terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Casos de câncer no mundo devem crescer 57% em 20 anos

O número de novos casos de câncer deve aumentar 57% em 20 anos, de acordo com relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Câncer, divulgado ontem (3). Se em 2012 foram 14 milhões de casos diagnosticados, a previsão é que haverá 22 milhões nas próximas duas décadas. No período, as mortes por câncer, que atualmente chegam a 8,2 milhões por ano, devem chegar a 13 milhões.
O relatório destaca que a doença está crescendo em ritmo alarmante e alerta para a necessidade de implementação urgente de estratégias de prevenção para mudar esse quadro.
Os tipos de câncer mais frequentes mundialmente são os de pulmão (1,8 milhão de casos, 13% do total), mama (1,7 milhão, 11,9%) e cólon (1,4 milhão, 9,7%). Segundo o texto, o câncer de pulmão é responsável pelo maior número de mortes (1,6 milhão, 19,4%). Em seguida vêm o de fígado (9,1%) e o de estômago (8,8%).
Mais de 60% dos casos estão na África, Ásia, América Central e América do Sul, regiões que concentram total de 70% das mortes causadas pela doença no mundo todo.
O estudo teve a colaboração de 250 cientistas de mais de 40 países. A OMS ressalta que o envelhecimento da população e a falta de um sistema de saúde eficiente em países subdesenvolvidos devem ser os principais motivos desse aumento.
Segundo o relatório, em 2010, os gastos anuais totais com câncer foram estimados em aproximadamente US$ 1,16 trilhão. O texto ressalta, entretanto, que metade dos casos de câncer poderia ser evitada se o conhecimento dos países sobre a doença fosse traduzido em ações adequadamente implementadas.
Créditos: Agencia Brasil

Maioria da população do estado de São Paulo está acima do peso

obesidade Mais da metade da população paulista (52,6%) estão acima do peso, aponta levantamento divulgado ontem (3) pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Foram entrevistadas, por telefone, 5,7 mil pessoas da capital e do interior com objetivo de avaliar os fatores de risco e de proteção para doenças crônicas. Na análise por gênero, os homens apresentam um percentual um pouco maior, 54,9%. Entre as mulheres, 50,4% estão com excesso de peso.
O sobrepeso entre a população do estado está um pouco acima da média nacional, que é 51%. “É necessário monitorar como está o hábito da nossa população e desenvolver políticas públicas que deem resposta a esses índices elevados, como o do excesso de peso”, apontou Marco Antônio de Moraes, do Centro de Vigilância Epidemiológica da secretaria. Em relação à obesidade, o percentual é menor, em torno de 19%.
O órgão destaca que 72% da mortalidade no Brasil estão relacionados a doenças crônicas, como problemas cardiovasculares, cânceres, doenças respiratórias e diabetes. Por isso, a necessidade de avaliar os fatores de risco na população. Além do excesso de peso, a pesquisa analisou aspectos como a prática de atividade física e o consumo de bebida alcoólica, entre outros.
Os dados apontam ainda que 14,3% dos entrevistados não fazem atividade física, 13,5% são fumantes e 15% abusam da ingestão de álcool. “É necessário um controle articulado desses fatores de risco. Não adianta querer controlar essas doenças que mais causam morte e pegar só a questão da obesidade”, explicou.
O consumo regular de carne com excesso de gordura, por exemplo, foi identificado em 37,9% dos entrevistados. Para 31,5% dos pesquisados, o refrigerante está presente na alimentação cinco ou mais dias por semana. Moraes destaca que a obesidade é vista como uma prioridade, porque o percentual de pessoas acima do peso tem diminuído menos do que outros fatores de risco.
Ele destaca como exemplo de política a ser adotada as medidas implantadas contra o tabagismo. “Há 20 anos, a prevalência de fumantes era acima de 30%. Uma série de medidas foi adotada, como propagandas, capacitações em escolas, tratamento para a dependência, perigo do fumo passivo”, enumerou. Moraes acredita que isso também deve ocorrer com o enfrentamento ao problema do sobrepeso.
Créditos: Agencia Brasil

Terroristas na Síria recrutam mulheres

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 O grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, vinculado à Al-Qaeda, formou, em Raqqa, no norte da Síria, dois batalhões femininos.
O objetivo principal das divisões é a revelação dos homens que vestem roupas pretas femininas, escondendo seu rosto e corpo, e evitam assim as inspeções em postos de controle. O grupo recruta as mulheres solteiras com idade entre 18 e 25 anos, prometendo-lhas a pagar cerca de $200 mensais. Um relatório do secretário-geral da ONU, divulgado no final de dezembro, afirma que os grupos armados na Síria recrutam como soldados menores de idade.
 Créditos: Voz da Russia 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

STF decide esta semana sobre investigação do metrô de SP

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello deve decidir esta semana se autoriza o compartilhamento das informações do inquérito sobre o suposto esquema de fraudes em licitações no sistema de trens e metrô de São Paulo. O acesso à investigação foi pedido pela comissão de sindicância do Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo, que verifica a conduta do procurador da República Rodrigo de Grandis, responsável pelo caso
. Em outubro do ano passado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, determinou que o MPF esclareça a suposta falha do procurador que impediu a tomada de depoimento de três supeitos. A falha fez com que o Ministério Público suíço arquivasse o processo contra os investigados pelo fato de o MPF em São Paulo não ter atendido ao pedido, feito em 2011
. O ministro Marco Aurélio, que é relator do processo que investiga o suposto cartel do metrô de São Paulo, deverá autorizar a quebra de parte do sigilo da investigação, além de determinar o desmembramento do processo. Com a decisão, apenas parlamentares citados no processo devem responder às acusações no STF.
“O sigilo eu vou preservar no que a lei impõe, agora, no mais, não. Vamos abrir inclusive os nomes dos envolvidos. E o desmembramento para mim é algo claro, devemos evitar o que houve na AP 470 [o processo do mensalão]”, disse o ministro.
Foto: EBC
Créditos: Agencia Brasil

Alstom admite ter pago propina em usina

 Em uma auditoria interna feita na França, que recebeu a classificação de "estritamente confidencial", a Alstom reconhece ter pago uma comissão de 4,85 milhões de francos, em janeiro de 1999, para vender equipamentos para a hidrelétrica de Itá, em Santa Catarina, segundo documentos da investigação francesa obtidos pela Folha.
É o primeiro documento oficial da Alstom a vir a público que admite o pagamento de suborno no Brasil – outros papéis, a maioria manuscrita, não tinham caráter de auditoria. Em 1999, o valor correspondia a R$ 1,6 milhão (em valores de hoje, R$ 6 milhões). Desde que a Alstom começou a ser investigada no Brasil, em 2008, havia rumores de que houve suborno durante a construção da hidrelétrica, mas é a primeira vez que aparece o valor pago.
O documento da Alstom, de 2008, foi escrito pelo diretor de auditoria interna, Romain Marie, e enviado ao presidente da companhia, Patrick Kron. A empresa não quis comentá-lo.
Além de Itá, o documento cita nove pagamentos de suborno em hidrelétricas na Venezuela, em Cingapura e no Qatar. As propinas somam cerca de € 5 milhões, segundo os auditores.
O pagamento da comissão em Itá, segundo o memorando, foi feito pela Janus, offshore das Bahamas utilizada para pagar propina em contrato de subestações de energia em São Paulo.
PRIVATIZAÇÃO DE FHC
A hidrelétrica de Itá foi um dos projetos do programa de privatização no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Em 1995, a Eletrobras assinou a concessão para o consórcio AAI (Associação de Autoprodutores Independente), formado pela CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), OPP Petroquímica e OPP Polietilenos (empresas do grupo Odebrechet) e a Companhia de Cimento Itambé. O consórcio se comprometeu a gastar R$ 658 milhões numa obra orçada em R$ 1,06 bilhão em valores de 1995 (R$ 5 bilhões hoje). A diferença (R$ 402 milhões) foi bancada pela Eletrosul, estatal que foi parceira do consórcio até 1998. Os recursos privados foram emprestados pelo BNDES.
Créditos: WSCOM/Folha Online

Fortuna protegida em paraísos fiscais erradicaria duas vezes a pobreza no mundo

A riqueza financeira líquida global, tirando os imóveis, é calculada hoje em US$ 94,7 trilhões, dos quais US$ 18,5 trilhões se encontram estocados em paraísos fiscais. “Se essa fortuna avarenta pagasse impostos, os cofres públicos recolheriam cerca US$ 156 bilhões, quantia suficiente para erradicar duas vezes a pobreza extrema no mundo.” A observação é de Frei Betto, em seu comentário na Rádio Brasil Atual.
O teólogo destaca estudo divulgado pela organização Oxford durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, em que associa sonegação fiscal e injustiça tributária como fatores determinantes da concentração de renda no mundo e da miséria no mundo. Frei Betto compara o evento de Davos a um “verdadeiro retiro pecuniário”, lembrando que 85 das personalidades ali presentes acumulam fortuna de US$ 1,7 trilhão – renda equivalente a de metade da população do planeta. “A acumulação privada de riqueza significa que as bases da democracia estão sendo minadas. A renda média dos cidadãos dos Estados Unidos é hoje inferior à de 40 anos atrás. Ao contrario do esperado, nos últimos anos, as políticas impostas pelo donos do poder só aumentaram a desigualdade social.Desde o início da década de 1980, de 30 países pesquisados pela Oxford, em 29 os ricos pagam cada vez menos impostos.”
Créditos: Rede brasil Atual

Analistas preveem recuo de inflação para 6% em 2014

 Os investidores e analistas do mercado financeiro refizeram as estimativas para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e já admitem um recuo de 6,02% para 6% em 2014. As expectativas do setor estão no boletimFocus , divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC). Por outro lado, a estimativa para o câmbio piorou: a relação entre a moeda norte-americana e o real passou de R$2,45 para R$ 2,47 no fim do ano.
A taxa básica de juros (Selic) , na percepção do mercado financeiro, deverá fechar 2014 em 11% ao ano, com a Dívida Líquida do Setor Público passando de 34,8%  para 34,9% em proporção ao Produto Interno Bruto (PIB), que foi mantido em 1,91%. A produção industrial, por sua vez, deverá cair mais do que o previsto no último boletim, divulgado na semana passada, descendo de 2,2% para 2%.
Nas contas externas, o déficit em conta corrente permanece em US$ 73 bilhões, com o saldo da balança comercial sendo projetado em US$ 8,25 bilhões ante os US$ 8 bilhões da estimativa anterior. Os investimentos estrangeiros diretos passam também de US$ 57,5 bilhões para US$ 58 bilhões.
Da Agencia Brasil.