sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Alimento biofortificado rende mais que a média nacional, apesar da seca

Rio de Janeiro - A colheita de batata-doce biofortificada, fornecida pela Embrapa para alguns produtores rurais da cidade de Magé alcança boa produtividade (Tomaz Silva/Agência Brasil)Pequenos agricultores rurais do município de Magé, que receberam da Embrapa Agroindústria de Alimentos ramas de batata-doce biofortificada para plantio, obtiveram colheitas acima da média, apesar da estiagem que se estendeu por cerca de 40 dias na região, no início deste ano. O cultivar enriquecido pode representar  nova opção de renda para esses agricultores.

Fazendo uma projeção pela área que foi plantada “e pelo rendimento” alcançado, o pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos, José Luiz Viana de Carvalho, disse à Agencia Brasil que o resultado “deu acima da média nacional”, que são oito toneladas por hectare, de acordo com a Embrapa Hortaliças. Segundo Viana, se plantada em uma escala maior, a produtividade atingiria em torno de dez toneladas. “É sinal que, se a gente der um tratamento, um carinho na criança, a gente vai conseguir, e muito, melhorar o que fez”, externou. 

O município de Magé integra o grupo de cidades do Rio de Janeiro que recebem cultivares biofortificados, dentro da Rede BioFORT. Os outros municípios fluminenses parceiros do projeto são Pinheiral e Itaguaí. A biofortificação é um processo de cruzamento de plantas da mesma espécie, também conhecido como melhoramento genético convencional, que gera cultivares mais nutritivos. O objetivo é diminuir a desnutrição e propiciar maior segurança alimentar por meio de maiores níveis de ferro, zinco e pró-vitamina A  na dieta da população, sobretudo a mais carente. A Rede BioFORT abrange 59 municípios de nove estados: Maranhão, Piauí, Minas Gerais, Pernambuco, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia, Rondônia e Pará. Os alimentos cujo valor nutricional vêm sendo enriquecido pelos técnicos da Embrapa Agroindústria de Alimentos englobam hortaliças, grãos e raízes. Ao todo, são oito culturas no Brasil: arroz, feijão comum e feijão-caupi (fradinho), milho, trigo, batata-doce, mandioca e abóbora.

Para ser viabilizado, o projeto deve contar com a participação de outros atores, além da Embrapa Agroindústria de Alimentos, destacou Carvalho. No caso de Magé, por exemplo, o plantio da batata-doce biofortificada pôde se tornar realidade graças a acordo firmado entre a unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a prefeitura de Magé, por meio da secretaria municipal de Agricultura Sustentável e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater-RJ). Carvalho acredita que Magé tem todas as condições para apoiar a agricultura familiar. A cidade já é um polo produtor de hortaliças. Ele disse que a ideia é continuar atuando para melhorar a produtividade de alimentos enriquecidos na região. O secretário municipal de Agricultura Sustentável de Magé, Aloísio Sturm, quer dar continuidade à parceria com a Embrapa Agroindústria de Alimentos nesse projeto de biofortificação.

“Tudo que a Embrapa trouxer para nós é bem-vindo, porque a gente conhece a Embrapa, sabe da importância de suas pesquisas, e a gente está aqui para multiplicar os resultados que a Embrapa faz acontecer”, manifestou Sturm. Ele disse que, para os pequenos produtores, novidades como essa podem significar oportunidades boas de mercado; inclusive quanto à merenda escolar, porque "o nosso foco com essa batata biofortificada é a merenda escolar”.  A batata-doce biofortificada tem polpa de cor alaranjada e casca vermelho-arroxeada, de superfície lisa. O agricultor Matheus Cardoso Teixeira, que participou do projeto em Magé, na Fazenda Pau Grande, disse que “a batata-doce é muito boa porque, com as 15 ramas que recebi da prefeitura, em convênio com a Embrapa, plantei o equivalente a 2 metros de canteiro e colhi 8 quilos”. Se tivesse plantado uma batata-doce comum, Matheus informou que não teria colhido mais que 4 quilos do alimento.

O produtor Laerte Luiz da Rosa, de 54 anos, dedicou toda a sua vida à agricultura familiar e quis participar do projeto. Ele colheu 15 quilos de batata-doce enriquecida na primeira vez que plantou.  ”Achei a batata-doce biofortificada muito boa”, disse ele, e adiantou que na segunda safra, que deve colher no início de março, espera retirar em torno de 60 caixas para comercializar no mercado. Em relação ao paladar, foi categórico: “É muito bom. Está aprovado”.
Por Alana Gandra - Agencia Brasil
Créditos: Agencia Brasil

Venezuela: barricadas impedem distribuição de alimentos

Barricadas na Venezuela impedem distribuição de alimentos A Associação de Comerciantes do estado venezuelano de Táchira (Aceta), a sudoeste de Caracas, denunciou hoje (28) que mais de 6 mil lojas registram falta de estoques devido às barricadas que impedem a distribuição de produtos, alguns de primeira necessidade. A denúncia foi feita pelo vice-presidente da entidade, Prieto Ceniccola, que explicou que há quase duas semanas os proprietários têm dificuldades em abrir portas, "não só pela insegurança, mas pela falta de alimentos".
 A deputada Zoraida Parra, do Partido Socialista Unido da Venezuela, denunciou que setores da oposição estiveram em vários estabelecimentos, alertando os proprietários que, ou as portas ficam fechadas, ou os estabelecimentos seriam destruídos. 

Situado a 850 quilômetros de Caracas, o estado de Táchira faz fronteira com a Colômbia e tem registrado um número significativo de cidadãos portugueses.
Em 19 de fevereiro, o governador de Táchira, José Gregório Vielma Mora, denunciou que 120 paramilitares estavam no estado e provocaram várias situações de instabilidade Há 16 dias, são registrados protestos em várias localidades da Venezuela. Atos de violência deixaram pelo menos 14 mortos, dezenas de feridos e mais de 500 pessoas detidas.

Os protestos começaram em 12 de fevereiro, com uma marcha pacífica de estudantes contra a insegurança, mas intensificaram-se no mesmo dia, quando confrontos entre manifestantes, forças da ordem e grupos armados, provocaram a morte de três pessoas. Na quarta-feira (26), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, atribuiu a morte de mais de 50 cidadãos à violência e às barricadas que impedem, por exemplo, a chegada de assistência médica.
Créditos:EBC

A cada 14,4 segundos um consumidor teve documento roubado

A cada 14,4 segundos, no mês de janeiro, um consumidor brasileiro teve o seu documento de identidade usado irregularmente por criminosos para obtenção de crédito ou fechamento de algum negócio, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude. Perder, então, a carteira de identidade ou o cartão de Cadastro da Pessoa Física (CPF) na Receita Federal, dobra a probabilidade da pessoa ser vítima de golpistas, segundo a Serasa. Para o carnaval, quando ocorre aumento médio de 25% no número de golpes - assim como em outros feriados prolongados -, a empresa alerta consumidores e comerciantes a ficarem atentos às tentativas de fraudes. Entre as recomendações, estão as de nunca deixar o documento com desconhecido, não fornecer dados pessoais a estranhos, não confirmar informações pessoais por telefone, não fazer cadastro em sites que não sejam de confiança, não andar com talão de cheques ou folhas já assinadas, utilizar caneta própria para preencher cheques e não deixar espaços em branco na folha de cheque.

Outra dica da Serasa para perda ou roubo de qualquer documento é a procura imediata de uma delegacia policial para fazer boletim de ocorrência (BO), registrando-o também no sistema de alerta da Serasa, disponível no endereço eletrônico  www.serasaconsumidor.com.br/gratuito_roubados.html, ou pelo telefone (11) 3373 7272. O serviço funciona também para quem teve o documento extraviado no passado e nunca registrou as informações.

Para o comerciante, a Serasa recomenda verificar a consistência dos dados informados pelo cliente, em casos de venda a prazo, e sempre comparar a foto do documento de identificação com a pessoa que se apresenta no estabelecimento, pedir sempre dois documentos originais, solicitar o número do telefone residencial e fazer a checagem dos dados, além de consultar alguma ferramenta de prevenção a fraudes.
Créditos: Agencia Brasil

Brasil bate recorde de produção de petróleo em águas superprofundas

Brasil bate recorde de produção de petróleo em águas superprofundas

A produção de petróleo nos campos da chamada província marinha do pré-sal atingiu, na quinta-feira, 20 de fevereiro, a marca de 407 mil barris por dia – um novo recorde de produção diária. 
Esta marca foi alcançada oito anos após a descoberta das jazidas a mais de sete mil metros de profundidade, e configura um recorde mundial. Na área americana do Golfo do México, por exemplo, foram necessários 19 anos depois da primeira descoberta do petróleo para se alcançar a produção de 400 mil barris por dia. Em outra área brasileira, na chamada Bacia de Campos, foram 16 anos. E no mar do Norte, na Europa, nove. E, diferentemente dessas áreas, na camada do pré-sal a produção ocorre em águas superprofundas, o que torna o resultado obtido ainda mais expressivo.
Segundo a Petrobras, empresa de economia mista cujo acionista majoritário é o governo brasileiro, a marca de 407 mil barris diários foi obtida com a contribuição de apenas 21 poços produtores, o que mostra a elevada produtividade dos campos já descobertos na camada pré-sal. Desses poços, dez estão localizados na Bacia de Santos, que responde por 59% da produção (240 mil barris por dia). Os demais 11 poços estão localizados na Bacia de Campos e respondem por 41% da produção (167 mil barris por dia). Atualmente, a produção do pré-sal ocorre em dez diferentes plataformas.
A Petrobras prevê ainda para este ano a entrada em operação de três novas plataformas no pré-sal, e entre 2015 e 2016, de mais oito. Isso permitirá que a produção de petróleo no pré-sal supere, já em 2017, um milhão de barris de petróleo por dia. De acordo com o Plano de Negócios da Petrobras, os investimentos na área do pré-sal chegarão a US$ 52,2 bilhões até 2017.Foto: RIA Novost
Créditos: Voz da Russia

Chuvas: Acre decreta situação de emergência

Cheia no AcreIsolado por causa das cheias dos rios, o governo do Acre decretou situação de emergência. Segundo a secretária adjunta de Comunicação do estado, Andréa Zílio, o governo federal acatou o pedido e o Ministério da Integração Nacional deve reconhecer oficialmente o decreto estadual nos próximos dias, para liberar recursos destinados à assistência das famílias atingidas.
A secretária explica que a maior preocupação é quanto à carência de gás de cozinha e hortifrutigranjeiros. “Os caminhões mais altos ainda conseguem trafegar na BR-364 e hoje [28] devem chegar dois, além de uma balsa, carregados com gás de cozinha”, disse Andrea.

Além do desabastecimento provocado pela cheia do Rio Madeira, que limitou o tráfego na BR-364, que liga o Acre a Rondônia, 331 famílias continuam abrigadas no Parque de Exposições de Rio Branco (AC), por causa da elevação do nível do Rio Acre. 
Algumas cidades do Amazonas, próximas à divisa com o Acre e Rondônia, também estão isoladas e, segundo o governo do estado, foi enviado um plano à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil que prevê apoio aéreo para abastecer com remessas de ajuda humanitária os municípios de Boca do Acre, Humaitá e Lábrea. Sete cidades estão em situação de emergência: Pauní, Guajará, Ipixuna, Boca do Acre, Envira, Humaitá e Lábrea. Manicoré está em alerta máximo e Canutama, Novo Aripuana e Eirunepe estão em atenção.

Na última terça-feira (25), o ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, fez sua segunda visita a Rondônia para acompanhar a situação do Rio Madeira e a assistência às famílias afetadas.
Créditos: Agencia Brasil

Governo libera R$ 4 milhões para capacitação de produtores do Semiárido

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, assinou ontem (27) convênio no valor de R$ 4 milhões para capacitar produtores de porte médio do Semiárido brasileiro. O acordo foi firmado com as empresas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) do Ceará, de Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba e do Rio Grande do Norte.

Segundo nota divulgada pelo ministério, este é o primeiro convênio de assistência técnica firmado este ano. O governo federal disponibilizou R$ 100 milhões para contratos desse tipo em 2014.  Os R$ 4 milhões serão destinados à prestação de serviços pelas empresas de assistência técnica para 3.560 produtores dos cinco estados selecionados. Ao longo do ano, cerca de 100 mil proprietários rurais deverão ser beneficiados. Eles aprenderão estratégias sobre como manter reservas de água e buscar alternativas de produção de alimentos para os animais do rebanho.Foto: Zito Bezerra.
Créditos: Agencia Brasil

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Brasil cresceu 2,3% em 2013


O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, fechou 2013 com um crescimento de 2,3 %. O PIB totalizou R$ 4,84 trilhões no ano, segundo dados divulgados hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2012, a economia brasileira havia crescido 1%. No quarto trimestre de 2013, o PIB cresceu 0,7% na comparação com o trimestre anterior e 1,9% na comparação com o mesmo período de 2012.

Pelo lado da produção, os três setores da economia tiveram crescimento em 2013, com destaque para a agropecuária (7%). Os serviços cresceram 2% e a indústria, 1,3%. Pelo lado da demanda, a maior alta veio da formação bruta de capital fixo (investimentos), que cresceram 6,3%. Também tiveram crescimento o consumo das famílias (2,3%) e o consumo governamental (1,9%).
No setor externo, as importações cresceram mais (8,4%) do que as exportações, que tiveram alta de 2,5%.
Créditos: Agencia Brasil