quarta-feira, 12 de março de 2014

Cheia do Rio Madeira: Usinas terão que ajudar vítimas

As empresas responsáveis pela construção das usinas hidrelétricas Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira (RO), deverão atender imediatamente às necessidades básicas da população atingida pela enchente histórica do rio, como moradia, alimentação, transporte, educação e saúde. 

A decisão liminar é da Justiça Federal em Rondônia, atendendo a uma ação civil pública contra a Energia Sustentável do Brasil, responsável pela Usina Jirau, e a Santo Antônio Energia, que controla a Usina Santo Antônio, além de o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. O auxílio deve ser feito enquanto durar a situação de emergência e até que haja uma decisão definitiva sobre compensação, indenização ou realojamento. As populações atingidas deverão ser identificadas pelas defesas civis municipal, estadual e federal. As duas hidrelétricas têm prazo de dez dias para comprovar à Justiça Federal que estão cumprindo esse item da decisão liminar e multa pelo descumprimento é R$ 100 mil por dia.

A ação foi movida pelo Ministério Público Federal, Ministério Público do estado, pela Ordem dos Advogados do Brasil, Defensoria Pública da União e  Defensoria Pública do Estado de Rondônia. As empresas terão 90 dias para comprovar à Justiça Federal o andamento de novos estudos sobre os impactos de suas barragens, sob pena de suspensão de suas licenças de operação. A decisão liminar aponta que, em um primeiro momento, não há elementos suficientes para se atribuir a inundação aos efeitos das barragens, já que decorre do aumento da vazão do Rio Madeira. “Por outro lado, mesmo que nas construções das usinas  Santo Antônio e  Jirau tenha-se optado pela tecnologia denominada de usina a fio d`água, decerto que a elevação do nível do Rio Madeira conduziu à formação e reservatórios, com inundação, a montante, ainda que em menor proporção, se comparados com o que se formaria se aplicada a técnica tradicional de barragem, e com reflexo nos afluentes”, diz a decisão.

A Energia Sustentável do Brasil disse que só vai se pronunciar formalmente em juízo, por meio dos advogados. No entanto, a empresa informou, por meio de sua assessoria de imprensa que, “apesar de não ter influência direta na cheia do rio”, tem ajudado a Defesa Civil Estadual e Municipal no auxílio às vítimas da enchente. A Santo Antônio Energia ainda não se posicionou sobre a decisão.
A Santo Antônio Energia informou que ainda não foi citada no processo, mas que está preparada para contestar todos os pontos divulgados, já que, segundo ela, os dados utilizados para elaboração do estudos de impacto ambiental foram analisados, avaliados e aprovados pelos órgãos licenciadores. A empresa diz que vem prestando apoio humanitário à Defesa Civil Municipal para as famílias desabrigadas, e já entregou mais de 4 mil cestas básicas, além de água mineral, combustível e carne e disponibilizar veículos, material de apoio e duas embarcações para o resgate de famílias no Baixo Madeira.

Recentemente, o Operador Nacional do Sistema Elétrico determinou o rebaixamento do nível do reservatório da Usina Santo Antônio, para evitar que as estruturas provisórias de Jirau fossem afetadas, por causa da cheia. Com isso, foi necessário o desligamento de 11 das 17 turbinas de Santo Antônio, porque não há água suficiente na barragem para permitir o funcionamento dos equipamentos. O Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que monitora a vazão do Rio Madeira, avalia que a operação das usinas hidrelétricas Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, não influencia a cheia do rio. “Não temos observado influência das usinas, porque elas são a fio d’água, não retêm água. Elas têm um protocolo de nível mínimo e máximo, e têm mantido isso o tempo inteiro. A água que entra, passa”, explica o diretor de Hidrologia e Gestão Territorial do CPRM, Thales Sampaio.

Segundo ele, o que está causando a cheia no Rio Madeira é o excesso de chuvas na Bolívia, onde ficam as cabeceiras do rio. “Choveu acima da média desde outubro, na Bolívia, especialmente em janeiro e fevereiro”, diz o diretor.
Créditos: Agencia Brasil

terça-feira, 11 de março de 2014

Indústria começa 2014 com crescimento de 2,9%

A produção industrial nacional cresceu 2,9% no primeiro mês de 2014, em comparação com dezembro de 2013, divulgou hoje (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, na Pesquisa Industrial Mensal. O resultado interrompe uma trajetória de queda que começou em novembro, com -0,6%, e se repetiu em dezembro, com -3,7%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, no entanto, houve queda de 2,4% em janeiro. A taxa acumulada dos últimos 12 meses apresenta alta de 0,5% na produção, mas a média móvel trimestral registra recuo de 0,5%.
A indústria de bens de capital foi a que mais cresceu de dezembro para janeiro, com alta de 10%. A de bens de consumo apresentou alta de 2,3%, sendo 3,8% nos bens duráveis e 1,2% nos semiduráveis e não duráveis. Os bens intermediários tiveram crescimento de 1,2%. Com a exceção dos bens de capital, que acumulam alta de 12,1% nos últimos 12 meses, todas as outras categorias de uso somam quedas, de 0,2% a 1%. 

A pesquisa mostra que 17 dos 27 ramos tiveram aumento na produção de janeiro em relação a dezembro. A indústria farmacêutica, com alta de 29,4%, foi uma das principais influências positivas, assim como a de veículos automotores, que, com 8,7% de crescimento, interrompeu uma tendência negativa que vinha se repetindo desde outubro. A indústria de fumo está entre as que se destacaram por perdas na produção, com queda de 47,6%. Também puxaram o resultado para baixo as indústrias de outros produtos químicos (-2,5%), álcool (-2,2%) e produtos de metal (-2,7%). Foto: EBC
Créditos: Agencia Brasil

Ucrânia pede apoio militar aos Estados Unidos e ao Reino Unido

ucrânia, eua, soldados, militares, ajuda militar, reino unido, Suprema Rada, segurança, integridade territorialKiev aprovou uma resolução "sobre a solicitação da ajuda da Suprema Rada aos países-garantes da segurança da Ucrânia". 
O pedido conclama o Reino Unido e os EUA a cumprirem suas obrigações no âmbito do Memorando de Budapeste, que garante a segurança da Ucrânia, e a tomar todas as possíveis medidas diplomáticas, políticas, econômicas e militares para preservar a independência e as fronteiras existentes da Ucrânia. Além disso, os deputados, que acusam a Rússia da ocupação da Crimeia, exigiram a retirada imediata das tropas russas do território da Ucrânia. Foto: EPA
Créditos: Voz da Russia

Crianças sírias atingidas por conflito chega a 5,5 milhões

Número de crianças sírias atingidas por conflito chega a 5,5 milhõesO número de crianças atingidas pelo conflito na Síria já chegou aos 5,5 milhões ao fim de três anos, revela relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgado hoje (11). De acordo com o levantamento Em estado de sítio - três anos de um conflito devastador para as crianças na Síria, 1 milhão de crianças estão em zonas sitiadas ou de difícil acesso, o que exige um aumento da ajuda humanitária.

"Privadas de auxílio, vivem nos escombros, lutando por cuidados, numerosas crianças sírias que se encontram sem qualquer proteção, ajuda médica ou psicológica e sem acesso à educação", mostra o documento. "Nos piores casos, as mulheres grávidas e as crianças são deliberadamente feridas ou mortas por franco-atiradores", acrescenta o relatório, que diz haver um "trauma profundo" nas crianças sírias, sendo que mais de 2 milhões precisam de tratamento ou aconselhamento.
"Para as crianças da Síria, os últimos três anos têm sido os mais longos de sua vida. Devem suportar mais um ano de sofrimento?" - questiona o diretor executivo do Unicef, Anthony Lake, citado no relatório.

Vulcões ajudaram espécies a sobreviver a eras glaciais

Vulcões ajudaram espécies a sobreviver a eras glaciaisO vapor e o calor de vulcões permitiram que espécies de plantas e de animais sobrevivessem em eras glaciais, mostra estudo divulgado hoje (11) e que oferece ajuda aos cientistas que se debruçam sobre as mudanças climáticas. Uma equipe internacional de investigadores disse que a análise ajuda a explicar um mistério de longa data: como algumas espécies se desenvolveram em áreas cobertas por glaciais, com os vulcões a figurar como oásis durante os longos períodos gelados. "O vapor vulcânico pode derreter larga quantidade de grutas de gelo sob os glaciares, onde a temperatura pode estar dezenas de graus mais elevada do que no exterior", disse Ceridwen Fraser, que lidera a equipe, da Universidade Nacional Australiana. Segundo o investigador, grutas e campos de vapor quente podem ter sido excelentes locais para as espécies durante as eras glaciais. "Podemos aprender muito olhando para os impactos de mudanças climáticas anteriores à medida que vamos lidando com a acelerada alteração que o ser humano causa agora", acrescentou.

A equipe estudou milhares de amostras de musgos, líquen e insetos, recolhidos ao longo de décadas por centenas de investigadores, descobrindo que havia mais espécies perto dos vulcões do que as que se encontravam afastadas deles. Embora o estudo tenha como base a Antártida, as descobertas vão também ajudar os cientistas a perceber de que forma as espécies sobreviveram a "idades do gelo" em outras regiões, incluindo períodos em que se pensava que havia pouco ou nenhum pedaço da Terra livre de gelo.
A Antártida tem, pelo menos, 16 vulcões, ativos desde a última idade do gelo, há 20 mil anos. Verificou-se que cerca de 60% de espécies de invertebrados da Antártida foram encontrados em outros pontos do mundo. "Quanto mais perto se chega dos vulcões, mais espécies se encontra", disse Aleks Terauds, da Divisão Australiana da Antártida, que fez a análise, reproduzida na publicação Proceedings, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.  "Esse padrão apoia a nossa tese de que as espécies estão expandindo  as suas escalas e movem-se gradualmente para fora das áreas vulcânicas desde a última idade do gelo", destacou.

Steven Chown, da Universidade Monash, de Melbourne, que também integra a equipe, disse que as descobertas poderão servir de guia nos esforços de conservação na Antártida. "Saber   onde existiam os ‘hotspots' (pontos quentes) da diversidade irá ajudar-nos a protegê-la, dado que as mudanças climáticas, induzidas pelo homem, continuam a afetar a Antártida", acrescentou.*Com informações da Agência Lusa.
Créditos: Agencia Brasil


Dilma discute alianças regionais com líderes do PMDB

A formação das alianças regionais entre o PMDB e o PT para as eleições de outubro foi o principal assunto no encontro de ontem (10) entre a presidenta Dilma Rousseff,  o vice-presidente Michel Temer e os líderes do PMDB na Câmara dos Deputados e no Senado. No dia 5 de outubro, será realizado o primeiro turno das eleições para presidente da República e os governadores e serão eleitos senadores e deputados. As duas legendas trabalham para manter o máximo de alianças possíveis no próximo pleito eleitoral. O presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), que participou do encontro, disse que a presidenta Dilma acenou com a possibilidade de o PT abrir mão de candidatura própria ao governo de seis estados – Maranhão, Goiás, Alagoas, Paraíba, Tocantins e Rondônia – em prol do PMDB, em uma tentativa de melhorar a relação entre os dois partidos.

“Olha, tem mais estados aí que dá para conversar. O PT só tem candidatos fixos, se não me falha a memória, em 13 estados. Fora esses aí, [há outros que] estão abertos para o diálogo, para a discussão, para o entendimento, para as alianças. E o partido preferencial é o PMDB, assim como o partido preferencial nas alianças do PMDB é o Partido dos Trabalhadores”, enfatizou Raupp. De acordo com o senador, nas eleições de 2010, o PT e o PMDB estiveram juntos em mais de dez estados e agora podem renovar o acordo. Além disso, o presidente do PMDB disse que não vê risco de racha na aliança nacional para reeleição da presidenta Dilma Rousseff. No entanto, qualquer aliança só será oficializada nas convenções partidárias, que ocorrerão a partir de 10 de junho. 

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), saiu satisfeito do encontro, porque a presidenta Dilma Rousseff disse que “quer qualificar a relação com o PMDB”. De acordo com Euniício, a presidenta ressaltou que o PMDB é um partido essencial e primordial na relação dela e que desqualificar o PMDB, enfraquecer o PMDB, atinge inclusive o governo. "Você quer o que mais?", perguntou o líder. Valdir Raupp destacou também que  Dilma trabalha pela manutenção das alianças com o PMDB. “No Rio de Janeiro, a presidenta tem conversado com o governador Sérgio Cabral, com o [vice-governador Luiz Fernando] Pezão, com o prefeito Eduardo Paes, e a relação não é ruim." Segundo o senador, Dilma tem conversado muito também com o Eunício Oliveira. "Na quinta-feira [13], vamos continuar a discutir as alianças regionais”, informou.

Na tentativa de costurar o máximo de alianças para as eleições deste ano, líderes do PMDB terão mais algumas rodadas de negociação com os dirigentes do PT. Raupp informou que os peemedebistas terão pelo menos mais três encontros com o presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP). O encontro de Dilma e Temer com os peemedebistas foi no Palácio do Planalto, sede do governo federal. Também participaram da conversa os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM). Por Iolando Lourenço.*Colaborou Mariana Jungmann. foto: www.msatual.com.br
Créditos: Agencia Brasil

Rio Acre atinge dois metros acima do limite máximo

Rio Acre atinge dois metros acima da cota de transbordamentoO Rio Acre atingiu a marca dos 16 metros e 20 centímetros nesta segunda-feira (10). Mais de 1.200 pessoas estão desabrigadas em Rio Branco, e este número pode aumentar. De acordo com o comandante da Defesa Civil Estadual, Carlos Gundim, a estimativa é que as águas continuem a subir.
Créditos: Radioagência Nacional