Nos países que gastam em saúde menos de US$ 2.000 anuais por pessoa, como a Romênia, Polônia e Hungria, cerca de 60% dos doentes morrem após o diagnóstico da doença, enquanto nos que despendem entre US$ 2.500 e US$ 3.000, como Portugal, a Espanha e o Reino Unido, a mortalidade fica entre 40% e 50%. Na França, Bélgica e Alemanha, com gasto acima de US$ 4.000, a mortalidade está abaixo de 40%.
Segundo os autores do estudo, citados pela Agência EFE, a riqueza e o maior gasto sanitário estão associados tanto a uma maior incidência de câncer, quanto à menor mortalidade pela doença. O trabalho está publicado na revista científica especializada Annals of Oncology.
Um dos autores, o oncologista espanhol Felipe Ades, destacou que quanto mais dinheiro se destina à saúde, menor é o número de mortes após o diagnóstico de um câncer e que essa relação é “mais evidente” no caso do câncer de mama.
Os investigadores também observaram que, apesar de todas as iniciativas para harmonizar as políticas sanitárias públicas, há uma “diferença significativa” entre o gasto sanitário e a incidência de câncer nos 27 estados da União Europeia, que é ainda mais clara entre os países europeus orientais e ocidentais.
O estudo analisa os motivos da maior incidência da doença nos países da Europa Ocidental, mas sugere que este fato se deve em parte à existência de maior número de programas de triagem, que permitem detectar casos de câncer nas fases mais precoces e mais tratáveis terapeuticamente.
Foto: Alibaba.com
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