quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Papa fala aos padres que acolham divorciados e visem menos o dinheiro

Observatório Romano

O papa Francisco volta a chamar a atenção dos católicos de todo mundo, quando, na segunda-feira, em reunião com os párocos do Vaticano na Basílica de São João de Latrão, disse para que eles dessem “acolhida” aos casais em segunda união e a corajosa e criativa decisão de se dirigirem às “periferias existenciais”. Uma acolhida que se deve exercer na verdade. “Dizer sempre a verdade”, sabendo que “a verdade não acaba na definição dogmática”, mas que se insere no “amor e na plenitude de Deus”. Por isso, ele recomenda que o sacerdote deve “acompanhar” “as periferias existenciais”. Para Francisco, como disse na homilia final da missa de envio da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), “inclui a quem parece mais distante, mais indiferente”.
Francisco também convidou os sacerdotes do clero romano para empreenderem “caminhos corajosamente criativos”. E citou alguns exemplos que viveu pessoalmente em Buenos Aires, como a abertura de algumas igrejas durante o dia todo e com a disponibilidade de um confessor ou a criação de “cursos personalizados” para os casais que querem se casar, mas que não podem frequentar os cursos de noivos porque trabalham até tarde.
“A santidade é maior que os escândalos”… disse o Papa Francisco ao responder às perguntas dos clérigos levando em conta os “gravíssimos problemas da Igreja” com lucidez, “mas sem pessimismo”, pois frisou que a Igreja Católica nunca esteve tão bem como hoje. “É um momento bonito da Igreja. (…) Há santos reconhecidos (…) e a santidade é maior que os escândalos”.
O Papa Francisco também convidou os sacerdotes que encheram a basílica a retornar ao “primeiro amor”, ao primeiro olhar de Jesus. A lembrança de momentos como o início da vocação, a entrada no seminário, a ordenação sacerdotal são fundamentais: “a memória é o sangue na vida da Igreja”. Francisco falou de sua vida em Buenos Aires, inclusive pediu orações pelo marco do aniversário da sua ordenação episcopal (21 de setembro).
Ele ressaltou, durante a fala na basílica lotada que “um sacerdote, quando está em contato com o povo, se cansa, mas diante do cansaço, a única resposta é Jesus: ir com os pobres, anunciar o Evangelho e seguir em frente. Claro, ajuda muito a oração diante do Tabernáculo, assim como a proximidade com os outros sacerdotes e com o bispo”.
Criticou aqueles em uma paróquia que se preocupam mais com as taxas do que pelo sacramento em si. Com esta atitude, só “afastam as pessoas”. É preciso, disse, uma “acolhida cordial: que aqueles que vierem à Igreja se sintam em sua casa. Se sintam bem. Que não sintam que estão sendo exploradas”. Bergoglio confessou que continuava se sentindo um padre. “Eu me sinto padre, sacerdote… E agradeço ao Senhor por isto.”
*Com informações IHU, Vatican Insider e RomaSette.
Foto: Observatório Romano

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