quarta-feira, 14 de maio de 2014

Fluxo de investimentos estrangeiros mostra confiança no País

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, aproveitou discurso em Londres para reafirmar nesta terça-feira que os investimentos estrangeiros recebidos pelo Brasil nos últimos meses refletem a confiança nas políticas adotadas. Tombini disse ainda na Câmara de Comércio Brasil-Grã Bretanha que o Brasil está bem preparado para enfrentar maiores volatilidades nos mercados causadas pelo início do processo de normalização das condições da política monetária internacional. "As fortes entradas de capital que temos recebido nos últimos meses, incluindo para ações, são sinais de confiança na qualidade das políticas em vigor", afirmou Tombini, segundo o discurso em inglês publicado no site do BC brasileiro.

De acordo com dados do BC, investimentos estrangeiros em renda fixa no País registraram ingresso líquido de US$ 6,376 bilhões em março, bem acima dos US$ 499 milhões em igual mês do ano passado. Em ações, as aplicações somaram US$ 1,310 bilhão, abaixo do volume de um ano antes, de US$ 1,874 bilhão.
Créditos: Portal Terra

Mais de 60% dos trabalhadores rurais estão na informalidade

Dos 4 milhões de trabalhadores assalariados rurais no país, 60% - cerca de 2,4 milhões – atuam na informalidade e com salários menores que os formais. O número foi divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizada em 2012. O levantamento foi apresentado no Seminário Nacional sobre Assalariamento Rural. Para o secretário de Assalariados e Assalariadas Rurais da Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura (Contag), Elias D'Angelo, a informalidade no setor rural é um problema grave e precisa ser enfrentada.

"São mais de 2 milhões de trabalhadores na informalidade no Brasil. Só no Nordeste, são 1 milhão nessa situação. Precisamos olhar o problema para que ele seja enfrentado porque muitos trabalhadores ficam sem os direitos trabalhistas", disse D'Angelo. Além da perda de garantias trabalhistas, os baixos salários são preocupantes. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, 78,5% dos trabalhadores assalariados rurais informais têm rendimento médio mensal de até um salário mínimo (R$ 622,00 à época da pesquisa), sendo que quase metade desse total, 33,9%, recebe menos de um salário.

Sem amparo legal, os trabalhadores em situação informal não têm direitos trabalhistas e previdenciários, como aposentadoria, auxílio-doença, pensão por morte, férias, descanso semanal remunerado, 13º salário, hora extra, licença-maternidade e paternidade, aviso-prévio, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e seguro-desemprego. A informalidade também aumenta o risco de o trabalhador ser exposto a situações de trabalho escravo.
Créditos: Agencia Brasil

A Antártida está derretendo rapidamente de forma irreversível

Recuo dos glaciares na Antártida é "irreversível e imparável"
A Nasa, em estudo associado com a Universidade de Irvine, na Califórnia, confirmou e divulgou no início dessa semana que a gigantesca geleira da Antártida ocidental está em processo de liquefação irreversível. Mapeamentos feitos por satélites e por aviões durante as últimas quatro décadas foram a principal base do estudo.
Pelo fato de a geleira estar situada sobre uma depressão do solo, segundo o professor Eric Rigmot, da Universidade de Irvine, à medida que as bordas do bloco vão diminuindo, a água líquida mais quente vai se acumulando dentro da depressão e com isso passa a acelerar o processo de derretimento, que já está em processamento rápido e irreversível.
Os cientistas da Nasa e da Universidade da Califórnia não atribuem o fenômeno apenas à atividade antrópica, eles admitem que o planeta, ao que tudo indica, está entrando em um processo “natural” de mudanças, de modo análogo ao que já ocorreu em outros períodos da história geológica da Terra. Contudo, a rapidez com que o derretimento do gelo está se processando é surpreendente. A Nasa prevê um aumento de nível do mar em alguns metros, em poucos séculos. É possível que o derretimento da Antártida contribua para o derretimento de outras geleiras nos oceanos, num possível efeito dominó. Se assim ocorrer, o oceano poderá subir em até quatro metros. Nessa hipótese, muitas cidades litorâneas do mundo ficarão em grande parte submersas e as alterações climáticas se acentuarão. Como grande parte da população humana se encontra em metrópoles, é bom já pensar em planos futuros exequíveis para transmigrações de milhões de pessoas.Foto: DN.com
Créditos: DM

terça-feira, 13 de maio de 2014

Mais de 3 milhões morrem por ano devido ao consumo nocivo do álcool

Cerca de 3,3 milhões de pessoas morreram em 2012 em todo o mundo em consequência do consumo nocivo de álcool, o que equivale a 5,9% de todas as mortes, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A proporção de mortes associadas ao álcool é superior à mortalidade ligada ao HIV (2,8%), à violência (0,9%) e à tuberculose (1,7%), concluiu a organização no Relatório Global sobre o Álcool e a Saúde 2014.
“Precisamos de fazer mais para proteger as populações das consequências negativas do consumo de álcool para a saúde”, disse o diretor-geral adjunto da OMS para as Doenças Não Transmissíveis e a Saúde Mental, Oleg Chestnov.
Citado em um comunicado da organização, o diretor sublinha que “não há espaço para complacência quando se trata de reduzir o consumo nocivo de álcool”. O consumo nocivo de álcool é definido pela OMS como o consumo que causa consequências negativas para o consumidor, as pessoas que o rodeiam e a sociedade como um todo, assim como padrões de consumo associados ao aumento do risco de problemas de saúde.
Segundo a organização, sediada em Genebra, o consumo de álcool pode provocar dependência, mas também aumenta o risco de mais de 200 doenças, incluindo cirrose hepática e alguns tipos de câncer. O consumo nocivo pode ainda provocar violência e ferimentos, assim como a suscetibilidade dos consumidores a doenças infeciosas como tuberculose ou pneumonia.
De acordo com o relatório publicado nesta segunda-feira, cada habitante do mundo com mais de 15 anos consome em média 6,2 litros de álcool puro por ano, o que equivale a 13,5 gramas de álcool puro por dia. No entanto, como apenas 38,3% das pessoas bebem realmente álcool, aqueles que consomem em média 17 litros de álcool puro por ano.
O documento informa ainda que há maior porcentagem de mortes relacionadas ao consumo de álcool entre os homens do que as mulheres – 7,6% das mortes masculinas contra 4% das mortes femininas –, embora as mulheres sejam mais vulneráveis a algumas doenças relacionadas ao álcool do que os homens. Além disso, os autores mostram-se preocupados com o aumento constante do consumo de álcool entre as mulheres.
“Constatamos que em todo o mundo cerca de 16% dos consumidores têm episódios de consumo excessivo, que é o mais prejudicial para a saúde”, explicou o diretor para a Saúde Mental e o Abuso de Drogas e Outras Substâncias da OMS, Shekhar Saxena.
A nível global, a Europa é a região com o consumo per capita mais elevado, com alguns países a registarem níveis particularmente altos. O relatório conclui que o nível de consumo tem-se mantido estável nos últimos cinco anos na Europa, na África e nas Américas, mas tem aumentado no Sudeste Asiático e no Pacífico Ocidental.
A OMS estabeleceu em 2011 a necessidade de ação intensiva para reduzir o consumo de álcool, considerado um dos quatro fatores de risco para a epidemia de doenças não transmissíveis – juntamente com o tabaco, a alimentação desequilibrada e a falta de exercício físico.
Créditos: Agencia Brasil

Nove carros são incendiados em pátio de delegacia de São Paulo

Nove carros que estavam no pátio do 59º Distrito Policial (DP), no bairro Jardim Noêmia, zona leste paulistana, foram incendiados durante a madrugada de hoje (13), segundo a Polícia Civil. Os veículos queimados foram apreendidos em operações policiais e ficavam estacionados na delegacia. A polícia não confirmou quantos homens participaram da ação. O caso foi registrado no 50º  DP, unidade que funcionava como plantão. O Corpo de Bombeiros atendeu a ocorrência com quatro carros e controlou o fogo em 20 minutos. 
Além desse caso, mais um ônibus foi incendiado na zona sul da cidade, por volta das 23h30 de ontem (12). Segundo a Polícia Militar (PM), o veículo foi parado na Avenida Yervant Kissajikian, no bairro Cidade Ademar por cerca de 15 a 20 pessoas. Elas jogaram gasolina no carro e atearam fogo. O incêndio foi rapidamente controlado com a ajuda de pessoas que estavam próximas ao local, informou a PM. O cobrador teve parte da roupa queimada, mas não ficou ferido. O boletim de ocorrência foi registrado no 98º DP. De acordo com a São Paulo Transportes (SPTrans), 69 ônibus foram incendiados na cidade desde o início do ano.Foto: Estadão.
Créditos: Agencia Brasil

80% dos brasileiros têm medo de tortura em prisão

Oito em cada dez brasileiros temem ser vítimas de tortura em caso de detenção por autoridades policiais, apontou estudo da Anistia Internacional (AI). A pesquisa entrevistou 21 mil pessoas de 21 países de todos os continentes e concluiu que o medo de tortura existe em todos eles, mas o Brasil é o que é mais atingido por esse temor.
Em nível global, 44% das pessoas entrevistadas revelam discordar da frase: “Se eu fosse detido pelas autoridades no meu país, estou confiante de que estaria a salvo da tortura”. No Brasil, o percentual é de 80%.
O México (64%), a Turquia, o Paquistão, e o Quénia (todos com 58%) são os lugares que aparecem logo após o Brasil na escala do "medo" da tortura. No extremo oposto estão o Reino Unido (15%), a Austrália (16%) e o Canadá (21%).
A AI concluiu também que mais de 80% das pessoas defendem leis mais fortes contra a tortura. Nesta questão, 83% das pessoas questionadas no Brasil defendem leis claras contra a tortura, atrás da Coreia do Sul e Grécia (89%).
Ainda segundo o estudo, 36% das pessoas questionadas concordam que a tortura "às vezes necessária e aceitável para obter informação que pode proteger o público”.
Os chineses e os indianos (74%) são os que mais concordam que a tortura pode justificar-se, enquanto os gregos (12%) e os argentinos (15%) são os que menos concordam.
No Brasil, o único país lusófono abrangido pela pesquisa, 19% das pessoas afirmaram concordar que a tortura pode ser necessária e aceitável para proteger o público.
O estudo surgiu como propósito da campanha “Stop torture”, que será lançada amanhã (13) pela AI, em Londres. O objetivo é chamar a atenção dos governos e mobilizar a população para pôr fim à prática.
Trinta anos depois da aprovação da Convenção contra a Tortura pela ONU, em 1984, e mais de 65 anos depois da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, “a tortura não só está viva e bem de saúde, como está a florescer”, escreveu o secretário-geral da Anistia, Salil Shetty, na introdução ao relatório “Tortura em 2014, 30 Anos de Promessas Não Cumpridas”.
No documento, a AI diz ter reunido, nos últimos cinco anos, relatos de tortura ou de outras formas de violência, em mais de 141 países. "Enquanto em alguns países a AI documentou casos isolados e excecionais, em outros averiguou que a tortura é sistêmica", afirma Shetty.
Para o responsável, “governos em todo o mundo têm duas caras no que diz respeito à tortura – proíbem-na na lei, mas facilitam-na na prática”.
Por isso, o relatório recomenda que os governos apliquem medidas como a criminalização da tortura na legislação nacional, a abertura dos centros de detenção a fiscalizadores independentes e a gravação em vídeo dos interrogatórios.
A Anistia Internacional pede ainda a criação de mecanismos que facilitem a prevenção e a punição da tortura.
* Com informações da Agência Lusa
Créditos: Agencia Brasil

Refugiada atravessou o deserto e deu à luz quadrigémeos

Refugiada atravessou o deserto e deu à luz quadrigémeosMassaya Iliyass e Taghri Tokeye fugiram da violência do Mali para salvar a vida dos seus seis filhos. O que ninguém poderia prever é que Taghri estivesse grávida de quadrigémeos no momento mais difícil das suas vidas.
Síram da cidade onde viviam no Mali e, apenas com a ajuda de um burro para levar alguns bens, caminharam durante cinco dias e cinco noites no deserto até chegarem ao campo de refugiados de Mbera, na fronteira com a Mauritânia.
À BBC, Massaya disse que "foi um caminho muito longo e cansativo", durante o qual caminharam "o mais devagar possível para evitar o cansaço".
A chegada ao campo de Mbera não animou a família: encontraram 60 mil refugiados com pouca água e pouca comida, a sobreviver com temperaturas a rondar os 50 graus centígrados.
É nesta altura que Taghri descobre que está grávida. E comenta que sente "algo diferente".
Os Médicos Sem Fronteiras realizou uma ecografia e a notícia de uma gravidez de quadrigémeos foi bem recebida por todos. "Em toda a minha vida, nunca me deparei com um caso de quadrigémeos", disse Kasonga Cheride, da equipa médica.
Créditos: Jornal de Notícias