O braço armado do movimento Hamas disse nesta sexta-feira que tem a intenção de lançar foguetes a partir da Faixa de Gaza contra o aeroporto internacional Ben-Gurion, em Tel Aviv, e alertou as companhias aéreas para que não voem para a principal ligação entre Israel e o restante do mundo.
O aeroporto permaneceu em pleno funcionamento desde que Israel deu início na terça à sua ofensiva aérea contra a Faixa de Gaza e militantes palestinos intensificaram o lançamento de foguetes para o outro lado da fronteira.
Companhia aéreas internacionais continuaram a pousar no aeroporto, apesar dos agora diários disparos de foguetes contra Tel Aviv, que têm sido interceptados pelo sistema de defesa antimísseis de Israel ou atingido áreas onde não causaram vítimas.
"O braço armado do movimento Hamas decidiu responder à agressão israelense e alertar vocês para que não realizem voos ao aeroporto Ben-Gurion, que será um de nossos alvos hoje, por também sediar uma base aérea militar", disse um comunicado do grupo islamita Brigadas Izz el-Deen al-Qassam.
O grupo, que alegou ter emitido o alerta às companhias aéreas para evitar a ocorrência de vítimas entre seus passageiros, havia anunciado antes já ter lançado um foguete em direção ao aeroporto na sexta-feira.
Um porta-voz da Autoridade Aeroportuária de Israel disse que uma sirene soou no aeroporto Ben-Gurion, interrompendo todas as atividades por cerca de 10 minutos, mas que isso teria sido parte de um alerta geral naquela área de Tel Aviv e não uma ameaça direta ao aeroporto.
Projéteis lançados por militantes na Faixa de Gaza são muito imprecisos e não houve relatos de que algum tenha caído dentro ou próximo do aeroporto, localizada em uma área protegida pelo sistema chamado de Cúpula de Ferro.
Mas os foguetes têm avançado cada vez mais sobre o território de Israel, atingindo áreas a mais de 100 km ao norte da Faixa de Gaza.
No início da ofensiva israelense na terça-feira, os pousos e decolagens no Ben-Gurion foram desviados para rotas mais ao norte.Ao menos 88 palestinos morreram durante os quatro dias de ataques aéreos de Israel contra Gaza. (Reportagem de Nidal al-Mughrabi). Foto: Reuters/Abed Rahim Khatib
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