O sobrepeso entre a população do estado está um pouco acima da média nacional, que é 51%. “É necessário monitorar como está o hábito da nossa população e desenvolver políticas públicas que deem resposta a esses índices elevados, como o do excesso de peso”, apontou Marco Antônio de Moraes, do Centro de Vigilância Epidemiológica da secretaria. Em relação à obesidade, o percentual é menor, em torno de 19%.
O órgão destaca que 72% da mortalidade no Brasil estão relacionados a doenças crônicas, como problemas cardiovasculares, cânceres, doenças respiratórias e diabetes. Por isso, a necessidade de avaliar os fatores de risco na população. Além do excesso de peso, a pesquisa analisou aspectos como a prática de atividade física e o consumo de bebida alcoólica, entre outros.
Os dados apontam ainda que 14,3% dos entrevistados não fazem atividade física, 13,5% são fumantes e 15% abusam da ingestão de álcool. “É necessário um controle articulado desses fatores de risco. Não adianta querer controlar essas doenças que mais causam morte e pegar só a questão da obesidade”, explicou.
O consumo regular de carne com excesso de gordura, por exemplo, foi identificado em 37,9% dos entrevistados. Para 31,5% dos pesquisados, o refrigerante está presente na alimentação cinco ou mais dias por semana. Moraes destaca que a obesidade é vista como uma prioridade, porque o percentual de pessoas acima do peso tem diminuído menos do que outros fatores de risco.
Ele destaca como exemplo de política a ser adotada as medidas implantadas contra o tabagismo. “Há 20 anos, a prevalência de fumantes era acima de 30%. Uma série de medidas foi adotada, como propagandas, capacitações em escolas, tratamento para a dependência, perigo do fumo passivo”, enumerou. Moraes acredita que isso também deve ocorrer com o enfrentamento ao problema do sobrepeso.
Créditos: Agencia Brasil
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