sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Copa 2014: Veja grupos e os adversários do Brasil

 O sorteio das chaves da Copa do Mundo de 2014 definiu, nesta tarde, quem serão os adversários da seleção brasileira na primeira fase da competição. Cabeça de chave do Grupo A, o Brasil vai enfrentar as seleções da Croácia, do México e de Camarões. O  jogo de abertura – Brasil e Croácia – será dia 12 de junho, no Itaquerão, em São Paulo.
As 32 seleções que vão participar do maior torneio de futebol do mundo foram divididas em oito grupos, de A a H. Além do Brasil, Alemanha, Argentina, Bélgica, Colômbia, Espanha, Suíça e Uruguai, as seleções mais bem colocadas no ranking mundial da Federação Internacional de Futebol (Fifa) do mês de outubro deste ano, lideram os grupos.
O grupo D, formado pelas seleções do Uruguai, da Costa Rica, da Inglaterra e da Itália, está sendo considerado um dos mais difíceis da primeira fase, com três seleções que já foram campeãs mundiais.
Durante a cerimônia de sorteio das chaves, realizada na Costa do Sauípe, na Bahia, a presidenta Dilma Rousseff disse que esta será uma grande Copa e que tem um significado especial, porque "no Brasil, o futebol está em casa". "O Brasil, como todos sabem, é o país do futebol. O futebol está no coração de cada um e de todos os brasileiros. Esta será a Copa das Copas, uma Copa para ninguém esquecer”, destacou a presidenta.

“Como torcedora, estou muito animada com nossa seleção. O Brasil, como disse o senhor Blatter [Joseph, presidente da Fifa], é a única seleção pentacampeã do mundo. Além disso, somos o único país que esteve em todas as Copas. E temos uma história de sucesso no futebol. Esta é a terra de Pelé, o maior jogador de todos os tempos, e é a terra do Ronaldo, o maior goleador de todas as Copas“, disse ela.
Para o presidente da Fifa, Joseph Blatter, a Copa no Brasil será “a maior de todos os tempos”. “É uma grande festa da Fifa para todo o Brasil. Será uma grande Copa, a maior de todos os tempos. Aproveitem o futebol e aproveitem a vida”, encantizou Blatter.
O ex-jogador Ronaldo, que também participou da cerimônia, ,manifestou-se confiante no sucesso do evento. “Tenho certeza de que, com um trabalho de anos e milhares de pessoas, vamos entregar a melhor Copa do Mundo de todos os tempos.”
Os jogos da Copa serão disputados em 12 cidades: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Cuiabá, Belo Horizonte, Manaus, Fortaleza, Recife, Salvador e Natal.
Os grupos da Copa do Mundo de 2014, sorteados nesta sexta-feira são os seguintes:
Grupo A – Brasil, Croácia, México e Camarões
Grupo B – Espanha, Holanda, Chile e Austrália
Grupo C – Colômbia, Grécia, Costa do Marfim, Japão
Grupo D – Uruguai, Costa Rica, Inglaterra e Itália
Grupo E – Suíça, Equador,  França e Honduras
Grupo F – Argentina, Bósnia-Herzegovina, Irã e Nigéria
Grupo G – Alemanha, Portugal, Gana e Estados Unidos
Grupo H – Bélgica, Argélia,  Rússia e Coreia do Sul
Créditos: Agencia Brasil

Líderes mundiais lamentam morte de Mandela

MandelaLíderes mundiais divulgaram notas de pesar pela morte de Nelson Mandela, lembrando o exemplo, a influência e a importância do ex-presidente sul-africano.
A presidente Dilma afirmou “Mandela conduziu com paixão e inteligência um dos mais importantes processos de emancipação do ser humano da  história contemporânea – o fim do apartheid na África do Sul”. A presidenta acrescentou que os brasileiros receberam consternados a notícia da morte do líder sul-africano.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ressaltou que se inspirou em Mandela. "Eu sou um dos incontáveis ​que se inspiraram na vida de Nelson Mandela. Minha primeira ação política foi um protesto contra oapartheid. Estudei suas palavras e seus escritos. O dia em que ele foi libertado da prisão me deu a percepção do que os seres humanos podem fazer quando são guiados por suas esperançase não por seus medos", disseO primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse que se “extinguiu uma grande luz”, referindo-se à morte do ex-presidente da África do Sul. Segundo o líder britânico, a bandeira em sua residência oficial será colocada a meio mastro.
“Uma grande luz extinguiu-se no mundo”, escreveu Cameron em sua conta no microblog Twitter. “Nelson Mandela foi um herói do nosso tempo. Ordenei que a bandeira no n.º 10 [de Downing Street, residência oficial] seja colocada a meio mastro”, acrescentou.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, elogiou o líder sul-africano como “um gigante pela justiça” que inspirou movimentos de libertação. “Muito no mundo inteiro foi influenciado pela sua luta altruísta pela dignidade, igualdade e liberdade humana. Ele tocou as nossas vidas de uma forma muito pessoal”, disse Ban Ki-moon aos jornalistas, em tributo a Mandela.
Já o presidente francês, François Hollande, afirmou que Mandela era “um resistente excepcional” e “um combatente magnífico”. Em comunicado, ressaltou que o líder foi “a encarnação da nação sul-africana, o cimento da sua unidade e o orgulho de toda a África”.
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, destacou as mudanças promovidas por Mandela. “Mandela mudou o curso da história para a sua população, para o seu país, para o seu continente, para o mundo. Os meus pensamentos estão com a sua família e com a população da África do Sul”, disse o português, também pelo Twitter.
Segundo o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, a memória do líder da luta contra a segregação racial deve ser reverenciada. Van Rompuy definiu Mandela como “uma das maiores figuras políticas do nosso tempo”. "Honremos a sua memória com o compromisso coletivo com a democracia”.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa, e da Casa Branca   

Rio: Chuva forte deixa três mortos

Dez municípios do Rio encontram-se em alerta máximo Pelo menos três pessoas morreram e duas ficaram feridas por causa da forte chuva que atingiu o estado na noite de ontem (5). Segundo a Defesa Civil, um deslizamento de terra e pedra matou uma mulher em Comendador Soares, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Em Barra de Guaratiba, na zona oeste da capital fluminense, uma árvore caiu em cima de um carro, causando a morte de uma pessoa e deixando outra ferida. Em Cabo Frio, na Região dos Lagos, um homem morreu ao ser atingido por um raio. O Rio Itabapoana, que passa pelo município de Bom Jesus de Itabapoana, no norte do estado, está em alerta máximo, o que representa alto risco de transbordamento. O Instituto Nacional de Meteorologia informou que a previsão para hoje (6) é tempo encoberto e chuva no decorrer do dia.
Um deslizamento de terra também foi registrado em Anchieta, na zona norte da capital. Seis casas foram atingidas, mas ninguém ficou ferido. Em Petrópolis, na região serrana, uma pessoa ficou ferida e foi encaminhada para o hospital depois de um deslizamento de terra. Em Marechal Hermes, na zona norte, os bombeiros foram acionados por causa de um alagamento.
A Light informou, em nota, que ainda estão sem luz os bairros de Jacarepaguá e Campo Grande, na zona oeste, Méier, na zona norte, e os municípios de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Cerca de 450 profissionais estão mobilizados para normalizar o fornecimento de energia nos locais. No entanto, a companhia informou que “o trabalho é complexo, pois envolve, além do isolamento da área afetada e da retirada de objetos da fiação, a reconstrução da rede”.
O Centro de Operações da prefeitura informou que em oito comunidades da zona sul, Praça Seca, na zona oeste, e Tijuca, na zona norte, as sirenes preventivas foram acionadas e os moradores deixaram as casas como medida preventiva.
Segundo o Centro de Operações, há previsão de ressaca no fim de semana na Baía de Guanabara, com ondas de 1 a 1,5 metro.
Em vários pontos da cidade, semáforos estão com mau funcionamento na manhã de hoje (6) devido a problemas de queda de energia. As equipes da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb), Secretaria de Conservação (Seconserva) e Secretaria Municipal de Transportes estão trabalhando para resolver os problemas de alagamento.
Na Tijuca, zona norte do Rio, foi registrado o maior volume de chuva em dez anos. De acordo com a Rio Águas, foram contabilizados 92 milímetros de chuva em apenas uma hora.
Na Estrada Grajaú-Jacarepaguá, que liga a zona norte à oeste, parte da pista está interditada próximo ao Hospital Cardoso Fontes, no sentido Grajaú, por causa da queda de uma árvore. Em Campinho, na zona norte, uma árvore e um poste caíram, bloqueando o acesso de veículos.
Créditos: Agencia Brasil

Classe média entrou tardiamente no sindicalismo, afirma cientista político

Seminário profissionais liberais Para o cientista político Armando Boito Jr., professor titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a classe média brasileira, via profissionais liberais, entrou tardiamente no sindicalismo e tende a não acreditar no movimento. "A classe média valoriza de modo indevido o diploma e a instrução formal como base para o sucesso salarial, profissional e menospreza a importância da organização e da luta coletiva, e isso reduz a força do movimento sindical. A classe operária é muito mais mobilizada sindicalmente", afirmou, durante seminário organizado ontem (5), na sede do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU).
Mesmo assim, Boito identifica um outro momento na organização sindical. "Temos um crescente número de greves e ganhos reais nos salários, uma situação que contrasta muito com a vivida na década de 90, quando acumulava perdas e estava em refluxo grande. Hoje o cenário está renovado”, afirma.
Segundo alguns dos palestrantes, entre os desafios para renovar e fortalecer o movimento sindical dos profissionais liberais com formação universitária – como médicos, farmacêuticos, engenheiros, nutricionistas, dentistas, entre outros – é fundamental integrar à classe média ao sindicalismo operário. Para Boito, com a organização das categorias por profissão, e a resistência de integração ao sindicalismo operário, a força da organização dos profissionais liberais fica reduzida. "A classe média precisa estar numa central junto com o sindicalismo operário, tem de fazer mobilização junto, tem de ultrapassar o corporativismo profissional, porque presos a ele a nossa capacidade de pressão é pequena. O sindicalismo de classe média só tem a ganhar se integrando a esse movimento sindical. É necessário vencer essa resistência, porque só temos a ganhar com isso."
"Somos um eixo de conhecimento decisivo para o país atual e para o futuro, mas temos um desenvolvimento ainda muito limitado. A CNTU identifica essa situação e quer colocar para as camadas médias que o futuro delas está totalmente ligado com os interesses maiores do país. Precisamos descer das arquibancadas e entrar em campo", afirma o diretor da entidade Allen Habert. Criada em 2006, a confederação teve registro sindical publicado dois anos depois. Informa representar engenheiros, farmacêuticos, médicos e odontologistas (por meio de federações) e economistas e nutricionistas, por meio de sindicatos).
De acordo com o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, a sociedade está diante de um novo processo, no qual o sindicalismo também é um caminho para promover no país transformações mais robustas. “Temos condições de enfrentar grandes temas, porque devido ao protagonismo das centrais hoje o movimento sindical está além do espaço das negociações das campanhas salariais, a exemplo de quando os trabalhadores barraram o processo da terceirização."
Segundo Clemente, é necessário olhar para os problemas da organização sindical, seja a fragmentação ou dificuldades de articulação, e fortalecer as entidades para negociações mais complexas, como a luta por igualdade de oportunidade e igualdade de condições, melhores empregos e salários e enfrentamento da alta rotatividade e da informalidade.
“Esse é o ponto de partida. Sabemos dos vários problemas que temos na vida sindical, mas precisamos olhar para nossa organização sindical e fazer as mudanças necessárias para fortalecê-la. O nosso grande desafio é enfrentar o problema da desigualdade com uma macroagenda sindical, e há necessidade de somar ações nesse sentido. Temos de pensar na nossa habilidade política para tornar nossa organização como elemento da nossa estratégia", disse Clemente.
“Hoje, a classe média que se aproxima do sindicalismo enxerga a contribuição que pode dar no processo político brasileiro, na distribuição de renda, na luta pelas redução das desigualdades. Os sindicatos devem colocar essas questões e saber que tipo de luta ele deve assumir para contribuir nessa direção progressista da sociedade brasileira", acrescenta o economista.
"Nossa capacidade se mede pela nossa unidade, pelo conjunto, pela capacidade da nossa luta. Temos de fortalecer a ideia da linha unitária e a grande tarefa da CNTU será fortalecer as federações como instância intermediaria nesse sentido", diz o consultor sindical João Guilherme Vargas Netto. Leia mais no portal RBA.
Créditos: Rede Brasil Atual

Brasil: número de pobres cai pela metade em oito anos


Número de pobres no Brasil cai pela metade em oito anos e desigualdade também foi reduzida.  Venezuela, Equador e Brasil lideram o ritmo de redução da pobreza entre os países da América Latina. Estudo divulgado ontem (5) pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), da ONU, mostra que a proporção de brasileiros considerados pobres ou extremamente pobres se reduziu pela metade entre 2005 e 2012, de 36,4% para 18,6% – os chamados indigentes foram de 10,7% para 5,4%.
Entre 2011 e 2012, o Brasil conseguiu uma redução de 2,3 pontos na proporção de pobres, o que o coloca entre as nações que melhores resultados alcançaram no ano passado. Significa dizer que 48 milhões de brasileiros, ou 24% da população, permanecem nestas duas faixas sociais. Na Venezuela a taxa caiu 5,6 pontos, de 29,5% a 23,6%, enquanto no Equador o recuo foi de 3,1 pontos, de 35,3% para 32,2%.
No geral, porém, a Cepal mostrou-se pouco otimista com os resultados alcançados em 2012, que mostram, no balanço da região, um ritmo menor de redução da pobreza, que ao longo de toda a década apresentou um recuo considerado histórico. A estimativa é de que 164 milhões de pessoas sejam pobres no fechamento de 2013, o equivalente a 27,9% da população, em patamar muito parecido ao registrado no ano anterior.
O estudo Panorama Social da América Latina 2013 indica a moderação do crescimento econômico da região e a alta nos preços de alimentos como principais fatores para explicar esse ritmo mais lento. "Desde 2002 a pobreza na América Latina caiu 15,7 pontos percentuais e a indigência 8 pontos, mas os números recentes mostram uma desaceleração", disse a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, ao apresentar o relatório, em Santiago, no Chile.
O relatório recorda que a redução dos níveis de pobreza se incrementou graças a um novo ciclo de investimentos sociais iniciado após a superação do chamado Consenso de Washington, predominante entre os governos da região na década de 1990, quando se realizou um corte neste tipo de custo.
Agora, porém, será necessário tomar novas medidas. "O único número aceitável de pessoas vivendo na pobreza é zero, pelo que chamamos aos países a levar a cabo uma mudança estrutural nas suas economias para crescer de forma sustentada com maior igualdade", disse Bárcena.
Para definir o conceito de pobreza, a Cepal cruza uma série de informações sobre saneamento, alimentação, energia elétrica, violência, moradia e educação, e a partir de uma gama de itens define uma pontuação sobre os percentuais. Com isso, a estimativa para o total de pessoas em extrema pobreza é de um aumento este ano, de 66 milhões para 68 milhões de latino-americanos.
“Uma medição multidimensional da pobreza circunscrita às necessidades básicas insatisfeitas mostra que carências tais como a falta de acesso à água potável ou a sistemas apropriados de saneamento ainda afetam a um conjunto importante de pessoas na região”, avalia o comunicado. “Isso conduz a perguntar-se se as políticas públicas destinadas à superação da pobreza estão colocando ênfase suficiente na conquista de padrões mínimos.”
A pior variação em termos totais foi registrada no México, que ganhou um milhão de pobres no ano passado, de 36,3% para 37,1% da população. A pobreza se manteve estável na Costa Rica (17,8%), em El Salvador (45,3%), no Uruguai (5,9%) e na República Dominicana (41,2%). Houve redução nos níveis de Peru (27,8% a 25,8%), Argentina (5,7% a 4,3%) e Colômbia (34,2% a 32,9%).
Em relação ao Brasil, houve avanço também na distribuição de renda, mas ainda não a ponto de tirá-lo da relação de países mais desiguais do subcontinente. Em 2002, os 20% mais pobres da população detinham 3,4% das rendas totais, contra 4,5% uma década depois, ao passo que os ricos foram de 62,3% para 55,1%. 12 das 13 nações que forneceram dados apresentaram queda no índice de Gini, que mede a desigualdade. Argentina, Brasil, Peru, Uruguai e Venezuela foram os que apresentaram melhores resultados neste sentido, todos com avanço superior a 1%.
Créditos: Rede Brasil Atual

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Mandela morre aos 95 anos

Nelson Mandela morre aos 95 anosNelson Mandela faleceu hoje (5),  na cidade de Pretória, capital executiva da África do Sul. O ex-presidente sul-africano, com 95 anos, vinha enfrentando uma infecção pulmonar recorrente. No segundo semestre deste ano, Madiba, como era conhecido, ficou hospitalizado por três meses para tratar uma infeção pulmonar.
Líder da luta contra o "apartheid" na África do Sul, Mandela inspirou movimentos contra o racismo em todo o mundo. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1993 e foi o primeiro presidente negro do país, de 1994 a 1999. Era também carinhosamente chamado de Mandiba, nome do clã a que pertencia.
Mandela nasceu no dia 18 de julho de 1918, em um pequeno vilarejo, e era membro de uma nobreza tribal. Seu nome original é Rolihlahla. Aos 7 anos, ele se tornou o primeiro membro da família a frequentar a escola, onde lhe foi dado o nome inglês Nelson.
Tornou-se estudante de direito na Universidade de Fort Hare, onde foi expulso por envolvimento em ações de boicote às políticas universitárias, organizadas pelo movimento estudantil. Nessa época, ele foi para Johanesburgo, onde terminou sua graduação na Universidade da África do Sul.
Ainda como estudante de direito, Mandela começou a se envolver na oposição ao regime do apartheid. Naquela época, havia uma rígida legislação imposta pelos descendentes dos colonos holandeses, franceses e alemães, que negava direitos políticos e sociais aos negros e mestiços e à expressiva colônia de imigrantes indianos.
Em 1942, Mandela tornou-se membro do Congresso Nacional Africano (CNA), organização do movimento negro fundada em 1912. Era favorável apenas à organização de ações não violentas. Mudou de opinião após o massacre de Sharpeville, em março de 1960, quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, matando 69 pessoas e ferindo 180. Um ano após o episódio, ele decide ir ao Marrocos e à Etiópia para treinamento paramilitar.
Em agosto de 1962, Mandela foi preso numa operação articulada entre a polícia sul-africana e a CIA, sendo condenado a cinco anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves. Dois anos mais tarde, recebeu uma nova sentença: julgado por sabotagem e conspiração com países estrangeiros, foi condenado à prisão perpétua. A partir de então, teve início um movimento internacional em torno do tema "Libertem Nelson Mandela".
Mandela foi solto em 1990, quando o então presidente Frederik Willem de Klerk anunciou as primeiras medidas para pôr fim ao sistema do apartheid. Ele deixou a prisão aos 72 anos e, imediatamente, iniciou um movimento em favor de uma nova Constituição, que concedesse direitos políticos e sociais a toda a população, incluindo o direito de voto aos negros.
Devido aos avanços democráticos no país, De Klerk e Mandela receberam conjuntamente o Prêmio Nobel da Paz em 1993. Um ano mais tarde, entrou em vigor a nova Constituição provisória não-racial. Nas primeiras eleições multirraciais da África do Sul, Mandela foi candidato pelo CNA, que havia sido transformado em partido político, e foi eleito presidente no dia 27 de abril de 1994.
Exerceu seu mandato até 1999. Desde então, seu partido vem sendo vitorioso e se mantém no poder. Em junho de 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública, mas continuaria com suas atividades na luta contra a Aids.
Créditos: EBC

Vaticano vai criar comissão contra abuso sexual infantil

O Vaticano deve criar um comitê especial para aprimorar medidas de proteção contra abuso sexual infantil na Igreja, disse na quinta-feira o arcebispo de Boston, cardeal Sean Patrick O'Malley.
"Até agora houve muito foco nas áreas judiciais, mas a parte pastoral é muito, muito importante. O Santo Padre está preocupado com isso", disse O'Malley a jornalistas, referindo-se ao papa Francisco.
A comissão de especialistas deve "estudar essas questões e trazer recomendações concretas" para o papa e o Vaticano, disse. O'Malley fez as declarações no terceiro e último dia de uma série de reuniões a portas fechadas entre o papa Francisco e uma comissão especial de oito cardeais que discutem a administração problemática do Vaticano.
A comissão, indicada um mês depois da eleição do papa, ressaltou sua determinação em levar adiante reformas na administração do Vaticano e formas de tratar dos escândalos como a questão do abuso sexual de crianças por padres. (Reportagem de Naomi O'Leary) Leia mais na Agencia Reuters.
Créditos; Reuters