quarta-feira, 2 de abril de 2014

Nos últimos 12 meses, 54% dos consumidores foram vítimas de fraude

Um estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostrou que 54% dos consumidores brasileiros foram vítimas de fraude nos últimos 12 meses. O levantamento, feito de 11 a 13 de fevereiro, ouviu moradores de todas as capitais brasileiras. As fraudes mais comuns foram propaganda enganosa, entrega de serviço diferente do contratado, dificuldades para acionar a garantia de um produto e o abastecimento do carro com combustível adulterado. Muitos consumidores, no entanto, não perceberam a fraude quando ocorreu. Do total de entrevistados, 28% confirmaram terem sido “vítimas de fato”. Outros, porém, confirmaram ter sido vítimas de golpe apenas mediante outras perguntas indicativas de situações de fraude.

O estudo não revelou um perfil típico das vítimas, como idade ou grau de escolaridade, mas mostrou que uma grande parcela de brasileiros se expõe a muitas situações de risco todos os dias. Foram feitas perguntas sobre o comportamento das pessoas em situações como dirigir acima do limite de velocidade ou mudar as senhas de e-mail ou cartões. As respostas classificaram os entrevistados como suscetíveis a baixo, médio e alto risco. Dentre todos as pessoas questionadas, apenas 17% foram classificados como de baixo risco – expostas a até, no máximo, duas situações de risco – enquanto 43% foram considerados de alto risco – expostas a cinco ou mais circunstâncias perigosas.

“Isso indica que, no geral, o consumidor brasileiro tende a ter um comportamento não muito cuidadoso, o que, segundo o estudo, também aumenta a probabilidade de a pessoa ser vítima de uma fraude”, explica o gerente financeiro do SPC Brasil, Flávio Borges. De acordo com a pesquisa, oito entre dez brasileiros estão sujeitos a alto ou médio risco de fraude. O estudo mostrou, porém, que 57% dos entrevistados enquadrados na categoria “baixo risco” foram vítimas de fraudes nos últimos 12 meses, uma margem maior do que aqueles classificados como de “alto risco”. Desse grupo, 53% foram vítimas. Isso demonstrou uma mudança de comportamento das pessoas após terem sido enganadas. “Como vivenciar situações de fraude é ruim e traumático, é natural que o consumidor adote posturas diferentes diante de novos casos”, diz Borges.

O SPC tem uma série de orientações para que o consumidor não  caia em golpes aplicados na internet, na rua ou por empresas: é preciso saber de quem se compra determinado produto ou serviço e certificar-se da idoneidade da empresa. Serviços do SPC Brasil, como o Relatório Completo de Empresas e o Localiza Empresas disponíveis para compra na loja online, ajudam o consumidor a conhecer a reputação da empresa, por meio de um amplo relatório de informações cadastrais e creditícias, dependendo da escolha do produto.
Quando o produto oferecido tem preço muito inferior aos do mercado, é preciso pesquisar sobre a reputação da empresa. E deve-se exigir sempre nota fiscal. O SPC recomenda também a leitura atenta dos contratos e termos de garantia, antes de serem assinados. Em muitos casos, nem tudo o que está escrito em um contrato é legal, o que faz com que algumas cláusulas, na prática, sejam nulas. Em caso de dúvida, deve-se consulte serviços especializados.
No caso de abastecimento de veículos, a orientação é abastecer sempre no mesmo posto, que tenha uma bandeira confiável. Assim, o motorista poderá acompanhar o rendimento e o desempenho do veículo. Segundo o SPC, esse cuidado também facilita na hora de cobrar uma possível indenização, caso o posto tenha vendido gasolina adulterada. Outro cuidado é com os bancos que não costumam se comunicam com os clientes por e-mail. O consumidor deve desconfiar quando receber extratos ou faturas do banco por e-mail, alerta o SPC. Também não é recomendável confirmar dados pessoais ou bancários por telefone. Caso tenha que atualizar algum cadastro, procure pessoalmente a empresa ou ligue diretamente no serviço de atendimento ao consumidor.  O consumidor deve evitar o acesso a seu e-mail ou ao site do banco do qual é cliente em computadores públicos e instalar um antivírus em seu celular e no computador pessoal, atualizando-o e fazendo a varredura com frequência.

Ao terminar a consulta a sites com senhas, inclusive de bancos, programas e redes sociais, o consumidor deve usar o botão "sair", ou equivalente, para evitar que seus dados pessoais fiquem armazenados no computador. No caso dos cartões de crédito, deve-se optar pelos que têm chip, que, além de dificultarem a clonagem, exigem a senha do correntista. Por fim, o SPC alerta que deve-se desconfiar de resgates de prêmios oferecidos presencialmente, por e-mail ou SMS em que seja necessário depositar algum valor para recebimento da quantia ou prêmio.
Créditos: Agencia Brasil

terça-feira, 1 de abril de 2014

Petrobras informa que comissão não encontrou indícios de pagamento de propina

petrobras_Rubens-Chaves_Fol.jpgA Petrobras informou que a Comissão Interna de Apuração, constituída em 13 de fevereiro para averiguar as denúncias de supostos pagamentos de suborno a empregados da companhia, envolvendo a empresa SMB Offshore, concluiu pela falta de fatos ou documentos que evidenciem pagamento de propina a funcionários da empresa.
Durante os trabalhos, foram prestados esclarecimentos à Controladoria-Geral da União (CGU) e ao Ministério Público Federal (MPF). O relatório final da comissão será encaminhado à CGU, ao MPF e também ao Tribunal de Contas da União (TCU).
Além disso, a Petrobras anunciou a criação de uma comissão interna para apurar se houve irregularidades na compra e na venda da plataforma de petróleo de Pasadena, no Texas (EUA). O grupo, coordenado pela Auditoria Interna da estatal, terá 45 dias, a contar de 24 de março, para apresentar um relatório contendo informações sobre a compra, a gestão e a venda da participação da Petrobras no equipamento.
A sindicância antecipa a investigação que CGU, MPF e TCU poderiam fazer sobre a negociação da Petrobras, que tem sido um dos principais flancos da oposição no Congresso para criar um fato político contra o governo nas vésperas das eleições: há uma semana, PSDB e PPS mobilizam-se para reunir as assinaturas necessárias para a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) com o objetivo de provar que o negócio lesou a empresa – embora o requerimento não tenha sido formalmente apresentado, lideranças tucanas afirmam que reuniram 176 assinaturas de deputados federais, cinco a mais que as 171 necessárias. Para que a CPI conte também com senadores, são necessárias ainda 28 assinaturas desses parlamentares.
“Estamos trabalhando na perspectiva de que a CPI não se instale. Vamos ver se é possível que pessoas que não estejam plenamente esclarecidas quanto ao andamento das investigações que já acontecem possam reavaliar o posicionamento”, disse à Agência Brasil o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE).
Os líderes governistas estão empenhados em identificar que razões estão por trás das assinaturas de membros da base no pedido de investigação. “O fato de alguém não assinar a CPI não quer dizer conveniência com a impunidade, as investigações mais sérias já estão em andamento”, reforçou Costa.
Se não for possível barrar a criação da comissão, porém, o PT diz estar pronto para ampliar o escopo das investigações, incluindo apurações que possam constranger outros partidos. A principal questão em análise é a existência de um cartel em contratos de trens e metrô em São Paulo, governada pelo PSDB.
Em 2006, a Petrobras comprou 50% da refinaria de Pasadena por US$ 190 milhões, além de pagar outros US$ 170 milhões por parte do estoque de petróleo da planta. Em 2008, desentendimentos entre Petrobras e a belga Astra Oil, dona dos outros 50% da plataforma, resultaram em uma ação judicial para forçar a estatal brasileira a comprar a outra metade da plataforma. O negócio foi confirmado em 2012 no valor de US$ 820 bilhões. A diferença entre os valores pagos há oito anos e os atuais levaram o Tribunal de Contas da União a levantar suspeitas sobre a condição do negócio feito pela Petrobras já em 2013.
Créditos: Rede Brasil Atual

PT e PMDB devem se unir no 1º turno na Paraíba

Luciano CartaxoApós anunciar na semana passada o fim do blocão que pretendia unir o PT/PP/PSC na disputa pelo Governo do Estado nas eleições de outubro, o prefeito de João Pessoa Luciano Cartaxo-PT (foto) disse que o partido continuará conversando com as legendas que integravam o agrupamento, mas buscará outras alternativas de aliança. As declarações foram dadas, nessa segunda-feira (31), no Paço Municipal durante a entrega da Gratificação Prêmio a 45 agentes de trânsito de João Pessoa.
“A gente percebe, claramente, que os partidos que faziam parte do blocão estão conversando com outras legendas. Então, o PT vai continuar conversando com os componentes do blocão, mas também vai procurar outras alternativas”, reforçou Cartaxo.
Ele informou que o PT deve definir o rumo que seguirá no dia 12, quando será realizado o encontro estadual da legenda. “Não escondo de ninguém o interesse que o PMDB tem em formar uma chapa com o PT. Veneziano (pré-candidato ao Governo do Estado) tem colocado isso publicamente, tem colocado isso nas conversas comigo e com a direção partidária”, declarou prefeito.
Leia a matéria completa na edição desta terça-feira (1º) do jornal Correio da Paraíba. 
Créditos: Portal Correio

Dilma: golpe não pode ser esquecido em memória às vítimas do regime militar

A presidenta Dilma Rousseff lembrou ontem (31) os 50 anos do golpe militar que deu início à ditadura no Brasil, em 1964, e disse que as atrocidades cometidas no período não podem ser esquecidas, em memória dos homens e mulheres que foram mortos ou desapareceram enquanto lutavam pela democracia.
“O dia de hoje exige que lembremos e contemos o que aconteceu. Devemos aos que morreram e desaparecerem, devemos aos torturados e aos perseguidos, devemos às suas famílias. Devemos a todos os brasileiros”, disse a presidenta em discurso no Palácio do Planalto, durante a assinatura de contrato para construção da segunda ponte sobre o Rio Guaíba.
“Toda dor humana pode ser suportada se sobre ela puder ser contada uma história. A dor que nós sofremos, as cicatrizes visíveis e invisíveis que ficaram nesses anos podem ser suportadas e superadas porque hoje temos uma democracia sólida e podemos contar nossa história”, disse a presidenta, ao citar a filósofa alemã Hannah Arendt.
Dilma disse que lembrar e contar o que aconteceu às novas gerações é parte do processo iniciado pelos brasileiros que lutaram pelas liberdades democráticas, pela Anistia, pela Constituinte, por eleições diretas e, mais recentemente, pela criação da Comissão Nacional da Verdade.
“Cinquenta anos atrás, na noite de hoje, o Brasil deixou de ser país de instituições ativas, independentes e democráticas. Por 21 anos, mais de duas décadas, nossas instituições, nossa liberdade, nossos sonhos, foram calados”, lembrou. “Hoje podemos olhar para esse período e aprender com ele, porque o ultrapassamos. O esforço de cada um de nós, de todas as lideranças do passado, daqueles que viveram e daqueles que morreram fizeram com que nós ultrapassássemos essa época”, acrescentou.
Com a luta pela redemocratização, segundo Dilma, os brasileiros aprenderam a valorizar a liberdade de expressão, a independência dos poderes legislativo e judiciário e o direito ao voto. “Aprendemos o valor de eleger por voto direto e secreto, de todos os brasileiros, governadores, prefeitos. De eleger, por exemplo, um ex-exilado, um líder sindical que foi preso várias vezes e uma mulher que também foi prisioneira”, disse.
Segundo Dilma, a restauração da democracia brasileira foi um processo construído pelos governos eleitos após a ditadura e resultado da luta dos que morreram enquanto enfrentavam “a truculência ilegal” do Estado, com os que trabalharam por pactos e acordos nacionais, como os que levaram à Constituição de 1988.
Ainda durante o discurso, a presidenta citou frase dita por ela durante a instalação da Comissão Nacional da Verdade, em 2012. “Como eu disse aqui nesse palácio quando instalamos a Comissão da Verdade: se existem filhos sem pais, se existem pais sem túmulos, se existem túmulos sem corpos, nunca, nunca, mas nunca mesmo pode existir uma história sem voz. E quem dá voz são os homens e mulheres livres que não tem medo de escrevê-la”.
Créditos: Agencia Brasil

Protesto termina com dois ônibus incendiados em São Paulo

Dois ônibus foram incendiados na zona sul da capital paulista, após protesto de moradores, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Um dos coletivos permanece no local, na Avenida Carlos Lacerda, região do Campo Limpo, interditando totalmente a via no sentido bairro, informou a Companhia de Engenharia de Tráfego.
Um grupo de dez pessoas, segundo a Polícia Militar (PM), parou os ônibus por volta das 22h de ontem (31) e obrigou os passageiros a descer. O grupo fugiu e ninguém foi detido. A PM não soube informar a razão da manifestação.
O caso foi registrado no 47º Distrito Policial, no Capão Redondo. Foto: Portal Brasil 247
Créditos: Agencia Brasil

segunda-feira, 31 de março de 2014

Brasileiros querem mais democracia

-Apesar de os valores democráticos serem considerados inquestionáveis, como a liberdade e o respeito às opiniões individuais, pesquisas de diversos institutos mostram que uma parte considerável da população brasileira não percebe plenamente os benefícios econômicos e sociais da democracia. Realizado anualmente em vários países da América Latina, estudo coordenado pelo Latinobarómetro aponta que o Brasil tem a segunda menor taxa de apoio à democracia, perdendo apenas para a Guatemala.
Cidadãos de 18 países latino-americanos tiveram de responder com qual frase mais concordavam: a democracia é preferível a qualquer outra forma de governo; em algumas circunstâncias, um governo autoritário pode ser preferível a um democrático; tanto faz, um regime democrático e um não democrático dá no mesmo. Na média das pesquisas entre 1995 e 2013, 44% dos brasileiros dizem que a democracia é a melhor escolha. Para 19%, um governo autoritário pode ser preferível em certas circunstâncias e, para 24%, não faz diferença. O restante não respondeu.
No Uruguai, país com a maior média de apoio à democracia, 78% dizem preferir um sistema democrático; 15% defendem o autoritarismo e 10% são indiferentes. O Brasil perde apenas para a Guatemala, onde apenas 38% preferem a democracia a qualquer outro tipo de governo.
A democracia foi uma das principais conquistas políticas do Brasil no século 20. Em 1984, ainda sob regime militar, milhões de brasileiros participaram de comícios, passeatas e outras manifestações públicas, em várias capitais, no movimento Diretas Já!, que reivindicava eleições diretas no Brasil. Em 2013, quase 30 anos depois da reinstalação do sistema democrático no país, as ruas foram novamente ocupadas por milhões de manifestantes reivindicando, na avaliação de diversos especialistas, mais voz e avanço da democracia brasileira. Leia mais no portal da Agencia Brasilinfo_democracia
Crédito: Agencia Brasil

Força Nacional vai apoiar Polícia Rodoviária Federal durante a Copa

A Força Nacional de Segurança Pública vai apoiar a Polícia Rodoviária Federal nas ações de segurança em rodovias federais durante a Copa do Mundo entre 12 de junho e 13 de julho. A operação de apoio ocorrerá nas estradas das regiões de Porto Alegre, Curitiba, Cuiabá, Salvador, do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte. A portaria foi publicada hoje (31) no Diário Oficial da União.
A atuação e o número de policiais a serem disponibilizados obedecerão ao planejamento conjunto entre os órgãos envolvidos e o prazo do apoio prestado pela Força Nacional poderá ser prorrogado.

Segundo a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, o planejamento conjunto já começou e deverá garantir agilidade no reforço às operações em rodovias federais que dão acesso às cidades-sede da competição. Ela disse ainda que a Força Nacional está apta a atuar em qualquer segmento da segurança pública durante a Copa do Mundo, seja nos jogos ou fora deles.

De acordo com a diretora-geral da Polícia Rodoviária Federal, Maria Alice Souza, as equipes da PRF e da Força Nacional já atuaram de forma semelhante em outras ocasiões. "Realizamos operações conjuntas em 2013, por exemplo, em grandes eventos, como a Copa das Confederações, em seis estados, e a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro", lembrou a diretora.
Créditos: Agencia Brasil