As vendas aumentaram 2,1%, entre os últimos dias 4 e 10 de agosto, segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio – Dia dos Pais 2014. A pesquisa, no entanto, mostra que o movimento de clientes nas lojas, no sábado e domingo, foi menor do que o observado em igual período de 2013, com um recuo nas vendas de 0,7%.
No comércio da capital paulista, o movimento foi mais fraco do que na média do país, com alta de 1,4% nas vendas entre os dias 4 e 10. Além disso, houve redução, nesse mesmo percentual, em relação ao final de semana, comparado ao mesmo período do ano passado.
Os economistas da Serasa Experian atribuíram esses resultados às “adversidades do atual quadro conjuntural, marcado por custos mais altos do crediário, inflação elevada e baixo grau de confiança dos consumidores”. Segundo a empresa, o indicador é uma amostra das consultas ao seu banco de dados.
Créditos: agencia Brasil
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
Produtores utilizam água de esgoto para irrigar plantações de hortaliças
Créditos: Focando a Notícia
Oito pontos para entender a história do Hamas e do Islã político
Há algumas perguntas as quais é necessário responder para que se entenda o conflito palestino-israelense e atual situação no Oriente Médio
1. Quando surge o Islã político?
1. Quando surge o Islã político?
Em 1928 é fundada a Irmandade Muçulmana no Egito que, com o passar dos anos, foi se expandindo para vários países do mundo árabe. Esta foi a primeira organização moderna a adotar o Islã como base de seu projeto político. Apesar de sua criação precoce e desenvolvimento teórico ao longo do século XX, durante décadas foi ignorada pelos governos nacionalistas ou pró-ocidentais que dominavam a região. Por conta das perseguições, seu trabalho foi eminentemente social. A irrupção massiva e expansão do islamismo se deu, então, a partir de 1979, com a chegada da Revolução Iraniana ao governo do país.
2. Quais são seus fundamentos?
O islã político parte da premissa de que os postulados do Islã são aplicáveis a um programa político e integral para a sociedade. Daí resulta a sharia, ou Direito Islâmico. É necessário esclarecer que não existe uma única forma de interpretar o Corão (livro sagrado dos muçulmanos) e os preceitos do Islã. Isso se reflete, por sua vez, nas distintas organizações que promovem o islamismo. A sharia não é a mesma no Sudão (onde se pratica a mutilação genital feminina), na Nigéria (onde é permitido apedrejar até a morte uma mulher adúltera) ou no Irã, onde as mulheres podem dirigir e ir para a universidade.O cientista político francês François Burgat, especialista em Oriente Médio, toca em um ponto básico, mas que carece de explicação: “São as personalidades islâmicas que fazem o islamismo, e não o contrário”. Além disso, afirma que “segundo a natureza do terreno social que atravessa, das forças políticas que dela se apropriam, e das reações dos governos, a corrente islâmica se expressa com multiplicidade de registros e através de modos muito distintos. Nenhum deles pode ser uma chave de leitura única e atemporal”. Por isso, é incorreto dizer que o Hamas, na Palestina, é o mesmo que o Boko Haram, na Nigéria, ou então a Irmandade Muçulmana, no Egito.
3. Que setores sociais representa o Islã político?
Com a revolução iraniana de 1979 e o primeiro governo islâmico da história, irrompem na política setores sociais que haviam sido relegados àquele rincão do mundo. O estudioso francês Gilles Keppel aborda essa questão ao defender que “o movimento islâmico é dúbio. Nele, encontramos a juventude urbana pobre, oriunda da explosão demográfica do terceiro mundo, do êxodo rural massivo e que, pela primeira vez na história, tem acesso à alfabetização.” Keppel explica que também o integram “a burguesia e as classes médias piedosas que foram marginalizadas no momento da descolonização, levada a cabo pelos miliares e por dinastias fundadas por meio do poder". Isso quer dizer que o islamismo tem um apoio popular significativo, especialmente em sua versão mais radical, e também nacional. Mas não significa necessariamente que incorpore um projeto político ligado às reivindicações populares progressistas ou de esquerda.
4. Por que o islamismo se dividiu em duas correntes majoritárias?
4. Por que o islamismo se dividiu em duas correntes majoritárias?
Toda revolução gera uma reação, e o caso do Irã não foi a exceção. A chegada ao poder do Aiatolá Khomeini em 1979 determinou o auge do Islã político e também a sua radicalização, em contraposição aos esforços reformistas da histórica Irmandade Muçulmana. É assim que aparecem e ganham força, na década de 1980, grupos armados islâmicos, como o Hezbollah, no Líbano, e o Hamas, na Palestina. Em resposta, a dinastia da Arábia Saudita emerge como foco de contenção à radicalidade desses novos movimentos. O islamismo conservador passou, assim, a ser financiado por um dos países mais ricos do mundo e seus aliados estratégicos. Para sufocar a tentativa de estender a revolução iraniana ao resto do Oriente Médio, a Arábia Saudita impulsionou sua própria “cruzada”: a guerra do Afeganistão. Milhares de mujahidines foram enviados como combatentes internacionalistas a deter o avanço do comunismo soviético por meio da dinastia de Riad. Dessa situação nasceu a ligação do saudita Osama Bin Laden ao Taliban, que então governava o Afeganistão.
5. Como e por que surge o Hamas?
Neste contexto convulsionado do Oriente Médio, com o Islã político no auge durante a década de 80, surge o Hamas (“Despertar”, em árabe). Embora suas origens estejam ligadas à Irmandade Muçulmana egípcia, devido ao trabalho social que realizava principalmente na Faixa de Gaza, a nova organização expressou e expressa uma das versões do islamismo radical, como consequência da influência da Revolução Iraniana. A primeira Intifada (“levantar a cabeça”), que começou em 1987 e durou até os Acordos de Oslo de 1993, foi o contexto no qual emergiu este novo movimento político-militar. Durante estes anos, as populações palestinas de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental se rebelaram contra a ocupação israelense.
6. O Hamas foi impulsionado por Israel?
Poucas mentiras sobre o conflito palestino-israelense foram tão difundidas e aceitas, inclusive em ambientes ocidentais progressistas. Como citado anteriormente, o Hamas surgiu de organização do trabalho social realizado nas mesquitas palestinas, muito similar ao promovido pela Irmandade Muçulmana no Egito. Durante décadas, Israel permitiu a proliferação do trabalho religioso islâmico por considerá-lo inofensivo e por representar um freio à posição laica, democrática e de libertação nacional da OLP (Organização para a Libertação da Palestina). Aqui nasce o erro e a distorção histórica. Foi esta construção subterrânea que permitiu ao Hamas desenvolver uma hegemonia muito forte entre a população (fundamentalmente de Gaza). A Revolução Iraniana e a politização massiva do Islã no Oriente Médio catapultaram o trabalho social ao plano político.
7. Quais as diferenças entre o Hamas e a OLP?
Primeiramente, o Hamas é uma organização cujo objetivo é construir um Estado islâmico na região histórica da Palestina, enquanto a Organização para a Libertação da Palestina é laica, e portanto luta por um Estado palestino democrático e similar ao estilo ocidental. Outro ponto de divergência na década de 90 foi o reconhecimento do Estado de Israel como tal. Após anos de luta, a OLP optou por negociar, e dessa forma se alcançou os Acordos de Oslo, que deram origem à Autoridade Nacional Palestina (ANP), governo do proto-Estado que nunca se constituiu devido às violações por parte de Israel. O Hamas, por sua vez, nasceu e postula, em sua carta orgânica, a destruição do Estado de Israel. Por isso, rejeitou, no começo, os Acordos de Oslo e a ANP. Esta postura inicial, entretanto, se converteu com o tempo em posições mais realistas.
8. Qual é a política atual do Hamas?
No início, o Hamas adotou um linha de ação radical, que incluía a realização de atentados suicidas entre 1994 e 2004 (desde então não voltou a realizá-los, embora a propaganda israelense os cite sistematicamente). A radicalização, somada à posição mais diplomática da OLP, permitiu ao grupo crescer e se consolidar como uma alternativa diferente ao povo palestino. No entanto, sua política tem variado. Em 2001, Ahmed Yassin, dirigente máximo da organização, assassinado em 2004 por Israel, afirmou: “Não lutamos contra povos de outras religiões ou judeus pelo fato de serem judeus. Lutamos contra os que ocuparam nossas terras, tomaram nossas propriedades, transformaram em refugiados nossas famílias e massacraram nossos filhos e mulheres". Em 2006, o Hamas concorreu pela primeira vez às eleições legislativas para a ANP. Em um dos pleitos mais democráticos da região, saiu vencedor. Mas Israel e Estados Unidos tentaram dividir e deslegitimar o triunfo do grupo islâmico. Com certo consentimento do Fatah (a organização preponderante a OLP), o governo palestino se fragmentou em dois: Hamas em Gaza e OLP na Cisjordânia.
Esta divisão favoreceu e favorece a política israelense de negar a criação de um Estado palestino autônomo e soberano. Porém, no início deste ano, Hamas e OLP haviam firmado acordo para reunificar o governo palestino mediante uma administração de transição, até que se realizassem novas eleições. A decisão palestina provocou a ira do governo de Israel, que poucos meses depois, principiou a ofensiva que perdura até agora. Por Santiago Mayor
(*) Artigo originalmente publicado no portal Notas; tradução por Anna Beatriz Anjos, da Revista Fórum . Copiado do Opera Mundi. Foto: EFE
Créditos: Opera Mundi
Hábitos saudáveis ajudam a evitar colesterol alto
Especialistas querem mudanças estruturais nas políticas públicas para combater os problemas gerados pelo consumo exagerado de produtos industrializados, ricos em gordura e carboidratos, que causam o colesterol alto.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Thiago Trindade, apesar do aumento da obesidade entre a população brasileira, tem havido uma mudança positiva em relação à alimentação. Médico de família em Natal, no Rio Grande do Norte, Trindade recebe cada vez mais pacientes conscientes da necessidade do hábito mais saudável à mesa. Entretanto, ele alerta que a pobreza é o principal obstáculo para quem quer transformar a teoria em prática.
“Cada vez mais, vemos pacientes dizendo que têm buscado alimentos mais saudáveis, mais ricos em fibras, com menos gordura. Mas vemos que as pessoas de classes sociais mais pobres não têm tanto acesso às saladas, frutas, têm menos condições de fazer exercícios físicos e costumam comprar os alimentos mais baratos, ricos em gorduras e carboidratos”, lembrou o médico. Ele acredita que uma medida eficaz para solucionar parte do problema seria a obrigatoriedade de um cardápio saudável nas escolas públicas e privadas. “As crianças passam metade do dia na escola e seria fundamental que lá fossem oferecidos alimentos saudáveis”. Para Trindade, o controle desde cedo é o melhor remédio para evitar futuras doenças causadas pelo colesterol alto.
O presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, João Bastos Freire Neto, defendeu ampla discussão sobre o assunto na sociedade. Uma iniciativa efetiva, na sua opinião, seria estimular o consumo de alimentos saudáveis por meio de isenções fiscais. “A população tem acesso à alimentação de baixa qualidade, porque é mais barato. Por que temos tanto imposto sobre alimentos como o arroz e o feijão? A isenção de impostos para alguns alimentos de alta qualidade teria um efeito muito maior no consumo saudável”, argumentou o médico. “Temos uma cultura de alimentação básica de alta qualidade - arroz, feijão, carne, peixe, frango e salada - mas estamos deixando que nossa cultura se perca, por questões que poderiam ser revistas. O custo para a saúde da população e para o país é muito alto”, alertou Freire Neto.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Thiago Trindade, apesar do aumento da obesidade entre a população brasileira, tem havido uma mudança positiva em relação à alimentação. Médico de família em Natal, no Rio Grande do Norte, Trindade recebe cada vez mais pacientes conscientes da necessidade do hábito mais saudável à mesa. Entretanto, ele alerta que a pobreza é o principal obstáculo para quem quer transformar a teoria em prática.
“Cada vez mais, vemos pacientes dizendo que têm buscado alimentos mais saudáveis, mais ricos em fibras, com menos gordura. Mas vemos que as pessoas de classes sociais mais pobres não têm tanto acesso às saladas, frutas, têm menos condições de fazer exercícios físicos e costumam comprar os alimentos mais baratos, ricos em gorduras e carboidratos”, lembrou o médico. Ele acredita que uma medida eficaz para solucionar parte do problema seria a obrigatoriedade de um cardápio saudável nas escolas públicas e privadas. “As crianças passam metade do dia na escola e seria fundamental que lá fossem oferecidos alimentos saudáveis”. Para Trindade, o controle desde cedo é o melhor remédio para evitar futuras doenças causadas pelo colesterol alto.
O presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, João Bastos Freire Neto, defendeu ampla discussão sobre o assunto na sociedade. Uma iniciativa efetiva, na sua opinião, seria estimular o consumo de alimentos saudáveis por meio de isenções fiscais. “A população tem acesso à alimentação de baixa qualidade, porque é mais barato. Por que temos tanto imposto sobre alimentos como o arroz e o feijão? A isenção de impostos para alguns alimentos de alta qualidade teria um efeito muito maior no consumo saudável”, argumentou o médico. “Temos uma cultura de alimentação básica de alta qualidade - arroz, feijão, carne, peixe, frango e salada - mas estamos deixando que nossa cultura se perca, por questões que poderiam ser revistas. O custo para a saúde da população e para o país é muito alto”, alertou Freire Neto.
O colesterol é um lipídio que auxilia no bom funcionamento do organismo, mas se consumido em excesso torna-se perigoso, sobretudo para os maiores de 60 anos, e pode causar doenças cardiovasculares, como infarto. Há dois tipos de colesterol: o “bom” (HDL) e o “ruim” (LDL). O consumo de fibra solúvel ajuda a reduzir a absorção de colesterol na corrente sanguínea. Esse tipo de fibra é encontrado na aveia, no farelo de aveia, feijão, nas maçãs, peras e ameixas, por exemplo.
Peixes como truta, sardinha, atum, salmão, linguado, entre outros, também são aliados contra o colesterol alto, pois contêm altos níveis de ômega-3, os ácidos gordos, que podem reduzir a pressão arterial e o risco de desenvolvimento de coágulos sanguíneos. Outros alimentos que ajudam a manter o bom colesterol e a evitar o mau são azeite e castanhas, iogurtes e suco de laranja.(Agencia Brasil)
Créditos: WSCOM
Rio tem plano de contingência para vírus ebola
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro informa que está trabalhando de acordo com determinações do governo federal para manter as unidades de saúde em alerta, com o objetivo de identificar sintomas relacionados ao vírus ebola.
A Subsecretaria de Vigilância em Saúde já tem um plano de contingência, elaborado em parceria com as secretarias municipais de Saúde, o Corpo de Bombeiros e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). É importante ressaltar, no entanto, que, pelas características da transmissão do vírus, assim como pelo seu comportamento clínico, a possibilidade de disseminação para outros continentes é baixa no momento.
Em caso suspeito da doença, o paciente será encaminhado pela unidade de emergência em que for atendido para uma unidade de saúde de referência para isolamento e início dos cuidados médicos adequados. Trata-se de uma doença de notificação compulsória imediata e deve ser feita pelo profissional de saúde ou pelo serviço que prestar o primeiro atendimento ao paciente, pelo meio mais rápido disponível, de acordo com a Portaria 1.271, de 6 de junho de 2014. Todo caso suspeito deve ser notificado imediatamente às autoridades das secretarias municipais, estaduais e à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
O vírus ebola está relacionado à ocorrência de surtos de febre hemorrágica no Continente Africano desde 1976. Atualmente, seus casos foram identificados em Serra Leoa, na Libéria, Guiné e Nigéria.
O período de incubação da doença pode variar de 1 a 21 dias e sua transmissão ocorre somente após o início dos sintomas, por meio do contato direto com o sangue e/ou secreções da pessoa infectada (incluindo cadáveres), assim como por contato com superfícies ou objetos contaminados. São consideradas suspeitas pessoas que estiveram em algum dos quatro países citados acima nos últimos 21 dias e que apresentem febre de início súbito, acompanhada de sinais de hemorragia.
Em caso suspeito da doença, o paciente será encaminhado pela unidade de emergência em que for atendido para uma unidade de saúde de referência para isolamento e início dos cuidados médicos adequados. Trata-se de uma doença de notificação compulsória imediata e deve ser feita pelo profissional de saúde ou pelo serviço que prestar o primeiro atendimento ao paciente, pelo meio mais rápido disponível, de acordo com a Portaria 1.271, de 6 de junho de 2014. Todo caso suspeito deve ser notificado imediatamente às autoridades das secretarias municipais, estaduais e à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
O vírus ebola está relacionado à ocorrência de surtos de febre hemorrágica no Continente Africano desde 1976. Atualmente, seus casos foram identificados em Serra Leoa, na Libéria, Guiné e Nigéria.
O período de incubação da doença pode variar de 1 a 21 dias e sua transmissão ocorre somente após o início dos sintomas, por meio do contato direto com o sangue e/ou secreções da pessoa infectada (incluindo cadáveres), assim como por contato com superfícies ou objetos contaminados. São consideradas suspeitas pessoas que estiveram em algum dos quatro países citados acima nos últimos 21 dias e que apresentem febre de início súbito, acompanhada de sinais de hemorragia.
Créditos: Agencia Brasil
Obama bombardeia o Iraque, mas alvo é outro
Barack Obama é o quarto presidente consecutivo dos Estados Unidos a bombardear o Iraque. Antes, os dois Bush – pai e filho, republicanos – e o democrata Clinton, já o tinham feito, no que parece ter se tornado hábito dos primeiros mandatários dos EUA
As razões podem ser militares ou políticas, internas ou externas, o certo é que as bombas que caíram sobre o Iraque nas ultimas décadas fazem do país o alvo preferido dos presidentes norte-americanos. No caso de Obama, ele enfrenta a um obstáculo atualmente intransponível para uma nova aventura militar, a população norte-americana, na imensa maioria, não quer participação do país em guerras.
E os norte-americanos vão votar em novembro e podem deixar Obama com minoria nas duas casas do Congresso. Atualmente, os democratas têm maioria no Senado, mas podem deixar Obama como “pato manco” nos dois últimos anos do seu governo, isto é, sem condições mínimas de fazer avançar projetos, caso não reconquiste a maioria na Câmara e eventualmente a perca no Senado.
A lei de imigrações ainda não foi aprovada e a “Obamacare” – a lei de extensão da saúde pública – é sabotada por vários estados, fazendo com que a aplicação esteja muito prejudicada. Essas são as duas reformas chave propostas por Obama e, tendo em vista as eleições, podem ficar no meio do caminho, com efeitos nas eleições presidenciais.
O sentimento geral dos norte-americanos é de fracasso do governo. Não apenas pelas altas expectativas criadas na a primeira eleição, mas também porque a esses problemas se soma o sentimento de impotência dos EUA para resolver a enorme lista de pendências no plano internacional.
O mapa dos conflitos internacionais, especialmente no Oriente Médio, nunca foi tão catastrófico para os EUA. Multiplicação dos focos de guerra e especialmente das situações descontroladas e sem horizonte de resolução: Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria, Líbano.
As bombas explodem no colo de Obama, mas o fracasso é muito mais profundo e vem de muito mais longe. Quando os EUA intervieram no Afeganistão e, principalmente, no Iraque, se apoiavam numa experiência que tinha sido referência para toda a política do país no pós-guerra: a do Japão.
O êxito em impor a uma civilização tão distinta como a japonesa o modelo econômico e o estilo de vida norte-americanos deixava uma lição de que os EUA poderiam repeti-lo em qualquer lado. Claro que foi necessária uma dura derrota do Japão na guerra e duas bombas atômicas para vergar o país.
A ideia de missão histórica de exportar valores levou a aventuras de acreditar que poderiam remodelar as sociedades afegãs e iraquianas, impondo economias de mercado e democracias liberais. O cenário, muitos anos depois, não tem nenhum vestígio do projeto original, qualquer tipo de comparação não tem lugar.
E, diante dos resultados frustrantes, o povo norte-americano não autoriza mais governos a novas aventuras. Ficou claro no abandono do projeto de um bombardeio, mesmo se cirúrgico, se é que existe algo assim, na Síria. Agora, Obama consegue apoio momentâneo, diante do risco que correm compatriotas no norte do Iraque. Por isso, ele frisou que esse era o objetivo primeiro dos bombardeios.
A invasão do consulado norte-americano em Benghazi, na Líbia, com a morte de um cônsul, foi golpe duro, pelo qual paga até hoje a então secretária de Estado Hillary Clinton, situação que Obama busca que não se repita.
A ação da aviação pode, no máximo, limitar os avanços do Isis (o grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante), mas sem infantaria, é impossível reconquistar território. E é isso o que Obama evita, porque infantaria significa vítimas, mais mortos norte-americanos. Já foram quase 5 mil em oito anos de ocupação do Iraque.
Falta pouco para as cruciais eleições parlamentares de novembro, em que Obama tem os olhos postos, além do Iraque, no Afeganistão, na Líbia e na Síria. Por Emir Sader /Foto: Reuters.
Créditos: Rede Brasil Atual
domingo, 10 de agosto de 2014
OMS espera que vacina contra ebola esteja disponível em 2015
Uma vacina preventiva contra o ebola deverá passar à fase de testes clínicos em setembro e poderá estar disponível em 2015, disse o diretor do Departamento de Vacinas e Imunização da Organização Mundial da Saúde (OMS), Jean-Marie Okwo Bele.
Segundo ele, em setembro devem avançar os testes clínico da vacina, que está sendo desenvolvida no laboratório britânico GSK, primeiro nos Estados Unidos e depois em um país africano, uma vez que é em países do Continente Africano que têm surgido casos.
Jean-Marie Okwo Bele disse que no fim do ano já se pode "obter resultados" e que se esses testes forem bem-sucedidos, a vacina poderá ser comercializada no próximo ano.
“Como é uma emergência, podemos colocar em prática procedimentos de emergência (...) para que em 2015 possamos dispor de uma vacina", acrescentou o diretor, em entrevista.
No momento, não há tratamento específico no mercado para a febre hemorrágica ebola, causada por um vírus que mata em poucos dias. A taxa de letalidade (relação entre o número de casos e mortes) é superior a 50%.
Várias vacinas estão sendo testadas, enquanto um tratamento promissor, o ZMapp, foi o primeiro a ser testado em norte-americanos infectados na África, depois de bons resultados em macacos.
Desde fevereiro, o vírus ebola infectou mais de 1.700 pessoas - mais de 900 morreram em Serra Leoa, na Guiné-Conacri, Libéria e Nigéria, segundo a OMS.
Hoje foi anunciada a morte, na madrugada, da freira congolesa Chantal Pascaline, que trabalhava com o padre espanhol infectado pelo ebola em um hospital da Libéria.
O vírus é transmitido pelo contato direto com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infectados.
Créditos: Agencia Brasil
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