sábado, 21 de setembro de 2013

Novo procurador critica 'autismo' e falta de transparência da gestão Gurgel

rodrigo janot
Sobre 'Mensalão Tucano', engavetado pelo antecessor, Rodrigo Janot diz que trabalhará para evitar prescrições de penas.
 Em entrevista concedida aos repórteres Felipe Recondo e Andreza Matais, para o jornal O Estado de S. Paulo, o novo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, deixou claro que está disposto a imprimir ao Ministério Público Federal um ritmo menos partidarizado e mais transparente do que seu antecessor no cargo, Roberto Gurgel. Ele critica o “autismo” que tomou conta do órgão não gestão passado, devido ao que ele chama de falta de diálogo com os demais poderes, e se recusou a classificar o chamado mensalão como “maior escândalo de corrupção da História do Brasil” – como fazia Gurgel. Para Janot, “toda corrupção é ruim”. O importante a destacar, segundo o novo procurador,  é que houve investigação e julgamento, o que contrasta com a ideia de suposta impunidade. Perguntado se vai acelerar o processo que tratada do chamado Mensalão Tucano, que ocorreu em Minas Gerais nos governos Fernando Henrique Cardoso e Eduardo Azeredo, ambos do PSDB, Janot respondeu: “Pau que dá em Chico dá em Francisco”. Abaixo a íntegra da entrevista publicada:
O processo do mensalão está acabando. O senhor vai acelerar o processo do mensalão mineiro?
Pau que dá em Chico dá em Francisco. O que posso dizer é que, aqui na minha mão, todos os processos, de natureza penal ou não, vão ter tratamento isonômico e profissional. Procuradores, membros do Ministério Público e juízes não têm processo da vida deles. Quem tem processo da vida é advogado. Para qualquer juiz e para o Ministério Público todo processo é importante.
O crime de formação de quadrilha no mensalão mineiro já prescreveu. O senhor vê novos riscos?
Uma das minhas formas de trabalho aqui é dar a prioridade a qualquer processo com risco iminente de prescrição. Isso é buscar efetividade da justiça.
O senhor já disse que não deve pedir prisão imediata dos réus do mensalão. Mas vai agilizar os pareceres aos embargos infringentes?
Eu tenho de esperar o acórdão. Vou me desincumbir do que tenho de fazer o mais rápido possível. Mas não posso dizer se vou usar o prazo todo ou não. Vai depender do acórdão. Eu vou inclusive usar o recesso. Não vou tirar férias.
O senhor considera que o julgamento do mensalão foi um marco contra a impunidade?
Não. Eu tenho muito receio de dizer que um processo é um marco contra a impunidade, que é marco disso ou daquilo. Eu espero que isso contribua, dentro de um contexto maior, para que todo o processo chegue ao final com o resultado que a lei prevê. Será que esse é o grande marco? Não sei se é o grande marco. Eu olho pra trás e vejo que este julgamento, há 20 anos, não teria ocorrido, não existiria o processo. Essa tem que ser a grande mudança.
Por que não haveria processo há 20 anos?
Havia uma resistência a se aplicar igualmente a lei para todo mundo. Hoje a República é mais República.
O senhor comunga da ideia de que foi o maior escândalo da história do País?
O que é maior? Receber um volume de dinheiro de uma vez só ou fazer uma sangria de dinheiro da saúde, por exemplo. São igualmente graves, mas eu não consigo quantificar isso. Não sei o que é pior. Não sei se este é o maior caso de corrupção, não. Toda corrupção é ruim.
Talvez pelo envolvimento da cúpula de um governo.
E a (corrupção) difusa? Envolve também muita gente. Dinheiro que sai na corrupção falta para o atendimento básico de saúde, educação e segurança pública. Toda corrupção é ruim.
O senhor já disse que não defende a prisão agora dos condenados do mensalão com novo julgamento. E os demais?
]Para esses, transitando e julgando a prisão é decorrente. Para os demais (que terão um segundo julgamento), só depois da publicação do acórdão.
O senhor defende a extinção do foro privilegiado ou a mudança poderia gerar mais impunidade?
Quanto mais se sobe o foro, mais diminui a revisão dos julgados. Se você diminui a revisão do julgado, maior é o risco de ter erro. Essas questões têm que ser colocadas de maneira clara na mesa para discutir esse assunto.
O senhor disse que tem disposição ao diálogo. Isso tem a ver com pessoas que o senhor investigará?
Investigação não é diálogo. Falo de relação institucional entre poderes.
Esse diálogo faltou nos últimos anos?
O Ministério Público se fechou. Virou uma instituição autista. Diálogo não é composição. Se eu tiver de investigar, eu vou investigar. Eu sou mineiro ferrinho de dentista.
Como o senhor pretende acelerar processos que estão no Ministério Público?
Vou dar maior transparência às questões que tramitam no gabinete do procurador-geral. A sociedade brasileira tem direito de saber o que tem aqui dentro, como tramitam os processos e os prazos. Eu quero abrir o gabinete. Minha segunda meta é acabar com os processos que ficam na prateleira. O acervo é a massa do diabo. Não podemos ter medo de arquivar e de judicializar.
O senhor é a favor de flexibilização das regras para criação de novos partidos?
Não temos que flexibilizar. Temos que cumprir a lei. A lei fixa os requisitos para a criação dos novos partidos. Nós temos que ver se os requisitos foram cumpridos. Ponto.
O senhor enviará proposta ao Congresso para diminuir benefícios salariais para os membros do Ministério Público, como auxílio-moradia ou licença prêmio?
Eu discuto o estatuto (do Ministério Público) como um todo. Para que eu possa enviar uma proposta cortando o que está previsto no estatuto, tenho que negociá-lo como um todo. Duvido que qualquer colega meu não deixe de trocar privilégio pela garantia de investigação.
Outros procuradores-gerais da República já saíram com a pecha de engavetador e prevaricador. O sr. quer deixar qual marca?
Quero deixar uma marca: simplicidade. Só.
Créditos: Rede Brasil Atual

Crianças sofrem chantagem para praticar atos sexuais

Criança navegando na web (BBC)

Centenas de crianças e adolescentes ao redor do mundo têm sofrido chantagem para praticar atos sexuais e compartilhar fotos pornográficas pela internet, alega um relatório divulgado nesta sexta-feira pela ONG britânica Centro contra a Exploração de Crianças e de Proteção Online (Ceop).
Os abusadores, diz a ONG, convencem suas vítimas a enviar fotos de si mesmas com teor sexual. Feito isso, ameaçam mandar as imagens para pais e amigos das vítimas caso estas se recusem a continuar a conversa online. Andy Baker, porta-voz da Ceop, diz que a organização já teve conhecimento de casos do tipo envolvendo 424 jovens e crianças ao redor do mundo - algumas de oito anos de idade. A chantagem, segundo ele, já levou sete crianças a cometer suicídio e outras sete a se autoflagelar seriamente.
O relatório da Ceop diz que as conversas começam em sites abertos ou redes sociais e logo são levadas a fóruns privados, "onde ganham teor sexual".Os abusadores geralmente iniciam a conversa se fingindo de crianças ou de pessoas do gênero oposto das vítimas.
"(O abuso) avança rapidamente", diz Baker à BBC, alegando que em menos de cinco minutos o abusado online "vai de 'oi, você quer tirar sua roupa' a alguém cometendo autoflagelo".
Uma vez que as vítimas enviam imagens sexuais de si mesmas, a chantagem começa, com pedidos de mais fotos de teor sexual - algumas envolvendo autoflagelo - ou até mesmo pedidos de somas em dinheiro, sob a ameaça de as imagens comprometedoras serem enviadas a conhecidos da vítima.
Em um dos casos, um dos acusados de abusos chegou a arquivar as imagens pornográficas que recebia de crianças em uma pasta nomeada "escravos".
Os criminosos usavam mais de 40 perfis falsos online e outros tantos endereços de e-mail para perpetrar os abusos, diz a Ceop.Entre os 424 jovens e crianças que sofreram chantagem, 322 deles – principalmente meninos entre 11 e 15 anos, oriundos de todo o mundo – foram descobertos em uma única investigação neste ano, chamada de Operação K.
O esquema foi descoberto por autoridades britânicas depois que uma rede social identificou atividades suspeitas e uma criança avisou seus pais.
Na Grã-Bretanha, o assunto ganhou especial relevância em agosto, após o suicídio de um garoto de 17 anos vítima de chantagens.
Daniel Perry pensava estar trocando mensagens e fotos com uma menina de sua idade, até que os abusadores pediram dinheiro para não tornar essas imagens públicas. Ele acabou se jogando de uma ponte.
Logo após sua morte, sua mãe disse que ele era "um menino feliz, não estava deprimido, e não era o tipo de pessoa que você pensaria que iria tirar a própria vida. Queria que ele tivesse me procurado (e contado o ocorrido)".
Segundo ele, é importante que as crianças e jovens entendam que não devem falar com pessoas que não conhecem e não devem passar "de plataformas públicas a privadas".É importante que pais eduquem a si mesmos e a seus filhos a respeito de configurações de privacidade e denúncias de eventuais abusos na internet, adverte Scott Freeman, fundador da ONG antibullying online Cybersmile.
Por outro lado, Freeman opina que os provedores de internet precisam ser mais proativos para coibir abusos, ressaltando que alguns "já começam a adotar procedimentos do tipo".
A Ceop, por sua vez, adverte que os jovens vítimas de abusos online podem, além de ter mais propensão a se autoflagelar, se tornar mais agressivas e introspectivas.
Créditos: BBC Brasil

Confirmadas 134 mortes causadas pela gripe suína, este ano, em Minas




A Secretaria de Estado de Saúde confirmou 134 mortes causadas pelo vírus influenza, neste ano, em Minas Gerais. Em comparação com o último boletim divulgado pela secretaria, há 15 dias, houve um aumento de 7 mortes. A maioria das mortes este ano aconteceu na faixa etária entre 50 e 59 anos. Foram 39 mortes neste grupo, seguido da faixa etária 40 e 49 anos, com 32 casos. Outros 28 pacientes que morreram tinham idade superior a 60 anos, 19 entre 30 e 39 anos, 7 entre 20 e 29, 2 entre 10 e 19, 1 entre 5 e 9 e 6 tinham menos de 4 anos de idade. Em 2013, pelo menos 547 pessoas contraíram o vírus influenza em Minas. Durante todo o ano de 2012, foram registrados 189 casos da doença e 47 mortes.
Foto: saude.hsw.uol.com.br
Créditos: MONTESCLAROS.COM

INSS quer mudar regras para concessão do auxílio-doença



O INSS pretende concluir, até o final deste ano, projeto que vai alterar os atuais moldes adotados no processo de perícia médica. Pelo estudo, a concessão do auxílio-doença deverá ser baseada não apenas nas condições físicas dos segurados incapacitados, mas também deverá levar em conta os aspectos sociais, econômicos e profissionais. O plano inicial deverá começar a funcionar a partir de 2014 e prevê que o trabalhador consiga o afastamento automático, sem a necessidade de passar por perícia. Para isso, será preciso levar o atestado médico a uma agência do INSS. O documento poderá ser emitido por médico de convênio ou do SUS e deverá trazer detalhes da sua doença e o tempo do seu afastamento.
Créditos:Montesclaros.com

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Israel confisca comboio humanitário para Cisjordânia e agride diplomata



Grupo, com representantes de dez países europeus, se dirigia para o Vale do Jordão levar auxílio a beduínos.
Soldados israelenses detiveram hoje (20) um comboio de ajuda humanitária na Cisjordânia,que era acompanhado por representantes de dez países europeus, expropriaram o material e tiraram à força do grupo uma diplomata francesa, informaram à Agência Efe testemunhas e fontes diplomáticas.
O comboio incluía um caminhão com cinco tendas de campanha destinadas às famílias de Jirbet Majul, próxima ao Vale do Jordão, no leste do território ocupado da Cisjordânia, onde o Exército israelense tinha destruído há três dias alguns barracos habitados por beduínos.
A demolição ocorreu após uma decisão do Supremo Tribunal, que alegou que as estruturas careciam de permissões de construção. O acampamento se encontra na denominada zona C, ou seja, a parte da Cisjordânia (60%) na qual as autoridades militares israelenses controlam os assuntos civis e de segurança e raramente concedem permissões de construção.
Nesta semana, após duas frustradas tentativas do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, ambas barradas pelo Exército israelense, a representação diplomática estrangeira se organizou para evitar um novo bloqueio, assinalou à Agência Efe um trabalhador humanitário envolvido no caso.
A participação estrangeira era um gesto "simbólico" de apoio, ressaltaram fontes diplomáticas europeias.
O comboio partiu em direção à região nesta manhã com os diplomatas, principalmente europeus, mas o Exército israelense deteve novamente o grupo e ameaçou confiscá-lo.
Neste momento, uma representante francesa subiu na cabine do caminhão que transportava as tendas e se negou a abandoná-la, enquanto os diplomatas entravam em contato com suas representações em Jerusalém e Ramala para tentar desbloquear a situação, apontaram as testemunhas.
Posteriormente, a diplomata foi tirada à força pelos soldados israelenses, que também fizeram uso de três bombas de efeito moral onde se encontravam tanto os beduínos locais como os diplomatas e trabalhadores humanitários.

As fontes diplomáticas europeias acrescentaram que, além do uso das três bombas, os soldados israelenses deixaram dois homens feridos, ambos palestinos.

Consultado pela Agência Efe, o Exército israelense assinalou que o envio de forças de segurança tinha o objetivo impedir a "colocação ilegal de uma tenda de campanha" para garantir a "aplicação de uma decisão do Supremo Tribunal".

"No lugar, palestinos e ativistas estrangeiros começaram a lançar pedras, enquanto o Exército respondeu com métodos antidistúrbios, confiscou as tendas e deteve três palestinos que tinham sido os principais instigadores", assinalou o Exército Israelense.
Foto: Divulgação Cruz Vermelha
Créditos: Rede Brasil Atual

Criação de empregos no país tem crescimento de 26,46% em agosto


 Foram criados 127,6 mil postos de trabalho com carteira assinada em agosto deste ano, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado hoje (20) pelo Ministério do Tra
balho e Emprego (MTE).
Esse saldo representou uma melhora em relação a julho, quando foram registrados os piores índices para o mês desde 2003l. Com relação a agosto de 2012, quando foram criados 100,9 mil postos, a performance representa crescimento de 26,46%.
O balanço de agosto foi resultado de 1.845.915 admissões e 1.718.267 demissões. No acumulado do ano, nos oito primeiros meses, foram gerados mais de 1 milhão de postos com carteira assinada.
De acordo com os dados do MTE, os setores com os melhores desempenhos em agosto foram serviços (com geração de 64,2 mil empregos), comércio (50 mil) e indústria de transformação (11,3 mil). Os setores com o desempenho mais fraco no mesmo período foram agricultura (-12 mil) e serviços industriais de utilidade pública (-448).
Segundo o ministério, o fechamento de postos na agricultura ocorreu devido a motivos sazonais, especialmente relacionados ao cultivo de café e de sementes em Minas Gerais, São Paulo e Goiás.
Regionalmente, o Sudeste registrou a maior quantidade de empregos gerados em agosto (com 51,1 mil), seguido pelo Nordeste (33,1 mil); pelo Sul (27,8 mil), pelo Centro-Oeste (9,2 mil) e pelo Norte (6,2 mil). Os estados com os melhores desempenhos foram São Paulo (39,5 mil), Paraná (12,2 mil) e Rio de Janeiro (10,1 mil). Os piores foram Minas Gerais (-1,7 mil) e Acre (-47).

Síria: mais de 4 mil crianças deixam o país desacompanhadas

Síria: mais de 4 mil crianças deixam o país desacompanhadas

Pelo menos 4.150 menores abandonaram a Síria sem a companhia de um parente, informou hoje (20) o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
“Alguns perderam os pais no conflito e fogem da violência, outros cruzam a fronteira para se juntar a familiares e outros são enviados para países vizinhos pelos próprios pais, para não serem recrutados por grupos armados”, disse a porta-voz do Unicef, Marixie Mercado.
O Líbano foi o país que recebeu mais crianças, 1.698, sendo que a maior parte vive na área do Vale de Bekaa, onde são utilizadas como mão de obra na agricultura.
Na Jordânia, residem 1.170 crianças que chegaram ao país sozinhas, incluindo menores de nove anos, concentrados sobretudo no Campo de Zaatari. No Iraque, são estimados em 300 os menores que chegaram sem acompanhamento familiar ao Norte do país.
O Unicef lembrou que aquelas crianças foram “testemunhas e vítimas de níveis horríveis de violência”, o que as torna “extremamente vulneráveis” a abusos e a serem recrutadas por grupos armados dos dois lados do conflito.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância trabalha na região para identificar os menores e garantir-lhes proteção, educação, assistência médica e psicossocial, enquanto tenta localizar algum parente.
O conflito na Síria já provocou mais de 110 mil mortos desde março de 2011, de acordo com as Nações Unidas.
Créditos: Agência Brasil