vulneráveis contra estruturas externas inimigas, que respondem pelo comando de operações. Mas os militares americanos, contrariamente, têm suficientes meios militares para fazer a guerra.
Refletindo em sentido global, o potencial militar-econômico dos dois países é incomparável e, a priori, o mais forte vence em tais conflitos.
Contudo, em opinião do dirigente do Centro de Conjuntura Política, Ivan Konovalov, a Síria é capaz de causar danos ao eventual adversário. Seu sistema de defesa antiaérea, apesar de não ser nova, tem grande número de instalações que podem abater aviões e mísseis de cruzeiro. O mais importante, porém, é o fator político e não puramente militar. Não é segredo que a Síria tem aliados e amigos, cujo apoio pode provocar grandes problemas aos EUA que não renunciam aos planos militaristas, considera o perito:
“Não se pode riscar os aliados da Síria. O país é apoiado pelo Irã e o movimento Hezbollah. O Irã tem enorme influência na diáspora xiita, divulgada em todas as monarquias do Golfo Pérsico, em muitas das quais os xiitas predominam, podendo assestar golpes de resposta contra os americanos. Sem dúvida, no caso de ataques diretos, a Síria tem poucas capacidades, mas, utilizando o termo de “guerra por procuração”, suas capacidades crescem consideravelmente”.
Em 15 de setembro, o Irã e a ONU assinaram um acordo de concessão de ajuda humanitária a Damasco. Ao mesmo tempo, Teerã anunciara anteriormente a disposição de prestar apoio militar à Síria no caso de ações armadas contra o país. Na altura, porém, o Irã teve em vista Israel, um dos protagonistas-chave na região.
Tais precedentes já foram fixados no decorrer do conflito sírio. Nestas condições muito instáveis, o golpe contra a Síria é desvantajoso em primeiro lugar para Israel, aliado principal dos EUA. Involuntariamente, aos olhos de xiitas, a agressão da América será projetada também para este país. Já se tornou habitual considerar o Irã como adversário ideológico, mas uma confrontação militar entre aqueles países irá explodir todo o Oriente Próximo, levando ao derramamento de muito sangue.
Por isso, o papel pouco sensível por enquanto do Estado hebreu como “refreador” político das ambições belicosas de Washington em relação à Síria pode tornar-se mais notável do que parece à primeira vista. Não é atoa que a direção israelense valorizou altamente os esforços diplomáticos de Moscou, que podem, finalmente, trazer a paz para a terra síria.
Mas os Estados Unidos podem ainda independentemente, sem a interligação Israel-Irã, “fazer muitos disparates”. É geralmente conhecida a precisão decantada das armas americanas. Há pouco que assassinatos maciços de civis no Iraque e no Afeganistão eram quase ordinários. A tentativa de abalar estruturas militares sírias com milhares de Tomahawks pode provocar infelizmente tiros incertos, inclusive fora do território sírio, acabando com a paciência de países da região.
Foto: EPA
Créditos: Voz da Rússia

Sem recadastramento, aposentado terá pagamento suspenso


Cerca de 8,3 mil servidores aposentados e beneficiários de pensão do governo federal terão seus pagamentos suspensos a partir deste mês. De acordo com o Ministério do Planejamento, o pagamento foi suspenso porque eles deixaram de comparecer à rede bancária entre março e junho para fazer o recadastramento anual. Segundo o ministério, houve reiterados avisos para que os aposentados e pensionistas fizessem o recadastramento nesse período.
Para evitar o problema, bastaria ao beneficiário comparecer a uma das 6 mil agências de bancos conveniados (Banco do Brasil, Caixa e BRB) no mês em que faz aniversário”, lembrou o ministério.
Em nota divulgada hoje (18), o ministério destaca que “todos [beneficiários] são avisados três vezes sobre a obrigatoriedade do comparecimento: a primeira, uma carta de sensibilização no início do processo; depois, no mês anterior ao aniversário, a convocação para fazer a atualização no prazo de 30 dias; e, ao final desse período, quem não comparece ainda tem outra chance e recebe a terceira notificação para se recadastrar nos 30 dias seguintes”.
Foram emitidos 235.190 avisos individuais para recadastramento entre março e junho. Destes, 8.330 beneficiários deixaram de comparecer à rede bancária. A suspensão dos pagamentos equivale a cerca de R$ 30,4 milhões mensais ou R$ 395,2 milhões por ano. Para ter o pagamento restabelecido e o nome incluído na folha seguinte, ou em uma folha suplementar, basta ao beneficiário fazer o recadastramento no órgão ou entidade de recursos humanos que concedeu o benefício.