quarta-feira, 5 de março de 2014

Tráfico humano fez 50 mil vítimas na última década, 7 mil na Paraíba

Em média, a cada dia, duas pessoas são traficadas, na Paraíba. A estimativa foi feita pela Igreja Católica, através de um levantamento das pastorais, ao longo de quatro anos de visitação às comunidades. 
De acordo com o estudo, sete mil paraibanos foram vítimas do tráfico de seres humanos, na última década. No Brasil, a estimativa é de que 50 mil pessoas tenham sido traficadas em dez anos, para outros estados e para o exterior.
A Paraíba está entre os Estados com maior número de vítimas, junto com Piauí e Alagoas.  Por conta desses dados, o tráfico de humanos vai ser tema da Campanha da Fraternidade 2014, que será lançada oficialmente nesta quarta-feira (05). 
Segundo o padre Egídio de Carvalho Neto, que dirige a Paróquia de Nossa Senhora de Aparecida, no Bairro 13 de Maio, em João Pessoa, os principais destinos das pessoas traficadas no Brasil, no chamado ‘mercado nacional’, são as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza. No exterior, os brasileiros são mais traficados para os países da Europa. O público-alvo dos traficantes são travestis, rapazes e moças, com idade de começar a vida profissional, que passam a servir à exploração sexual, na maioria dos casos. “Os relatos das famílias, feitos aos membros das nossas pastorais, mostram que os jovens foram seduzidos com propostas de trabalho e acabaram nas mãos de traficantes”, comentou.
Créditos: Portal Correio

EUA e UE estão por trás do golpe de Estado na Ucrânia

A encruzilhada da UcrâniaOs EUA e a UE vinham preparando o chamado Euromaidan (movimento pró-europeu) na capital da Ucrânia ao longo de vários anos, segundo revelou ao canal internacional Press TV Scott Rickard, ex-oficial de inteligência dos EUA.

De acordo com ele, os gastos direitos do governo dos EUA para com os protestos em Kiev ultrapassam 5 bilhões de dólares. Entre os principais patrocinadores do golpe de Estado na Ucrânia, o ex-oficial da CIA apontou Pierre Omidyar, fundador do site de leilões online eBay, e George Soros, bilionário e especulador bolsista norte-americano.
Para Rickard, os acontecimentos ucranianos têm raízes econômicas e geopolíticas. O Ocidente tentou puxar a Ucrânia, bem como outras antigas repúblicas soviéticas, para a OTAN.
Créditos: Voz da Russia

Campanha da Fraternidade 2014: Fraternidade e tráfico humano

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) fará a abertura oficial da Campanha da Fraternidade de 2014 na Quarta-feira de Cinzas, dia 5 de março, às 14h, em sua sede em Brasília. Este ano, a campanha aborda o tema “Fraternidade e Tráfico Humano” e o lema “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1). O evento será transmitido, ao vivo, pelas emissoras de inspiração católica.
 O bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, presidirá a cerimônia. Na ocasião estarão presentes representantes do governo e de entidades da sociedade civil. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso; o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcello Laverene Machado; e a secretária Executiva do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), pastora Romi Márcia Bencke, confirmaram presença.
 Na ocasião, será divulgada a mensagem do papa Francisco para a Campanha da Fraternidade. 
Em todo o país, paróquias e dioceses programaram atividades para a quarta-feira de Cinzas, dia 5 de março. 
Fonte: CNBB

Enchentes em São Paulo causam prejuízo anual de mais de R$ 200 milhões para o Brasil

enchentesp.jpgAs enchentes recorrentes de São Paulo trazem prejuízos imensos para a cidade. Apesar disso, há pouco esforço para calcular qual é o impacto exato desses eventos para a cidade. Quando aparecem números, eles se referem a perdas materiais diretas, que são de cálculo relativamente fácil. Mas esse é apenas um aspecto da questão. A economista Elaine Teixeira dos Santos decidiu, em sua pesquisa de mestrado, calcular quais eram as perdas econômicas para as cadeias produtivas da cidade e do país, ampliando a concepção de prejuízo com as inundações.
Os números encontrados assustam. A análise dos dados de pontos de alagamentos em São Paulo entre os anos de 2008 e 2012 mostra que o prejuízo médio de produção na cidade é de R$ 107 milhões. No país todo, a perda chega a R$ 226 milhões por ano. Em cinco anos, quase um bilhão de reais foi desperdiçado nas enchentes apenas em perdas produtivas - essencialmente o pagamento de salários sem que haja de fato produção. Esses números não contabilizam as perdas materiais. "Para empresas, as perdas materiais são irrisórias em comparação com as de produção. Se há um prejuízo decorrente da inundação, a empresa toma precauções para que aquilo não ocorra novamente", afirma.
Para chegar a esse número, Elaine criou um modelo econômico que usa os dados geográficos dos pontos de alagamento. Cruzando esses dados com entrevistas feitas com empresários, ela chegou a uma fórmula possível de ser usada em qualquer cidade que sofra com o mesmo problema. Sua intenção, aliás, era calcular os prejuízos em toda a Grande São Paulo. Entretanto, apenas a capital conta com dados de pontos de alagamentos, essenciais para o cálculo elaborado por ela. “Isso mostra a carência de dados a esse respeito. Nem as próprias prefeituras conhecem seus pontos de alagamento”, diz.
Moradora do Bairro do Limão, Eliane afirmou que sua motivação para estudar o assunto veio da experiência pessoal. “Quando chove, o Limão fica completamente ilhado, não é possível atravessar nenhuma ponte na Marginal Tietê”, afirma. A vontade de traduzir o prejuízo em números, por sua vez, veio da certeza de que administradores públicos lidam melhor com demandas que podem ser mensuradas economicamente. “Quando afeta a economia, o problema ganha mais atenção”, diz. De acordo com a economista, a prefeitura já usa informalmente alguns dados de seu trabalho no trabalho contra enchentes.
Créditos: Rede Brasil Atual

Sonegação de impostos no Brasil supera orçamentos de Educação e Saúde



A sonegação de impostos no Brasil superou R$ 415 bilhões em 2013. O valor corresponde aproximadamente a 10% de toda a riqueza gerada no país durante o período e é maior que os orçamentos federais de 2014 para as pastas de educação, desenvolvimento social e saúde, somados. Neste ano, o total de impostos e tributos não recolhidos já se aproxima dos R$ 68 bilhões. Os dados são do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), que organiza o painel Sonegômetro.
O serviço calcula, a partir de estudos daquela entidade, o total de impostos e tributos que deveriam, mas não são pagos, por obra das chamadas pessoas jurídicas, isto é, empresas em geral, de todos os ramos e tamanhos. Para comparação, o programa social do governo federal Bolsa Família tem R$ 24 bilhões ao ano para atender 14 milhões de famílias. Portanto, o que foi sonegado no ano passado equivale a 17 anos do programa.
Ainda segundo o Sinprofaz, a soma dos tributos devidos pelos brasileiros, constantes na Dívida Ativa da União, ultrapassa R$ 1,3 trilhão, quase um terço do Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 que foi de R$ 4,84 trilhões.
O estudo do sindicato se baseia em dados da Receita Federal, outras análises específicas sobre cada tributo, para então elaborar uma média ponderada. Os tributos não pagos são relativos a impostos diretos – aqueles que não estão embutidos em produtos – como Imposto Sobre Serviços (ISS), Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), por exemplo. E escancaram a diferença com que o sistema tributário brasileiro atua sobre ricos e pobres.
“Eles são sonegados pelos muitos ricos e por pessoas jurídicas (empresas, indústrias), com mecanismos sofisticados de lavagem de dinheiro e de caixa dois”, afirmou o presidente do Sinprofaz, Heráclio Mendes de Camargo Neto, que é advogado e mestre em Direito.
A sonegação gigantesca, diz Camargo Neto, impõe a necessidade de tributar pesadamente o consumo, onde não é possível sonegar. "É injusto que todo paguem uma carga em tributos indiretos. E o povo paga muito. Mesmo que você seja isento do Imposto de Renda, vai gastar cerca de 49% do salário em tributos, mas quase tudo no supermercado, na farmácia", explica.
Outra injustiça está na forma como incide o Imposto de Renda. Quanto mais o contribuinte tem a declarar, maiores são as possibilidades de abater valores. "Os mais ricos podem abater certos gastos no Imposto de Renda. Em saúde, por exemplo, se você tem um plano privado um pouco melhor, você pode declará-lo e vai ter um abatimento (no cálculo final do imposto). Esta é uma característica injusta do nosso sistema. Os mais pobres não conseguem ter esse favor."
No entanto, continua o advogado, quem tem salários a partir de R$ 2.400 é tributado automaticamente pelo Imposto de Renda Retido na Fonte e muitas vezes não tem como reaver parte deste valor.
Em 2005, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário e a Associação Comercial de São Paulo criaram o impostômetro, cuja versão física está instalada no Pátio do Colégio, região central da capital paulista. O objetivo, ao mostrar o tamanho da arrecadação do poder público, é justamente debater a carga tributária do país, com vistas à redução de impostos e à reforma tributária.
Logicamente, os valores registrados pelo impostômetro (R$ 313 bilhões este ano, até o fechamento desta matéria) são superiores aos do sonegômetro (R$ 68 bilhões), caso contrário nem sequer haveria dinheiro para manter o funcionamento da maquina pública.
No entanto, alerta Camargo Neto, se o governo brasileiro efetivasse a cobrança deste valor sonegado, já seria possível equalizar melhor os impostos no país. “Se nós conseguirmos cobrar essas grandes empresas e pessoas físicas muito ricas, o governo poderia desonerar a classe média e os mais pobres. Seria o mais justo. Se todos pagassem o que devem, nós poderíamos corrigir a tabela do Imposto de Renda (que incide sobre os salários) e reduzir alíquotas sobre alimentos e produtos de primeira necessidade, que todo mundo usa”, defende.

Detalhando-se a carga tributária brasileira pelas principais fontes, percebe-se que os tributos sobre bens e serviços, que afetam sobretudo os mais pobres, respondem por quase metade do total (49,22%). Em seguida vêm os tributos sobre a folha de salários (25,76%) e sobre a renda (19,02%). Somados, eles respondem por 94% da carga tributária total. Para o procurador, existe uma “escolha política” em não atuar na cobrança dos mais ricos e manter a situação como está.

Uma demanda urgente, segundo o procurador, é uma reforma tributária, que incida sobre o capital e deixe de onerar os trabalhadores. “É preciso um avanço maior da tributação sobre a riqueza. Veja os lucros astronômicos dos bancos, por exemplo. Por que o Banco do Brasil precisa lucrar R$ 12 bilhões e não pode ser tributado sobre metade disso? Essa é uma escolha política da sociedade. Imagine bilhões de cada um dos grandes bancos, o quanto você poderia desonerar os produtos de primeira necessidade?”, questiona.
Camargo Neto aponta ainda que a sonegação é maior por conta da precariedade estrutural em que a própria Procuradoria da Fazenda Nacional, responsável pela fiscalização sobre os tributos, se encontra. Ele conta que existem 300 vagas de procurador abertas há pelo menos seis anos esperando serem preenchidas.
"Nós não temos carreira de apoio, por exemplo. Há menos de um servidor de apoio para cada procurador. Os juízes, por exemplo, têm de 15 a 20 servidores de apoio. Nós temos 6,8 milhões de processos para cobrar e quase nenhum auxílio", denuncia.
Para completar, a sonegação de impostos prescreve em cinco anos, o que aprofunda o favorecimento dos sonegadores e sonegadoras. "É muito fácil se livrar com todas essas condições", lamenta.
Créditos: rede Brasil atual

Rodônia: Nível do Rio Madeira continua subindo

Nível do Rio Madeira continua subindoO nível do Rio Madeira, que corta Porto Velho, em Rondônia, continua subindo e ontem (4) registrou 18,73 metros. Na última grande enchente na região, em 1997, atingiu 17,52 metros. Segundo o tenente-coronel Denargli da Costa Farias, do Corpo de Bombeiros de Rondônia, há previsão de chuvas fortes na Bolívia, o que influencia diretamente o nível do rio. A Defesa Civil já está preparada caso seja preciso remover mais famílias de suas casas.

Atualmente, 2.041 famílias atingidas pela cheia do Rio Madeira estão em 43 abrigos de Porto Velho e em outros distritos. Em São Carlos e Nazaré, todas as famílias precisaram deixar suas casas. A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil enviou para Rondônia 500 barracas com capacidade para até 10 pessoas, que serão instaladas na região do médio e baixo Madeira, segundo o coronel Farias.
Ele explica que as equipes de socorro e assistência estão em trabalho constante, coordenando os abrigos, a distribuições de alimentos e verificando a situação e a segurança das casas alagadas. “Eles [os desabrigados] também querem saber como estão suas casas, suas propriedades, mas temos que manter uma disciplina dentro do abrigo e cada vez mais melhorar a assistência para que as famílias não saiam da rotina”, disse o coronel.

O Navio de Assistência Hospitalar Oswaldo Cruz, da Marinha do Brasil, está ancorado em Porto Velho para dar suporte aos atendimentos médicos e odontológicos e para a aplicação de vacinas. São três médicos, três dentistas, um farmacêutico e seis enfermeiros a bordo, além de uma tripulação formada por oito oficiais e 43 praças que estão recebendo os casos encaminhados pela Secretaria Municipal de Saúde.
O governo do Acre também trabalha para que o estado não sofra com o desabastecimento. Na BR-364, que liga Rondônia ao Acre, veículos grandes ainda conseguem trafegar. A rodovia está sendo monitorada constantemente pela Polícia Rodoviária Federal e pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e chegou a ser interditada na última quinta-feira (27).

Segundo o coronel Farias, está sendo feita uma operação para que a balsa chegue mais perto das áreas não alagadas. Quatro caminhões do Exército, com a suspensão mais elevada, também fazem o transporte de produtos para o Acre. Segundo o governo do estado, o Rio Acre está em vazante, mas nenhuma operação de retorno das famílias às suas casas está prevista no momento. Atualmente, o Parque de Exposições de Rio Branco (AC) abriga 1.290 pessoas.
Créditos: Agência Brasil

terça-feira, 4 de março de 2014

Mocidade Alegre é tricampeã do carnaval de SP

Mocidade AlegreA Escola de Samba Mocidade Alegre venceu o carnaval de São Paulo e conquistou o título de tricampeã. Com o samba-enredo sobre a fé, a religiosidade e o sobrenatural, a agremiação alcançou 269,7 pontos, três décimos a mais que a segunda colocada, a Rosas de Ouro. O terceiro lugar ficou com a Águia de Ouro.
A escola campeã, do Bairro do Limão, na zona norte da capital, fez uma manobra ousada em seu desfile, que chamou a atenção do público: os integrantes de todas as alas se ajoelharam sincronizados na avenida em uma das paradas da bateria. Desde 1967, quando foi fundada, a Mocidade Alegre conquistou os títulos em 1971, 1972, 1973, 1980, 2004, 2007, 2009, 2012, 2013 e 2014. A Liga Independente das Escolas de Samba manteve, neste ano, a apuração das notas longe do público. A medida, já adotada em 2013, foi tomada para evitar tumultos, como o ocorrido em 2012, no final da apuração, quando um integrante de uma das agremiações pulou o alambrado e rasgou os papéis que definiriam a escola campeã. Uma confusão generalizada instalou-se no Sambodrómo e outros integrantes de escolas de samba também começaram a invadir o local onde os votos estavam sendo lidos, jogando os papéis com os votos dos jurados para o alto. A polícia tentou conter o tumulto, afastando as pessoas da área reservada.

Os simpatizantes das agremiações tiveram que acompanhar a apuração das notas nas quadras das escolas de samba. Segundo o regulamento da Liga, todas as agremiações foram obrigadas a abrir suas quadras no momento da leitura das notas. O acesso à apuração, feita no Sambódromo, foi liberado somente para a imprensa, para os presidentes das agremiações e para nove convidados indicados por eles.
Na noite de sexta-feira (28) e madrugada de sábado (1) desfilaram as escolas Leandro de Itaquera; Rosas de Ouro; X-9 Paulistana; Dragões da Real; Acadêmicos do Tucuruvi; Vai-Vai e Tom Maior. Na noite de sábado e madrugada de domingo foi a vez da Pérola Negra; Gaviões da Fiel; Mocidade Alegre; Nenê de Vila Matilde; Águia de Ouro; Império de Casa Verde eAcadêmicos do Tatuapé.
As bilheterias do Anhembi serão abertas na quarta-feira para a venda de ingressos para o desfile das campeãs na sexta-feira (7).
Créditos: Agencia Brasil