terça-feira, 24 de setembro de 2013

'Mini-órgãos' feitos com impressora 3D são usados para testar vacinas

Impressora 3-D | Crédito: AP
Mini-órgãos desenvolvidos a partir de uma impressora 3-D modificada estão sendo usados para testar novas vacinas em um laboratório nos Estados Unidos.

O processo replica as células humanas para imprimir estruturas que imitam as funções do coração, fígado, pulmão e vasos sanguíneos. Os órgãos são então inseridos em um microchip e ligados a um substituto de sangue, permitindo aos cientistas monitorar de perto tratamentos específicos.O Departamento de Defesa dos Estados Unidos financiou o projeto com US$ 24 milhões (R$ 54 milhões). A bioimpressão, uma forma de impressão 3-D que, de fato, cria tecido humano, não é nova. Nem a ideia de cultivar tecido humano 3-D em um microchip.
Mas os testes que estão sendo realizados no Wake Forest Institute for Regenerative Medicine, na Carolina do Norte, são os primeiros a combinar vários órgãos em um mesmo dispositivo, capaz de modelar a resposta às toxinas químicas ou a agentes biológicos.
Os órgãos desenvolvidos em laboratórios são então inseridos em um chip de cinco centímetros e unidos em uma espécie de sistema circulatório que usa um substituto de sangue semelhante ao usado cirurgias de emergência.As impressoras 3-D modificadas, desenvolvidas em Wake Forest, imprimem células humanas em materiais a base de hidrogel, um tipo de gel que é capaz de reter grande quantidade de água.
O substituto do sangue mantém as células vivas e pode ser usado para receber agentes químicos ou biológicos e a introduzir terapias potenciais no sistema.
Sensores que medem a temperatura real, os níveis de oxigênio, o pH e outros fatores passam informações sobre como os órgãos reagem e, principalmente, como eles interagem uns com os outros.
Anthony Atala, diretor do Wake Forest e coordenador da pesquisa, disse que a tecnologia poderia ser usada tanto para "prever os efeitos dos agentes químicos e biológicos quanto testar a eficiência de tratamentos potenciais".
"Na prática, estamos fazendo testes em tecido humano", afirmou ele.
"Funciona melhor do que os testes em animais", acrescentou.
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'Americanos e russos são dois lados da mesma moeda', diz ativista síria

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Em visita ao Brasil, ex-funcionária da ONU em Damasco explica que tanto Washington como Moscou gostariam de ver os dois lados da guerra disputando eleições.
 A ativista síria Sara al-Suri esteve no Brasil ano passado e retornou recentemente ao país com a intenção de promover campanhas políticas contra a ditadura de Bashar al-Assad. Ex-funcionária das Nações Unidas em Damasco, Sara deixou a Síria em março de 2012 – sua família precisou abandonar o país há sete meses. Com 25 anos, a ativista cursava Ciência Política e Sociologia.
Sara al-Suri observa que os Estados Unidos e a Rússia são “dois lados da mesma moeda” no que diz respeito às negociações em torno do regime sírio. Para ela, as duas potências desejam articular uma alternativa política para a saída de Bashar al-Assad do governo. “Todos gostariam de fazer com que Bashar al-Assad, os rebeldes e a oposição burguesa simplesmente sentassem em uma mesa, apertassem as mãos, agendassem eleições para 2014 e fingissem que está tudo resolvido.” Essa solução, acredita, apenas levaria a uma “cosmética transição de governo dentro de um país que está em guerra”.
Nesta entrevista ao Sul21, concedida durante sua passagem por Porto Alegre na semana passada, Sara al-Suri também fala sobre a situação das mulheres na Síria. Ela ressalta que tanto os rebeldes quanto os soldados do governo são machistas. “O que a revolução fez foi dar a nós, mulheres, uma chance de sermos ativistas, de lutarmos contra a opressão, contra a exploração e contra a marginalização. Porém, é um engano pensar que a revolução, por si só, nos libertou”, comenta. “Quanto mais comparecia aos protestos, mais eu conhecia pessoas que não encontraria na universidade ou através dos meus amigos. Era um contexto social completamente diferente.”
De que lugar da Síria tu és e quando começaste a lutar contra o regime?
Sou de Damasco, a capital. O primeiro protesto que eu participei ocorreu no dia 8 de março de 2011. Era uma manifestação em favor dos revolucionários líbios, em frente à embaixada da Líbia. Éramos um grupo de aproximadamente 50 a 60 pessoas. Foi um evento muito pequeno e insignificante comparado ao que aconteceu depois, mas muitos de nós fomos presos. Alguns foram presos por poucas horas, outros por alguns dias. Esse foi meu primeiro protesto antes da verdadeira revolução de massa, que começou no dia 15 de março na cidade da Daraa, no sul do país.
O que tu fazias na Síria?
Eu trabalhava na ONU e era estudante: graduanda em Ciência Política e mestranda em Sociologia. Eu também trabalhava para o World Food, programa de alimentação das Nações Unidas.
Por que e quando tu saíste do país?
Deixei a Síria em março de 2012. Não havia problema em sair, mas eu não poderia voltar. Se quisesse voltar, teria que ser clandestinamente. No início, minha atuação na Síria era focada na participação nos protestos. Depois, acabei me dedicando ao Comitê de Coordenação Local em Rukn Eldin – um bairro na área central de Damasco –, organizando manifestações, escrevendo panfletos, fazendo campanhas para a liberação de detidos.
Como está a situação deste bairro atualmente?
Atualmente é uma das maiores áreas armadas dentro de Damasco em que o regime ainda não conseguiu intervir. É um bairro de classe trabalhadora. No início, eu não me senti muito confortável lá. Meu primeiro contato com a revolução envolveu intelectuais e artistas que apoiavam o processo na Líbia. Porém, quanto mais eu comparecia aos protestos, mais eu conhecia pessoas que não encontraria na universidade ou através dos meus amigos. Era um contexto social completamente diferente. Foi aí que comecei meu ativismo. Não íamos ao centro de Damasco, mas, sim, às partes periféricas da cidade, especificamente a um local chamado Dummar, que é agora uma zona liberada. Era muito interessante, pois as pessoas saíam das áreas centrais da cidade para juntarem-se a esses protestos na periferia, já que Damasco ainda estava sob forte controle do regime.
Qual foi o sentimento das pessoas na Síria quando a primavera árabe começou, quando os primeros protestos tomaram conta da Tunísia?
Foi inacreditável, porque não podíamos nem comemorar publicamente. Ficamos muito felizes por tudo ter começado na Tunísia. (Mohamed) Bouazizi (o cidadão tunisiano que colocou fogo no próprio corpo) se tornou uma figura importante na Síria, todos usavam sua foto. O regime foi tolo o bastante de permitir isso. O clima ainda era de segurança, então podíamos falar sobre isso, desde que não publicamente. Quando Mubarak caiu no Egito, lembro que as pessoas trocavam mensagens de texto utilizando uma expressão em árabe em que uma pessoa diz “parabéns” e a outra responde “espero que você seja o próximo”. É uma expressão utilizada para felicitações em casamentos e nascimentos de crianças. Foi assim que celebramos em Damasco.
Continue lendo a entrevista na página do Sul 21
Créditos: Rede Brasil Atual

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Chuvas em Santa Catarina atingem mais de 20 mil pessoas

Foto: Rua 7 de setembro esquina com Travessa José Binder no centro de Presidente Getúlio.
foto: Patrícia Severino.
TV IMAGEM NET
Cetro da cidade  de Presidente Getúlio-SC. Foto: TV Imagem Net

 As chuvas em Santa Catarina já afetam mais de 20 mil pessoas. Segundo a Defesa Civil, até a manhã de hoje (23), as enchentes atingiam 70 municípios, dos quais seis decretaram situação de emergência: Araquari, Bom Retiro, São José do Cedro, Saltinho, Santa Terezinha do Progresso e Serra Alta. Mais de 4,6 mil casas foram danificadas pela inundações, por destelhamentos, queda de granizo ou deslizamento de terra.
No Vale do Itajaí, um dos municípios mais aingidos é Blumenau, com 12,3 mil pessoas desabrigadas e 281 desalojadas, além de 3,1 mil residências e 1,3 mil estabelecimentos comerciais e industriais afetados pela inundação. A cidade havia se preparado para as enchentes, com 23 abrigos, desligamento preventivo de energia nas ruas próximas do leito do Rio Itajaí-Açu, que banha o município e uma força-tarefa formada por representantes das defesas civis municipal e estadual, do Corpo de Bombeiros, da prefeitura, de escolas e outras instituições.
Outro município em situação crítica no Vale do Itajaí é Rio do Sul, onde 1,5 mil pessoas estão desalojadas e 536, desabrigadas. Rio do Sul conta com 18 abrigos para as vítimas das enchentes.
“Apesar da chuva ter parado, a região costeira catarinense ainda sofre com a maré alta", disse o meteorologista Marcelo Martins, do Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina. Segundo ele, as preamares variam, em média, 1 metro nos municípios de Itajaí e São Francisco do Sul e na capital, Florianópolis. Martins alertou que há possibilidade de ressaca no litoral.
Mesmo com previsão de queda no volume de chuvas, a Defesa Civil mantém o alerta para risco de deslizamentos de encosta nos municípios da Grande Florianópolis, no litoral e no Planalto Norte, Vale do Itajaí, litoral sul, Meio-Oeste, Planalto e litoral sul. Podem ocorrer alagamentos e inundações nas áreas com drenagem deficiente, especialmente no litoral, vulnerável aos efeitos da maré, e na Bacia do Rio Itajaí. Há também alerta para inundações em Lages.
Em casos de inundação, a Defesa Civil orienta as pessoas a não ter contato com a água e nunca beber água ou comer alimentos que tenham tido contato com a enchente. É importante também ficar atento às crianças em áreas próximas de rios e ribeirões.
Em tempestades com descargas elétricas e vento, não é aconselhável ficar ao ar livre. Deve-se ainda evitar a permanência em campos abertos próximos a placas e árvores ou objetos que possam ser arremessados – as pessoas precisam procurar lugares cobertos, com janelas e portas fechadas, para se proteger, e ter o cuidado de não manusear equipamentos eletrônicos ou telefone convencional e o celular, por causa de raios e relâmpagos.
Quanto a possíveis deslizamentos, a recomendação é observar se há qualquer qualquer movimento de terra, rachaduras nas paredes, inclinação de postes e árvores perto de casa. Em caso de deslizamento, as famílias devem sair de casa imediatamente e acionar a Defesa Civil Municipal ou o Corpo de Bombeiros.
Créditos: Agencia Brasil

Imponderabilidade provoca maiores alterações em artérias do cérebro

espaço

São as artérias do encéfalo que experimentam maiores alterações por falta de gravidade. Tal é a conclusão a que chegaram os pesquisadores da Rússia e dos EUA ao analisarem resultados de um importante projeto conjunto, Bion M, concebido para estudar os efeitos da permanência no espaço sobre organismos vivos.



Em abril deste ano, os especialistas russos e americanos enviaram a órbita um "comando" numeroso de ratos, lagartixas, peixes, plantas e micro-organismos. A tripulação pouco comum permanecia em estado de imponderabilidade durante um mês, fazendo com que esse voo se tornasse a viagem mais prolongada de uma "arca de Noé" espacial. Logo a seguir, as experiências prosseguiram em terra, no Instituto de Problemas Médico-Biológicos, sito em Moscou.
"Descobrimos que as artérias do encéfalo são afetadas mais gravemente do que, por exemplo, as artérias femorais", comentou Vladimir Sychev, chefe do projeto científico Bion M, referindo-se aos primeiros resultados das experiências. De acordo com ele, isso aponta que em condições de imponderabilidade muitas funções do cérebro, incluindo as cognitivas, podem sofrer alterações substanciais.
Os bichos "cosmonautas" tiveram um intenso programa de preparação para a missão. Com o monitoramento do peso, medições do tronco "de ponta de antenas a ponta da cauda", treinamentos a fim de os adaptar à microgravidade e inclusive complexos testes psicológicos, para determinar quem convém melhor – fêmeas ou machos – para uma odisseia no espaço. Verificou-se que os machos são mais indicados.
"O balanço hormonal é muito potente em fêmeas e, portanto, é capaz de encobrir muitas alterações. É por isso que os machos são mais interessantes para o estudo que as fêmeas", esclareceu Sychev. No entanto, os machos são muito mais agressivos e respondem de forma mais expressa e violenta a mudanças das condições físicas de vida.
As lagartixas suportaram o voo melhor que todos os demais "tripulantes": os representantes da família dos geconídeos não sofreram baixas. Porém, só 19 dos 45 ratos conseguiram regressar à Terra. Alguns animalzinhos não sobreviveram a forças G após o arranque. Outros morreram em brigas com seus congêneres. Os peixinhos também não sobreviveram: as algas deixaram de sintetizar oxigêneo por causa de uma falha de luz nos aquários.
Na prolongação terrestre das experiências, os bichos permaneciam durante 30 dias expostos à mesma temperatura, umidade e composição do ar que existiam no espaço, mas sem radiação elevada e imponderabilidade. Ao terem comparado o estado dos animais experimentais, incluindo os indicadores de pressão arterial, os cientistas chegaram a uma conclusão de suma importância para os voos espaciais tripulados por seres humanos: a imponderabilidade influi negativamente nas funções do cérebro.
O projeto segue avançando. Durante o próximo semestre serão estudados os vídeos gravados e analisados os dados. Os especialistas do Instituto de Problemas Médico-Biológicos da Academia das Ciências da Rússia examinam os animais "cosmonautas" junto com seus colegas americanos, aplicando métodos de pesquisa mais sofisticados.
"A prioridade do futuro mais próximo consiste em estudar os efeitos do espaço sobre o sistema sanguíneo em geral e, é claro, sobre o coração", concluiu Vladimir Sychev.
Créditos: Voz da Rússia

Trabalho infantil no mundo é reduzido em um terço


Os casos de trabalho infantil no mundo tiveram redução de um terço entre 2000 e 2012, segundo dados do estudo Medir o Progresso na Luta contra o Trabalho Infantil: Estimativas e Tendências, divulgado hoje (23) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O número de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos trabalhando nos últimos 12 anos caiu de 246 milhões para 168 milhões.
Para a OIT, o avanço no combate ao trabalho infantil foi possível devido à intensificação de políticas públicas e da proteção social das crianças e dos adolescentes nos últimos anos, acompanhada pela adesão a convenções da organização e pela adoção de marcos legislativos sólidos no âmbito nacional. A instituição verificou que os maiores progressos na queda do uso desse tipo de mão de obra ocorreu entre 2008 e 2012.
De acordo com a OIT, essa redução, no entanto, não é suficiente para eliminar as piores formas de trabalho infantil - meta assumida pela comunidade internacional em parceria com a organização, por meio da Convenção 182. A estimativa é que mais da metade das crianças envolvidas em algum tipo de trabalho exercem atividades consideradas perigosas.
“Estamos nos movendo na direção correta, mas os progressos ainda são muito lentos. Se realmente queremos acabar com o flagelo do trabalho infantil no futuro próximo, é necessário intensificar os esforços em todos os níveis. Existem 168 milhões de boas razões para fazê-lo”, declarou o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.
As piores formas de trabalho infantil são as consideradas perigosas - atividade ou ocupação, por crianças ou adolescentes, que tenham efeitos nocivos à segurança física ou mental, ao desenvolvimento ou à moral da pessoa. O trabalho doméstico, por exemplo, é considerado uma das piores formas. Segundo a OIT, aproximadamente 15 milhões de crianças estão envolvidas nesse tipo de atividade. Só no Brasil, são quase 260 mil.
A divulgação do estudo levou em consideração a proximidade da 3ª Conferência Global sobre Trabalho Infantil, que será realizada em Brasília, em outubro.
Regionalmente, o maior número de crianças em atividade no mercado de trabalho está na Ásia - 78 milhões, cerca de 46% do total. Proporcionalmente à população, no entanto, o Continente Africano é o que concentra o maior percentual de menores de 18 anos envolvidos nesse tipo de atividade, 21%.
Em relação ao setor em que crianças e adolescentes são encontrados trabalhando com maior frequência, a agricultura é o que tem a maior concentração, 59% dos casos (98 milhões). Os setores de serviços (54 milhões) e da indústria (12 milhões) também mostram incidência de uso de mão de obra infantil, especialmente na economia informal.
Créditos:Agencia Brasil

Programa Viver sem Limites terá investimento de R$ 7,6 bilhões


Com o objetivo de ampliar o acesso das pessoas com deficiência a serviços e equipamentos que g
arantam mais qualidade de vida, o governo federal vai investir, até o ano que vem, R$ 7,6 bilhões em ações que integram o Programa Viver sem Limites. Uma delas é a entrega de casas adaptáveis, construídas por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida, que, este caso, atende a pessoas com renda mensal até R$ 1,6 mil.
Ao participar, hoje (23), do programa de rádio semanal Café com a Presidenta, Dilma Rousseff fez um balanço do Viver sem Limites e informou que, desde janeiro de 2012, o governo contratou a construção de 630 mil casas desse tipo. As unidades contam com portas mais largas, banheiros mais espaçosos, corredores mais amplos e barras que facilitem a locomoção. No total, foram entregues 9 mil casas adaptadas. A expectativa do governo é contratar 1,2 milhão de casas adaptáveis até 2014.
"A casa própria é uma das coisas mais importantes para garantir autonomia, segurança e uma vida feliz, pois todos nós queremos um cantinho para morar. Essa é uma das minhas prioridades no Viver sem Limite", disse ela. No sábado (21), foi comemorado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência.
Na área da educação, a presidenta destacou que, por meio do Viver sem Limite, foram entregues 830 ônibus adaptados a prefeituras de 600 cidades, para levar crianças com deficiência às escolas, sejam elas públicas ou ligadas às associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes). Dilma disse que até dezembro serão entregues mais 900 desses veículos e até o ano que vem um total de 2,6 mil. Ela acrescentou que o governo repassou R$ 235 milhões para 26 mil escolas de todo o país se tornarem acessíveis às pessoas com deficiência.
Ainda com foco na acessibilidade, Dilma Rousseff ressaltou que foram criados 30 núcleos de pesquisa em universidades e institutos federais de educação tecnológica, como o Centro Nacional de Referência em Tecnologia Assistiva, em Campinas (SP). O objetivo é favorecer o desenvolvimento de produtos e equipamentos que facilitam a rotina das pessoas com deficiência.
"São equipamentos como o vocalizador, que ajuda que tem dificuldade na fala, reproduzindo sons ou vozes; as cadeiras ajustáveis, que oferecem mais conforto na sala de aula; softwares que ajudam a alfabetizar as crianças com deficiência; além de órteses e próteses com novos materiais, que reduzem o custo também desses produtos", explicou, ao lembrar que o governo criou uma linha de crédito especial para a compra desses produtos, operada pelo Banco do Brasil. De acordo com Dilma, foram financiados R$ 66 milhões e o governo pretende liberar o crédito também para que pessoas com deficiência façam obras de adaptação nas suas casas, como a construção de rampas ou a mudança das portas.
Em relação à saúde, a presidenta ressaltou a importância do teste do pezinho em recém-nascidos para detectar alguma deficiência ou doença genética e informou que o governo espera começar, ainda este ano, a oferecer o teste do olhinho para prevenir doenças como a catarata congênita, que é a segunda causa de cegueira infantil, além de ampliar o número de maternidades que oferecem o teste da orelhinha. Ela ressaltou ainda que estão sendo construídos, também por meio do Viver sem Limites, três centros de treinamento de cães-guia para auxiliar pessoas com deficiência visual, além da unidade que já foi inaugurada em Camboriú (SC).
De acordo com dados o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem cerca de 45,6 milhões de pessoas com pelo menos um tipo de deficiência, o que representa 23,92% da população.
Créditos: Agência Brasil

domingo, 22 de setembro de 2013

Atentado contra cristãos deixa 78 mortos no Paquistão

Pelo menos 78 pessoas morreram neste domingo em um atentado suicida duplo em uma igreja no Paquistão, incluindo 34 mulheres e sete crianças, afirmou o ministro do Interior, Chaudhry Nisar Ali Khan, no ataque mais mortal contra cristãos no país predominantemente muçulmano.
A violência religiosa e ataques contra forças de seguranças têm aumentado no Paquistão nos últimos meses, afetando os esforços do primeiro-ministro do país, Nawaz Sharif, de controlar a insurgência após chegar ao poder em junho. "Quem são estes terroristas matando mulheres e crianças?" disse o ministro na televisão, falando de Peshawar.
Os homens-bomba atacaram a histórica Igreja de Todos os Santos, na cidade de Peshawar, no momento em que centenas de paroquianos saíam do prédio após a missa de domingo. "Eu ouvi duas explosões. As pessoas começaram a correr. Restos humanos estavam espalhados por toda a igreja", disse uma paroquiana, que deu apenas seu primeiro nome, Margrette.
Cristãos correspondem a cerca de 4% da população do Paquistão de 180 milhões de pessoas. Ataques a áreas cristãs ocorrem esporadicamente no país, mas o deste domingo foi o mais violento na história recente. Ninguém assumiu imediatamente a responsabilidade pelo ataque.
O noroeste é uma região onde imperam muitos grupos rebeldes islamitas, entre eles o Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP), autores de inúmeros atentados que já deixaram mais de 6.000 mortos desde 2007. As autoridades sabiam que esta igreja poderia ser atacada e mobilizaram forças de segurança ao seu redor.
Nazir Khan, professora de 50 anos, disse que a missa havia terminado e que 400 fiéis estavam saindo da igreja quando ocorreu uma primeira explosão. Imagens de televisão mostravam ambulâncias transferindo os feridos a hospitais locais. Familiares das vítimas se aglomeravam em frente à igreja. Alguns gritavam frases hostis à polícia, considerada incapaz de deter as ameaças.
O primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, condenou firmemente este atentado. "Os terroristas não têm religião. Atacar inocentes é contrário aos preceitos do islã e de todas as outras religiões. Estes atos terroristas mostram o estado de ânimo brutal e desumano dos terroristas", disse em um comunicado.
O governo de Sharif propôs recentemente negociações de paz com os talibãs do TTP para colocar fim à violência. A violência entre fanáticos religiosos aumentou nos últimos anos no Paquistão, com uma série de atentados suicidas contra a minoria muçulmana xiita (20% da população) reivindicados pelo grupo armado sectário Lashkar-e-Jhangvi, próximo ao TTP e à Al-Qaeda. Mas até agora os cristãos não haviam sido atacados desta forma sangrenta.
Foto:AFP
Créditos:Portal Terra