sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Prefeitura de São Paulo lança programa de intervenções viárias para 70 bairros

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo inicia na próxima segunda-feira (17) um programa de intervenções viárias em sete bairros da capital, buscando melhorar a mobilidade e a segurança nesse locais. São ações como pinturas de faixas de pedestres, manutenção de semáforos e lombadas, revitalização da sinalização, tapa-buraco e manutenção de pontos de Segundo o secretário Municipal de Transportes, Jilmar Tatto, as ações são simples e de baixo custo, mas farão uma grande diferença onde forem realizadas. “Nós estamos tratando do óbvio, que devia ser feito na cidade inteira. Há alguns gargalos importantes que podem ser resolvidos com uma rotatória e sinalização, por exemplo”, explicou.
luz, além de atividades de educação no trânsito nas escolas e nas unidades básicas de saúde. A perspectiva é de que o programa chegue a pelo menos 70 bairros nos próximos 10 meses.
O secretário afirmou que toda a verba para as intervenções está contemplada no orçamento da pasta e que não provocará custo extra à prefeitura, mas não soube precisar o montante a ser investido. Tatto explicou que as ações serão realizadas em três etapas. Uma semana para levantar demandas, outra para planejamento das ações e uma última para realizar as obras necessárias. “As demandas, no geral, são provenientes de pedidos dos moradores. Mas também podem ser solicitações do subprefeito da região ou da identificação de um funcionário da CET”, explicou. Serão priorizadas áreas de grande movimentação de pedestres, como escolas.
Os primeiros bairros a receber as intervenções serão Capão Redondo e Monte Alegre, na região sudoeste, Jardim Myrna, na zona sul, Mascarenhas de Morais, no sudeste, Vila Ede, na zona norte, Vila Zatt, no noroeste, Jardins João XXIII e Educandário, na zona oeste, e Parque Paulistano e Vila Mara, no leste da capital. No total 622 faixas de pedestres, 1.024 placas de sinalização e 220 lombadas devem ser revitalizadas ou implementadas.
O secretário explicou que a seleção dos locais seguiu o critério de número de reclamações de moradores e risco à segurança de pedestres e motoristas.Durante a realização das ações, um ônibus com funcionários da CET vai permanecer no bairro para orientar e receber demandas dos moradores. “Se houver uma ação que demande uma obra maior nós vamos avaliar. Se puder ser realizada será, com prazo mais adequado, licitação. Se não puder fazer, vamos explicar ao munícipe. Mas ninguém ficará sem resposta”, afirmou.
Créditos: Rede Brasil Atual

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Teste de HIV e hepatite C em doadores passa a ser obrigatório

A partir de hoje (13), é obrigatória a realização do Teste de Ácido Nucleico (Nat) em todas as bolsas de sangue coletadas pelos bancos de sangue públicos e privados do país. O kit Nat já era oferecido em 100% dos bancos públicos brasileiros e agiliza a identificação dos vírus HIV e da hepatite C no sangue de doadores. O exame reduz em média de 35 para 12 dias a janela imunológica –  tempo em que o vírus permanece indetectável – no caso da hepatite C e de 22 dias para dez dias, no caso do HIV. O presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Dimas Tadeu Covas, é importante que os órgãos responsáveis garantam a aplicação do teste em todo sangue a ser transfundido no Brasi
“Agora a Vigilância Sanitária, por meios dos órgão municipais, deve observar essa necessidade. Não seria admissível haver sangue com e sangue sem Nat, após essa portaria. Quem não respeitar a normativa estará fora da lei”, disse o médico.
Para Covas, o próximo passo agora é que Nat inclua também o vírus HBV, da hepatite B, doença transmissível por relações sexuais, contato com sangue e materiais cortantes infectados.
 “A ABHH luta há mais de dez anos para que essa medida fosse implementada, então é um enorme avanço para a segurança transfusional no país. Mas continuamos lutando para que o Nat seja ampliado para incluir a hepatite B, que é tão importante quanto a hepatite C”.
O médico informou que com base nas prevalências sorológicas, a estimativa é de que cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo tenham hepatite B e 300 milhões apresentem infecção crônica por este vírus, sendo 600 mil o número das mortes decorrentes direta ou indiretamente desta infecção.  No Brasil, a estimativa é de que cerca de 800 mil pessoas tenham o vírus tipo B.
A hepatite B e a dengue serão os novos alvos do teste segundo o BioManguinhos, laboratório da Fundação Oswaldo Cruz, vinculada ao Ministério da Saúde, que desenvolve o Kit no Brasil. De acordo com a Fiocruz, foram identificadas mais de dez janelas imunológicas [bolsas de sangue contaminadas com o vírus da aids ou da hepatite C de 2,5 milhões de bolsas de sangue triadas.
De acordo com o Ministério da Saúde, de 1999 a 2011 foram notificados 343.853 casos de hepatites virais no Brasil, incluindo os cinco tipos da doença. A hepatite A é a mais comum (138.305), seguida da B (120.343), C (82.041), D (2.197) e E (967). A maior parte dos casos notificados no período foi registrada nas regiões Nordeste (31,2%) e Norte (23,3%). Crianças menores de 13 anos representam o grupo mais acometido pela Hepatite A e compreendem 75,6% dos casos notificados no país.
Créditos: Agência Brasil

MST faz críticas ao governo, em protestos pela reforma agrária

Brasília - Sem-terra, que participam do 6º Congresso Nacional do MST, fazem manifestação pela reforma agrária (José Cruz/Agência Brasil)Em marcha pelo centro de Brasília ontem (12), o Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) reivindicou a reforma agrária e criticou severamente a forma como o governo federal tem conduzido a questão. "A reforma agrária está parada neste país. Esse governo tem priorizado as grandes obras e o agronegócio. A Dilma é a pior presidenta da reforma agrária dos últimos tempos”, disse Kelly Mafort, integrante da direção nacional do movimento. Ao participar, na última segunda-feira (10), do 6º Congresso Nacional do MST, o Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, admitiu haver problemas com a reforma agrária, mas nega que o governo tenha sido omisso em relação ao tema.
“De fato, nós não conseguimos evoluir na reforma agrária no ritmo que gostaríamos. Tivemos muitos problemas. Mas eles também reconhecem que os programas de apoio governamental foram essenciais”, disse Carvalho, citando o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que estimulam o comércio de alimentos produzidos por agricultores familiares.
O ministro foi ao encontro dos manifestantes do MST na tarde de hoje. Concentrados em frente ao Palácio do Planalto, líderes do movimento entregaram para Carvalho uma carta-manifesto pela reforma agrária. O ministro disse que a presidenta Dilma Rousseff recebe-los hoje. Após receber a carta, ele exaltou a manifestação do movimento, que considerou como algo natural. “Eles têm que fazer a pressão deles. É da sociedade civil isso”. Segundo a Polícia Militar, cerca de 15 mil manifestantes participaram de uma caminhada hoje pelo centro de Brasília. Após irem ao Ministério da Educação, onde entregaram uma carta ao ministro Henrique Paim, o grupo seguiu para a Embaixada dos Estados Unidos, onde gritaram palavras de ordem.
O movimento chegou à Praça dos Três Poderes por volta das 15h30. Em alguns momentos,houve confronto com a Polícia Militar (PM). Contudo, Alexandre Conceição, também da direção do MST, avaliou positivamente o dia de protestos. “A sociedade precisa compreender a nossa mensagem, o mais importante é isso. Nossa mobilização foi positiva porque cumprimos aquilo que queríamos, apesar da repressão e violência. A nossa mensagem foi passada”.
Creditos:Agencia Brasil

Empresas acusadas de cartel faturam R$ 784 milhões em contratos com Alckmin em 2013

alckmin2_edsonlopesjr_palac.jpgApesar das denúncias de formação de cartel em contratos de licitação do sistema metroferroviário de São Paulo, as empresas denunciadas de integrar o esquema continuam participando de licitações e recebendo pelos serviços prestados à Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo, ao Metrô e à CPTM.
Segundo números apurados a partir de dados do Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária (Sigeo) do governo do estado, em 2013 foi empenhado R$ 1,1 bilhão e pago às empresas vinculadas ao cartel quase R$ 784 milhões. Entre 2012 e 2013, houve um crescimento de pagamentos a essas empresas de 270%, com números corrigidos pelo IGP-DI até dezembro de 2013. De 2004 a 2013, o desembolso atinge R$ 6,5 bilhões.
Algumas das empresas citadas frequentemente nas denúncias estão entre as contempladas nos contratos e pagamentos. Segundo os dados, a Alstom recebeu, em 2013, R$ 89,5 milhões do total de R$ 783,6 milhões. Já à Siemens, que denunciou o esquema do cartel ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), foram pagos irrisórios R$ 20,24 mil. Também receberam do governo paulista em 2013 a CAF (R$ 322,34 milhões), o Consórcio Iesa-Hyundai Rotem (R$ 112,6 milhões), Tejofran (R$ 29,10 milhões), MPE (R$ 24,15 milhões) e Bombardier (R$ 11,7 milhões), entre outras.
Os dados se referem basicamente a contratos da Secretaria de Transportes Metropolitanos e da CPTM e não incluem os do Metrô. Isso porque, segundo a liderança do PT na Assembleia Legislativa, os contratos do Metrô não são disponíveis. Os valores referentes aos contratos dos 98 trens investigados pelo Ministério Público, por exemplo, só se tornaram públicos após as denúncias. Quatro dos dez contratos firmados para reforma desses 98 trens, das linhas 1 e 3 do Metrô, foram suspensos por 90 dias pelo Ministério Público de São Paulo na última segunda-feira. O MP-SP alega que, neles, “verificou indícios de que eram viciados e de que existia ausência de competitividade”, segundo o promotor Marcelo Milani.
Alstom
Os valores pagos pelo governo têm picos de aumento. É o caso do biênio 2009 e 2010, quando os pagamentos saltaram de R$ 891 milhões para R$ 1,6 bilhão, com aumento de 79,1% em 2010. De 2012, quando os pagamentos foram de apenas R$ 211,3 milhões, para 2013, ano em que atingiram R$ 783,6 milhões, o percentual cresceu 270%.
A posição do governo estadual é de que, do ponto de vista jurídico, não há como impedir que qualquer empresa participe de uma licitação sem uma decisão expressa da Justiça que inviabilize sua presença numa concorrência ou a impeça a assinatura do contrato. Em depoimento no dia 24 de setembro na Assembleia Legislativa, por exemplo, o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, questionado sobre contratos em vigor que incluem empresas do cartel, afirmou que “elas só poderão ser cortadas depois de trânsito em julgado [de processos judiciais]. Não é simples rescindir contratos”.
Na ocasião, o secretário afirmou também que a formação de um cartel de caráter internacional, como o que opera em São Paulo, inibe a apuração dos fatos e as empresas envolvidas poderiam eventualmente cumprir acordos obscuros, entre si, em outras cidades do mundo. "Imagine esses tentáculos em 15 países. Eles podem fazer uma concorrência aqui e ganhar na 'Cochinchina', a partição pode se dar em países diferentes e até setores diferentes, já que as empresas atuam em áreas como energia e equipamentos de saúde", declarou à época.
Duas semanas antes, o presidente da CPTM, Mário Manuel Seabra Rodrigues Bandeira, havia dado no parlamento estadual declarações no mesmo sentido. "As denúncias e o acordo de leniência não impedem as empresas de participar de novas licitações. Se impedirmos, eles iriam à justiça e conseguiriam o direito de participar", disse. Segundo a assessoria de Comunicação da Secretaria de Transportes Metropolitanos, essa continua sendo a posição do governo.
Segundo o governo estadual, a atuação das empresas acusadas de formação de cartel não se restringe ao estado de São Paulo, mas se estende pelo país, inclusive com contratos celebrados pelo governo federal, que pagou à Alstom, em 2013, R$ 65,3 milhões, de acordo com o Portal da Transparência.
Para o deputado estadual Alencar Santana Braga (PT), presidente da Comissão de Infraestrutura da Assembleia Paulista, a questão extrapola os aspectos jurídicos. “Se do ponto de vista jurídico não tem nenhuma punição ainda, de fato as empresas poderiam estar participando de processo licitatório e ganhar. Mas o problema não é só jurídico, é do ponto de vista político e moral. Porque o que está sob suspeita é a existência de um cartel com a conivência, participação e pagamento de propina, no estado de São Paulo”, diz Santana.
O parlamentar, assim como sua bancada faz desde o ano passado, defende que “as autoridades políticas [à frente das secretarias envolvidas em denúncias] têm de ser afastadas de suas funções”. Ele cita o secretário Jurandir Fernandes e o presidente da CPTM.
Por meio de sua assessoria de Comunicação, a Alstom afirma que “está atualmente enfrentando acusações no Brasil relativas à não-conformidade com leis e regras de competição, que são referentes a temas do começo dos anos 2000 ou anteriores”. “A Alstom gostaria de ressaltar que a empresa tem implementado, em toda a sua organização, regras estritas de conformidade e ética que devem ser aderidas por todos os funcionários”. Leia matéria completa no portal Rede Brasil Atual. por Eduardo Maretti, da RBA
Créditos: Rede Brasil Atual

CNH; analfabetos pagavam R$ 2,5 mil por habilitação

Material apreendidoCinco paraibanos foram presos em flagrante ontem (12) acusados de participação em esquema fraudulento para emissão de carteiras de habilitação em Natal, no Rio Grande do Norte. Segundo a polícia, há até mesmo um analfabeto entre as pessoas que portavam CNH emitida de forma irregular. As prisões ocorreram na operação 'Pronta Entrega', através de um trabalho conjunto entre o Departamento Estadual de Trânsito da Paraíba e a Policia Civil/RN. De acordo com informações da corregedoria geral do Detran/PB, um dos presos atuava como ‘peabeiro’, palavra utilizada para designar um falso despachante que cobrava até R$ 2.500 para emitir CNHs. O homem era responsável por comercializar as habilitações, prometendo entregar os documentos sem que as pessoas fizessem as devidas provas legais. Ele estava com R$ 7 mil em dinheiro, valor que foi apreendido pela polícia e pode ser proveniente do crime.
Os cinco foram presos dentro do Detran/RN, em Natal, e estão na Delegacia de Defraudações no bairro do Alecrim, onde devem permanecer detidos. Dois delegados especiais foram designados pela secretaria de Segurança do Rio Grande do Norte para ouvir os suspeitos e dar continuidade às investigações.
O paraibano considerado ‘chefe’ das fraudes é natural de Sapé, a 58 km de João Pessoa, e as outras quatro pessoas são de Campina Grande, a 125 km da Capital, mas além de agir nessas cidades, o grupo também atuava em João Pessoa. Eles poderão responder por crimes de corrupção passiva, ativa, estelionato e falsidade ideológica.

Segundo o delegado Leonardo Souto Maior, corregedor do Detran/PB, há a possibilidade de que funcionários da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran/PB) e de Detrans da Paraíba e de outros estados estejam envolvidos no esquema de fraudes da CNH, mas isso só será confirmado após o andamento das averiguações policiais. De acordo com as investigações, o grupo atuava em Campina Grande, Sapé e João Pessoa, levando grande parte das carteiras para serem confeccionadas no estado vizinho. Segundo o delegado Leonardo Souto Maior, corregedor do Detran-PB, o despachante não credenciado, Dequivan Freire da Costa, de 44 anos, era o responsável por comercializar as habilitações, prometendo entregar os documentos sem que as pessoas fizessem as devidas provas legais.
O acusado foi preso com quase R$ 7 mil em espécie e no celular apreendido ainda foram encontrados vários números de CPFs, além de diversas informações do Registro Nacional de Carteira de Habilitação (Renach). “Todos esses dados serão minimamente detalhados através de investigações complementares e, caso seja confirmada a participação no esquema, os documentos serão cassados e as pessoas envolvidas ainda deverão ser processadas de acordo com a lei. Nós também estamos investigando a possibilidade de conivência de funcionários dos Detrans da Paraíba e do Rio Grande do Norte, que também podem ser penalizados se as informações forem confirmadas.”, acrescentou o corregedor. Segundo a polícia, Carlos Antônio da Silva, de 50 anos, José Bento Barbosa da Silva, 40, Marcondes Sabino da Silva, 36, e Romário Mendes de Sousa Camelo, também foram detidos acusados de tentar comprar os documentos.
As denúncias comprovaram que o esquema ainda pode ter ligação com outros estados, já que Romário Mendes veio do Rio de Janeiro só para tirar a habilitação. Outro agravante é o caso de Carlos Antônio da Silva, que é analfabeto e de forma alguma poderia ter acesso à CNH.
O grupo foi encaminhado à Delegacia de Defraudações de Natal, localizada no bairro do Alecrim, onde devem permanecer presos. Eles poderão responder por crimes de corrupção ativa, estelionato e falsidade ideológica. O trabalho de busca e apreensão dos suspeitos começou a ser realizado na madrugada e se estendeu pela manhã.
Créditos: Portal Correio

STF deverá julgar recursos do mensalão nesta quinta-feira

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para a sessão de hoje (13) o julgamento dos recursos apresentados por quatro condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão.  Todos estão presos em função das condenações e recorreram ao plenário da Corte contra decisão individual do presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, que rejeitou os recursos e determinou a prisão.
Nas petições enviadas ao STF, Vinicius Samarane, ex-diretor do Banco Rural; Ramon Hollerbach, ex-sócio do publicitário Marcos Valério; Rogério Tolentino, ex-advogado de Valério e José Roberto Salgado,  ex-presidente do Banco Rural, pedem que os demais ministros revoguem a decisão do presidente.  Os advogados pedem que os condenados tenham direito aos embargos infringentes, recursos previstos para os réus que tiveram pelo menos quatro votos pela absolvição. No entanto, eles não obtiveram a quantidade mínima para ter os recursos analisados.
De acordo com Regimento Interno do STF, os réus que receberam pelo menos quatro votos pela absolvição durante o julgamento podem ter a pena analisada novamente. Os condenados que estão presos e que tiveram os quatro votos serão julgados em uma data a ser definida pelo relator dos infringentes, ministro Luiz Fux. Entre eles estão o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-deputado José Genoino. Todos no delito de formação de quadrilha.
Foto: Rádios EBC
Créditos: Agencia Brasil

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Uma em cada 14 mulheres no mundo já foi vítima de abuso sexual

Uma em cada 14 mulheres no mundo já foi vítima de abuso sexualUma em cada 14 mulheres já foi, pelo menos uma vez, vítima de abuso sexual por parte de alguém que não o seu parceiro, mostra estudo feito em 56 países e publicado hoje (12) na revista The Lancet.
De acordo com o levantamento, a situação varia muito de país para país. A taxa de mulheres vítimas de abusos chega a 20% na Região Central da África Subsaariana mas, em média, 7,2% das mulheres com 15 anos ou mais dizem ter sido atacadas sexualmente pelo menos uma vez na vida.
“Descobrimos que a violência sexual é uma experiência comum para as mulheres em todo o mundo, e em algumas regiões é endêmica, atingindo mais de 15% em quatro regiões. No entanto, as variações regionais precisam ser interpretadas com cautela devido às diferenças na disponibilidade de dados e nos níveis de denúncia”, explicou Naeemah Abrahams, do Conselho de Investigação Médica da África do Sul, que coordenou o trabalho com colegas da Escola de Higiene e Medicina tropical de Londres e com a Organização Mundial da Saúde.
Após procurar estudos publicados ao longo de 13 anos (1998–2011), com dados sobre a prevalência global de violência sexual, os cientistas identificaram 77 trabalhos válidos, recolhendo dados sobre 412 estimativas em 56 países.
Os resultados mostram que as mais altas taxas de violência sexual estão no Centro da África Subsaariana (21% na República Democrática do Congo), no Sul da mesma região (17,4% na Namíbia, África do Sul e no Zimbabue), e na Oceania (16,4% na Nova Zelândia e Austrália).
Os países do Norte da África e Médio Oriente (4,5% na Turquia) e no Sul da Ásia (3,3% na Índia e em Bangladesh) registraram as taxas mais baixas.
Na Europa, os países do Leste (6,9% na Lituânia, Ucrânia e no Azerbaijão) têm percentual muito mais baixo do que os do Centro (10,7% na República Tcheca, Polônia, Sérvia, em Montenegro e Kosovo) e do que os do Ocidente (11,5% na Suíça, Espanha, Suécia, no Reino Unido, na Dinamarca, Finlândia e Alemanha).
Os autores do estudo lembram que os dados podem subestimar a verdadeira magnitude do problema por causa do estigma e da culpa associada à violência sexual, que leva as vítimas a não denunciar, prejudicando a qualidade dos números citados. *Com informações da Agência Lusa.
Créditos: Agencia Brasil