sexta-feira, 13 de junho de 2014

Turistas deixarão no país R$ 6,7 bilhões durante a Copa

Projeções do Ministério do Turismo indicam que cerca de 3,7 milhões de turistas se deslocarão pelo Brasil durante o período da Copa do Mundo, acrescentando cerca de R$ 6,7 bilhões à economia do país. Além disso, o evento mobilizará cerca de 200 mil trabalhadores temporários. Os dados foram atualizadas ontem (12) pelo ministério.
De acordo com o Ministério do Turismo, a Copa, aberta ontem em São Paulo, com o jogo entre Brasil e Croácia, será a maior fonte de gastos dos turistas até 13 de julho, quando se encerra o torneio.

O ministério estima que, em média, cada um deles assista a quatro jogos nos estádios e gaste R$ 5.500 no período que passar aqui. O valor que não inclui as despesas com passagens aéreas e gastos feitos quando ainda no país de origem. As projeções têm por base as vendas de ingressos feitas até a primeira semana de abril.
Pelo menos metade da população do planeta acompanhará o torneio pela TV, pela internet ou por celulares e demais dispositivos eletrônicos. Serão mais de 3,6 bilhões de espectadores, número 12,5% superior aos 3,2 bilhões que assistiram à Copa de 2010, disputada na África do Sul, segundo pesquisa encomendada pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) à agência Kantar Sport.
Segundo a agência, cerca de 2,2 bilhões de pessoas assistiram ao Mundial por pelo menos 20 minutos consecutivos, superando em 3% a audiência da edição anterior, em 2006, na Alemanha. Neste ano, serão 73 mil horas de transmissão de TV direcionadas a mais de 200 países. Já foram credenciados para o evento 19 mil profissionais de imprensa.Foto: EBC
Créditos: Agencia Brasil

Os xingamentos contra Dilma ontem e as vaias de Lula no Morumbi em 1989

Lula 1989Quando candidato a presidente pela primeira vez, o petista também foi xingado por parte da elite presente na final do Brasileiro daquele ano
Ontem, logo após a execução do Hino Nacional Brasileiro, integrantes da área vip da Arena Corinthians, presentes na estreia da seleção brasileira contra a Croácia, resolveram mostrar a (falta de) educação ao mundo ao xingar a presidenta Dilma Rousseff com gritos de “hei, Dilma, vai tomar no c...”.
Não, ali não era o tão mal falado pessoal das torcidas organizadas que dava esse bom exemplo aos filhos, mas, sim, uma parte do público que era ou convidado do evento ou que havia pagado muito caro para estar ali. Vaiar é normal, faz parte do jogo democrático. Xingar também faz, ainda mais em uma partida de futebol. No entanto tal comportamento também pode e deve ser analisado à luz daquilo que é, e de quem o promove.
Os comentaristas da ESPN Arnaldo Ribeiro e Juca Kfouri falaram a respeito do ocorrido. Kfouri lembrou uma contradição curiosa: a mesma cidade e o mesmo estado jamais xingaram Paulo Maluf dessa forma, além do que, segundo ele, 95% dos funcionários com os quais teve oportunidade de conversar não concordavam com aquele tipo de atitude. Ou seja, a vaia combinada a xingamentos podem ter muito mais um caráter de manifestação de classe do que de crítica política.
O episódio remete a outro, também acontecido em um campo de futebol e já retratado no Futepoca. No livro Sem medo de ser feliz (Scritta Oficina Editorial) o então assessor de imprensa de Lula nas eleições de 1989, Ricardo Kotscho, fala a respeito do que considerava o pior momento de toda a campanha, que, segundo ele, ocorreu em um estádio de futebol.
Kotscho descreve assim o episódio:Era um sábado, véspera da votação do segundo turno, e havia a final do Brasileiro entre São Paulo e Vasco, no Morumbi. Kotscho sugeriu a Lula que fosse assistir à final in loco. “Estávamos num dia tranquilo, eu tinha uma coletiva no sindicato, fomos tomar cerveja com os aposentados, num clima muito festivo. Aí seguimos para o Morumbi. Ah, minha gente, foi a coisa mais degradante que aconteceu na minha vida!”, contou Lula.
Acontece que as cabines de rádio e TV ficam nas cadeiras cativas do Morumbi, o covil do que há de mais reacionário no país. Nem deu para ouvir a torcida do Vasco e parte da torcida do São Paulo cantando o “Sem medo de ser feliz” nas arquibancadas quando souberam da sua presença no estádio. Aos urros, histéricos, os elegantes senhores da mais fina sociedade paulistana reagiram como animais diante da passagem de Lula, dando uma ideia do que seriam capazes de fazer em caso de vitória da Frente Brasil Popular. Chegaram até a cantar o Hino Nacional, junto com as palavras de ordem de Collor, mas só com algumas estrofes, já que esqueceram a letra, e voltaram a gritar palavrões com todos os preconceitos de classe imagináveis. (...)
Devido ao horário, as cenas de collorismo explícito do Morumbi tiveram quase repercussão nenhuma na imprensa, mas calaram fundo na já abalada alma do candidato, habituado a ser aclamado e não vaiado por onde passara nos últimos dias, semanas e meses.

Se a presidenta merece críticas e até vaias pela condução de algumas políticas, certamente não foi isso que motivou a maioria que a hostilizou ontem, mas, sim, essa mesma raiva da qual Lula foi vítima em 1989. Certas coisas, infelizmente, parecem não mudar.
Créditos: Rede Brasil Atual

Dilma: "Não me abaterei por isso"

Um dia depois de ter sido vítima de ofensas por torcedores na área Vip na Arena Corinthians, em São Paulo, durante o jogo de abertura da Copa do Mundo, a presidente Dilma Rousseff respondeu nesta sexta-feira 13 que "não irá deixar se perturbar, atemorizar, por xingamentos que não podem ser sequer escutados pelas crianças e famílias". As declarações foram feitas em discurso realizado no final da manhã em Brasília, onde a presidente inaugurou a primeira etapa do BRT Expresso DF Eixo Sul.
Dilma lembrou, em sua fala, as dificuldades que viveu na época da ditadura no Brasil, quando foi presa política, e ressaltou que nada disso a tirou de seu rumo. "Na minha vida pessoal, quero lembrar que enfrentei situações do mais alto grau de dificuldade. Situações que chegaram ao limite físico. Suportei, não foram agressões verbais, foram físicas. Suportei agressões físicas quase insuportáveis e nada me tirou do meu rumo. Nada me tirou dos meus compromissos, nem do caminho que tracei para mim mesma. Não serão xingamentos que vão me intimidar, atemorizar. Não me abaterei por isso, não me abato e nem me abaterei", afirmou.
As vaias de ontem partiram da área vip do Itaquerão (leia mais). A presidente declarou ainda que os xingamentos não representam o que o povo brasileiro pensa. "O povo brasileiro não age assim e não pensa assim. Sobretudo, o povo não sente da forma como esses xingamentos expressam", disse. E fez uma provocação aos agressores verbais: "o povo brasileiro é civilizado e extremamente generoso e educado. Podem contar que isso não me enfraquece. Podem contar". Dilma voltou a dizer que não vai se "deixar perturbar por agressões verbais".
Antes de rebater as críticas, a presidente agradeceu a todos os brasileiros, trabalhadores, empresários, engenheiros, donas de casa, técnicos, servidores públicos e profissionais das mais diferentes áreas que transformaram o sonho da Copa com 12 cidades-sede em realidade. "A Copa é um momento de afirmação. Nós ontem demonstramos que conseguimos superar todos os obstáculos para realizar a Copa", afirmou Dilma Rousseff, lembrando que Brasília tem um dos estádios mais bonitos do País.
Créditos: Portal Brasil 247

Órgãos públicos atuam contra violação de direitos de moradores de rua na Copa

Conheça os 12 estádios da Copa do MundoPessoas sendo acordadas, de madrugada, por jatos de água disparados por um caminhão; documentos confiscados; ameaças feitas por agentes públicos. Essas são algumas das situações que têm sido vividas por moradores em situação de rua de Salvador, conforme 18 relatos registrados pela Defensoria Pública do Estado (DPE), que moveu ação civil pública contra a prefeitura da capital baiana para impedir a prática da “higienização” das ruas da cidade.
A defensora Bethânia Ferreira, subcoordenadora da Defensoria Pública Especializada de Proteção aos Direitos Humanos e Itinerante da Bahia, afirma que as denúncias têm sido feitas desde a realização da Copa das Confederações, em 2013, mas se tornaram mais intensas às vésperas da Copa do Mundo. Ela conta que as ações contra os moradores teriam seguido a mesma rotina: “caminhões da prefeitura passavam à noite nos lugares onde pessoas em situação de rua dormiam, e essas pessoas eram acordadas com a solicitação de agentes públicos para que saíssem daquele lugar. Se elas não recolhessem suas coisas, papelão, colchão, esses pertences, inclusive roupas, documentos, eram jogados dentro do caminhão da empresa que presta serviço de limpeza para a prefeitura”.
Os depoimentos também constam em ofício encaminhado pelo órgão à Assembleia Legislativa da Bahia. No documento, os moradores, identificados pelas iniciais dos nomes, também relatam casos de violência física e, sobretudo, psicológica, como convites para que fossem levados para lugares distintos. De acordo com Bethânia Ferreira, parte dos relatos foi feita por pessoas que conseguiram fugir de instituições semelhantes a comunidades terapêuticas localizadas na Região Metropolitana de Salvador. Outros moradores, segundo a defensora, mudaram-se para bairros mais distantes dos pontos turísticos da capital por temerem violações.
Integrante do núcleo Bahia do Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos da População em Situação de Rua e dos Catadores de Materiais Recicláveis (CNDDH), vinculado à secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), Veinilson Lima reforça que as denúncias aumentaram nos últimos meses. Questionado sobre a existência de provas das violações, ele explica que “o que a gente consegue são relatos de denúncias dos próprios moradores de rua. A gente não tem condições de registrar porque os próprios moradores têm medo disso”.
Agência Brasil tentou entrar em contato com a Secretaria Municipal de Combate à Pobreza e Promoção Social (Semps) de Salvador, responsável pela abordagem à população de rua, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. Em matéria publicada no site da prefeitura de Salvador, o governo municipal nega as denúncias e afirma que faz abordagem de cunho social e disponibiliza diversos programas sociais para a população de rua. Também destaca que amanhã (12) representantes da defensoria, da Semps, da Guarda Municipal, da Empresa de Limpeza Urbana do Salvador (Limpurb), da DPE e do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR) se reunirão para discutir a elaboração de um manual de abordagem à população de rua.

Déficit de sono tem efeito 'dramático' sobre o corpo humano

Quantidades insuficientes de sono durante um período prolongado pode ter efeito profundo sobre o funcionamento do corpo humano, segundo pesquisadores britânicos

Quantidades insuficientes de sono durante um período prolongado pode ter efeito profundo sobre o funcionamento do corpo humano, segundo pesquisadores britânicos.
Um experimento concluiu que a atividade de centenas de genes no organismo de voluntáriosfoi alterada quando eles dormiram menos de seis horas por noite durante uma semana.
Em artigo na publicação científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), os pesquisadores disseram que os resultados do estudo ajudam a explicar como o sono insuficiente prejudica a saúde.
Doenças cardíacas, diabetes, obesidade e mau funcionamento do cérebro foram vinculados ao pouco dormir.
O processo pelo qual o déficit de sono altera a saúde, no entanto, ainda não é conhecido.
A equipe da Universidade de Surrey, na Inglaterra, coletou amostras de sangue de 26 pessoas após elas terem dormido bastante - até dez horas por noite - durante uma semana.
Na segunda fase do experimento, o mesmo grupo foi submetido a uma semana de sono insuficiente - menos de seis horas por noite. Amostras de sangue foram colhidas novamente.
Ao comparar as amostras, os cientistas observaram que a atividade de mais de 700 genes no organismo dos participantes foi alterada após a mudança no padrão do seu sono.
UOL
WSCOM Online

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Copa do Mundo começa hoje em meio a expectativas e manifestações

Depois de 64 anos, o Brasil volta a sediar a Copa do Mundo. A partida de abertura será realizada hoje (12) na Arena Corinthians, em São Paulo, entre as seleções do Brasil e da Croácia. O jogo está marcado para as 17h (horário de Brasília). Ao todo, 64 partidas serão disputadas ao longo da competição, que segue até o dia 13 de julho.
Para chegar aos estádios, os torcedores deverão estar atentos às diversas mudanças no trânsito. Em cada uma das 12 cidades-sede foi adotado um esquema diferente para uso do transporte público e estacionamento de carros particulares.
Com as diversas mudanças no entorno das arenas, entidades que defendem os direitos de quem tem mobilidade reduzida estão preocupadas com o acesso aos locais dos jogos. Chegar ao estádio com facilidade e segurança pode ser um desafio para quem quiser acompanhar os jogos do Mundial.
Cada cidade definiu um esquema próprio de feriados e horários de trabalho durante os dias de jogos. De acordo com a Lei Geral da Copa, os estados, o Distrito Federal e os municípios que sediarão os eventos podem declarar feriado ou ponto facultativo nos dias das partidas. Há ainda aquelas cidades que optaram por mudar o horário do expediente em dias de jogos.
Dentro do estádio, o torcedor deve estar atento às diversas restrições impostas pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). Nas arenas não será possível entrar com tablets nem com mochilas ou sacolas grandes. Durante as partidas do Mundial, também não será permitida a entrada com instrumentos que produzam som excessivo, tais como megafones, sirenes, vuvuzelas e, inclusive, a caxirola.
Cerca de 3,7 milhões de turistas – entre eles, 600 mil estrangeiros – são esperados no Brasil durante o período do evento. A estimativa do Ministério do Turismo é que eles deixem em território nacional cerca de R$ 6 bilhões. Para conhecer melhor o país, o turista pode usaraplicativos para smartphones que trazem dicas de passeios e roteiros.
O visitante também pode ter acesso a informações sobre os principais pontos turísticos, telefones úteis e roteiros alternativos nas 12 cidades-sede com as dicas publicadas pela Agência Brasil nas últimas semanas.
A Copa do Mundo mexeu ainda com os calendários escolares. Em pelo menos sete das 12 cidades-sede, o recesso do meio do ano foi antecipado para junho, e os estudantes terão 30 dias de folga.
Para o Mundial, o país também se preparou em termos de segurança. Foram montados centros integrados nacionais e regionais para monitorar a situação nas cidades-sede. Com investimento de R$ 1,9 bilhão, a operação de segurança e defesa conta com 157 mil agentes da segurança pública e das Forças Armadas. Policiais estrangeiros também estarão no Brasil. Eles não terão poder de polícia, mas poderão auxiliar os cidadãos de seus países em caso de necessidade. Além de agentes dos 31 países que vão participar do Mundial, serão enviados policiais de mais 15 países convidados.
Créditos:Agencia Brasil

Rebeldes estão a caminho de Bagdá; Parlamento iraquiano decreta emergência


Os rebeldes sunitas estão a caminho de Bagdá, depois de se terem apoderado de extensas áreas do Noroeste do Iraque, e os Estados Unidos admitem fazer ataques aéreos para deter a ofensiva extremista.
O Parlamento iraquiano reúne-se hoje (12) e, segundo fontes oficiais, deverá decretar, a pedido do governo do xiita Nuri Al Maliki, o estado de emergência no país.
Os combatentes do grupo radical do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (Eiil), ligado à Al Qaeda, ocuparam nos últimos dias as regiões de Siniyah e Suleimane-Bek, a província iraquiana de Nínive e parte de duas províncias vizinhas, Kirkuk e Salaheddine, incluindo a cidade de Tikrit, entretanto já retomada. Face a essa ofensiva e à incapacidade do Exército iraquiano de contê-la, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) reúne-se a portas fechadas à tarde e contará com uma intervenção do enviado especial da ONU no Iraque, Nickolay Mladenov, por vídeoconferência.
Os combatentes islâmicos encontravam-se, hoje de manhã, a menos de 100 quilômetros de Bagdá, depois de terem tomado na noite anterior Dhuluiya, segundo um coronel da polícia e habitantes.
Além dos territórios do Norte, os combatentes do Eiil, considerado um dos grupos “mais perigosos do mundo” pelos Estados Unidos, controlam já regiões da província ocidental de Al Anbar, incluindo a cidade de Falluja, desde janeiro.
Para deter a ofensiva islâmica, os Estados Unidos, que retiraram os seus militares do Iraque no fim de 2011, consideram várias opções, mas excluem o envio de tropas terrestres.
A ajuda a Bagdá poderá ser dada por meio de ataques feitos por drones (aviões não tripulados), segundo um responsável norte-americano.
O EiiL, que pretende a instauração de um Estado islâmico, conta com o apoio de tribos antigovernamentais e de grupos entre a minoria sunita que se considera marginalizada pelo poder xiita.foto:antidireitaportuguesa.blogspot.com
Créditos: Agencia Brasil